Capitulo 10 - Au Revoir!
Era dia de muito sol, nada incomum na pequena metrópole interiorana, os pais haviam saído para fazer mercado, enquanto as meninas faziam a faxina da casa. Estavam felizes, sozinhas elas sempre estavam conectadas de uma forma que ia além de suas compreensões. Os olhares conversavam, os sorrisos respondiam, não havia uma só farpa que as incomodasse e Micaela sentia-se plena como nunca se sentira em toda vida. Assim que terminaram a limpeza correram para o banheiro, aproveitando as poucas horas que tinham sozinhas.
— Você tem uma pintinha no bumbum, sabia? — Micaela comentou apaixonada acariciando o corpo da outra por baixo do chuveiro que as banhava.
Isabella riu escondendo o rosto em seu pescoço, estavam há algum tempo apenas se beijando, tentando não ir além e correr o risco dos pais chegarem e elas não ouvirem.
— Você é muito tímida, caipirinha... — A morena riu deliciada agarrando seu bumbum com vontade. — Mas quando a gente “começa” você se transforma... Auu!!! — A morena reclamou gargalhando com o beliscão que levou na cintura.
— E você é muito safada, Micaela. — Isabella resmungou mordendo-lhe o pescoço e depois beijando sua boca com vontade.
Os beijos se intensificaram, a língua da morena era provocada pelos lábios macios da outra que se abriam para recebê-la, uma delas gem*u e mais dois outros gemidos ecoaram pelos pisos úmidos graças ao vapor do chuveiro. Estavam entrando em um território perigoso e sem volta.
— Deixa eu beijar você?! — A morena soltou rouca e incontida. Os olhos nublados pelo desejo que sentia pela outra, misturados à sentimentos complexos que ela não tinha coragem de refletir.
Isabella gem*u entendendo de imediato e recostou-se na parede enquanto Micaela agarrava seus dois seios fartos e se perdia entre eles, a língua exprimindo a vontade dos mamilos róseos e tesos de desejo. A morena ajoelhou-se com pressa, se posicionando estrategicamente antes de mergulhar no beijo mais íntimo que possuíam. A interiorana fechou os olhos e soltou um som característico quando sentiu a língua quente que antes lhe beijava a boca, agora abocanhar-lhe os lábios camuflados... Agarrou os fios negros com as duas mãos, já ciente que aquilo seria rápido demais. Sua pele ardia como chama e as mãos da morena a puxavam pelo quadril, sem chances dela fugir.
— Mica... Mica... Devagar, senão... — Ela quase empurrava a cabeça da outra, tentando conter as ondas de desejo que a levavam cada vez mais perto ao ápice. Desesperada concentrava-se para não perder a noção e gritar além do que podia, estava sem fôlego. Os sons emitidos pelos beijos, misturados aos gemidos de prazer da morena, que vibravam diretamente em seu ventre... Isabella estava em queda livre.
A morena abriu os olhos, encantada como sempre, com a forma que Isabella se entregava, sem ressalvas. Era lindo vê-la chegar ao clímax com aquela pele clara tingindo-se de pequenos pontos vermelhos, os mamilos arrepiados e provocantes. Os olhos apertados a boca semi aberta, os gemidos descompassados. O orgasmo dela era o seu, e sem se conter correu uma das mãos entre suas pernas, apenas o toque dos dedos a fazendo gem*r também atingindo o sôfrego gozo... quase interminável. Franziu as sobrancelhas, sem tirar os lábios dos dela, enquanto Isabella despertava aos poucos de seus espasmos e maravilhava-se com a entrega da morena que com língua buscava as últimas gotas de seu desejo. Sorriu então, plácida e satisfeita... Estava arrepiada.
A frase curta que ambas conservavam em seus corações e que guardavam por puro receio de que tudo desandasse se dissessem em voz alta, mas que já havia sido dito um milhão de vezes por seus olhares, permeou pelos lábios de uma delas.
— Eu amo você. — Corajosa a garota finalmente soltou e os olhos negros brilharam em resposta, a intensidade do que sentiam impedindo que percebessem ou ouvissem, o portão se abrindo para os pais, o chamado de Silvia para ajudar com as sacolas, o pai da morena apressado para usar o banheiro mais próximo, a maçaneta sendo forçada.
De repente o que era doce e sublime se tornava desesperador, amargo e aterrorizante. Os olhos se encontraram apreensivos enquanto rapidamente desligavam o chuveiro e enrolavam-se de qualquer jeito nas toalhas, nada diziam, as respirações suspensas as deixavam ainda mais sem fôlego. Três batidas na porta e Micaela abriu, dando de cara com os olhos astutos do pai que entendeu tudo imediatamente ao perceber Isabella atrás de si, os olhos azuis abaixados, tentando não revelar o que estava óbvio. O homem nada disse, a decepção estampada em letras garrafais, ela havia cometido o pior pecado, na opinião dele. Fábio virou-se sem nada dizer, aquele silêncio sendo o pior dos piores sermões. Estavam enjoadas, trêmulas, arrependidas por terem sido descuidadas, por tanto tempo haviam sido precavidas ao extremo e serem pegas assim, só comprovava o que temiam, amar escondido é mesmo impossível.
— Precisamos conversar... — Fábio aproveitou que Silvia estava na cozinha com Isabella e fechou a porta do quarto da filha, sentando-se na cama da morena, que estranhamente estava sempre arrumada. O semblante era sério e nada amigável. — Isso tem que parar!
— Pai, eu não sei o que o senhor pensa que viu, mas...
— Micaela, eu sou teu pai! Conheço você antes mesmo de você ter noção de você mesma. Nós já tínhamos conversado em São Paulo, já havíamos combinado...
— Pai, aconteceu! Ok? Simplesmente aconteceu e eu juro que tentei evitar, pai, eu juro! — Ela dava indícios de desespero, a respiração pesava, os olhos ardiam.
— Por que com ela, filha? A Silvia não merece... Isabella também não merece. — O pai se emocionava, mas controlava a voz, não queria que elas escutassem da cozinha. — Eu te defendi muito Micaela, você não faz ideia de quantas vezes entrei em discussões por sua causa, você é meu bem mais precioso, mas não posso relevar “isso”... Não seria justo com Silvia, nem com Isabella que é só uma menina... — Ele falava com os olhos perdidos no colchão, não conseguia encarar a morena, estava decepcionado.
— Eu também sou uma menina, pai... — As lágrimas já corriam soltas pelo rosto magoado da morena, cada palavra do pai penetravam como lâminas em seu peito.
— Mas você se veste... Seu jeito... Eu não sei como lidar com tudo isso, não sei, me desculpe... — Ele inspirou soltando de uma vez. — Liguei para sua mãe!
— Não! Por favor, pai?! Não faz isso!— Ela ajoelhou-se aos seus pés, apoiando-se em seus joelhos, os olhos ardiam empoçados pelo choro que já atingia níveis catastróficos, implorava em silêncio já prevendo o que aconteceria. — Não faz isso comigo pai... — Ela o abraçou pela cintura, em um desespero infantil que Fábio ainda não conhecia.
Por poucos segundos ele se deixou levar pelo amor que sentia e também a abraçou, beijando os cabelos negros e curtos como os seus, a amava incondicionalmente, mas não conseguia evitar que esse amor tivesse pequenos medos e condições, tornando contraditório tudo que sentia e acreditava. A confusão e o pânico o fizeram afastar a garota de suas pernas, precisava respirar... Precisava desabafar com alguém. Deixou-a na cama aos prantos, os soluços balançando o corpo de sua pequena, por instantes visualizou uma Micaela criança com dois dentes faltando, correndo pela casa com seu avião de plástico, os pés descalços, o cabelo bagunçado e despenteado... Ela nunca fora uma criança comum. Ele e Linda deveriam ter percebido antes e tentado evitar todo sofrimento e era insuportável o peso de culpa que esmagava seu peito. Correu para fora do quarto antes de se arrepender da decisão que havia tomado. Era para o bem delas, implorava aos céus que em algum futuro próximo o agradeceriam por isso.
***
— Meu irmão... — Elisa o abraçou apertado enquanto o homem se desfazia em lágrimas em seu ombro. Elisa jamais vira Fábio assim, um homem tão correto, tão gentil com todos, era um verdadeiro pai para todos os sobrinhos e sobrinhas, imaginava a dor que estaria sentindo por ver a filha sofrer com uma decisão que partira dele.
— Ela tem que voltar, Ziza... Eu não... — Fungou, limpando o rosto com as mãos. — Eu não consigo controlar ela, Micaela já é quase uma adulta e Isabella apenas uma menina.
— Eu sei, Fá... Mas talvez seja algo que as duas queiram e você não tem o poder de interferir, você conversou com a filha da Silvia?
— Não vou conseguir! Isabella é muito inocente, é um anjo... Não sei o que pode ter acontecido entre elas, mas Micaela com certeza foi a responsável, ela é a mais velha, já teve experiências... Enfim, você sabe. — O rosto do homem era tomado por dor e constrangimento.
— Isso não vai acabar bem, meu irmão... Escute o que eu digo.
— A mãe dela chega hoje a noite, mas vai direto para um hotel, não quer confrontá-la ainda... Então, eu posso mandar Micaela para cá? Juro que é só por hoje. — O homem interrompeu a irmã, já decidido.
— Meu irmão! Pelo amor de Deus, que pergunta?! Óbvio que pode! Eu amo sua filha como se fosse minha, você sabe! — Ela parecia realmente quase ofendida.
— Sim, mas... É que você tem o Fernando e como ele é menino, não haveria riscos... — Fábio desabafou em uma encruzilhada que ele próprio criara.
— Sua filha não é uma maníaca, Fábio! — A irmã ralhou defendendo a sobrinha. Sabia que Micaela havia sido uma criança difícil e geniosa, contudo conhecia a sobrinha o suficiente para saber o caráter inegável dela, a garota era uma pessoa maravilhosa e Fábio precisava enxergá-la além de suas vestes.
— Não, não é isso que eu quis dizer... É só que... Adolescentes, sabe como é... — Ele desculpou-se sem graça e despediu-se depressa, rumando para casa para dar a notícia.
***
— Ela vai morar com a tia Elisa??? — Isabella quase gritou se levantando do sofá que estava, numa reunião improvisada que Fábio fazia com as três. A ficha de Isabella então caía, explicando o motivo da morena estar com o rosto inchado e vermelho, desde que a encontrara no quarto a morena não pronunciara sequer uma palavra. O silêncio torturante fez Isabella chacoalhar seus ombros, implorando por uma explicação e em sua mente ingênua a causa só poderia ser a declaração que fizera no banheiro, pouco antes do pai quase as flagrarem. Micaela tinha os olhos perdidos, quase azulados, num tom de escuridão mórbida e distante. Mal teve tempo de pedir mais explicações, pois Fábio chegava chamando todos para sala, anunciando algo que mudaria a vida das duas para sempre.
— Não... Só vai ficar lá por uns dias, antes de voltar para São Paulo. — O homem respondia calmo à pergunta da enteada, o coração dilacerado com a visão perturbadora da expressão triste de Micaela.
— Mas, amor... Assim, de repente? Ela acabou de começar em um emprego, não acha que... — Silvia tentava entender toda aquela história, mas sentia na posição do marido e no tom da sua voz que algo havia acontecido. Algo muito ruim.
— Ela terá muito mais oportunidades em São Paulo. — O homem apático simplesmente respondeu. Abria mão da oportunidade de, pela primeira vez, poder viver com a filha. Para cumprir o dever de proteger sua família, pois sabia o alvo que Micaela e Isabella se tornariam, caso as pessoas descobrissem o que a filha fizera.
— Tio Fábio... — Isabella ajoelhou-se em sua frente para olhá-lo nos olhos. — Não faz isso, por favor?! Prometo que nunca mais faremos isso... — Os olhos azuis banhavam o rosto já vermelho, as mãos correram até as mãos do padrasto, em uma silenciosa súplica. — Eu amo ela!
Emocionado, o homem engoliu em seco diversas vezes, não controlando uma lágrima solitária que se prendeu nos pequenos fios da barba. Olhou para filha que jazia sentada na mesma posição, os olhos perdidos em um ponto qualquer da sala. Voltou a fitar os olhos azuis como os de Silvia, a boca vermelha prestes a dizer mais alguma coisa, a implorar por aquela garota que muitos desprezavam, que olhavam com repulsa na rua, mesmo quando ainda era só uma criança e já sabia como gostava de se vestir, Micaela causava má impressão entre os conservadores da cidade. Mas Ribeirão Preto não era uma cidade tão pequena e Fábio e Linda não viam mal em deixar a filha ser como quisesse, eram só roupas de criança. Contudo depois do divórcio e de Micaela se mudar para São Paulo com a mãe tudo piorara de uma maneira drástica, o que era só vestimenta passou a ser comportamento e atitude, a garota rebelde não obedecia a ninguém e Linda acreditou que as respostas reativas da filha eram somente para lhe magoarem, uma pequena vingança por ter se separado do ex-marido e se mudado para capital. Com o passar do tempo ele e a ex-esposa preocupavam-se cada dia mais, a filha não mudava. O que pensaram ser uma fase era na verdade Micaela como um todo, mas a amavam tanto que apenas relevavam a forma como se vestia, contudo namorar publicamente outra pessoa do mesmo sex* era outra história. Entendiam, mas não se arriscavam a permitir que a filha se expusesse ao ponto de ser menosprezada pela sociedade, ou mesma agredida física ou verbalmente. E para Fábio aquela era a forma de protegê-la e assim faria o mesmo com Isabella! A considerava como filha, jamais permitiria que alguém magoasse ela ou Silvia, elas eram inocentes demais para entenderem que o que fazia, era para o bem de todos.
— Você vai me agradecer um dia. — Ele simplesmente disse com as mãos em seu ombro, antes de se levantar e anunciar com uma voz que não permitia argumentações. — Vamos, Micaela... Arrume suas coisas.
***
Na casa de tia Elisa a morena estava deitada no colo do primo, absorta em pensamentos melancólicos, depois de tanto chorar e esvaziar todo o estoque de esperanças que possuía em reverter aquela situação fatídica. Fernando acariciava seus cabelos, triste por ver a prima daquela forma, ele simplesmente não entendia a dificuldade das pessoas em verem Micaela como ela era. Discutira com o avô certa vez e levara um tapa ardido por contradizê-lo quando o velho homem comentara sobre as vestes da neta que mais implicava.
— Foge! — O primo falou cheio de esperanças.
— Não sou mais criança, Fer... — A morena murmurou baixo. — Preciso aceitar que não tenho controle da minha própria vida, ainda. — Ela se levantou enxugando os olhos e virou-se para ele, segurando em suas mãos. — Promete uma coisa, por favor? Você é o único em que posso confiar aqui... — Ela o olhava tão sério, como jamais havia feito. — Cuida dela, por mim?
Seus olhos se encheram de lágrimas novamente, o fluxo correndo livre pelo rosto abatido.
— Não fala isso prima, vocês vão ficar juntas... — O primo se emocionava junto com ela.
— Talvez em outra vida... Mas não posso deixar que ela sofra por mim nesta, sabendo o quanto ela já sofreu... Ela não merece passar pelo desprezo que passo todos os dias nessa cidade. Ela merece ser feliz Fer, ela é a melhor pessoa que já conheci na minha vida...
Ela abraçou o primo soluçando e tia Elisa não suportou mais esperar do lado de fora do quarto, ouvia tudo escondida, com medo da sobrinha não se abrir. Correu até os dois abraçando-se a eles, num choro sofrido por saber que Isabella e Micaela eram duas pessoas especiais e maravilhosas, compartilhando o mesmo amor, mas impedidas de vivê-lo por pessoas hipócritas e cruéis.
***
Empurrava com raiva a mochila no bagageiro do avião, a viagem de volta seria mais rápida do que imaginava, uma regalia que a mãe se dispusera intencionalmente a pagar, pois segundo ela havia uma reunião importante no dia seguinte ao qual não permitiria atrasos. Linda trabalhava em uma multinacional conceituada, situada em um dos bairros mais nobres da capital e a mulher fazia questão de sempre estar vestida com toda pompa e esmero, totalmente na contramão ao qual Micaela era. Assim que chegaram ao aeroporto a morena quase foi impedida de embarcar com a mãe, quando um dos funcionários a barraram pensando se tratar de um pivete qualquer que estava ali somente para espreitar esmolas. Micaela fuzilou o homem com o olhar depois da mãe garantir para o homem que o “garoto” estava com ela. Sim, Linda muitas vezes anuía com as confusões de gênero que as pessoas faziam. Já chamara Micaela de “filho”, apenas para não ter que explicar que sua filha amada escolhia as piores opções do guarda roupa. A mulher digitava rápido em seu tablet, alheia ao sofrimento da morena que repassava a cena de despedida com Isabella, pela milésima vez em sua cabeça.
Sua caipira chorava desolada, ignorando completamente o padrasto e a mãe que despediam-se de Micaela, com um aceno sem entusiasmo. Linda aguardava no carro alugado, de braços cruzados.
— Não vai... Mica, por favor não vai... — Abraçaram-se chorosas e desoladas. As lágrimas molhando as roupas que vestiam. — Fica comigo, eu te amo! — A garota sussurrou em seu ouvido, suplicante.
— Vai ser melhor, caipira... — Micaela respirou controlando o sofrimento desesperador e puxou seu rosto decorando cada traço que amava e a deixava fora de órbita, ao mesmo tempo em que fazia com que tudo tivesse sentido. — Eu prometo estar com você, em pensamento... Quero que você seja a mulher mais feliz dessa cidade, do mundo... Você vai se tornar um ser humano incrível e corajoso! Você é uma mulher maravilhosa, Isa... A mulher mais incrível e forte que já conheci. Nunca duvide disso, tá? — Aguardou a outra concordar com a cabeça, o nariz vermelho a boca inchada de tanto chorar, puxou-a em direção aos seus lábios desesperados por ela, mas um lapso de razão a fez desviar alguns milímetros e beijar apenas o canto da boca que jamais sairia dos seus sonhos. Abraçou-a mais uma vez antes de soltá-la com pressa e quase correr para o carro. Antes de partir Micaela olhou em direção à casa onde vivera os melhores momentos da sua vida, Isabella já não estava mais na calçada, correra para dentro não suportando vê-la partir. Os olhos de pai e filha se encontraram por alguns segundos, dizendo coisas que não haviam sido ditas, uma mágoa que se tornaria ferida, talvez jamais cicatrizada.
***
— Bubu, não vai comer nada? — A mãe perguntava carinhosa como sempre fazia, depois de contrariar a filha. Era assim desde criança.
— Eu jamais vou perdoar vocês! — Os olhos negros voltaram-se para ela, em uma promessa silenciosa.
Linda pela primeira vez a via como uma jovem adulta, a filha perdera o ar infantil e travesso há muito tempo, e mesmo mantendo alguns trejeitos adolescentes, a mãe soube nesse exato momento que Micaela despertara, o olhar maduro e ciente dos próprios atos a fuzilavam e isso atormentaria Linda por mais tempo do que ela poderia imaginar.
***
Fim do capítulo
Curtinho pq o anterior ficou longo, e é basicamente continuação desse ^_^
Aproveitem, bom final de semana e inté!
o/
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Bibiset Em: 06/05/2023 Autora da história
Eu escrevi quase chorando