Oi pessoas, enrolei vocês né? Mas ando trabalhando muito, mas consegui um tempinho pra escrever pra vocês.
Eu gosto de ouvir você!
POV MARCELA
O clima leve e o som da risada gostosa de Bia contagiava o ambiente. Estávamos a caminho de seu apartamento e ela me fazia rir o tempo inteiro. As coisas com Beatriz era diferentes, não que eu não tenha sido feliz com Jaqueline, mas com Bia era tudo mais leve, eu não precisava me esforçar, não precisava pisar em ovos, eu era eu mesmo e ela gostava dessa minha versão.
-Minha vaga é aquele ali. – Ela apontou para o local assim que entrei com o carro na garagem do prédio. – Só uso pra visitas mesmo, já que ainda não comprei minha Mercedes ha ha.
-E a senhorita anda recebendo tantas visitas assim? – Perguntei e ela sorriu divertida.
-Saiba que você é a primeira. – Bia se aproximou e me roubou selinho antes de descer do carro.
Liguei o alarme e a segui em direção ao elevador. Bia entrelaçou nossos dedos e subimos ao seu apartamento, me veio à lembrança do dia em que vim aqui pela primeira vez, e foi a primeira vez em que nos beijamos.
-Fique à vontade. – Ela abriu a porta e eu entrei logo atrás dela. – O Bê, saiu com um boy.
-Obrigada. – Sorri e me sentei no sofá. – Vocês dois são amigos há muito tempo?
-Desde o primeiro dia da faculdade. – Ela respondeu e retirou as sandálias. – Aceita vinho ou cerveja? O vinho não é tão bom quando o do restaurante, mas dá pra tomar.
- Aceito o vinho. – Sorri e Bia correu pra cozinha e eu senti meu celular vibrando no bolso.
Era Jaqueline, eu sei que estou enrolando esse encontro, mas agora eu só tinha atenção voltada para Beatriz e Jaqueline não vai estragar isso. Ignorei a chamada e desliguei meu celular, hoje será apenas Bia e eu. Beatriz voltou sorrindo com uma garrafa e duas taças na mão.
-Prontinho. – Peguei a taça de sua mão e ela se sentou ao meu lado. – Está tudo bem?
Balancei a cabeça que sim e Bia disparou a conversar sobre trabalho. Dava pra ver que ela amava o que fazia e me confidenciou que tinha um sonho de ter sua própria marca. A empolgação dela em falar sobre seus sonhos me dava vontade de participar de todos eles, e o sentimento que eu tinha era de poder ajuda-la a conquistar tudo o que ela desejava.
-Eu falo muito né? – Ela sorriu sem graça quando percebeu que eu só ouvia.
-Eu gosto de ouvir você. – Coloquei a taça vazia em cima da mesa de centro e me aproximei mais. – Mas eu também gosto de beijar você!
Acaricie seu rosto e nossos olhares se conectaram em um só. Aproximei nossos lábios e minha língua pediu passagem para iniciar o beijo. Bia estava sentada de lado e rapidamente ela sentou em meu colo, e minhas mãos se juntaram em sua cintura. O beijo era lento, nossas línguas entravam em sincronia e as mãos macias de Bia estavam em contato com minha nuca, suas unhas me arranhavam suavemente e aquilo já estava me deixando maluca.
Bia se afastou com aquele sorriso lindo e começou a desabotoar lentamente minha camisa, seu olhar safado me olhava intensamente e minhas mãos cravavam em sua cintura. Bia avançou novamente e dessa vez o beijo foi mais urgente. Desci minhas mãos até sua bunda volumosa e a trouxe para mais próximo, ela dava leves rebol*das e minha intimidade já estava pedindo por mais contato. Levantei com Beatriz em meu colo e ela prendeu as pernas em volta da minha cintura me mostrando onde era o seu quarto.
A deitei lentamente e arranquei minha camisa que já estava aberta, Bia ainda tinha o sorriso nos lábios e eu não perdi tempo em avançar sobre o seu corpo novamente. Nossas temperaturas estavam altas, despi seu corpo a deixando completamente nua. Ao mesmo tempo em que eu tinha pressa de possuí-la, eu passaria a noite inteira admirando seu corpo.
-Você é tão linda. – Ela sorriu. – Eu quero você pra mim! – Beatriz me olhou de um jeito único e a beijei. Eu não estava dizendo nenhuma mentira.
-Me faz sua. – Sua voz rouca arrepiou todo o meu corpo e não perdi tempo em amar seu corpo a noite inteira.
POV BEATRIZ
Era a terceira vez que eu acordava agarrada no corpo de Marcela, e a sensação era de paz. Seu abraço era possessivo em minha cintura, mas não era algo que me incomodava. Eu me lembro de que odiava dormir com alguém em minha cama, dava graças a Deus quando Gustavo ia embora logo após o sex*, mas com Marcela parecia ser diferente. Sua respiração compassada em meu pescoço me trazia sensação de “lar”.
Me virei com cuidado para não acorda-la, ainda estava muito cedo de acordo com o relógio na mesa de cabeceira. Beijei seus lábios, me levantei com cuidado, queria fazer algo diferente, iria preparar um café pra nós duas e aproveitar para ver se o Bernardo já estava em casa, precisava preparar o terreno antes. Vesti sua camisa que estava jogada no chão e prendi o cabelo em um coque, peguei uma calcinha na gaveta, pois não fazia ideia de onde a que eu estava vestida foi parar. Passei no banheiro escovei os dentes e fui pra cozinha, preparar algo pra mim e Marcela.
Em meu peito, meu coração batia de forma diferente, eu estava com um sorriso leve nos lábios. Eu estava feliz, Marcela me fazia feliz, era estranho admitir isso, pois eu nunca imaginei estar vivendo isso. Meu namoro com Gustavo não me deixava tão eufórica, é até estranho fazer essa comparação, pois Marcela ganhava em disparado em todos os quesitos. Estava concentrada em meus pensamentos quando ouvi a campainha, provavelmente Bernardo perdeu as chaves novamente. Desliguei a frigideira e corri pra porta, crente que fosse meu amigo, mas minha cara foi ao chão quando a figura do outro lado se revelou.
-Gustavo? – Ele estava escorado no batente da porta e não perdeu tempo em olhar para o meu corpo semi-nu. – Como você subiu?
-Seu porteiro é incompetente, não me viu passando por estar cochilando. – Seu sorriso sacana estava me deixando desconfortável. – Bom dia gatinha!
-O que você quer Gustavo? – Fez menção de entrar, mas eu o impedi.
-Eu quero você Bibi, a gente já passou tempo demais nessa bobeira de termino. – Ele se aproximou mais e eu o impedi com a mão. – Qual foi gatinha? Vai me dizer que não sente saudades do seu homem.
-Gustavo, nós dois não temos volta. – Falava baixo, pois o que eu menos queria era acordar Marcela. – E não, eu não estou com saudades de você. Talvez as funcionarias da sua mãe esteja.
Gustavo não se intimidou e me segurou pela cintura, como ele era maior, foi impossível sair do contato dele.
-Eu duvido que não esteja com saudades. – Ele beijou meu pescoço e eu senti repulsa do cheiro do perfume dele.
-Gustavo para. – O empurrei, mas ele me segurava com mais força. – Se você não me soltar eu grito e vai ser pior.
-Tudo bem, parei. – Ele se afastou alguns passos. –É impossível, resistir com você vestida assim. Sai comigo hoje, podemos ir naquele lugar que você gosta, e depois posso te levar no meu apartamento novo.
-Claro que não. – Falei irritada. – Você só pode estar de brincadeira. Gustavo vai embora!
-Só saio se você aceitar. – Ele falou inquisitivo. – Você nunca ouviu minhas desculpas. Eu ainda te amo Bia.
-Gustavo eu não quero ter que chamar o porteiro. – Ouvi um barulho vindo do meu quarto e meu coração gelou, pois Gustavo daria um show se encontrasse Marcela ali. – Eu te ligo depois.
-Promete? – Ele deu um sorriso e eu acenei que sim. – Vou esperar, se você não ligar eu vou voltar aqui.
-Ok Gustavo, agora me dê licença. – Ele me deu um beijo na bochecha e saiu.
Fechei aporta nervosa, Gustavo é um apedra no meu sapato, já não me bastava me fazer de trouxa, agora tinha que fica no meu pé. Passei a mão no rosto e ouvi os passos de Marcela se aproximando.
-Bom dia. – Tentei disfarçar minha irritação. – Dormiu bem?
-Dormiria melhor se certa pessoa não me abandonasse na cama com frio. – Marcela veio até mim e me beijou nos lábios. – Tenho que descobrir o motivo de você fugir todas as manhãs.
-Hoje foi por uma boa causa. – Peguei sua mão e a levei até a cozinha. – Vim preparar nosso café.
-Me acostumaria fácil com isso. – Marcela me trouxe de encontro ao seu corpo e invadiu minha boca com um beijo um tanto que apaixonado.
Tomamos café em uma áurea completamente romântica, com vários beijos e comida na boca. Marcela parecia outra pesão, nada daquela figura de empresaria que via na Cyber, ela tinha um sorriso leve, parecia até estar mais iluminada. Terminamos o café e precisávamos nos arrumar para o trabalho, mas confesso que minha vontade era passar o dia todo ao lado dela.
-O que você acha de ir conhecer meu chuveiro? – Perguntei maliciosa.
-Ultimamente você, está com ideias incríveis. – Marcela me agarrou pela cintura e fomos andando até o banheiro, deixando as roupas pelo caminho.
O banho demorou horrores, e consequentemente estávamos atrasadas, e Marcela ainda precisava passar na casa do irmão. Foi um custo faze-la aceitar que eu iria de uber e ela iria pra casa de Sandro se trocar, depois de muito argumento consegui fazer com que ela me deixasse ir primeiro. Cheguei na Cyber em cima da hora e fui direto para o estúdio, tínhamos um photshoot logo no primeiro horário. Encontrei Leticia na entrada e subimos conversando.
-Graças a deus hoje já é sexta. – Leticia agradecia enquanto me ajudava com as luzes. Vai fazer o que hoje Bia? A galera tá querendo ir a um bar que tem aqui perto.
Só ai que me lembrei de que havia marcado de ligar para o Gustavo, ele não me deixaria em paz, e eu estava decidida a encontra-lo e colocar um fim nessa historia que já estava me dando nos nervos.
-Hoje eu tenho que resolver um problema Lê. – Mudamos de assunto e logo Lívia se juntou a nós.
Fizemos as fotos, e é claro que ficaram incríveis. Lívia estava empolgada com o projeto e era bom vê-la mais alegre, pois nos últimos dias ela andava bem amuada. Almocei com ela e conversamos sobre Nova York. Lívia e eu tínhamos criado uma amizade e eu sentia muita vontade de compartilhar com ela as coisas que aconteciam comigo, mas eu sei que não posso dizer sobre Marcela e eu.
-Você está tão misteriosa. – Lívia disse sorrindo. – O que você anda me escondendo?
-Nada. – Bebi meu suco e ela continuou me encarando. – É serio! Não tô escondendo nada.
-Sei senhorita Mendes. – Sorri com a pronúncia do meu nome. – Vai fazer o que hoje à noite? Podíamos sair nós duas, sei de um lugar que você vai amar.
-Hoje eu não posso Lív, mas amanhã você pode me levar lá. – Ela deu os ombros e meu celular tocou em cima da mesa com um número desconhecido. – Licença Lív.
Afastei da mesa e atendi curiosa. Reconheci a voz no outro lado da linha e me lembrei do motivo da ligação. Petra me ligou para acertar as fotos que eu faria da filhinha dela, combinamos a data e o horário e ela me agradeceu novamente por ter aceitado. Voltei pra mesa e Lív tinha aquele olhar interrogatório.
-Um job que vou fazer por fora. – Ela fez que entendeu e continuamos nosso almoço.
Voltávamos para Cyber , quando vi Jaqueline subindo sem ao menos cumprimentar os funcionários, a mulher parecia estar furiosa e Lív correu para alcançar a mãe. Meu coração apertou, pois eu sabia que ela estava indo atrás de Marcela.
Fim do capítulo
Eitaaaaa, o que será que a Jaque tá querendo???
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Marta Andrade dos Santos
Em: 01/06/2021
AFF essa Jaqueline e Milena são duas cobras.
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