Capitulo 8
Capítulo 8°
Alice
Desde a confusão com os meus irmãos o clima aqui em casa não tem andado o dos melhores. As minhas mães estão mais afastadas e silenciosas, não trocam mais carinho como antes, eu quero acreditar que tenha sido apenas a situação dos meninos que causou algum desentendimento entre elas, mas a cada dia fica mais difícil de me convencer disso.
Arthur tem saído pouco do quarto, chegando até a fazer suas refeições por lá. O nariz de Bernardo apresenta grande melhora, mas sinto que ele tem se sentido sozinho, afinal os dois nunca se desgrudaram até aquele momento.
Enquanto penso tudo isso, Anna e Miguel encaram a tv. Os dois estavam concentrados no filme. Peguei o celular e abri a janela de conversa com o nome de Virginia. Não entendia porque ela não havia mais falado comigo. Cheguei até a imaginar se teria feito algo que havia a ofendido, porém não consigo lembrar.
Aquela noite eu tomei um porre, isso mesmo, meu primeiro porre. Matheus me levou para dormir em sua casa. O que não gostei, já que a megera da Marcela nos viu chegar e na manhã seguinte fez questão de me dar uma aula de etiqueta dizendo que moças de família não ficavam naquele estado. E me perguntando o que a sociedade pensaria se visse a nora do prefeito naquela situação. Me irritei com seus comentários e sai da casa sem nem ao menos tomar café. A cada dia que passava eu ficava com mais raiva das atitudes daquela mulher que parecia ter o rei na barriga.
- Terra chamando Alice. – Anna estalou os dedos na minha frente.
- Desculpa, me distrai.
- Percebemos. – Miguel comentou sentando-se.
- Estava pensando na Marcela, e no quanto ela é insuportável.
- Fato! – responderam juntos.
- Alice, esqueci de dizer. Vi a Virginia e o Cadu semana passada no pub. – aí está o nome que me causa sensações que nunca senti antes.
- Foi?
- Foi. Ela estava bem intima com uma moça. Conversavam animadas. Assim como o seu primo e outro rapaz. – comentou.
- Ihhhh! Isso é ciúmes? Pensei que vocês não tinham nada sério. – comentou Anna e Miguel atirou uma almofada em sua direção.
- Não é ciúmes, eu menti para ele.
- Mentiu? – indaguei.
- Sim. Eu falei que ia sair com a minha mãe, mas na verdade ia encontrar um carinha. E para meu azar dei de cara com eles.
- Bicha sem sorte, a senhora. – Anna brincou.
- Pois é. – concordou. – Me senti mal.
- Por ter mentido ou por ele ter descoberto? – Anna questionou sabiamente.
- As duas coisas. – confirmou.
Queria muito que Miguel falasse mais sobre ela, e sobre a tal garota. Será que era sua namorada? Mas ela disse algumas semanas antes que estava solteira. Teria como já estar namorando com alguém em tão pouco tempo?
- Você está fazendo aquela cara. – Miguel comentou.
- Está sim. – Anna confirmou.
- Que cara?
- A de quem tá se corroendo para dizer algo, mas não tem coragem.
- Eu não faço isso.
- Faz sim. – falaram juntos.
- Só queria saber se essa moça é namorada da Virginia.
- E o que isso importa? – Anna me perguntou com ar de riso.
- Nada. Curiosidade. – dei de ombros. Minha amiga sorriu pegando o aparelho celular. – Quem é?
- Ninguém. – negou bloqueando o aparelho rapidamente.
- Olha, eu entendo que você não quer me contar com quem está saindo, e tudo bem por mim. Mas não precisa mentir.
- Já disse isso a ela. – Miguel comentou.
- Você sabe quem é? – indaguei e ele arregalou os olhos assustados. – Responde.
- Sei, e já falei para ela te contar. E não vou me meter nessa discussão. Estou indo.
- Bicha fofoqueira. – Anna reclamou.
- Seria fofoqueiro se já tivesse contado a Alice. Coisa que não fiz por respeito a você. Apesar de você não merecer. – respondeu pegando sua mochila.
- Respeito ou medo? – Anna o encarou desafiadora.
- Não importa. Só não contei. E agora estou indo embora. Beijos de luz.
Encarei nosso amigo até que ele passasse pela porta do quarto. Em seguida e virei para Anna. Não queria insistir para que me contasse, afinal não é assim que nossa amizade funciona. Ela encarou os dedos e eu entendi que não deveria pressioná-la. Voltamos nossa atenção ao filme.
- Você acha que tem alguma coisa errada comigo? – questionei ao ver os personagens principais do filme em uma linda e romântica cena de amor.
- Além de você ser uma velha presa em um corpo jovem? – brincou rindo.
- Estou falando sério. Olha isso, até dois atores interpretando uma cena melosa tem mais química do que o Matheus e eu. – falei chateada. – E tem a Virginia.
- O que tem ela? – questionou curiosa.
- Não sei. Ela tem algo que me...
- Atrai. – completou minha fala.
- Isso.
- Percebi isso desde a festa da sua mãe. Aliás, percebemos. O Miguel também notou. E olha que ele é bem lerdo para essas coisas.
- Então está tão na cara assim?
- Está.
- Você acha que eu sou lésbica?
- Não sou eu quem tenho que responder isso. Você acha que é lésbica?
- Não faço a menor ideia. E nem sei como descobrir.
- Fica com uma garota. – fitei-a. – Que não seja eu. – falou entre risos.
- Ficar com você seria um incesto.
- Isso.
- Mas como eu vou ter certeza apenas por beijos?
- Transa com os dois gêneros.
- Isso implica em ter que trans*r com o Matheus. – de alguma forma aquela ideia não me agradou, lembrei do dia que ele me beijou aqui na minha cama e eu me assustei com o que poderia ter acontecido.
- Alie, pequeno gafanhoto, apenas o fato de você fazer essa cara quando pensa em trans*r com o palerma...- fechei a cara. - ...desculpa, com o seu lindo namorado já diz muito a respeito da sua dúvida. Esse tempo todo e nada de vocês trans*rem. Parece alguém que come a embalagem e deixa o chocolate para lá.
- Nossa que forma bem específica de me explicar. – gargalhamos. O celular dela começou a tocar, ela rejeitou a ligação.
- Eu preciso ir. Me acompanha até lá em baixo?
- Claro.
Nos despedimos na porta. Ao passar pela sala de estar avistei a mammy. Ela me olhou por cima dos óculos de graus e me sorriu. Retribui o gesto e caminhei até ela e me sentei ao seu lado.
- Anna já foi embora?
- Sim, ela está cheia de mistério. Acho que está namorando.
- Namorando? – indagou.
- Acho que sim.
- Entendi. Na hora certa ela conta.
- É eu sei. – ficamos em silêncio alguns minutos. – Você e a mamma já fizeram as pazes?
Ela arregalou os olhos assustada. Acho que pensava que nenhum de nós notaríamos que elas não estavam bem.
- Mammy, apesar de vocês não discutirem na nossa frente é notório que tem algo errado. Foi por conta do que o Arthur fez?
- Não acho que eu deva conversar isso com você.
- Mammy, não sou mais criança. E acho que vocês precisam se acertar logo.
- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe.
- Eu sei que vai, porque vocês se amam.
- Exatamente. Agora vai tomar um banho que o jantar logo será servido.
- Tudo bem. – beijei seu rosto e sai em direção ao segundo andar.
Ao passar pelo corredor avistei a porta do quarto de Arthur aberta. Ele fazia flexão, tinha que admitir o garoto era aplicado. Desde que foi proibido de treinar na academia deu um jeito para fazer exercícios no quarto.
- Deveria estar fazendo isso? – questionei me escorando na porta.
- Ela disse que eu não posso ir à academia. Estou no meu quarto. – deu de ombros.
- Você até que é esperto. – brinquei e ele deu um sorriso. Fui até ele e me sentei ao seu lado na cama. – Vai descer para jantar com a gente?
- Não.
- Deveria.
- Não gosto da cara que o Bernardo faz sempre que eu estou perto. Fora a mamma me questionando das notas o tempo inteiro.
- Você já se desculpou com o Bê? – ele apenas balançou a cabeça negando. – Precisa se desculpar.
- Ele não fala comigo.
- Sabe o que eu acho? – ele me fitou curioso. Como se eu fosse o Mestre dos Magos preste a contar o caminho para a saída do Reino. – Acredito que ele está sentindo sua falta, mas deve estar bem assustado e chateado com sua atitude. Já pensou se fosse o contrário como você se sentiria? – ficou em silêncio. – Pensa nisso. Eu vou tomar banho. – dei as costas e antes de sair escutei sua voz.
-Alice. – me virei para olha-lo. – Obrigado.
- De nada pivete. – pisquei e sai.
Fiquei feliz por ver que o Arthur seguiu meu conselho e desceu para o jantar. Os três estavam na mesa. Vi a cadeira da mamma vazia e me admirei. Ela poderia estar com a agenda cheia, mas sempre dava um jeito de fazer as refeições em casa. Menos, é claro, quando estava em Ouro Preto.
- Cadê a mamma? - questionei me sentando.
- Trabalhando. – a mammy respondeu sem dar margem para mais perguntas.
Seguimos por toda a refeição sem conversar. Arthur respondeu apenas o que foi direcionado a ele. Já estávamos na sobremesa quando a mamma entrou.
- Desculpa! Me atrasei. – comentou dobrando as mangas da blusa.
- Percebemos. Já estamos na sobremesa, Maria pode fazer seu prato.
- Não precisa. Posso apenas fazer companhia a vocês. – sentou-se.
- Deveria ter pensado nisso algumas horas atrás. – a mammy falou entre dentes.
- Eu fiquei presa na empresa. Alguns contratos...
- Não preciso de justificativas, muito menos desculpas. – os meninos e eu trocamos olhares assustados. Ao perceber a cena que estava fazendo a mammy levantou-se. – Eu já acabei, vou para o quarto. Com licença.
Saiu e a mamma nos olhava indignada. Fez menção em se levantar, mas eu segurei seu braço.
- Melhor deixar ela se acalmar. Meninos podem nos dá licença?
- Claro. Eu já acabei. – Arthur disse e saiu, seguido por Bernardo que mantinha certa distância.
- Eu preciso de uma bebida. – levantou-se indo em direção ao bar. Eu fui atrás dela.
- Quero uma dose. – peguei um copo e estiquei em sua direção.
- Desde quando você bebe?
- Mudei, as pessoas mudam. Você e a mammy por exemplo, não conseguem mais ficar no mesmo ambiente sem discutir.
- Isso não é verdade.
- É sim. Mamma, não sei o que aconteceu. Tentei conversar com ela, mas acha que sou criança e não quis me dizer o que está acontecendo. Você não, você sabe que sou adulta e me trata como tal. Então me diz o que aconteceu. – ela me esticou o copo e fomos para o sofá.
- Sua mãe está com raiva por eu estar trabalhando demais. E com razão. – suspirou deixando os ombros caírem.
- Mas você não tem como evitar. Tem?
- Na verdade tenho e já estou providenciando isso.
- Então dá logo um jeito. Antes que ela te faça de churrasquinho. – ela sorriu de canto. Brindamos e bebemos juntas. Ao sentir o gosto na boca, foi impossível não pensar em Virginia.
- Que sorriso bobo foi esse?
- Nada não.
- Claro que tem alguma coisa, você está com um ar diferente.
- Mamma, eu... – antes que eu pudesse completar a frase, a voz grave da mammy rompeu o silêncio na sala.
- Só o que faltava você bebendo com a nossa filha.
- Não é nada demais. Alice já é ...
- Não diz que ela é adulta.
- Mammy, eu que pedi. E nem é a primeira vez que eu bebo. – tentei limpar a barra da mamma.
- Filha, pode nos dá licença?
- Tudo bem. – depositei o copo na mesa de centro e sai da sala. – Boa sorte. – cochichei para a mamma.
Fui para a parte externa da casa, me sentei em uma das espreguiçadeiras e fechei os olhos. Estava com medo de que esse fosse o fim do casamento das minhas mães. E naquele momento me senti sozinha. Tentei ligar para o Miguel e a Anna, mas nenhum dos dois atendeu. E nem sei de onde tirei coragem para completar a ligação que fiz no momento seguinte.
- Alô. Alice? – escutei a voz rouca do outro lado da linha.
- Oi. Sou eu. Desculpa, você estava dormindo? Não queria te incomodar. – esse é o meu problema, quando fico nervosa não consigo parar de falar.
- Não estava dormindo. E não é incomodo você me ligar. – ela fez uma pausa de alguns segundos. – É bom ouvir sua voz. – confessou e eu senti meu coração acelerar.
- Digo o mesmo.
- Mas e aí, está tudo bem?
- Sim. Só queria alguém para conversar, os meninos não atenderam.
- Está dizendo que sou sua segunda opção?
- Na verdade terceira, liguei para o Miguel e a Anna. – brinquei e sabia que ela sorria.
- Então me lembra de agradecê-los por não terem atendido sua ligação.
- Pode deixar. Você está bem?
- Sim, estava aqui editando umas fotos.
- E eu te atrapalhando. Posso desligar se quiser.
- Não! – falou alto, mas logo tentou disfarçar seu tom. – Não precisa desligar, eu acabei perdendo a hora e nem comi nada. Tá afim de sair?
- Eu já jantei.
- Ah! Tudo bem. – soou desapontada.
- Mas posso te fazer companhia. Se você quiser claro.
- Por mim tudo bem. – concordou. – Podemos ir até a padaria. Estou doida por um delicioso pedaço de torta de frango. – sua voz mostrava empolgação.
- Quer que eu te pegue? – ela gargalhou.
- Claro. – respondeu risonha. E só então me toquei do duplo sentido. – Mas não precisa vir me buscar, posso ir andando até lá.
- Certo. Até daqui a pouco então.
- Até.
Desliguei e fiquei encarando o aparelho. Minhas mãos estavam gélidas e o frio na barriga me causava quase uma sensação de que eu iria vomitar a qualquer momento. Me levantei e fui trocar de roupa. Quando sai do quarto a mamma subia as escadas.
- Vai sair?
- Sim, vou encontrar uma...amiga.
- Vai de motorista. Você bebeu.
- Mamma foi uma dose.
- Isso mesmo. Vai de motorista, me mostra que eu tinha razão quando falei agora a pouco que você já é adulta.
- Tudo bem. Pode deixar. – resolvi não insistir.
O carro parou em frente à padaria. Eu respirei fundo. Essa era a primeira vez que estaríamos apenas nós duas em um mesmo ambiente. Apertei as mãos tentando manter minha atenção.
-Vai descer, senhorita? – o motorista indagou.
- Sim, só um minuto. – respirei fundo e sai do carro.
Passei pelas portas do local, meus olhos percorreram todo o ambiente e ao fundo avistei Virginia. Ela me acenou como se eu não fosse vê-la, eu a veria em metros de distância. E caso minha visão falhasse, o meu olfato me levaria até ela por aquele cheiro delicioso e amadeirado.
- Pensei que não ia vir.
- Eu moro do outro lado da cidade. – confessei.
- Nossa! Só marquei aqui porque pensei que morava aqui perto. Afinal você adora esse lugar tanto quanto eu. – senti minha face corar com tal afirmação. - Se soubesse não teria feito você atravessar a cidade a essa hora.
- Não tem problema. – segurei sua mão, ela me sorriu. – Vim de motorista.
- Claro, esqueci que você é patricinha. – implicou e eu apenas assenti.
- Já pediu sua torta?
- Sim. Estão trazendo. Não vai mesmo comer?
- Não estou com fome. Só vim te fazer companhia.
- Isso sim é prova de amor. – comentou rindo e eu senti meu rosto corar. – Ah! Lembrei, sou sua terceira opção. – brincou me fazendo relaxar. – Como você está? Não nos falamos mais desde aquele dia na boate. – falou desviando seu olhar do meu.
- Estou bem. E eu esperei que você falasse comigo.
- E eu esperei que você falasse. Mas pensei que com o que aconteceu no banheiro...- oi? O que diabos aconteceu?
- Espera. O que aconteceu?
- Você não lembra?
- Claro que não.
- Então é melhor a gente deixar assim. Você não lembra, eu finjo que nada aconteceu e nós continuamos nossa amizade. – não consegui decifrar o que ela sentia.
- Se eu te desafiar a contar? – lembrei do dia que nos conhecemos. Ela deu riso de lado.
- Eu não vou contar. Se sua mente bloqueou é porque não foi importante.
- Mas eu nem sei o que houve, como vou saber se foi importante?
- Alice, vamos deixar para lá. – suplicou.
- Tudo bem. – aceitei.
Engatamos em uma conversa animada. Sobre outras coisas. Virginia tinha verdadeira paixão por sua profissão, era perceptível sempre que ela falava sobre fotografia.
- Meu sonho é ganhar dinheiro suficiente para me manter por alguns meses na África, quero fotografar aquele lugar. O sofrimento e ao mesmo tempo a simplicidade da alegria daquele povo.
- Pode conseguir um patrocinador.
- Ninguém patrocina esse tipo de coisa Alice.
- Posso falar com a mamma.
- Não! – respondeu rapidamente. – Não precisa. Um dia tiro isso do papel. Por mérito meu.
- Okay, mas se mudar de ideia me avisa. Posso tentar te ajudar.
- Pode deixar. Acho que está tarde. Melhor irmos embora.
- Nossa! Nem vi a hora passar.
Ela pagou a conta e caminhamos para a saída. Paramos na calçada ela me fitou e falou em tom brincalhão:
- No próximo encontro prometo que iremos a um restaurante chique que seja a sua altura. – ela falou em tom brincalhão.
- Boba. Adorei nosso “encontro”. – fiz aspas com os dedos. – E fico feliz que vamos ter mais um. O que me diz que você não vai sumir dessa vez.
- Não vou. Pode deixar. – ela encarou os pés. – Boa noite. – me estendeu a mão, mas por algum motivo preferi abraça-la. Encaixei nossos corpos, ela de início ficou completamente rígida, mas aos poucos senti seus músculos relaxarem e ela retribuiu o abraço.
Fechei os olhos aspirando o cheiro que vinha de sua pele e cabelo. E como se uma bigorna me acertasse em cheio lembrei do que aconteceu no banheiro da boate. Eu pedi um beijo, e ela negou. Negou ao meu pedido. Me afastei e ela assustou-se com a minha mudança repentina.
- Acho melhor eu ir embora.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, só está tarde. Nos falamos depois.
- Tudo bem.
Caminhei em direção ao carro, entrei e bati a porta. Encarei a figura de Virginia parada no mesmo lugar que eu a deixei.
- Para aonde vamos, senhorita?
- Para casa. Por favor. – o homem deu a partida e eu me perdi em pensamentos
Como eu não conseguia lembrar que quis beijar a Virginia? Como eu não me lembrava que ela me recusou o pedido? Ela recusou. Então não tinha interesse em mim e por isso preferiu não me contar o que havia acontecido, assim poderíamos manter nossa amizade.
Mas e se tivéssemos nos beijado? E se eu tivesse traído o Matheus? Aí Deus! O Matheus, não posso estar com ele e desejar outra pessoa. E eu estou desejando a Virginia, mas aparentemente a Virginia não me deseja. Como vou olha-la de novo, se agora eu sei o que aconteceu?
- Chegamos, senhorita. – o homem falou e eu notei que estávamos na garagem.
- Obrigada. E tenha uma boa noite. – sai do automóvel e fui em direção a casa.
Precisava de uma bebida. Fui ao bar e me servi, tomei todo o líquido e me servi novamente tomando todo o conteúdo de um único gole. Nesse momento meu celular acendeu.
“Espero que tenha chegado bem. Adorei sua companhia.” –V
Suspirei lendo a mensagem. Como ela poderia simplesmente não ter me contado o que havia acontecido? Eu era tão desinteressante assim, para fingir que nada aconteceu?
“Eu sei que você está aí, então não me deixa preocupada e me diz se chegou bem.” – V
“Sim, eu acabei de entrar em casa. Não precisa se preocupar. Boa noite.” - A
“Está tudo bem? Sinto que está chateada, fiz alguma coisa?” – V
“Não aconteceu nada, e você não fez nada. Só preciso descansar.” – A
Na verdade, o problema foi justamente ela não ter feito nada. Custava ter me beijado? Alice, você é uma boa pessoa. E boas pessoas não traem seus namorados. Mesmo que seja com uma linda garota de cabelos longos e perfume amadeirado.
“Tudo bem, amanhã nos falamos. Beijos.” – V.
Não visualizei a mensagem, vi apenas na tela de bloqueio. Tomei mais uma dose e resolvi ir dormir. Precisava descansar ou iria explodir a minha cabeça com tantos questionamentos.
Fim do capítulo
Oiê, voltei. Espero que estejam bem. Usem máscara e comentem o novo capítulo. kkk
Beijokas, amores.
Boa leitura
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lay colombo
Em: 09/09/2021
Isa e Lari precisam muito sentar e conversar sem se alterar, entendo o lado de ambas e sei q com o tanto q elas se amam se elas conversar mesmo, elas se resolvem. Isa tem q entender q os filhos crescem, a gente sempre soube q ela ia ser a mãe coruja mas mesmo assim, tem q aprender a tratar os filhos de acordo com a idade deles.
Espero q o Arthur e o Bernardo se entendam, mas acho q esse dois são os mais tranquilos de resolver por enquanto kkkkkkk
Agora Alice e Virgínia vão ficar nesse chove e não molha por um tempo acredito eu. Bom, pelo q conhecemos da personalidade da Alice até o momento acredito q ela deveria terminar com o Matheus antes de se envolver mesmo nesse rolê, porém não sei se ela consegue, ela claramente tá acomodada nesse relacionamento q eles tem e sem a certeza de q a Virgínia t QR, não acho q ela vai terminar, mas posso tá errada né
Resposta do autor:
Obrigada pelo comentário e por acompanhar a história.
Beijos
Baiana
Em: 22/06/2021
Só acho que a Ana está de rolo com a tia da amiga,e isso não vai dá nada que preste.
A Isa está muito chata e a Larissa focada no trabalho,mas creio que ela está trabalhando dobrado para poder sair e ter tempo para a família, só esqueceu de avisar isso para a esposa,e essa atitude só acarretou desgaste e chateação desnecessários, só espero que ela perceba isso a tempo.
Agora essas duas vão ficar nesse cheiro mole? Estão perdendo tempo,melhor uma delas tomar logo uma atitude
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Mille
Em: 16/06/2021
Essa Alice é doida, como a garota vai te beijar se tu tem um namorando e a Virginia se magoar.
Larissa e Isabela pressionam retomar a cumplicidade de casal e parar de brigar. Gosto não
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Alice está confusa, tadinha. kkk
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