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Palavras: 1782
Acessos: 1013   |  Postado em: 20/06/2021

Teto de vidro

 

Os dias no cursinho se arrastavam em meio ao tédio firmado. Jude não podia sair toda vez que queria comigo, e o porteiro começara a implicar comigo dizendo que a diretora poderia achar ruim eu não assistir aula.

O tempo livre que tinha eu ia à livraria, onde o senhor Ivan, dono da livraria, me acolhia quase todo dia, mas ainda assim ir todo dia ao mesmo lugar começava a cansar.

Meu convívio com minha única conhecida de sala também não era dos melhores.

— Hǎi yún.

— O que você está desenhando?

— Nada demais, são só uns rabiscos.

Ela pegou meu caderno, analisando o que eu tinha feito e com um olhar de quem não tinha entendido, entregou-me.

— Quando você vai fazer um desenho meu?

— Eu já fiz um desenho seu, não se se você lembra.

— Mas faz tempo, e está com sua amiga.

Eu achava incrível, para não dizer no mínimo estúpido o fato da Luiza procurar qualquer justificativa para tocar no nome da Jude.

— E por que você não pega com ela? – procurava de qualquer meio me abster de me meter na situação.

— Você sabe que não estamos nos falando.

Olhei sério para ela, cerrando os olhos.

— Porque a Judite nunca me assume, Hǎi yún – disse Luiza, esbravejando – Ela fica com um monte de menina e...

— Você também não assumia ela – falava em um tom óbvio – E outra, ela é solteira, faz o que bem entende. Você não fazia o que bem entende também?

— Por que ela nunca aceitou ficar comigo, bem porque eu...

— Deve ser porque toda a vez que seus pais ou seus amigos te veem com ela, você larga a mão dela e falam que são só amigas, e finge que nem conhece nos lugares, tentando manter a distância suficiente para que não seja vista tão perto a ponto de cogitarem que vocês namorem ou coisa do tipo – disse, recuperando o fôlego, mas sem deixar de desenhar – Mas quando é um garoto com você, as coisas são diferentes.

Luiza ficou sem palavras por um bom tempo, mas após suspirar alto, voltou a falar:

— Não é fácil para mim, Hǎi yún...

— Não é fácil pra ninguém, Luiza.

— Como você é chata, Hǎi yún – ela dizia em seu tom birrento – Por isso não te falo nada.

— Eu realmente não compactuo com...como é a palavra pra quando uma pessoa fica fazendo mal uma pra outra e não se largam?

— Cachorrada?

— Sim, isso – apontei para ela – Isso é uma cachorrada.

A professora chegou na sala, logo desligando a luz. A aula dela era a única a qual ainda prestava atenção já que tinha admiração por ela fora do ambiente acadêmico.

Professora Lorena era amiga da minha mãe desde o tempo de faculdade, quando ela tinha vindo para cá estudar, e desde então elas sempre se ajudaram. Conheço-a desde a infância, e vê-la naquele espaço comigo me dava segurança, sem contar que ela era a única pessoa a qual conseguia manter uma conversa digna em todo aquele espaço.

Ela começou a explicar e passar um filme enquanto o resto das pessoas chegavam, mas Luiza sussurrou para mim logo que o filme começou:

— Você vai ver, eu vou dar pra primeira que chegar nessa sala, esquecer essa história de Jude e cachorrada e...

— Para de falar besteira, Luiza – disse para ela de lado, sem deixar de olhar para a frente – Olha pra frente, sabe como a professora é.

O filme continuou, e eu coloquei meus fones de ouvido, olhando para o que estava acontecendo na tela. Luiza não estava prestando tanta atenção, olhando de relance para a tela e rabiscando seu caderno como fazia para passar o tempo.

Não tardou para que chegasse mais alguém, que iluminou parcialmente a sala com o abrir da porta. Dava para ver que era uma garota, mas não dava pra identificar quem era, mas pelo que bem via, não era ninguém que eu conhecia da sala.

Ela começou a caminhar por entre as fileiras, tropeçando por conta de o ambiente estar escuro, olhando com um olhar curioso e perdido ao mesmo tempo na direção em que tomava, até que ela olhou em nossa direção.

— Nossa... – murmurou Luiza, olhando de cima a baixo, levantando as sobrancelhas ao me olhar enquanto a garota começou a caminhar em nossa direção, e Luiza recostou a mão em mim, chamando minha atenção.

— E está vindo na nossa direção – Luiza complementou seu comentário, deixando ainda mais claro suas segundas intenções.

Quanto mais a garota chegava perto de nós, seus traços ficavam mais nítidos sob a luz da tela que estava à nossa frente. Ela estava envergonhada, olhando para o chão, e sentou-se ao nosso lado, voltando a olhar para a frente.

Olhava para ela de relance, e vi que ela estava olhando para a sala, tentando se habituar. Devia ser o primeiro dia dela na sala. Ela continuou olhando para tudo, ainda confusa, e recostou a cabeça entre os braços na cadeira até dormir.

Eu deveria avisa-la que a professora chama a atenção de quem faz isso, mas não sabia como fazer isso. Porém, a vontade de fazer isso era maior e eu, tentando engolir o receio que tinha, estiquei a mão em sua direção, mas Luiza aproximou-se dela, sussurrando alguma coisa que chamou a atenção dela, e logo dando um sorriso.

— Desculpe, eu... – dizia a garota, timidamente.

— Tudo bem, ninguém está prestando atenção mesmo. Você é novata? – Luiza disse, se aproximando mais da garota.

— Sim – ela respondeu com animosidade – É meu primeiro dia hoje.

— Nunca tinha visto você por aqui... – Luiza me olhou de relance e começou a sussurrar algumas coisas para a novata, que olhava com atenção para tudo, absorvendo tudo que ela dizia. Em algum momento, ela perguntava alguma coisa para Luiza, que respondia animada, sorrindo.

Após isso elas se cumprimentaram, e eu sabia quais eram as intenções de Luiza perante a garota que mal havia chego na sala. Dava pra perceber no olhar e os gestos dela, e a garota que parecia estar tão empolgada com tudo aquilo caindo naquela atitude dela.

— Luiza, para de conversar e presta atenção.

Ela virou para me olhar, e nisso nossos olhares se encontraram diretamente. Nos olhamos por uma fração de segundos, mas foi o suficiente para que eu sentisse minhas bochechas queimarem e ela abaixar o olhar em seguida.

— Hǎi yún, larga de ser chata – ela se afastou da garota, cruzando os braços – Só você que presta atenção nisso.

Luiza olhou para mim com certa repreensão e olhou para a garota mais uma vez, e nisso olhou para a frente. A garota me olhou de relance e eu, mais uma vez, me vi olhando para ela de novo. Olhei para a frente constrangida novamente, e ela desviou o olhar, mergulhando na cadeira mais uma vez, sem levantar dessa vez. Luiza olhava para ela e para mim, levantando as sobrancelhas em tom sugestivo. Revirei os olhos e voltei a prestar atenção na aula.

Quando a aula acabou, estava arrumando as coisas e me levantei, porém quando me levantei, foi inevitável olhar para a garota mais uma vez, que coincidentemente me olhava também.

Ela, com seus cabelos cacheados caindo por seus ombros, me olhava diante suas grossas sobrancelhas, com certa atenção em minha direção. Peguei minha bolsa e ainda sem graça, passei por elas, de cabeça baixa. Não tinha coragem de encarar ninguém durante tanto tempo assim.

Segui meu caminho para casa, e tive a surpresa de ver meu pai em casa.

— Boa noite, bàba.

— Hǎi yún – ele disse enquanto lia o jornal concentrado, sentando na varanda.

— Sim, bàba.

— Sua mãe disse que você está fazendo cursinho.

— Sim, senhor.

— Quero que saiba que tomou decisão certa – ele olhou por entre o jornal – Temos muito orgulho de você.

— Sim, senhor.

Ele me olhou com repreensão e assenti com a cabeça.

— Shì de xiānshēng.[1]

— Nunca esqueça suas origens.

Assenti com a cabeça mais uma vez, e fui para a cozinha.

— Onde está a mãe?

— Enrolada no trabalho. Falou que vai chegar tarde, pedi comida para nós.

— Vou pro meu quarto, com licença.

Ele acenou que sim com a cabeça, e eu fui até o meu quarto, jogando a mochila no chão e me jogando na cama. Liguei para Jude.

— E aí, Hǎi yún? – disse ela do outro lado da linha, que logo atendeu.

— Ou você se acerta com a Luiza ou eu vou ter que acertar a cara dela.

— Nossa, o que aconteceu?

— Ela simplesmente falou que ia dar pra primeira que aparecesse na sala e agora está tarando uma novata que sentou conosco.

— Novata? – seu tom de voz tinha tomado outro tom – Quem é?

— Eu não sei o nome dela, ainda...Começou hoje.

— E ela é bonita?

Fiquei em silêncio, sentindo minhas bochechas queimarem novamente ao lembrar da situação que ocorreu.

— Seu silêncio já respondeu tudo, Hǎi yún – Jude dizia, rindo – E por que está te incomodando com o fato de a Luiza estar dando em cima dela? Ela dá em cima de qualquer coisa que se mexa.

— Porque dá pra perceber que ela é uma pessoa boa, Jude – disse, exasperada – Dá pra reparar no jeito dela, e a Luiza age como uma serpente e eu vou ter que aturar mais um drama e...

— Não se preocupa, Hǎi yún. Sabe que ela faz isso só pra chamar atenção.

— E por que tem que ser a minha e não a sua?

— Porque sabe que quando mexe contigo, você acaba falando comigo. E que deve ter percebido que você achou a novata bonitinha.

— Ninguém está falando sobre novata. Estamos falando sobre sua ex estar enchendo minha paciência todo dia. Ajude-me a não jogar meu bloco de desenho nela na próxima vez.

— Calma, o caminho vai ficar livre pra você e a novata bonitinha.

— Judite, para de falar besteira.

— Nossa, me chamou de Judite eu fico magoada.

— Hǎi yún, jantar – disse meu pai, batendo na porta.

— Já vou, só um instante – respondi, colocando a mão no telefone – Vou ter que ir comer.

— Vai lá, depois eu te ligo.

— Certo, até mais – e desliguei.

 


[1] Sim, senhor em chinês: 是的先生

 

Fim do capítulo


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