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A Bruxa das Flores por Niiale

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Palavras: 2596
Acessos: 398   |  Postado em: 06/06/2021

Asfódelus

Capítulo 11 – Asfódelus

"Meu arrependimento a seguirá até seu Túmulo"

❁

 

O dia nascera há algumas horas, Whisper se apresentara para mim e Laima resumindo sua história antes e depois de encontrar o caçador e também o que faz para ele e como devo agir em sua presença, o que levara horas o bastante para o dia raiar e ainda estarmos no mesmo local, sentados.

 

 — Muito bem, — digo levanto-me. — Me leve até o vilarejo que vive com Matthew. — pronunciar esse nome me enche de nojo.

 

 — Hoje Matthew tem uma missão, sugeriram uma mulher que pode ser uma bruxa...na verdade acho que ele já teve provas o bastante e está indo para matá-la. Tem certeza que quer trocar comigo hoje? — Whisper me pergunta em tom monótono.

 

 — Tenho certeza. Quero passar um dia na sua pele para entender o motivo de  fazê-lo. — na verdade estou com receio, será que realmente devo trocar com ele nessa missão?

 

 — Bom, tenho certeza que ele vai perceber que você não é eu. Só não sei o que vai acontecer contigo quando ele descobrir. — seus olhos brilham de expectativa, mas posso sentir uma leve ansiedade.

 

 Whisper nos guia pela floresta, de manhã, criaturas que não existem mais na época que estou fazem seus afazeres diários, não muito longe vejo um fauno colhendo pequenas frutas em um arbusto. Vira-se para mim, é um bode com o tronco humano e quadril e pernas de bode, nem tão humano, nem tão bode, é a melhor forma de descrever esse ser. Paro e aceno com a cabeça, voltando a andar atrás de Whisper, que me esperava poucos passos adiante.

 

 Os cheiros do vilarejo atingem minhas narinas, cheiro de terra molhada misturado ao de fezes humanas e animais incomodam minhas narinas. O lobo branco a minha frente para, alcanço-o, parando ao seu lado. Olho para frente, não muito longe depois da moita que nos escondíamos um vilarejo nos espera, construções de madeira se erguem, pessoas andando para lá e para cá, mulheres com vestidos cinzas ou vermelhos, aventais brancos e lenços prendendo os cabelos, vez ou outra uma mulher andava de mãos dadas com uma criança. Os homens vestiam uma roupa que parecia um macacão de mangas compridas com um pelote por cima, amarrado na cintura que dá a impressão de usaram saia por cima do macacão. Animais andam soltos, porcos e galinhas passeiam livres pelas ruas.

 

 Um assobio faz minhas orelhas se mexerem, Whisper corre na frente, rapidamente o alcanço e pulo em sua frente.

 

 — Esse é o chamado de Matthew? — pergunto ao lobo agitado.

 

 — Sim, está me chamando, deixe-me ir! — rosna para mim.

 

 — Esqueceu que vamos trocar de lugar? — bato em seu focinho com minha bata direita.

 

 — Ah! É verdade. — ele se senta ansioso. — Força do hábito. — solta uma tentativa de risada de sua boca.

 

 Novamente ouvimos o assobio, sem dizer nada, corro deixando Whisper para trás. Entro no vilarejo, passando pelas pessoas que me olham com certa alegria. Moscas, moscas por todos os lados, alegres com os cheiros nojentos desse lugar. Nunca vi direito esse homem que procuro, vi em alguns desenhos  e artigos sobre ele no futuro, mas não é preciso mais do que isso, ao bater o olho nele à distância, o reconheço.

 

 Matthew Hopkins me espera, quer dizer, espera Whisper  impaciente de frente para uma construção alta de três andares. Diminuo a velocidade indo ao seu encontro.

 

Logo que chego ao seu lado, sua mão direita se levanta e abaixa bruscamente. Sinto uma pancada na cabeça, minha visão escurece e retorna segundos depois.

 

— Já disse que não pode se afastar de mim quando estamos indo cumprir uma missão. — Sua voz é grossa e áspera, arrepia todos os meus pelos e coloca todos meus instintos em alerta.

 

Um rosnado sobe por minha garganta, balançando todo meu corpo. Novamente, ele desfere outro tapa, resmungando. Cesso o rosnado.  O homem sorri para mim, satisfeito e começa a andar com ar superior, chacoalho a cabeça ignorando a onda de raiva que domina meu corpo e o sigo. Como Whisper aguenta ser tratado assim?

 

 Um pequeno rebuliço de pessoas começa, homens e mulheres se juntam andando atrás de nós. Minhas patas dão passos ritmados, tento manter a calma, sem deixar transparecer a ansiedade que me toma, até agora nem sinal do caçador perceber que não sou seu animal de estimação.

 

 Ao lado de Matthew, posso sentir sua empolgação conforme avançamos, o que eram poucas pessoas se torna uma multidão a nos seguir, sedenta de morte. No meio dela posso sentir que alguns homens e mulheres, praticantes de “bruxaria” também nos seguem. Hipócritas, se divertem vendo os mais fracos e aqueles que nada tem com o assunto serem mortos. Mas não são inteligentes o bastante para perceberem que os lobos que acompanham Matthew também tem magia.

 

  um caminhar ritmado e decidido, nos aproximamos do nosso alvo. Pouco afastada da cidade, encontramos uma fazenda simples com uma casa pequena, aparentemente de dois cômodos. Galinhas e porcos correm soltos pelo celeiro, alvoroçados pelo barulho de gritos que nos acompanham.

 

Matthew para dois passos antes da porta de entrada, que nos recebe aberta. Minhas orelhas mexem-se rapidamente em alerta, farejo todo o ar vindo da casa. Ervas, flores, carne seca; identifico todos os aromas. Essa sim é a casa de uma bruxa.

 

— Whisper...- Matthew sussurra, abaixando-se em minha direção.

 

Sem mais espera, faço o que o verdadeiro Whisper faria e  entro rapidamente na casa. O primeiro cômodo é a cozinha, no qual plantas secas pendem pregadas nas madeiras das paredes, e restos de aves mortas, penas e pelos descansam na mesa. No fogo da lareira a minha frente, há um caldeirão contendo um líquido borbulhante. Movo-me cautelosa para ver seu conteúdo, farejando o ar a sua volta. O que ferve dentro dele é apenas uma simples sopa de galinhas.

 

Afasto-me da lareira, e Matthew entra na casa. Sua expressão demonstra descontentamento perante as coisas que observa, ele vira-se bruscamente para a porta de entrada e grita sua visão, descrevendo tudo que vê de forma vil e cruel, como se estivéssemos na cozinha de um demônio.

 

Ignorando seu discurso, continuo o tour pela casa, entro no próximo cômodo e localizo, à direita, um quarto pequeno. Debaixo da janela, há uma cama simples, apenas um estrado de madeira com cabeceira limpa, livre de qualquer adorno, entalho ou brasão. O colchão de penas, as cobertas e travesseiros estão caídos no chão. De frente para a porta, encontra-se um grande baú comprido e alto, completamente trancado com um grande cadeado e correntes. Ao lado da cama uma mesinha comum foi colocada, apenas um grande pedaço de madeira em cima de dois cavaletes, e em cima dela, uma bacia e jarra de água. A casa era tão comum como a de qualquer cidadão dessa época poderia ser. Ainda sim, Matthew continua sua descrição da casa do demônio.

 

 Ando até o baú. Um cheiro estranho emana do mesmo, algo se esconde dentro dele. Calmamente encosto a pata direita na tampa da caixa de madeira, que é muito maior do que  baús usuais, e algo movimenta-se rapidamente, impedindo-me de fazer qualquer fazer qualquer aproximação. Um gato branco salta de trás do caixote, chiando ameaçadoramente. Esquivo, afastando-me. O animal encara-me rosnando; sua cauda e todos os pelos do corpo eriçam-se. Sento-me de frente para ele.

 

 — Você não é o lobo que acompanha o caçador. — a boca do gato abre, soltando as palavras. Até ele percebeu.

 

 — Não, fui contratada para um trabalho pelo animal do caçador. — digo.

 

 — Você é a bruxa das flores. — sua voz sai entre um chiado.

 

 Não respondo, apenas o encaro.

 

 — Salve-a! Salve minha mestra! — para de chiar, implorando-me.

 

 — Não posso, tenho duas missões a fazer aqui. — Um grande arrependimento de trocar de lugar com Whisper enche meu corpo. — A morte de sua mestra não pode ser mudada, mas prometo me vingar. O caçador não escapará com vida.

 

 — Então você não é diferente do verdadeiro animal do caçador! — volta a chiar.

 

 — Holt! – Uma voz suplicante grita de dentro do baú.

 

O felino vacila, desviando sua atenção de mim para o baú, e é desse momento que me aproveito. Num bote preciso, abocanho o bichano pela garganta. “Holt” debate-se inutilmente, sem conseguir atingir-me com suas unhas. Solto-o e piso em suas costas, prendendo-o no chão.

 

Levanto a cabeça, posicionando as orelhas para trás, e faço exatamente o que Whisper me dissera para fazer ao encontrar o alvo de Matthew, um uivo cruel sai de minhas entranhas, percorrendo todo o caminho até soltar-se de minha boca.

 

Matthew entra correndo no cômodo e olha para mim, percebendo o gato indefeso sob minhas patas. Desvio meu olhar dele e encaro o baú.

 

Um grito de felicidade e insanidade explode de sua garganta. A mulher do baú, que entendeu a situação, grita desesperada. Sua voz sai entre soluços, várias vezes mencionando o nome do gato que prendo firmemente. O animal, por sua vez, mia o nome de sua dona com o tom tão choroso quanto o dela.

 

Sem esforço nenhum, Matthew puxa o que consideraria sua “arca de tesouros”, levando-o para o cômodo principal da casa. Posso ouvir a euforia da multidão, vários passos e gritos, homens ajudando Matthew com a carga.

 

Holt estremece sob minha pata, gritando, chiando, tentando fugir em vão. Abaixo-me, deitando ao seu lado.

 

— Mesmo se eu te soltar agora, você não vai poder fazer nada — sussurro em sua orelha.

 

— Whisper! – Matthew chama meu nome.

 

Abocanho novamente o gato pelo pescoço. Minhas palavras o afetaram, pois ele já não se mexe mais. O chão de madeira range conforme ando, olho todos os cantos da casa, e o gato em minha boca parece fazer o mesmo, como se estivesse relembrando de todos os momentos que viveu nesse lugar com sua dona.

 

Fecho os olhos, reprimindo um sentimento de culpa. Impulsionando as patas traseiras, corro para fora da casa com minha presa balançando de um lado para o outro.

 

A multidão espera-me do lado de fora. Um grupo de pessoas com tochas em mãos passam por mim, jogando-as na casa, e o fogo espalha-se timidamente, quase de luto pelo que acontece.

 

Crianças tentam pegar o gato de minha boca. Rosno ferozmente para afastar qualquer um que se aproxime.

 

— Deixem o cachorro em paz! — Alguém grita para as crianças, que desistem de sua irritante missão.

 

Atravesso as pessoas, chegando até Matthew. Quatro homens carregam o baú gritante, enquanto o caçador segue atrás com um sorriso satisfeito.

 

— Achou um belo jantar hoje. — Ele acaricia minhas orelhas, olhando o gato.

 

Marchamos até a cidade, na praça central, encontrando uma pira parcialmente erguida, aguardando as novas vítimas.

 

Os homens deixam o baú cair pesadamente no chão. Outros se aproximam com machados, e ao vê-los Holt volta a chorar e espernear. Sento-me assistindo a cena. Com brutalidade, os machados destroem o tampo do caixote, sem o menor cuidado para não atingir a dama dentro dele.

 

Com a tampa destroçada, puxam a moça de dentro, e algumas partes de seu corpo magro sangram devido as machadadas. Seus cabelos ruivos dançam conforme ela debate-se. Outras senhoras são trazidas, amarradas em escadas. Mulheres simples, parteiras provavelmente acusadas de sacrificar crianças que já nasceram mortas.

 

A única bruxa de verdade que será morta essa noite é a dona de Holt. Mesmo se debatendo, não consegue soltar-se dos braços firmes dos homens que a amarram.

 

Todas as vítimas são erguidas, choram, gritam, pedem piedade. Menos a dona do gato que pende em minha boca. Ela olha para todos com raiva, com sede de vingança. O fogo é aceso e espalha-se rapidamente, cruel. Um calor terrível toma conta do lugar. Holt mia desesperado. As pessoas gritam eufóricas, crianças dançam alegres umas com as outras, uma cena um tanto perturbadora.

 

Os olhos raivosos da dama da caixa de madeira encontram os meus. Observo escondendo qualquer remorso. Calmamente, solto o gato no chão. Seu rostinho felino encara-me com ódio.

 

 — Espero que cumpra suas palavras, bruxa das flores. Vingue a morte que cometeu hoje.

 

Mesmo com a chance de atacar-me, Holt simplesmente me dá as costas, corre e atira-se no fogo, juntamente com sua dona.

 

 Uma onda de ansiedade me atinge ao presenciar a cena, corro sem saber para onde, o ar tornando-se pesado, difícil de puxar. Trombo nas pernas de alguém que cambaleia mas se mantém firme em pé. Olho  para cima, uma bela mulher carregando uma cesta de palha sorri para mim.

 

— Whisper parece que foi ótima novamente! —  diz alegre. — Aqui, coma isso. — deixa cair uma enorme galinha bem assada e sai apressada.

 

 Encaro o prêmio que me foi dado, a cena volta a minha mente, o olhar da mulher, o gato atirando-se a pira. Ajudei a matarem uma inocente, sou tão hipócrita quanto aqueles que estavam na multidão.

 

 O ar me falta novamente, sinto meu coração bater forte, quase saltando de minha boca, um tremor toma meu corpo.

 

 — Alma! — Laima aparece pousando a minha frente. — Acalme-se Alma! A culpa não é sua. Aquela mulher ia morrer seja você lá ou não.

 

 — E-eu podia tê-la salvo! — gemi.

 

 — Você não está aqui para salvar ninguém, muito menos mudar o destino de alguém. Está aqui para consertar o que foi alterado e cumprir com o pedido de Whisper, o que fez, agora foque em vingar aquelas que aquele homem matou.

 

 — Vai comer isso? — Whisper surge.

 

 — Como consegue comer depois de fazer as coisas que faz?! — meu grito sai com um latido raivoso e arrependido.

 

 — Você se acostuma. — abocanha com gosto a galinha.

 

 — Acostuma como?! — pulo em cima dele rosnando, rolamos com a força de meu golpe, prendo-o embaixo de mim. — Você percebe que ele nem sequer notou que somos diferentes! Como se acostuma com isso? Com os tapas que leva se o desobedecer?

 

 — Você não entende! — desvia o olhar.

 

 — Não, não entendo. — saio de cima dele. — Isso para mim é síndrome de Estocolmo.

 

 — Síndrome de que? O que é isso? — claro que ele não sabe, não foi dado um nome ainda nessa época.

 

 — Esquece.— suspiro. — Já fiz o que me pediu, não precisa mais de mim. Agora irei cumprir o que vim fazer. Mas...— olho em seus olhos. — Não se esqueça que prometeu me ajudar caso seu horrível dono não sentisse sua falta, você terá um papel importante em meu plano.

 

 Dou-lhe as costas e ando, ignorando a ânsia de vômito que me subia pela garganta.

 

 — Espere! — me chama. — O que tenho que fazer?

 

 — Por agora pode fazer o que quiser.  — não paro e nem olho para trás.

 

 — Então vou com você.

 

 Whisper segue devagar atrás de mim, encarando o chão. Posso sentir a tristeza e dor da traição se mostrando.

 

 Aquele homem vai sentir na pele o que faz com suas vítimas.

Fim do capítulo


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