Conhecendo Sofia
Capitulo 5:Do outro lado do mundo...em NY
-Estou cansada,das suas cenas de ciúmes...para mim,chega!- Sofia estava exausta por mais uma briga pelo mesmo motivos,ciúmes
-Como assim,chega?!estas terminando comigo?!-a dúvida na voz de Samantha,era visível -Nosso relacionamento terminou há tempos...estamos nos impedindo se sermos felizes!-Sofia pela primeira vez, estava muito certa da sua decisão em colocar um ponto final naquele relacionamento
-Você é minha...se não for minha,não será de mais ninguém...entendeu?-gritava Samantha aos quat ros ventos, pois sentiu seu relacionamento acaba naquele momento
Será que é tão difícil,pedir para ser feliz?-pensei. Meu relacionamento com Samantha, não era mais o mesmo,depois que ela me traiu. Desta traição, nasceu Meredith. Foi ela que, de certa forma fez com que eu e Samantha voltássemos. A criança não tinha culpa e como adoro crianças,me afeiçoei a ela.
Meredith era igual a mãe,branquinha,olhos azuis feito dois cristais,cabelos escuros. O pai? não sei e nunca fiz questão de saber. A única coisa que tinha certeza, era que Meredith foi concebida em uma das vezes que Samantha e eu brigamos. Foi com esse pensamento, que sai do apartamento que dividíamos e fui em direção a estação de metrô, decidia que não merecia viver de migalhas. Que aquela relação, já era.
Me chamo Sophia. Sou filha de mãe brasileira e pai americano. Tenho 1.70m de altura,sou branca ( sai ao meu pai,como minha mãe sempre falava,olhos cor de mel,corpo bem definido devidos aos muitos anos dedicados a dança,cabelos escuros compridos,totalmente lisos).
Meus pais, se conheceram quando minha mãe deixou sua família no Brasil e foi para os EUA em busca de melhores condições de vida. Foi levada pelo “sonho americano” como ela mesmo falava. Meus pais se conheceram, quando minha mãe trabalhou em um restaurante o qual meu pai era gerente. Diziam, que foi amor a primeira vista. Levou um certo tempo, para que se conhecessem melhor, pois como minha mãe falava, meu pai era tímido e ainda existia o fato de ser expressamente proibido o relacionamento entre empregados. Minha mãe, até conseguir o emprego no restaurante comeu o pão que o diabo amassou e só depois de muito tempo que conseguiu o green card.
Anos mais tarde, meu pai conseguiu comprar o restaurante e junto com minha mãe transformaram o então restaurante americano em um point brasileiro,Brazilian Foods. O local era muito freqüentado por brasileiros de diversos lugares. Apesar de me considerar um pouco brasileira, ainda não tive a oportunidade de conhecer o país que minha mãe nasceu e cresceu. O pouco que conhecia, era por meio de fotos, revistas, livros, internet. Estudei em escola pública e desde muito crianças, acho que por volta dos meus 5 anos,que minha mãe matriculou-me em uma escola de dança. Comecei fazendo balé, o sonho de meu pai, era que tivesse feito faculdade de administração, mas contrariando as escolhas dele me formei em educação física, um tempo depois fiz especialização em dança moderna.
Desde que meus 12 anos, que ajudava no restaurante. Sempre depois de fazer os deveres da escola. Meus pais, sempre priorizavam meus estudos. Mesmo após formada e já morando sozinha, nos fins de semana, ia ajuda-los. Me descobri lésbica, ainda na escola. Fazia parte do time de baskete, em função da minha estatura e um dia, estava nos vestiário quando uma das meninas do time me agarrou. Estranhamente na hora que fui beijada, não senti nenhuma repulsa. Mas como era algo novo e que nunca tinha cogitado a possibilidade de ficar e muito menos namorar uma mulher, ficamos bastante tempo sem nos falarmos. Entretanto, depois de uns dias, já não parava de pensar na menina. A procurei no dia do seu aniversário. Sempre fui romântica, planejei todo um esquema. Mandei entregar flores, fiz um jantar todo especial para ela e acabamos ficando. Por fim engatamos um relacionamento, namoramos até ingressarmos na faculdade. Nos separamos, porque ela foi embora.
Depois dela, conheci outras mulheres, tive outras namoradas, nada muito sério. Até que conhecir Samantha e me encantei por ela quando a vi no Brazilian Day. Trocamos telefone e dias depois marcamos um encontro, tudo aconteceu muito rápido. O primeiro beijo, a primeira noite de amor, morar juntas, o nascimento de Meredith. Muitas vezes, questionava que tanta rapidez, nos fez pular certas fases de um relacionamento amoroso. Mais em fim, estamos juntas a 6 anos. Ciúmes todo mundo tem, todavia tem que ser algo controlado. Eu tenho, confesso. Só que não chega ao ponto de sufocar ninguém. Ou você confia na pessoa com quem esta se relacionando ou não confia,simples assim. Sou muito objetiva, mais de uns tempos para cá, Samantha esta me sufocando e os questionamentos quanto ao nosso futuro juntas, tornaram-se constantes e ela já não é mais s pessoa com quem me vejo casada. Parece uma sombra, estou mais com ela por causa de Meredith. Nossa relação caiu na rotina e rotina desgasta qualquer relacionamento!
Meus pais no começo, ficaram assustados quando um dia os chamei para uma conversa e lhes informei sobre minha sexualidade, eles já desconfiavam, estavam esperando que eu os procurassem. Mais o tempo, os fez perceberem que é minha natureza. Ser gay, não é como você escolher uma roupa. Pelo menos não para mim. Meus pensamentos foram interrompidos com a chegada a estação.
A escola onde leciono, fica localizada no Brooklyn. É uma escola, que vive da ajuda do Estado e de pessoas que são amantes da arte. Recentemente, Amy a diretora da escola, criou o projeto de música na escola que até então era exclusivamente para dança. Sou professora da escola a 5 anos. Dou aulas para baby class e hip hop para adolescentes e adultos. Amo o que faço. Faço por amor. Tudo que você faz com amor, te dar um prazer imenso. Porque você se dedica, se entrega de corpo e alma. Sempre no final de ano, temos uma apresentação de dança. E este ano o mini teatro que fica anexo a escola, esta com sérios problemas e não saberemos se o evento poderá acontecer. Amy conversou comigo, sobre uma prima sua que esta vindo do Brasil, passar uns tempos em NY e que certamente poderá nos ajudar.
Chego na frente da escola e encontro com Amy...
-Bom dia,Amy...onde esta indo com tanta pressa?- procurei passar naturalidade em meu tom de voz, não era profissional misturar trabalho com vida pessoal
-É hoje que minha prima do Brasil chega...a que eu te falei,lembra?!- Amy estava bem euforic e feliz com a chegada da sua prima
-Claro que lembro…- procurei na minha memória, sobre a tal prima que Amy estava se referindo
-Bom...deixa eu ir...depois conversamos...beijos- Amy estava com pressa para ir encontrar a prima no aeroporto
-Beijos...
Era normal vê Amy correndo pelos corredores da escola. Estava sempre procurando ajuda financeira para não fechar a escola. Afinal, aquele projeto ajudou a retirar das ruas muitos jovens, dando a eles uma nova oportunidade por meio da arte.
Nos tornamos amigas, depois de um dia ao vê-la chorando pela namorada. Sou o tipo que de longe reconhece um gay,rs. Gayday apita e com ela não foi diferente. Ela contou-me que namorava, estava 9 anos com uma mulher e que a carne foi fraca. Uma das viagens da namorada, que é empresária, acabou traindo e a outra descobriu tudo. Até hoje Amy tentava reconquista-la, mais a perda da confiança em uma relação é algo muito delicado e aliado a traição, virou uma bomba. Desde este dia, acabamos nos aproximando e nos tornamos amigas e confidentes. Amy sabe da minha relação conturbada com Samantha, na opinião dela estou me privando de ser feliz e de fato ela tem razão- pensei. Com esses pensamentos entrei na escola. Já estava atrasada e então seguir em direção a sala em que daria aula. Cumprimentei a todos e começamos a nos aquecer,para dar inicio a aula. Era colocar os pés na sala de dança, que esquecia o quanto estava infeliz nós últimos anos. A dança, conseguia me teletransportar para um mundo totalmente diferente.
Continua..
Fim do capítulo
Desculpas pela ausência..
Mais estamos de volta!
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 22/06/2021
Bom que voltou... então Sofia vai ser o novo amor de Laura....
Bjos
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