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A feiticeira e a loba por Alex Mills

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Palavras: 3087
Acessos: 1229   |  Postado em: 07/06/2021

Aprendendo

Um ano depois...

 

—Sel, vamos admitir. Se você passa mais tempo aqui que na sua casa, é fundamental que você arrume a bagunça que você faz.

—Eu aposto que você tem um feitiço de limpeza.

—Claro. Se chama contos de fadas para crianças. Levanta dessa cadeira e vai limpar.

—Está bem, mãe.

Emeril revirou os olhos, mas Selen logo levantou, oferecendo um beijo em sua testa.

—Desculpe. Vou ser mais organizada.

—Eu agradeço. Não me incomodo que fique aqui, não me incomodo se vier morar aqui. Só seja menos relaxada.

—Apenas se ficar menos estressada. — Sorriu, tirando os cabelos dela dos ombros e segurando seu rosto para poder acariciá-lo. — Você está nervosa demais.

—Estou cansada.

—Porque está treinando demais.

—Eu preciso terminar esse livro de forma adequada.

—Mas não vai fazer isso ao se pressionar demais.

—Já faz um ano.

—Você fez dois aniversários desde que nos encontramos. Você amadureceu. Mas não atingiu a idade que sua espécie considera adulta. Não acha que seja por isso que ainda não consegue?

—Eu não sei. Simplesmente não sei. Não conheço outro mago para perguntar.

—Posso encontrar um para você tirar suas dúvidas.

—Não. Não me deixe aqui. Iria enlouquecer.

Selen sorriu, beijando sua bochecha e arrumando o colarinho de sua camisa.

—Eu não posso ajudar com os últimos feitiços, mas posso tentar te ajudar a relaxar. Deixe que eu arrume as coisas aqui, eu arrumo o jantar, e você deixa o livro aqui e vai mergulhar na cachoeira. Vai te ajudar a aliviar essa tensão nos seus ombros.

—Eu não sei, Sel.

—Ninguém está vindo atrás de você, Emeril. Você não precisa correr ou se apressar. Afinal, esse é o livro que sua mãe colocou tudo que aprendeu durante a vida. Não vai dominar tudo em um ano.

—Okay, você tem razão. Estou indo rápido demais.

—Sim, gênio. Para uma bastarda, sua mãe ficaria orgulhosa com o tanto que você aprendeu nesses anos.

—Você acha? — Sorriu cansada enquanto recebia as carícias no rosto. — Ela iria ter gostado de te conhecer.

—Mas eu faço tanta bagunça na casa da filha dela.

—Sim. Mas você cuida de mim também. É um ponto a seu favor.

—Ao menos um. Agora vai dar sua volta, vou deixar tudo organizado.

—Tem certeza? Você pode vir comigo.

—Seria ótimo. Mas sei quando você precisa de um tempo sozinha.

Emeril selou seus lábios aos da elfa em agradecimento, partindo logo em seguida.

Emeril havia construído sua casa longe da aldeia, e fez várias modificações do que sabia ser o estilo que eles estavam acostumados. Também era feita de bambu, mas com duas camadas a mais nas paredes para fortificar sua estrutura. Não havia ponte nem abertura na árvore. Sua escada era feita de madeira e corda, presa a árvore numa das pontas, restringindo a entrada e saída de desconhecidos, dando-lhe a escolha de deixar subir ou não para a sua casa.

Dentro continuava simples, com seu quarto separado dos demais cômodos e com a janela dando espaço para uma privilegiada vista do sol pela manhã.

Emeril deixou sua casa para trás e subiu em sua pedra, com a incansável vista da floresta e além. Com a nova casa, uma nova trilha foi feita, mais demorada, mas não menos compensadora pela paz que encontrava ali.

Havia se passado pouco mais de um ano, e muito tinha mudado em sua nova rotina. Os estudos com o livro de sua mãe tinham continuado, ainda mais intensos, na mesma clareira que havia começado. Grande parte dos feitiços haviam sido estudados e praticados até que ela tivesse certeza de que estavam bem memorizados sem o auxílio do livro. Mas havia outra porção de feitiços que lhe eram indecifráveis, e sem recursos ou a quem recorrer, somente lhe restava a tentativa e erro durante os treinos, o que a deixava ainda mais frustrada.

—Se você vive, onde você está, mãe?

A pergunta ecoou no vento, e ela esperou que as palavras chegassem em algum lugar que pudesse lhe oferecer resposta.

—Há tanta coisa que preciso saber. Coisas que somente você poderia me dizer. Onde você está?

Deitou de bruços na pedra, olhando para a água calma lá embaixo. Suspirou, lembrando todos os momentos que tinha passado lá embaixo, mas o único que tinha compartilhado com Selen ali em cima. Em meio a toda turbulência que tinha sido a mudança e adaptação naquela parte da floresta, Selen tinha sido de grande ajuda no processo, sua grande instigadora a prosseguir.

Levantou-se, respirando fundo, virando as costas para a cachoeira e fechando os olhos, lentamente espalmando uma mão sobre a outra acima da cabeça. Então saltou, girando o corpo e o mantendo ereto, segurando a respiração instantes antes de atingir a superfície da água. Mergulhou até o fundo, nadou até a superfície, e se deixou boiar, sem se importar com as roupas molhadas.

—Onde você está, Ilis?

Outra vez, permaneceu sem resposta. Ainda assim, sentiu-se mais leve durante aqueles momentos sozinha. Voltou para casa, sorrindo ao encontrar Selen no chão, assando sua recente caça.

—Estamos esperando convidados?

A elfa se virou, balançando a cabeça ao ver suas roupas.

—Eu imaginei que fosse estar com fome quando voltasse.

—Estou faminta.

Selen se levantou, então Emeril avançou, puxando seu rosto na sua direção, beijando seus lábios com paixão. Ainda que pega de surpresa, a elfa retribuiu, abraçando sua cintura e a puxando para perto. Emeril envolveu as pernas ao redor da mulher, que apoiou as mãos em suas nádegas, pressionando seus corpos na árvore. Ficaram assim até a elfa afastar o rosto, procurando por explicação nos olhos castanhos da feiticeira, mas ela somente sorriu, deslizando a língua pelos lábios.

—O que encontrou na sua caminhada foi bom assim? — Provocou.

—Talvez o que tenha encontrado no fim do caminho seja melhor ainda.

—A carne?

—Sua carne? Sempre.

Selen riu, distribuindo suaves beijos pelo rosto dela, que cruzou as pernas mais firmes em torno da sua cintura.

—Iríamos desperdiçar uma ótima caça. — Sussurrou contra a pele úmida. — Além de que eu... tenho uma surpresa para você.

—Que surpresa?

—Depende de qual vai ser a carne que vai comer, querida.

—Que golpe baixo, elfa. Devia imaginar que seria capaz disso, sendo da sua espécie. Você ganhou, mostre o que preparou.

—Você quem sabe.

Sorriu, selando seus lábios antes de deixá-la descer do seu colo, recuando alguns passos para lhe dar espaço.

—Vá trocar de roupa, eu vou terminar os últimos detalhes.

Ela assentiu, movendo a mão em direção ao chão e fazendo um círculo roxo aparecer, repleto dos símbolos presentes nos seus feitiços. Subiu em cima dele, sendo levitada rumo a sua casa. Quando entrou, ficou contente em ver tudo arrumado, e surpresa ao ver uma nova muda de roupas em cima da cama.

—Como essa maluca conseguiu uma saia?

Tirou as roupas molhadas, trocando as peças íntimas, somente então vestindo a saia vermelha, com uma fenda na parte da frente. Sorriu com a sensação nova, admirando-se em frente ao espelho. Prendeu o cabelo num rabo alto e vestiu o top branco. Desceu da mesma forma, atraindo o sorriso aberto da elfa.

—Você achou. — Disse, recebendo o abraço agradecido dela.

—E você lembrou.

—Você disse que queria um vestido ou uma saia, para saber como que era. Assim você poderia criar mais.

—Sim. Minha mãe sempre estava com os vestidos mais lindos. — Sorriu, olhando contente para a mulher. — Como conseguiu um desse?

—Apenas fiz uns recortes no tecido que trouxe a garrafa.

—Que garrafa?

—É um vinho da minha cidade. Estava guardando para uma ocasião especial.

—Ocasião especial? Finalmente vai me contar qual a data do seu aniversário?

—Não. Eu só achei que podia escolher um dia e fazer dele especial.

—E você quer compartilhá-lo comigo?

—Sim, eu quero. E nós merecemos uma noite de descanso.

—Você tem razão. As árvores que você destruiu durante o treinamento vão ficar agradecidas.

Selen riu, beijando a testa de Emeril antes de guiá-la para junto da fogueira, onde tinha estendido uma toalha no chão. Sentaram lado a lado, e ela mostrou a garrafa com o líquido vermelho dentro.

—Essa é uma daquelas bebidas que meu pai falou que deixa as pessoas animadas?

—Provavelmente. Como você nunca bebeu algo assim, sugiro que vá com calma.

—Ah, claro que não. Nada me derruba.

Ela abriu a garrafa, tirando a rolha, tomando dois longos goles. Selen riu da careta que ela fez logo em seguida, tomando a garrafa de sua mão.

—Para a sua sorte, essa bebida não é das mais fortes.

—Tem outras ainda mais fortes?

—Ah, você não faz ideia.

—E você já bebeu?

—Claro que sim. — Sorriu, bebendo um gole da garrafa. — Um dia ainda vou te levar para conhecer minha terra.

—E sua mãe?

—E minha mãe.

—Eu iria adorar.

—Então, assim que se sentir pronta para deixar a floresta, nós partimos.

Emeril beijou sua bochecha e pegou a garrafa de sua mão, tomando mais um gole, sentindo o liquido descer queimando pela sua garganta, mas gostou da sensação. Selen cortou um pedaço do porco para ambas, ainda dividindo a garrafa.

—Sempre tive uma curiosidade, sobre você. — A elfa falou, atraindo a curiosidade de Emeril. — Magos podem se transformar em dragões, a maioria, pelo menos, ou em aves de grande porte.

—Sim. Minha mãe se transformava em dragão.

—Mas até onde sei, bastardos comuns não podem. Mas sua mãe era... sua mãe. Você pode...?

—É uma pergunta complicada de responder. — Ela riu alegre. — Eu não posso me transformar num pássaro grande, muito menos num dragão, eu acho, nunca tentei.

—Como assim nunca tentou?

—Nunca tentei ir além.

—Então acontece alguma coisa.

—Sim. Não é algo bonito de se ver, acredite em mim.

—Por que não? Como você fica?

—Horrível. Com chifres e asas grandes e ásperas, como de dragão.

—Então sua pele...

—Sim, também ficam assim.

—Deixe-me ver.

—Não.

—Ah, confie em mim. Não deve ser tão ruim, criatura vaidosa.

—É horrível.

Emeril terminou outro pedaço de carne, dando um gole maior na garrafa, que estava na metade. Selen virou seu rosto, beijando sua bochecha.

—Você já viu as cicatrizes nas minhas costas, sabe que são feias e não mostrou se importar. Qual seria a diferença aqui?

—Eu entendo seu ponto, mas já faz muito tempo que não uso isso. Eu não sei como vai estar agora.

—É uma parte de você, não esconda. Mostre-me.

—Sel...

—Não me faça implorar. Eu quero ver.

—Está bem. Não grite quando ver.

Selen revirou os olhos, mas continuou em expectativa. Emeril deu longos goles na garrafa antes de se sentar no colo da elfa, sorrindo ao tirar o top que estava vestindo. Selen riu, sem entender, beijando um seio de cada vez para incentivá-la a continuar. Emeril pegou as mãos dela e as colocou em suas costas, respirando fundo algumas vezes antes de deixar as asas negras saírem de sua pele, soltando leves gemidos doloridos pela sensação que há tanto tempo não sentia. Selen sentiu a grossa camada sair das suas costas, assistindo, diante dos seus olhos, a pele negra da feiticeira se tornando mais áspera e mais quente que o habitual. Dois chifres cresceram no topo da cabeça dela, curvados para trás, ambos prateados. Os dedos de Emeril pressionaram nos seus ombros, tentando controlar os gemidos de dores que ecoavam da sua boca.

—Relaxa, querida, relaxa. — Selen falou, subindo as mãos para o seu rosto. — Você está tão linda.

Emeril baixou a cabeça, sua testa colando na da elfa. Sua respiração estava acelerada quando as asas se estenderam para o lado, alongando-se. Quando abriu os olhos, estavam completamente brancos.

—Tudo cresceu. — Falou, controlando a respiração, ainda sentindo tudo dolorido.

—Isso já tinha?

Tocou suas orelhas, que tinham se alongado e ficado pontudas. Emeril também tocou, surpresa.

—Ah, ótimo. Pareço mais elfo que você agora.

—Ei. — Protestou, mas acabou sorrindo. — Você tem características de dragão, mas continua parecendo humana.

—Bem... Esta sou eu. Você não pirou então...

—Eu adorei. Não há nada a se envergonhar.

Emeril sorriu, voltando a fechar os olhos, sentindo com mais cautela as mudanças no seu corpo. Até mesmo o toque de Selen estava diferente em sua pele.

—Sel, essa bebida altera os sentidos?

—Te deixa mais animada, depois te deixa lenta.

—Estranho. Da última vez que me transformei, continuei sentindo quase da mesma forma.

—Quando foi isso?

—Eu tinha 12 ou 13 anos.

—Você não muda de forma há 5 ou 6 anos?

—Eu me senti horrível quando me olhei no espelho.

—E agora?

—Não sei. Está diferente agora. Meus sentidos parecem... melhores.

—Claro que sim. É uma forma diferente, avançada em relação aos humanos. Eu diria para testarmos o que você pode fazer assim, mas acho que você bebeu demais para isso.

—Provavelmente. Estou me sentindo zonza.

—Zonza demais para subir a escada, suponho.

—Talvez possa voar.

—Se pessoas com duas pernas causam problemas quando bebem, imagina uma com duas pernas e um par de asas.

—Bem, então vou dormir bem aqui, porque não consigo voltar a forma normal.

—Por que?

—Porque tudo dói.

—Eu fico com você então. Os animais não vêm mais nessa direção, de qualquer forma.

—Foi um acidente, eu não queria que-

—Não estou te culpando. Relaxa.

Emeril voltou a abrir os olhos, afastando o rosto para olhá-la. Selen deslizou os dedos pelo seu ombro, explorando as escamas que tinha em toda a lateral do seu corpo.

—Não precisa dormir aqui embaixo. Deve estar cansada. — Falou baixo, os olhos acompanhando o movimento lento em sua pele.

—Não vou te deixar sozinha aqui embaixo. Não se preocupe com isso. — Aproximou-se, seguindo uma trajetória de beijos pelo colo do seu peito. — Não preparei tudo isso para te deixar.

—E preparou por que? — Sussurrou, acariciando o couro dos cabelos loiros da elfa para incentivá-la.

—Apenas para nos dar uma noite de folga.

—Bem, eu posso te recompensar pela ótima noite.

—Não. Já me agradou, deixando que visse sua forma.

Selen a olhou, acariciando seu rosto para espantar a confusão que se formou nele.

—Você tem estado estressada desde do acidente, Emeril, e ainda mais obcecada com aquele livro. Fazia tempo que não te via tão leve quanto agora. Não precisamos ter sex*. A noite já foi incrível.

—Você tem razão. Desculpa.

Emeril saiu do seu colo, sentando ao seu lado. Ficou em silêncio, e resolveu pegar outro grande pedaço de carne, aceitando a água que a elfa oferecia.

—Vai te ajudar a não acordar com dor de cabeça.

—Obrigada.

Selen também cortou outro pedaço de carne, seus olhos atraídos para a nova forma de Emeril. Voltou a tocar uma de suas asas, sentindo a força delas, ainda que pensasse que poderiam ser ainda mais fortes. “Talvez seja como um músculo, e se ela o exercitar...”

—Talvez deva ficar mais tempo nessa forma. — Falou devagar. — Talvez faça bem, para não doer sempre que mudar de forma.

—Não sei se é boa ideia.

—Magos ficam mais poderosos em sua transformação.

—Exceto que sou uma bastarda. Não deve fazer tanta diferença.

—Alguma diferença faz. Sua pele é mais firme e você pode voar. Isso já te deixa diferente da forma humana. Amanhã podemos descobrir mais coisas, se tiver vontade.

—Não sei que vantagem isso me daria.

—Pense no seu lobo. Ela é mais poderosa naquela forma...

—Selen.

—...do que na forma humana. Ela é veloz e tem os sentidos aguçados.

—Selen.

—O que? São fatos. Você sabe que ela tinha mais força que nós duas juntas.

—Chega, Selen. — Falou, cansada.

—Emeril. Quando vamos poder falar do seu lobo? Já passou um ano. Não sabemos nem se ela está-

—Ela está viva. Só não está na floresta.

—Como você sabe?

Emeril não respondeu, olhando a própria mão, o símbolo azul ainda marcava sua palma, e sabia que só deixaria de estar marcada quando cumprisse seu trato com a loba. Suspirou, deitando a cabeça no ombro da elfa.

—Amanhã pensamos no que fazer sobre a transformação. Hoje ainda dói.

—Tudo bem. — Selen beijou sua cabeça. — Só quero que saiba que pode me falar o que quiser. Combinamos de não ter um relacionamento, mas não significa que não possamos ser amigas.

—Somos amigas, Selen. Com uma liberdade a mais.

—Sim. Eu não ousaria prender você a mim. Mas gosto do que temos.

—Eu também gosto. É diferente, mas é bom.

—Vê? Não tenho ideias tão ruins.

Emeril fechou os olhos, cansada, e acabou deitando, ainda que sentisse dor em todas as costas. Selen deitou sobre si, acariciando seu rosto antes de beijar sua testa. Emeril a abraçou, suas asas se fechando ao seu redor, mantendo seus corpos aquecidos.

Acordou pela manhã com menos dores que a noite anterior, tendo seu tempo para se alongar enquanto Selen continuava dormindo. Se acostumou com a nova sensação dos membros nas costas, como uma extensão dos seus ossos. Até mesmo o vento que passou pelos chifres em sua cabeça foi notado.

—Talvez não seja tão mal, afinal.

Viu pássaros voando longe, mas ouviu seu canto assim mesmo. Sorriu. Flexionou as asas e os dedos dos pés, dobrando os joelhos e saltando, suas asas batendo e a mantendo sobre o chão, e com um pouco mais de esforço, ela estava plainando sobre as copas das árvores.

Avançou alguns metros na floresta, reconhecendo que teria que praticar mais se quisesse voar por uma distância maior. Ainda assim estava encantada com a visão que estava tendo.

Quando voltou, estava com várias frutas nos braços, e as despejou no colo de Selen, que tinha acabado de acordar.

—Acordou animada, querida?

—Você tem razão. Temos que treinar dessa forma.

—Ah, você repetindo isso tantas vezes me dá prazer.

—Coma! Temos que aproveitar a luz do dia.

Selen riu do ânimo revigorado da feiticeira, encontrando-o da mesma forma nos dias seguintes com a ideia de um novo desafio. Emeril começava cedo e só parava no último raio de sol, quando começou a rotina de voar sobre toda a floresta.

—Não demore hoje. Vou dar um mergulho e te encontro em casa.

Selen avisou, guardando as espadas em cada bainha. Emeril assentiu, acariciando seus cabelos e tomando distância, saltando antes de bater as asas, começando seu exercício diário. A noite possuía a lua cheia mais grande que tinha visto há tempos, e as estrelas indicavam que o dia seria ensolarado outra vez amanhã.

Quando pousou abaixo da árvore que sua casa estava, no entanto, nenhuma estrela tinha avisado da surpresa que lhe esperava lá.

Fim do capítulo


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