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Meu Passado Com Você por Bibiset

Ver comentários: 7

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Palavras: 4582
Acessos: 2006   |  Postado em: 29/05/2021

Capitulo 8 - Ver para Crer

Era sexta feira a noite e Micaela puxava a água do quintal com um rodo velho. Resignada e com semblante abatido por estar há dois dias sem falar com sua caipira, ela ajudava o pai a limpar o lado de fora enquanto Silvia e Isabella limpavam a parte de dentro da casa. Eles anteciparam o dia da faxina, que comumente era aos sábados, exatamente pelo fato que no dia seguinte almoçariam na casa de tia Elisa. Inclusive Isabella confirmara sua presença para a mãe na mesa de jantar do dia anterior, fazendo com que a comida saborosa que o pai cozinhara descesse indigesta pelo estômago da morena. Após o pequeno desentendimento que tiveram a morena ainda tentara dialogar, mas Isabella irredutível ajeitara o travesseiro no colchão se deitando e ignorando-a taciturnamente, quando Micaela fizera menção de se deitar com ela a mesma apenas a fuzilou com os olhos azuis, que diziam um enfático “Não”, e virou-se para dormir... sozinha. A morena subira em sua cama como um cachorrinho abandonado e observou por um tempo que não soube estimar a silhueta da outra, até adormecer. 

 

Micaela possuía uma personalidade extremamente geniosa, que lhe garantira boas palmadas na vida e repreendas constantes, não somente dos pais. Porém quando conhecera Isabella não imaginara que a caipira tímida de vestidinho branco e flores azuis fosse tão teimosa, ao ponto de fazer a morena ficar sem saber como agir. Quando Micaela brigava com os pais, era expert em fazer o drama do silêncio, estava há meses sem conversar com a própria mãe, depois do sermão que ela lhe dera quando descobrira o flagra com a Professora, não sentia falta e obstinada aguardava que a mãe se desculpasse com ela depois de tudo que a mesma lhe falou. Agora se via roendo as unhas, ansiosa e angustiada... Por não ter trocado uma palavra sequer com a caipira naquelas quarenta e oito horas. 

 

— Ufa! Essa poeira acaba com a gente, nessas horas sinto uma falta de São Paulo... — Resmungou Fábio cansado enquanto enrolava a mangueira de água em um dos braços. 

 

— Aqui pelo menos não é úmido, mas também sinto falta de lá... — Ela murmurou baixo sem perceber a presença de Isabella na porta. Quando levantou os olhos pôde ver um relance de tristeza, porém logo a garota levantou o queixo de forma orgulhosa, olhando a morena com cara de poucos amigos. 

 

— Vamos pedir pizza, qual sabor você quer? — Cruzava os braços, evidenciando ainda mais os seios macios e volumosos que se sobressaíam na blusa de alças finas que ela usava. Micaela não conseguia tirar os olhos dela.

 

— Qualquer um... — A morena deu de ombros indiferente. O único sabor que desejava era o dela. 

 

Isabella revirou os olhos se aproximando, não queria dar o braço a torcer, mas Micaela fazia aquilo por ela, pois a morena comia simplesmente QUALQUER sabor, enquanto Isabella tinha uma lista mais limitada para seu paladar. 

 

— Escolhe um, pelo menos... 

 

— Tanto faz, de verdade. — Os olhos negros a fitaram, transmitindo mais do que as simples palavras. 

 

— Ok, vou pedir Pepperoni! 

 

— Mas você odeia Pepperoni! — A morena não entendeu sua escolha. 

 

— E você ama. — Disse com um meio sorriso e deu as costas para ela entrando em casa. 

 

Durante o jantar a família conversava amenidades , enquanto saboreavam as pizzas. As adolescentes trocavam olhares vez ou outra e tentavam ao máximo parecerem indiferentes ou normais como qualquer dia. 

 

— Bom, vou dormir... Minhas costas estão me matando! — Fábio se levantou alongando os músculos das costas e braços. 

 

— Amor, você não colocou o carro para dentro! — Silvia avisou enquanto recolhia os pratos e talheres da mesa. 

 

— Obrigado por lembrar meu amor, vou colocar. — O homem abraçou-a por trás beijando-lhe a nuca e Micaela fez uma careta para a caipira que segurou o riso. 

 

— Filha, você vai de bicicleta amanhã? 

 

— Vou, pai... Talvez chegue só a noite. — Ela fitou Isabella que suspirou. 

 

— A gente também volta a noite, a Elisa chamou alguns amigos, vamos jogar Bingo. 

 

A morena quis morder a própria língua para não soltar um palavrão. Bem quando poderiam ficar mais a vontade, mesmo com ela tendo que trabalhar... Estavam naquele climão. Agora Isabella iria no almoço e Micaela ficaria em casa, literalmente ch*pando o dedo. 

 

Após o jantar Isabella usava o banheiro, enquanto Micaela já no quarto arrumava a cama para dormir. Olhou o colchão ao lado e não pensou duas vezes, jogou-se nele aguardando a garota. 

 

— O quê está fazendo aí? — Isabella entrou com seu pijama de tecido fino, tinha os mamilos marcados como a morena adorava e Micaela não se fez de rogada. 

 

— Esperando você. 

 

— Ah é? E posso saber para o quê? 

 

— Conversar, a gente precisa conversar, Isa. — Seu semblante estava muito sério. 

 

A caipira fechou o guarda roupa, recolheu algumas meias e em frente ao espelho escovou os cabelos com os dedos, tudo bem devagar ignorando completamente a pressa de Micaela que a fitava em cada movimento. Apagou a luz, deixando aceso apenas o pequeno abajur em forma de bola de basquete que se conectava diretamente à uma tomada na parede.

 

— Claro... — Ela riu complacente, sentando-se no colchão ao lado de suas pernas. — Não sei porque ainda pergunto. 

 

— Não entendi. 

 

— Lógico que você iria querer somente conversar, é só isso que fazemos. — Isabella dizia aquilo com uma tranquilidade que exasperou a morena. 

 

— Oi? — Micaela sentou-se no colchão aproximando-se dela. — É sério? 

 

— Mica, tá tudo bem... Eu refleti muito nesses dois dias, não é justo forçar a barra e você tem todo direito e razão de não querer... Fazer nada comigo. 

 

— O quê??? — Micaela franzia o cenho perplexa com a fala dela. — Você acha que não... Não fizemos nada até agora por EU não estar afim? — A ultima palavra saiu aguda, o que era raro no tom de voz característico dela. 

 

Isabella deu de ombros, ainda ressentida pela reflexão que tivera, não saberia dizer se o que mais a magoava era o fato de não saber conquistar outra mulher, ou se era por talvez não ser o “tipo” de Micaela. De todo modo ela entendia que não tinha o direito de cobrar absolutamente nada dela, tudo que sentia era responsabilidade sua, e Micaela apenas retribuíra o apelo carnal do momento, contudo assumir Isabella e ter algo mais sério, já era outra questão. 

 

— Isa... — A morena respirou fundo passando a mão nos cabelos, em um gesto que Isabella já adicionara a lista de detalhes que adorava nela. — Você confundiu tudo... 

 

— Eu sei! E peço desculpas por isso, nunca fui esse tipo de garota e não sei... É diferente, o que sinto por você é diferente de tudo que já senti por outros garotos. — Isabella desabafava em um único fôlego, feliz por ter confessado e ao mesmo tempo constrangida e melancólica por ter a certeza de não ser recíproco. 

 

— Não! — Micaela desesperou-se puxando-a pelas mãos. Não sabia como desfazer aquele absurdo mal entendido. Ela gostaria de poder demonstrar o que sentia, também diferente de tudo que já sentira, porém havia um sentimento invasor que lhe infectava as células; medo. Ela, uma garota sempre tão destemida e com argumentos capazes de levá-la onde desejava, agora parecia andar em uma areia movediça, temendo qualquer movimento. Queria mostrar para Isabella o quanto a desejava, o quanto lhe doía nos ossos e na alma segurar o ímpeto de despir seu pijama e possuí-la em todos os lugares possíveis da casa. Queria ouvir e ver o desejo alcançando o clímax enquanto saboreava seu corpo e aplacava o próprio desejo. Queria poder gritar o que sentia, mas o medo a impedia. Puro e simples, como uma pedra gigante que se amarrava em seus pés. 

 

— Eu gosto muito de você, Micaela. — Isabella soltou de uma vez, abrindo seu coração. Tocou em seu rosto com a mão. — Mas não posso permitir me machucar... Eu sei o que é perder e não estou pronta para passar por isso de novo. 

 

Isabella mostrava uma maturidade além da compreensão de Micaela, ela jamais saberia o que é ter o sentimento de perda, sem nunca tê-lo sentido e pelo que Fábio já contara sobre, Isabella havia tido um luto muito doloroso e longo pelo pai que morrera, provavelmente sendo assim ela se resguardava, pois sabia que poderia vir a sofrer novamente e talvez ainda não estivesse preparada para lidar com emoções tão conflitantes. 

E essa descoberta foi como multiplicar infinitamente o medo que Micaela sentia. Estava confusa, passava a mão nos cabelos tantas vezes que Isabella cogitou impedi-la para que não tivesse problemas de calvície. Pela primeira vez na vida a morena se dividia entre a razão e... o sentimento que crescia colossal em seu peito. Pela lógica, a Micaela do passado simplesmente se esquivaria de qualquer envolvimento com uma pessoa como Isabella, contudo também a Micaela do passado não se importaria com os sentimentos que ela poderia ter com um envolvimento passageiro, facilmente desfrutaria de bons momentos íntimos com ela, para em seguida dar continuidade na vida solteira, como sempre foi. Sendo assim, tentar compreender o porquê da Micaela do presente sofrer pelo simples fato de cogitar se afastar da caipira, ao mesmo tempo em que previa a certeza de Isabella sofrer por estar com ela e enfrentar a crueldade de ser aceito em uma cidade interiorana machista, retrógrada e preconceituosa... Era doloroso demais. 

 

— Eu não queria te causar essa angústia... — Isabella tentou levantar do colchão visivelmente incomodada com o silêncio da morena em relação aos seus sentimentos. Queria poder sair dali, e apenas deixar que as lágrimas levassem tudo que estava sentindo, para enfim se esgotar e tudo voltar a ser como era. 

 

Micaela segurou sua mão em um movimento rápido, totalmente consciente e focada no seu próximo objetivo que gritava a plenos pulmões em todos os poros do seu corpo. Os olhos negros estavam no tom que sempre arrepiavam Isabella da cabeça aos pés, aquele mesmo tom de quando a beijava. 

 

— Por favor... — A interiorana suplicou. — Só preciso ficar sozinha um pouco. 

 

— Eu preciso te mostrar. — A voz da morena vibrou penetrando em sua pele. 

 

— Me mostrar?

 

Ela mal acabou de falar e foi puxada para o colchão. Em um um único movimento Micaela estava sobre ela, a perna direita entre suas pernas, os olhos presos no azul oceânico que a olhava assustado e confuso. A morena ergueu-se levemente e arrancou a camiseta que usava, ficando com o torso nu e Isabella engoliu em seco segurando a vontade espontânea de tocar os mamilos mais escuros que os seus... Eram tão convidativos para sua boca que sem perceber salivou... o corpo esguio sobre ela, a respiração quase acelerada, Micaela então mergulhou em sua boca como uma gota solitária da chuva quando encontra seu destino ao mar, densa e vagarosamente ela sugava os lábios macios abaixo de si. 

 

A morena se arrepiou quando Isabella soltou um gemido entregue e apaixonado. Sem interromper o beijo sua mão explorava sem cerimônias o corpo macio de garota abaixo de si, o pijama fino proporcionando um toque quase epidermal. 

 

— Mica... — Isabella gem*u o nome dela quando a boca abandonou seus lábios e traçou um caminho incandescente por sua mandíbula, pescoço e ombro. A morena puxou as alças de seu pijama para baixo, enquanto sussurrava em seu ouvido o quão linda era e o quanto a desejava fazendo a garota tombar a cabeça para trás, totalmente entregue. 

 

Isabella esforçava-se para não gem*r alto e chamar atenção dos pais que já dormiam. Ela ofegava, a cabeça parecia zonza, não conseguiria pronunciar sequer uma palavra sem que saísse junto a lamúria pelo desejo que se continha tentando comportar-se. Fechou as mãos ao redor da cabeça da morena quando ela abocanhou um de seus mamilos retesados, toda racionalidade indo por água abaixo, a língua quente desenhando abstratamente, sugando e exigindo tudo que ela pudesse oferecer. Em um lapso de lucidez ela conseguiu distinguir que Micaela conseguira despi-la quase completamente, ficando em seu corpo somente a calcinha de algodão, com pequenos pinguins desenhados. Sentiu-se tímida e imatura, mas o pensamento evaporou-se com a boca quente que lhe provava por cima da peça, não permitindo que processasse pensamentos mais complexos além do que sentir primitivamente os primeiros sinais do que a maioria das suas amigas chamavam de; “chegar lá”. 

 

Micaela segurava a própria ansiedade de arrancar aquela calcinha encharcada, abrir suas pernas e... Respirou fundo e mordiscou levemente o alvo de seus desejos por cima do pano, puxou o tecido por suas pernas decorando cada pedaço que descobria, a lentidão de seus atos tornando a atmosfera ainda mais latente. Também ficou nua jogando a roupa para o lado, a mente focada no corpo belo e delicioso à sua frente, totalmente exposto e entregue. 

E então o medo grita, estando quase esquecido, mas se agarra em qualquer lugar para se manter, sobreviver... Mesmo fraco ele tenta empurrar sua mente em direção às possibilidades drásticas que aquele ato poderia ocasionar. Seu pai, sua madrasta... a decepção nos seus rostos, Isabella sendo rejeitada por eles, a fagulha do medo ganha força ao ponto de franzir o cenho da morena que preocupada quase desiste... 

 

— Não para, por favor... — A voz suplicante de Isabella sussurra preenchendo o quarto novamente de certezas e desejos, Micaela mergulha novamente em deleite, subindo por seu corpo e tomando seus lábios enquanto seus dedos lhe mostram os melhores versos daquele acorde que somente os apaixonados sabem de cor. O medo se esconde em qualquer canto da sua mente, afinal é covarde. 

 

Isabella treme, suas mãos não conseguem puxá-la mais do que já estão unidas, no limite. Se sente completa, preenchida por ela e como se todos os vasos sanguíneos estivessem cheios de uma substância afrodisíaca e tórrida, a boca sendo sugada pela dela, num ritmo cadenciado que lhe rouba o fôlego, e a razão. A morena gem* profundamente também entregue e seu corpo se move, ou talvez seja o quarto, ou mesmo Isabella... Não sabem, não podem ver, apenas sentem e quando chega é inquietante, impossível de se conter. Ambas gem*m numa sequência de tremores e sensações sublimes onde tudo está conectado, mãos, bocas, pés e ventres. Os seios se beijam em pares, os joelhos paralelos regozijam ao recostarem um ao outro e a calmaria vem como ondas na areia, aos poucos religando sentidos e neurônios. Elas se olham, ainda conectadas, os azuis estão marejados e os negros irreconhecíveis. Beijam-se uma, duas, três vezes e sinais de nova volúpia reascendem como brasa, elas reconhecem e recebem com prazer, recomeçando com mais confiança e erudição. Isabella a abraça forçando os corpos a girarem, ela senta sobre o ventre da morena e se ergue, os cabelos em cascata por seus ombros, tão vivos quanto cada célula do corpo recém descoberto e desperto. Ela se insinua rebol*ndo em um movimento ritmado que arranca gemidos de ambas, e saciando a própria sede abaixa-se provando dos seios que lhe assistem túrgidos e pleiteantes por sua boca. 

 

— Posso beijar você? — A garota pede dengosa e Micaela franzi o cenho tentando raciocinar e entender o que pede. 

 

A morena então a puxa beijando seus lábios, acreditando satisfazer seu pedido e Isabella sorri dentro do beijo, abandonando sua boca e sussurra-lhe ao ouvido, de forma que ela compreendesse. 

 

— Beijar... Aqui. — Pergunta ao mesmo tempo que a toca entre as pernas, os dedos abrindo espaço por seus lábios encharcados, o ponto teso entre eles latejando em ritmo cardíaco, a morena então libera um som que Isabella captura com os lábios, um gemido primitivo e instintivo. 

 

Desce em uma lentidão torturante, que pega Micaela de surpresa, absolutamente não esperava que a garota reagisse tão espontaneamente, tão desejosa, uma caixa de surpresas e de luxúria. O beijo é imediato, sem hesitação ou pausa, Micaela prende a respiração assustada com a excitação colossal que a boca da outra lhe causa. Apoia-se no cotovelo olhando para baixo e gem* longamente acariciando a cabeleira castanho claro entre suas pernas, puxa rápido o travesseiro que lhe apoiava a cabeça e cobre o rosto ciente de que está na linha tênue que lhe permite algum resquício de razão, a boca quente realmente lhe beija com todas as letras que a palavra permite, sem parar. Com paixão, desejo e... amor. A morena sente o ápice chegando em cavalgadas, e outro gemido nasce de sua garganta, baixo e profundo, consciente de que precocemente alcançaria um segundo orgasmo em poucos segundos. E então gem* longa e melodicamente, felizmente abafado pelo travesseiro, seu corpo vibra com pequenos choques que correm pelos nervos causando curtos circuitos por seus músculos contraídos, os membros tremem e vacilam... Ela entende de repente a diferença entre trans*r e fazer amor, e como é possível que ambos coexistam no mesmo ato. Retira o travesseiro do rosto, tão ofegante e surpresa, mas disposta a tomá-la em sua boca mais uma vez, contudo Isabella já lhe monta novamente, intimamente se encontram, úmidas, quentes e mais uma vez o rebol*r se inicia em um ritmo indomável, o som de seus corpos chega em seus ouvidos ao mesmo tempo que o desejo atravessa-lhes a carne, em segundos e sem pedir licença o clímax atinge Isabella que a beija sem cessar os movimentos do quadril... Estão extasiadas, embevecidas e é tão perfeito e certo que sorriem, se olham e se vêem, num reconhecimento tão magnífico que nada seria capaz de separá-las naquele instante. Micaela a abraça trazendo seu corpo para perto de si, se enroscam como raízes que se encontram depois de muito buscar suas origens, as respirações se acalmam aos poucos, a umidade em suas têmporas e cabelos denunciando o ato físico e então Micaela captura uma mecha castanho claro e inspira seu perfume, decorando cada sentido daquele momento incrível. 

 

— Conseguiu ver? — A morena pergunta lânguida e sonolenta, o silêncio as embalando em um início, do melhor sono de suas vidas. 

 

— Sim, com certeza sim! — Isabella responde contendo-se para não se declarar mais uma centena de vezes e beijá-la até o sol nascer. — Obrigada por... Me mostrar. 

 

Sorriem cúmplices e adormecem com os corações em êxtase, a alma completa e os corpos satisfeitos. 

 

*** 

 

A morena desperta assustada com as batidas do pai na porta do quarto. Isabella ainda sonolenta a abraça sem intenção de sair do aconchego dos seus braços, a dúvida entre atender o pai que com certeza vinha avisar que já estava atrasada para o trabalho e os braços quentes que a envolviam, o corpo nu insinuante se espreguiçando languidamente... Entrelaçou os dedos em seus fios castanhos puxando seu rosto para um beijo, para em seguida avisar carinhosa, mesmo sabendo que ela não ouviria, pois dormia a sono solto;

 

— Linda, preciso ir... Dorme mais um pouquinho. 

 

Levanta-se sem deixar de admirar aquela caipira deliciosa entre os lençóis. Isabella puxa o travesseiro abraçando-o com os braços e pernas, um ronronado preguiçoso antes de voltar a dormir placidamente. Micaela sorri achando a cena mais fofa que já presenciara e balança a cabeça para despertar e ir se arrumar. Um sentimento novo deslizando rapidamente por suas veias, o coração batendo em um ritmo inédito e radiante, suspira fundo vestindo rapidamente o macacão da marcenaria, depois de olhar a hora e constatar o atraso, o banho ficaria para depois. Fecha a porta com cuidado e não demora-se no banheiro, os pais na cozinha já tomam café e planejam o dia. Acena despedindo-se e assim sai pelas ruas, montada em sua bicicleta velha, mas ótima companheira. Os pensamentos voando para o corpo nu e quente que deixara em seu quarto, constrastando com o ar frio daquela manhã que lhe refrescam a carne, ainda em brasa por ela. Uma risada profunda e sincera brota dos pulmões da morena, a felicidade genuína transbordando por cada poro, lhe concedendo a melhor manhã da sua curta vida. O trabalho nunca rendeu tanto e a manhã voa como pardais apressados para a próxima migração. O sinal do almoço soa e só então sua barriga ronca lembrando-a que não tomara café e não trouxera o almoço. 

 

— Que caraaa... de quem teve uma noite agitada. — Berenice ajeitou o boné piscando para uma Micaela pensativa. 

 

— Berê... Foi incrível! — Ela admitiu fechando os olhos e despenteando os cabelos para trás. 

 

— Ai meu deus, então foi mesmo? — Berenice se aproximou quase gritando, seu palpite mais certo e verdadeiro, impossível. 

 

A morena apenas balançou a cabeça mordendo os lábios, o sorriso realizado. 

 

— Você está apaixonada! — Berenice constatou de repente tampando a boca, como se tivesse pronunciado um segredo absoluto, os olhos arregalados e incrédulos, mas os sinais era tão óbvios que gritavam. — Cara... Você apaixonada era algo que eu pensei que nunca veria. 

 

— Calma... A gente só... — Após o choque com a fala de Berenice, Micaela ainda tentou sair pela tangente, mas a voz do patrão soou atrás delas. 

 

— Micaela, tem uma moça te chamando na recepção. 

 

A morena ajeitou o macacão apressada, pensando se tratar de algum cliente, passou a mão jogando os fios negros para trás e saiu rumo a recepção dando de cara com a visão linda de sua Ribeirão Pretana favorita. O sorriso foi imediato. 

 

— Como veio parar aqui, caipirinha? — Ela deu a volta no balcão puxando-a para dentro, levou-a até a área onde faziam as refeições, parecida com uma cozinha improvisada, mas muito limpa e aconchegante. — Você não foi na tia Elisa? 

 

— Você saiu sem se despedir e sem tomar café, daí eu trouxe seu almoço e o beijo que ficou devendo. — Inclinou-se roubando-lhe um beijo demorado no canto dos lábios e ofereceu o vasilhame com um lanche caprichado. 

 

— Eu dei esse beijo, mas a senhorita estava em Nárnia ainda... — Abraçou sua cintura cheirando seus cabelos em um ato que se tornava um vício. Beijou-a no pescoço e soltou depressa quando um dos funcionários adentrava o recinto. 

 

— Boa tarde! — O rapaz de quase dois metros de altura era Jonas, um jovem aprendiz que sempre trocava ideias com a morena, bem animado e que adorava contar piadas pornográficas, por sorte era tão lento e distraído quanto sua altura. 

 

— E aí, Jonas? Essa é minha... Isabella! Filha da minha madrasta. — Ela apresentou a garota e o rapaz cumprimentou-a com os dois beijos tradicionais em cada lado do rosto. 

 

— Oi. — Isabella simplesmente respondeu fuzilando a morena com o olhar, ela sabia que não poderia cobrar o título “namorada”, mas poderia pelo menos ter se referido à ela como “amiga”, “melhor amiga”... Mas nunca como “meia-irmã” e ela tinha certeza que isso se passara pela mente da outra. 

 

— Você é a “Isa”, de que tanto ela fala? — O rapaz parecia animado. — Prazer, sou o cara que salva sua amiga nas vezes em que ela se enrosca com a lixadeira... — Ele gargalhou com o soco mais ou menos leve que levou no braço, passou o braço ao redor do pescoço da morena a puxando para um abraço e a garota consideravelmente mais baixa e magra ficou espremida abaixo do seu peito. 

 

— Você tá fedendo, mano! — Micaela reclamou tentando empurrá-lo. — Você é que é chorão e grita por ajuda quando bate o “malho” muito forte e marca toda madeira, vai! — Ela deu-lhe uma cotovelada no umbigo e o garoto caiu na risada, por que era seu ponto de cócegas. 

 

— Ela sempre acerta nosso ponto fraco, né? — Isabella riu cúmplice com ele que estava encantado com a beleza dela. 

 

— Pode crer... E aí, você tem namorado? 

 

— JONAS! — A morena desta vez o acertou em cheio no estômago, fazendo o jovem quase se curvar de dor e surpresa. 

 

— Que pergunta mais idiota!

 

— Pô, só tô curioso... Caralh* meu, você me acertou no rim... Vou ter que fazer um “CAT”. — Reclamou se referindo ao comunicado que se faz para reportar um acidente de trabalho. 

 

— A curiosidade matou o gato, mané! — A morena estava realmente furiosa, apesar de um pouco preocupada com o rapaz. 

 

Puxou Isabella para fora que se despediu tímida também um pouco preocupada com Jonas. Do lado de fora da marcenaria a morena passou a mão nos cabelos bastante agitada. 

 

— Será que ele desconfiou? Eu não devia ter batido nele, mas na hora foi automático... 

 

— Mica, calma... Não precisa ficar assim também, ele não sabe sobre você? 

 

— Claro que sabe! Sobre mim, todos da firma sabem... — Ela andava de um lado para o outro, os dedos despenteando os fios negros. 

 

— Ué, então por quê você tá assim? — A garota não entendia seu desespero. 

 

— Se ele desconfiar de você vai contar para o Carlão... Jonas é um linguarudo... — Ela coçou a cabeça exageradamente frustrada. — E aí o Carlão é amigo de quem? Meu pai! Óbvio, por que desgraça pouca é bobagem. 

 

— Ei ei ei! — Isabella segurou-a pelos ombros interrompendo sua dança bizarra da preocupação e olhou fundo em seus olhos. — EU, não me importo! Ouviu? Eu, Isabella... Não me importo se o Papa souber, tive a melhor noite da minha vida ontem, por mim contava era para todo cidadão dessa cidade. — Enquanto dizia seu sorriso era tão radiante que ofuscou qualquer sentimento ruim do coração da morena. 

 

— Jura? — A morena ainda se certificou. 

 

— Juro juradinho! — E beijou os dedos indicadores cruzando-os. — Eu amei nossa noite... Acordar e não te encontrar foi torturante. — Puxou a morena pela gola do macacão colando seu corpo ao dela, sem rodeios. — É assim na primeira vez? 

 

— Assim como? — Micaela quase gem*u sentindo seu corpo e seu cheiro tão próximos, estavam bem expostas na frente do local, mas a rua estava praticamente vazia, o bairro quieto parecia assistir a cena das duas, de camarote.

 

— Assim! — Beijou sua boca com paixão e desejo, lutando contra à vontade de empurrá-la em direção ao muro e arrancar o macacão que usava. Pegou sua mão que apertava a lateral do seu quadril e direcionou-a para baixo do vestido que usava... Os olhos da morena arregalaram-se dilatados, constatando a ausência de roupa íntima por baixo do vestido. 

 

Micaela aumentou a intensidade do beijo mordendo seus lábios ainda sem poder acreditar que aquela caipira tímida seria tão audaciosa, Isabella ainda a mataria de infarto, seja pelo desejo avassalador que sentia, ou pela preocupação anormal que possuía de protege-la de todas as formas. Despediram-se depressa quando um cliente despontou pela porta da loja, desativando o alarme do carro. 

Ainda se olharam de longe, despedindo-se com um aceno e um sorriso que iluminaria qualquer escuridão.

 

*** 

Fim do capítulo

Notas finais:

E aí? hihi continuo a história? Comentem se estão gostando, por favooor kkk

preciso do feedback de vcs, há muito tempo não escrevo, sei lá to meio insegura rs 

 

 

Ótimo final de semana e... Usem máscara s2 


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Comentários para 8 - Capitulo 8 - Ver para Crer:
mtereza
mtereza

Em: 06/05/2023

Bom demais amando 


Bibiset

Bibiset Em: 06/05/2023 Autora da história
s2


Responder

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thays_
thays_

Em: 04/05/2023

Sensacional!


Bibiset

Bibiset Em: 05/05/2023 Autora da história
Feliz que tenha gostado s2


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Srt_Lopes
Srt_Lopes

Em: 02/06/2021

Claroo que você deve continuar a história tá ficando cada vez melhor, cada capitulo uma ansiedade nova. continue por favorzinho, amandoo esse universo.

 

Eita que o dia promete para essas duas!! E finalmente a Mica fez alguma coisa né? Só faltava a Isa fazer um outdoor declarando seus desejos.

 

bjjs e continue logo

 

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patty-321
patty-321

Em: 01/06/2021

Não pára. Fico com medo do que pode vir. São tão lindas. Maravilhosa a forma q vc conta a estória. 

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 29/05/2021

Era Isa danadinha vai matar Mica kkkk

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Helena Noronha
Helena Noronha

Em: 29/05/2021

Tô amando a história, tá  ficando uma coisa gostosa de ler. Por favor continue, Tô  ansiosa pelo próximo capítulo. Bjao e um bom sábado;)

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Setbru
Setbru

Em: 29/05/2021

Se eu pudesse daria classificação um milhão....eu amo sua estória...nossa como amo.

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