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A Bruxa das Flores por Niiale

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Palavras: 2167
Acessos: 415   |  Postado em: 12/06/2021

Lírio Branco

Capítulo 12 - Lírio Branco

"Pureza"

❁

 Whisper me segue alguns passos atrás, olho para ele. Não é diferente de um animal, fareja as árvores, marca território e parece indeciso se continua a me seguir ou não. Vez ou outra persegue algum animal pequeno como esquilos ou pardais. Cheguei à conclusão que Whisper e Louis possam ser personalidades diferentes que acabaram nascendo dentro dele, baseando nas conversas que tivemos e vendo-o agora ,seus olhos parecem mudar quando seu lado humano surge. Novamente corre atrás de algo, parece um pequeno camundongo, rolo os olhos e continuo a caminhar, algo nele me incomoda, mas me recuso a pensar demais nisso.

 

 Sei muito bem o que preciso fazer e a lua cheia está quase, na próxima noite, Whisper ou Louis terão um papel muito importante em meu plano ou talvez não, ainda estou para decidir. Por agora preciso reencontrar aquele fauno, ele com certeza sabe me dizer onde vou achar o aquilo que preciso.

 

 O sol quente passa por entre as folhas das árvores, deixando uma bela visão. Pequenos seres, espíritos ou fadas disfarçados de insetos como borboletas, mariposas, grilos ou gafanhotos andam por toda parte, duendes passam atrás da grama alta, dríades escondem-se em suas árvores, alguns seres me veem e, curiosos, param por um instante, mas logo voltam a sua própria rotina.

 

 Sinto meu estômago roncar e aquela dorzinha de fome, o que faz sentido, não como desde que cheguei aqui. Viro-me e encaro Whisper, que me olha curioso.

 

 — Está com fome? — pergunto. — Sabe caçar algo além de mulheres inocentes?

 

 Pende levemente a cabeça para a direita como se tentasse me entender, então observo o brilho de seus olhos mudarem.

 

 — Podemos tentar caçar, mas preciso de sua ajuda para encurralar o animal. — diz.

 

 — Não sei se conseguirei ser útil, mas posso tentar.

 

 Whisper se põe a farejar o chão conforme anda, o sigo de perto, poderia ter pedido para Laima localizar algum animal, pensando bem. O lobo branco a minha frente para de forma brusca, fazendo-me trombar em sua traseira.

 

 — Veja. — balança o focinho para frente, olho por cima dele vendo duas lebres selvagens. — Vá pela direita que vou pela esquerda, vamos cercá-los e pegá-los.

 

 Sem esperar minha resposta ele corre para a esquerda com passos silenciosos e precisos. Tento imitá-lo, indo rápido mas devagar. As lebres mastigam paradas no lugar, com olhos semicerrados em preguiça. Whisper se aproxima devagar, faço o mesmo, abaixada. Sem perceber, piso em um graveto, as lebres levantam com as orelhas eretas, uma delas bate a bata direita no chão repetidamente, causando vibrações no solo e ambas saem correndo.

 

 Nós dois nos pusemos a correr atrás dos animais, cada um atrás de um. Lebres são mais rápidas que imaginava, corro o mais rápido que posso, sinto meus pelos eriçados balançarem conforme me movo, o impacto de minhas patas no chão quebrando folhas secas e gravetos, as orelhas para trás, cada vez que minha mandíbula alcança a lebre, o animal pula e se afasta mais. Encurralo-o em uma árvore, mas esses bichos são espertos, pula e usa minha cabeça como apoio, fechando minha mandíbula com força. Chacoalho a cabeça e volto ao nosso pique-pega até que a lebre dentro do buraco embaixo de uma árvore. Tento cavar com minhas patas, mas de nada adianta.

 

 Desisto e saio de orelhas e cauda baixa, resmungando. Procuro Whisper, ele se encontra deitado, em suas patas uma das lebres que não teve tanta sorte. Suspiro, “claro que ele conseguiria, vive mais como lobo que como humano, seus instintos são melhores”, reclamo baixo.

 

 Um cheiro diferente alcança minhas narinas e um pedaço enorme de coxa e sobrecoxa do que parece ser de um porco selvagem  pousa a minha frente, surpreendendo-me. Olho na direção de onde veio a carne voadora, o fauno me encara, carrega em suas costas um pedaço de pano branco embolado em uma mochila transversal, amarrada as duas pontas em seu peito.

 

 — Pode comer. Não está acostumada a caçar, não é? — sua voz é grave mas de certa forma, suave.

 

 Minha fome falou mais alto, não o agradeço e nem digo nada, abocanho a carne com gosto. A maciez da carne nos meus dentes, a textura e suculência encantam minhas papilas gustativas, o sabor dança em minha boca e desce ao estômago, me satisfazendo a cara mordida.

 

 Enquanto como, observo o fauno, ele não é do tamanho de um homem, mas também não é um anão, talvez tenha um metro e cinquenta.  O torço e braços são humanos, mas a cabeça combina o rosto de um humano com o de um carneiro, carregando um par de chifres grossos e enrolados que saem de cima da linha do cabelo, que nada mais é que pelos marrons compridos que caem em seus ombros. O quadril também mescla humano e carneiro com a cauda do animal, da cintura para baixo é coberto de uma densa pelagem marrom com algumas partes brancas contornadas de linhas pretas e, ao invés de pés, possui cascos.  

 

 Ele bate os cascos na grama e senta-se, me observando comer. Deixo de o olhar e me concentro em acabar minha refeição, o que faço com alegria. Se me oferecessem um pedaço desses de porco cru enquanto humana, nunca que aceitaria, mas minha parte lobo agradece a refeição.

 

 — Muito obrigada. — agradeço ao terminar de comer, lambendo os beiços atrás de resquícios de sangue.

 

 — Sem problemas, roubei o pedaço do animal que alguns caçadores mataram. — sorri maliciosamente.  

 

 Whisper se une a nós, também lambendo os beiços a procura de traços da lebre ao redor de seu focinho.

 

 — Você é o lobo do caçador. — o fauno aponta para Whisper e se vira para mim. — E você é a bruxa das flores. 

 

 — Alma. Meu nome é Alma. — Apresento-me. Whisper me olha intrigado, claro, me esqueci de dizer meu nome a ele quando nos conhecemos. Preciso perder essa mania.

 

 — Me chamo Fus. E acredito que queira me perguntar algo. — Vira a bolsa de pano para frente, de onde tira o que parece um cachimbo feito de um galho grosso e adiciona no galho algumas flores maceradas, pelo cheiro são lavanda, camomila e arruda, uma combinação um tanto estranha.

 

 Habilidoso, retira também duas pedras, as quais bate uma na outra, feito que produz faíscas que acendem seu cachimbo. A fumaça é quase insuportável devido a sua escolha de sabores e o que mais me intriga é o fato de o corpo do galho não se rende ao fogo, apenas as flores e folhas queimam devagar, a cada tragada a brasa se incendeia e então se apaga.

 

 — Preciso saber onde encontro a planta Matricis, é também a única que não possuo em minha coleção pessoal. — digo.

 

 — Ah...— solta lentamente a fumaça pelo nariz de carneiro. — Matricis, a planta da feminilidade e seu poder peculiar. Só pode ser encontrada uma vez a cada século e você está com sorte, os brotos dessa planta nasceram por aqui.

 

 — E onde exatamente posso encontrá-la? — pergunto ansiosa.

 

 A resposta demora a vir. Fus fuma seu cachimbo devagar e tranquilo. O cheiro da arruda se destaca entre os demais, percebo agora que a pelagem e o corpo do fauno exalam o odor dessa planta. Pensativo, parece decidir se nos ajuda com a informação ou não, não o apresso e nem imploro sua ajuda, se insistir demais ele nunca me dirá.

 

 Preciso dessa planta para realizar o que planejo para o fim do caçador, não é algo complicado como foi transformar Alex em um tritão, talvez seja um pouco sangrento e doloroso para ele, mas não me importo, ele irá sentir na pele o que fez com as mulheres.

 

 — A Matricis...— Fus pigarreia e esvazia o conteúdo de seu cachimbo virando o objeto de ponta cabeça e dando leves batidinhas, derrubando as cinzas na grama. — nasce em uma mulher cuja imagem tenha sido esculpida por uma planta.

 

 Whisper se remexe ansioso, lembro-me de sua história e que seu vilarejo fora engolido e modelado pelas lavandas que sua mãe cultivava.

 

 — Já fiz o que tinha que fazer por aqui. — O fauno se levanta, ajeitando sua mochila de pano em suas costas novamente, sua pequena cauda se mexe de um lado para outro conforme se vira para ir embora. — Boa sorte em executar o caçador, Bruxa das Flores.

 

 Fus se vai andando em seu próprio ritmo, deixando para trás o aroma da arruda, a combinação de flores em seu cachimbo era tudo que precisávamos: a camomila é a flor responsável por nos livrar de alguma culpa que carregamos, a arruda, assim como a lavanda prosperidade e proteção, talvez tenha nos defumado tanto com seu fumar para nos desejar sucesso.

 

 Viro-me para Whisper que encontra meus olhos com o olhar, está determinado e sua personalidade de agora não é a do cão fiel ao seu dono.

 

 — Me lembrei de uma coisa. — diz ainda sustentando seu olhar. — Enquanto fugia ouvi minha mãe gritar “ não carregue a culpa em seu coração, viva, salve-se Louis!” — a camomila fez seu papel no coração de Louis.

 

 — Desculpe-me por dizer que sua família tem vergonha de você. — desculpo-me. — O caminho que seguiu não é honrado e nem bonito, mas fez o que pôde para realizar o pedido de sua mãe “viva”.

 

 — Farei o que for possível para tentar me redimir e isso incluí dar o fim que meu mestre merece, fazendo-o pagar por seus crimes. Você precisa chegar ao jardim de minha casa, certo?

 

 — Sim, se você puder me guiar.

 

 Whisper ou Louis ou ambos não diz mais nada, corre na direção oposta a que o fauno havia tomado me deixando perdida por alguns segundos mas logo impulsiono as pernas traseiras em uma corrida atrás do lobo de dupla personalidade.

 

 O dia está no fim, raios de sol avermelhados se enfiam por entre as árvores deixando sua marca no chão ora grama ora terra batida, com a certeza que logo desapareceria para dar lugar aos raios frios da lua em seu último dia de crescente gibosa para dar espaço a lua cheia.

 

 Conforme avançamos se torna mais e mais prazeroso o ato de correr, meu corpo praticamente se move sozinho, sinto o vento farfalhar meus pelos cada vez mais depressa, minhas orelhas a subirem e descerem sempre que troco as patas que vão ao chão. Passamos por uma grande árvore e um riacho para então chegarmos no vilarejo. O lugar está abandonado, o odor da lavanda é sentido por todos os lados, as casas de madeira não se sustentam mais, a maioria se encontra pela metade em pé e a outra parte caída em escombros ao seu lado.

 

 Pequenos animais surgem curiosos mas logo se escondem alertas a um possível perigo que possamos apresentar, a corrida termina quando percebo Whisper diminuir o passo e dar a volta em uma cabana também desmoronada. Diminuo a velocidade dando passos ritmados, seguindo o lobo que chegara antes. A cabana mantém uma parte em pé, a outra caída no chão, dela exala além do cheiro da madeira e lavanda, uma leve lembrança de magia.

 

 Contorno a casa e me deparo com o maior campo de lavandas que jamais vira antes, uma corrente de ar balança as flores levantando poeira e pequenas pétalas soltas em um redemoinho que sobe aos céus, como se quisesse alcançar a lua que agora brilha mais que nunca sobre nós, como se já quisesse dar lugar a lua cheia da noite seguinte.

 

 A pelagem de Whisper brilha ainda mais que a luz cinza que nos ilumina, sigo o caminho até ele, passando por diversos bonecos que imitam pessoas, ou talvez sejam pessoas que foram cobertas pelas lavandas, seja como for, seus rostos exibem uma paz que talvez nunca irei alcançar sozinha. Preciso gravar tudo na memória para poder contar a Clara nos mínimos detalhes essa visão tão linda quanto assustadora.

 

 Alcanço Whisper que cheira meu focinho e então olha para a escultura a sua frente: uma pira com uma bela mulher amarrada a uma estaca de madeira, até o fogo as lavandas imitaram, quase como se estivéssemos  presentes no dia que aconteceu.

 

 Subo na pira para olhar melhor e no centro do corpo da mulher, Willa, onde deviam ser seus órgãos reprodutores uma estranha planta vermelha com formato de um cone, onde desse cone da base superior saem de cada lado caules que em suas pontas carregam uma flor branca com pequenas linhas douradas. Diria que a planta representa muito bem o útero feminino e suas trompas de falópio.

 

 E é exatamente essa planta, Matricis, que buscava.

 

 

Fim do capítulo


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