Entre Laços por Dud
Capitulo 9 - Férias
A campainha soou e Manuela foi correndo atender, sabia de quem se tratava, já sorria quando abriu a porta e viu a loira de biquíni e short jeans, o cabelo tinha um coque frouxo, assim como o sorriso.
— Oi, vamos viajar! – Cecilia disse e logo se virou indo para a casa, mas voltou no meio do caminho, parou na frente da morena que parecia confusa e lhe deu um selinho – Vai, você vai se atrasar, Manu.
— Pra onde vamos, Cecilia? – a morena ainda tinha a interrogação na cara, mas agora um sorriso bobo acompanhava.
— Casa de praia da família das irmãs, os pais liberaram, sem dia pra voltar. Vai logo, Manu! – a loira respondeu e foi correndo pra casa, mas antes de entrar parou a porta – Você tem 1 hora.
Manuela entrou em casa desesperada e foi acordar a irmã, que dormia feito pedra de tão cansada, sentiu pena, depois do dia da festa Júlia trabalhou todo o tempo que podia pra conseguir descansar, foram 3 dias quase que inteiros no hospital, Manuela sabia que era melhor acordá-la e levar ela pra essa viagem, ela poderia descansar e relaxar do estresse da cidade, mas sabia que se a ruiva soubesse que era a casa da família da Melina, não iria, então, resolveu omitir o fato.
[...]
Já havia 2 horas que Cecília, Manuela, Júlia e Catarina estavam no carro, Catarina e Júlia dormiam e não acordavam nem nas curvas mais fechadas, depois de tirar quase 100 fotos das duas, Manuela resolveu se concentrar em algo melhor.
— Já falei que você dirige da forma mais sexy que eu já vi? – a morena disse sorrindo para a outra, que tinha uma mão na coxa da outra.
— Eu não sabia que existia um jeito sexy de dirigir – Cecília riu e colocou a mão no cabelo da outra.
— Pois existe e é o seu! – ainda sorrindo, Manuela tombou o rosto enquanto encarava a loira – Se você soubesse o que quero fazer com você... – Manuela falou de forma sexy e mordeu o lábio inferior.
— Manuela, eu preciso me concentrar, olha como você me deixa – Cecília mostrava o braço arrepiado e sentia seu corpo suar frio.
— Se você soubesse como você me deixa e como estou agora – a morena se insinuou novamente e viu Cecília ajeitar a postura, estavam em um pequeno engarrafamento, era dia de sol e todos queriam um pouco de praia.
— Deixa eu ver! – Sem avisar, Cecília enfiou a mão na saída de praia da morena e com a habilidade que tinha, tratou de passar a parte de baixo do biquíni pro lado, passou apenas o indicador e sentiu Manuela molhada, escorregadia e muito receptiva, tentando prestar atenção na estrada, procurou o clit*ris da outra e fez uma pequena pressão – O que pensou pra te deixar assim?
— Vo.. você! – Manuela tentava falar baixo e esconder a cara de tesão que sentia, não imaginou a loira tão ousada e tampouco imaginou que estava naquele estado só imaginando coisas com a futura advogada – As meninas aqui... Cecília!
— Você provoca demais Manuela! – a loira falava baixo, olhava o tempo todo para estrada e se arrependeu de desviar os olhos para a morena, Manuela tinha os olhos fechados e o lábio inferior estava sendo mordido como se ela estivesse engolindo o som, a respiração era descompensada e as mãos estavam na lateral do banco, como se ela se segurasse, Cecília chegou perto do ouvido da outra e mordiscou de leve – Você é muito gostosa! – Sussurrou e começou a fazer movimentos circulares, Manuela jogou a cabeça para trás e apertou mais os olhos, Cecília beijava seu pescoço e sentiu uma mão ir até seu braço e apertar, a respiração descompensada fez Manuela abrir um pouco a boca em busca de mais ar, mas um gemido rouco e longo saiu, fazendo Cecília aumentar a velocidade.
O som da buzina fez a loira pular de susto e voltar a ficar totalmente em seu banco, Manuela conseguiu abrir os olhos e viu que os carros da frente já tinham andado boa distância, sentiu o carro voltar a andar e viu Cecília sorrir daquele modo sacana, ajeitou o biquíni e voltou a olhar para a estrada.
Cerca de 20 minutos depois, chegaram a um condomínio, as casas eram grandes, algumas pareciam estar vazias, outras rolavam festas e outras apenas família. Cecília seguiu para a beira do mar, parou em frente a um portão de ferro e entrou, estacionando o carro. Júlia e Catarina acordaram e saíram rápido do carro, estavam animadas, pegaram todas as bolsas e entraram na casa, deixando as duas sozinha.
As duas se encaravam, como se fossem imãs, se beijaram, a mão da loira estava no pescoço da morena, que segurava no braço da outra, o beijo era intenso e cheio de vontade, as duas se beijavam como se fossem apagar o incêndio que ambas tinham dentro de si com aquele beijo, mas a cada segundo que passava, o fogo parecia aumentar. Manuela foi a primeira a quebrar o contato das bocas e encostou a tesa na da outra.
— Não me provoca desse jeito de novo, Manuela, ou eu juro que não vou me importar se tem alguém por perto – Cecília dizia ameaçadora, Manuela tremeu apenas imaginando como seria a loira tomar ela em sua cama, mas sabia que precisava se controlar.
— Vamos, devem estar nos esperando – Manuela deu um selinho demorado e sorriu saindo do carro.
Manuela seguiu para a porta de vidro, que tinha insufilm, não via nada na parte de dentro, entrou e viu que dava diretamente na cozinha ampla, conseguia ver a sala que tinha vidraçaria no lugar de parede, era tão espaçosa quanto a cozinha, a sala dava para a frente da casa, onde tinha uma piscina e uma churrasqueira, Manuela via nitidamente Melina agarrada com a Natalia na piscina e foi em busca da irmã. As outras meninas estavam na sala, pareciam apreensivas, mas Manuela estava mais preocupada com a irmã.
Cecília entrou com cara de boba e Ana, Catarina e Rafaela se levantaram ao mesmo tempo, Melina viu a movimentação e foi ao encontro das outras. Cecília estava confusa e ficou mais ainda quando a mão de Rafaela a puxou para o sofá, onde sentou, todas as outras sentaram no chão, formando um semi circulo.
— O que aconteceu? – Cecília perguntou confusa.
— Muito sonsa, meu Deus – Catarina disse num tom de reprovação.
— Vou bater nela, Ana, me segura – Rafaela ria, enquanto Ana fingia segurar a mesma.
— Eu não sei o que tá acontecendo! – Melina admitiu e Ana foi em seu ouvido sussurrar algo que a loira não conseguiu ouvir, Melina revirou os olhos e depois abriu a boca, fingindo indignação – Mas é muito falsa, né dona Cecília.
— O que eu fiz? – A loira parecia cada vez mais confusa com aquilo.
— Você sabia que a porta da cozinha é de vidro? – Ana perguntou fingindo não querer chegar a lugar nenhum.
— Eu percebi, aliás, conheço a casa – Cecília estava cada vez mais confusa e não conseguia entender o comportamento das amigas.
— Lembra como você descobriu que eu tinha ficado com o Jonas aqui? – Catarina questionou já rindo.
— Sim, - Cecília ria com a lembrança – a festa toda viu, vocês foram ficar atrás da porta e esqueceram que dá pra ver de dentro pra fo... – A risada da loira foi cessada e ela apenas suspirou, já tinha entendido tudo, as amigas a olhavam com uma certa reprovação. – Vocês me viram beijando a Manu no carro, certo?
— Por que não contou, Maria Cecília? – Catarina questionou mais uma vez.
As meninas ficaram fazendo um interrogatório longo, queriam detalhes e mais detalhes, não entendiam o porque das duas esconderem, mas já tinham descoberto, Manuela iria sofrer depois nas mãos daquelas meninas, queriam primeiro matar Cecília e poupar um pouco mais a beleza da Manu, como Rafaela mesma disse.
Na parte de cima da casa, Manuela se encontrava na cama de casal, esperando a irmã sair do banho, o que demorou um pouco. Júlia já sabia o que a morena queria e não sabia se estava afim de entrar no assunto, mas teria que falar de alguma hora.
— Você sabia que a casa era da família dela? – A ruiva questionou séria, terminava de amarrar o biquíni preto.
— Sabia! – Manuela confessou abaixando a cabeça.
— Por que não me contou?
— Não fica brava, Jú, não queria que você deixasse de tá aqui por causa desse detalhe, hora nenhuma ela falou que não queria você aqui. – A morena se justificou – Eu não sabia que a Natalia estaria aqui.
— Agora já estou aqui, não tem muito o que fazer. – Júlia parecia brava e um pouco frustrada – Na próxima, deixa que eu decido se isso é um empecilho ou não, tá? Por favor.
Manuela assentiu a cabeça e ouviu vozes gritando seu nome, foi ao encontro das meninas que pareciam bravas, elas estavam do lado de fora da casa com alguns baldes perto dos pés, Melina sorria perversa. Natalia sorria dentro da piscina,
— Fecha os vidros! – Melina disse mais em tom de ordem que pedido, mas Manuela o fez. – Então quer dizer que a senhorita escondeu que tava beijando a boca dessa safada loira. – Manuela arregalou os olhos e procurou Cecília, sentiu um calor se aproxima por trás e ficou aliviada de ser ela.
— Ué, como descobriram? – Júlia apareceu e Melina vacilou o olhar, tentava evitar qualquer pensamento que fosse com a ruiva, mas estava sendo difícil com ela só de biquíni.
— Então você também sabia sua safada? – Foi a vez da Rafaela de acusar.
— Que caras são essas? – Júlia perguntou desconfiada e olhou para Cecília que estava o tempo todo ali embaixo.
— Eu não sei, elas me pediram pra eu arrumar o quarto que vou dormir e quando desci já estavam aqui – Cecília se defendeu.
— Vocês vão ver o que é – Ana disse rindo.
Manuela olhou confusa para a loira, mas despertou quando sentiu algo acertar sua barriga e logo depois sentiu um liquido escorrer, molhando sua saída de praia, era bolas cheias de agua. Logo vieram mais, acertando Cecília e Júlia, as meninas riam. Júlia foi a primeira a ir atrás de um balde de alguma delas pra poder atacar as outras. A guerra estava feita. Depois que as bolas acabaram, Cecília e Júlia pegaram as meninas e as jogaram na piscina, logo depois pularam. Manuela foi nadando para os braços da loira e sorriu abraçando a mesma, beijou a boca que tanto te tirava o sono e ouviu o alvoroço. Sorriu entre o beijo e agradeceu mais uma vez por Cecília ter aparecido em sua vida.
Fim do capítulo
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