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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 6

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 5

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Palavras: 4636
Acessos: 3446   |  Postado em: 27/05/2021

Capitulo 6

 

Capítulo 6 –

Narrador

            Aquela tarde após a escola, os gêmeos fizeram o percurso até em casa sem trocar uma única palavra, o que não passou despercebido pelo motorista que estranhou o silêncio dos garotos que sempre implicavam um com o outro. Saíram do automóvel e caminharam lado a lado. Arthur bateu à porta do quarto com força. O garoto estava irritado com o irmão. Já que no intervalo da aula Bernardo beijou Bruna, a garota que ele gosta.

- Maluco. – Bernardo falou quando o irmão fechou a porta.

- O que você disse? – o menino abriu a porta rapidamente o que o assustou.

- Que você está maluco. – repetiu sem medo.

- Como você se atreve a me ofender? – gritou.

- Não estou te ofendendo. Já falei que não beijei a Bruna, ela quem me beijou. – explicou gesticulando com as mãos.

- E você bem que gostou, afinal não fez nada para impedir.

- Arthur, eu fui pego de surpresa. Queria que eu empurrasse a garota?

- Empurrar não, mas ao menos parar o beijo. – falou furioso ao lembrar a cena.

- Eu tentei, não tenho culpa se ela está interessada em mim.

- Ela jamais te olharia.

- O beijo que me deu diz o contrário.

- Repete! – gritou segurando a gola da camisa que ele usava.

- O que está acontecendo aqui? –  a voz de Alice fez com que os dois olhassem para a porta aonde a garota encarava os dois.

- Esse nerd. – Arthur comentou com fúria.

- Solta o Bernardo. – a loira ordenou.

- Não tenho culpa de nada. – se defendeu Bernardo.

- Tem sim, você deu em cima dela. – insistiu Arthur.

- Você é burro? Eu já disse que não fiz nada. Ela que me beijou. – justificou mais uma vez.

- Ela não gosta de você.

- Se você acha que ela gosta de você, por qual motivo ela não poderia estar interessada em mim, já que somos gêmeos idênticos?

- Não importa quem tem a razão. Você precisa soltá-lo. – Arthur encarou a irmã e vagarosamente fez o que ela pediu.

- Além de burro é tonto. – Bernardo comentou desamassando a camiseta e dando um passo para trás.

            Nesse instante Arthur perdeu todo o controle e acertou um soco no nariz do irmão, que com o impacto foi parar ao chão. Alice encarava a cena sem nem ao menos ter conseguido prever o que estava por vir. Viu a figura de Bernardo coberto de sangue ao passar a mão pelo nariz.

- Mariaaaaa! – a loira gritou assustada indo de encontro ao irmão que continuava sangrando no piso – Arthur, o que você fez? 

- O que foi? Virgem Maria! O que aconteceu? – a mulher veio ao socorro de Bernardo.

            A camiseta que antes era branca adquiriu um tom avermelhado com todo o sangue que jorrava das narinas do garoto. Maria mandou que ele mantivesse pressionando o nariz, para tentar conter o sangramento, mas foi em vão.

- Acho melhor leva-lo para o hospital, menina. – a senhora orientou.

- Eu não tenho como dirigir. E a mamma saiu com um dos motoristas hoje. E o outro não está aqui.

- Eu posso levar vocês. – com a gritaria Pâmela correu junto da avó, e passado o susto inicial se ofereceu tentando ajudar. 

- Obrigada. Maria, por favor liga para as minhas mães.

- Pode deixar menina.

- E você... – comentou encarando o irmão. – É melhor ficar no seu quarto até as nossas mães chegarem.

            Em seu escritório na empresa, Isabella analisava alguns documentos com Minerva. Ao ver o número do fixo de casa sabia que algo estava errado já que não era corriqueiro que alguém o usasse. Atendeu e a voz de Maria deixou-a ainda mais nervosa.

- Alô.

- Dona Isabella, a menina Alice foi para o hospital com o Bernardo.

- O que aconteceu? – questionou assustada.

- Eu não sei, senhora. Mas acho que os meninos brigaram.

- E porque o Bernardo teve que ir ao hospital, eles sempre estão discutindo. Diria que é o normal dos dois.

- Dessa vez foi diferente, o menino Arthur acertou o Bernardo em cheio. Acho que o nariz dele está quebrado, foi tanto sangue que quase não conseguimos estancar.

- Tudo bem. Eu estou indo para o hospital. – falou pondo-se de pé.

- O que aconteceu? – Minerva indagou.

- Os meninos brigaram, Alice levou o Bernardo para o hospital. Eu preciso procurar Larissa. Se importa de encerrar esse trabalho sem mim? – indagou já discando o número da esposa.

- Claro que não, pode ir. Eu cuido de tudo. Me manda notícias.

- Mando sim.

            Enquanto caminhava para o elevador tentava contatar a esposa. Ouviu o barulho típico de caixa de mensagem, atirou o celular dentro da bolsa. Ficou furiosa por ela não atender ao telefone. Foi direto para o último andar do prédio, aonde se localizava a sala da presidência.

- Onde está Larissa? – parou próxima à mesa e a secretária assustou-se.

- Ela saiu agora a pouco, houve uma emergência e...

- Isso também é uma emergência. Liga para ela, e diz que estou indo para o hospital. – deu as costas e foi novamente em direção ao elevador.

- Mas o que aconteceu?

- Diga apenas que o Bernardo se machucou. – comentou e as portas se fecharam. A secretária discou rapidamente o número da chefe.

- Oi Débora.

- A doutora Isabella veio procurar a senhora.

- Eu já vou retornar à ligação dela.

- Ela não vai atender, acabou de sair daqui para o hospital.

- Hospital? O que aconteceu?

- O Bernardo se machucou.

- Mas está tudo bem?

- Não sei, senhora. A doutora estava nervosa e não me deu detalhes, pediu apenas que a avisasse.

- Obrigada. 

            Isabella dirigiu até o local e assim que estacionou o carro foi direto para a entrada. Alguns segundos depois Larissa chegou. Encontrou Alice sentada ao lado da neta de Maria. A loira tinha a camiseta suja de sangue o que não passou despercebido ao olhar da mãe. Após questionar o que havia acontecido ficou assustada em como aquela situação havia tomado um rumo inesperado e violento.

- Vai ficar tudo bem amor. – Larissa tocou a mão da esposa.

- O que está acontecendo lá em casa? Os meninos nunca se agrediram. – comentou com a voz baixa.

- Eles são adolescentes.

- Isso não justifica, nunca dei um soco em nenhum dos meus irmãos. A rebeldia da adolescência não justifica a violência. E você por que não atendeu ao telefone?

- Fui até a obra e como não ia demorar deixei o celular no carro.

- Você tem esquecido muito esse celular. Vai ver o que tem acontecido lá em casa é justamente por não termos mais tempo para ficarmos juntos.

- Amor, eu não esqueci, apenas deixei no carro por achar que não iria demorar. E esse não é o melhor momento para discutirmos sobre a minha falta de tempo.

- Larissa! Nunca é. Imagina se hoje você estivesse em Ouro Preto. O que eu iria fazer? Tenho precisado de você ao meu lado.

- Mas eu estou aqui ao seu lado. – comentou com a voz cansada e tentou segurar sua mão, porém a advogada levantou-se.

            Essa discussão sobre o quanto a empresária estava trabalhando se repetia várias vezes ao longo dos dias. Isabella alegava que não havia mais tempo para a família na agenda da esposa o que de fato era verdade. A loira sempre tentava se justificar alegando que não havia outra opção ao menos por enquanto, porém Isabella já estava cansada da ausência e de suas desculpas.

            Alguns minutos se passaram até que as duas foram chamadas para o quarto aonde o filho estava. As roupas sujas e o nariz roxo e inchado fizeram o coração das duas ficar apertado. O menino exibia o rosto muito machucado e até os olhos estavam inchados e roxos. As mulheres internamente pensaram sobre o comportamento de Arthur e qual seria o motivo para tal ato.

- Está tudo bem filho? – indagou a advogada segurando sua mão, ele apenas meneou a cabeça sinalizando que sim. – Está quebrado? – questionou ao médico.

- Não, apenas machucado. Quem o acertou estava com bastante raiva. –  homem comentou. E as mulheres se olharam. – Passei medicação e dentro de alguns dias o inchaço deve sumir. Caso os sangramentos persistam é bom voltar aqui para nova avaliação.

- Obrigada doutor. – Larissa agradeceu segurando firme a mão do doutor.

- Alice, vamos leva-lo para casa. Você pode dar uma carona a Pâmela?

- Claro. – a jovem assentiu.

- Obrigada por hoje. – a advogada agradeceu a garota e deu um longo abraço.

- Não foi nada. – respondeu sentindo o rosto corar.

            Isabella e Larissa seguiram em carros separados. Bernardo encarava a rua, evitando olhar para a mãe. Apesar de saber que deveria esperar que o filho falasse o que havia acontecido, Larissa acreditava que nada justificaria a atitude de Arthur.

            Ao pararem na garagem Bernardo saltou do carro e foi em direção a casa. Não queria passar pelo interrogatório das mães. Ao subir as escadas deu de cara com o irmão, mas passou sem dar nenhuma importância.

- O que vamos fazer com o Arthur? – o menino escutou a voz de Isabella na sala. Voltou imediatamente para o quarto.

- Não sei. – respondeu Larissa deixando a cabeça pender para trás.

- Nada que ele diga me parece justificativa para o que aconteceu. Nunca imaginei que ele pudesse ter tanta força.

- O que você esperava? O garoto passa horas treinando. – Larissa respondeu.

- Lá vamos nós de novo. – há alguns meses o garoto havia pedido para começar a malhar, o que Larissa achou um absurdo por ainda ser muito novo. Porém Isabella prometeu se caso ele melhorasse as notas daria permissão para que treinasse com acompanhamento todas as tardes. – O acordo funcionou, ele melhorou as notas.

- Isabella, a escola e as notas não deveriam entrar em negociação. É apenas a obrigação dele.

- O que queria que eu fizesse? Arthur tirou notas baixas, você nem ao menos estava aqui para se atentar a isso. Eu precisei resolver sozinha, como tenho feito em relação a tudo nessa casa nos últimos anos. Se você tivesse mais tempo...

- Não começa. – pediu fadigada, pelo cansaço e pela situação.

- Estou falando sério, você não foi mais a nenhum dos jogos dele. Parou de acompanhar as notas dos dois, nem falo apenas de Arthur.  

- Eu preciso trabalhar. Você acha que eu gosto de passar dias longe de vocês? – levantou-se irritada e foi até o bar. Isabella permaneceu calada. – O assunto aqui não somos nós.

- Claro que é, estamos errando em algum ponto com os nossos filhos. Hoje o Bernardo teve que ir ao hospital, o que vai ser da próxima vez?  – indagou a advogada.

- Eu não sei Isabella. E a gente ficar discutindo sobre a minha falta de tempo não vai resolver a situação.

- Não vai mesmo.

- Acho melhor chama-lo para uma conversa.

- Certo. Vou subir.

- Espero vocês no escritório. – tomou todo o liquido do copo e caminhou lentamente.

            Ao chegar ao corredor que dividia os quartos, Isabella encontrou a porta do quarto de Arthur entre aberta. Ele estava deitado encarando o teto branco, as mãos descansavam sobre a barriga. Mesmo tento notado a presença da mãe permaneceu na mesma posição. Lentamente a mulher foi até ele.

- Precisamos conversar com você. – sua voz saiu baixa, ela afagou os cabelos da mesma cor dos seus.

- Eu sei, mas não precisam brigar por minha causa.

- Não estamos brigando.

- Deu para ouvir vocês daqui. – concluiu e Isabella sentou-se ao seu lado.

- Só precisamos entender o que aconteceu. – ele deu de ombros. - Estamos no escritório te esperando. Não demora. – acariciou seu rosto, deu um singelo e encorajador sorriso e saiu.

- Dona Isabella, como está o Bernardo? – Maria questionou ao ver a patroa descendo a escada.

- Está bem, será que você poderia levar algo para ele comer? Vamos conversar com o Arthur no escritório, por favor não deixe ninguém interromper.

- Sim senhora. Pode deixar.

            Desceu as escadas e entrou para o escritório. Larissa estava em pé próxima a janela observando o jardim. A loira não virou para olhar a esposa ao escutar a porta se abrindo. Desde que entrara no escritório havia começado a chorar, sentindo-se culpada pelo que aconteceu e por saber o quanto a Isabella sentia sua falta nas pequenas decisões da casa.

            Isabella sentou-se em frente à mesa de vidro, deixando a cadeira ao seu lado vazia para que Arthur se sentasse. Apesar de saber que o comportamento do filho havia sido errado, sentia medo pelo castigo que a esposa poderia aplicar ao menino. Larissa apesar de sempre manter uma boa relação com os filhos, sempre foi a que mais deu punições quando algum deles se comportava mal. Chegando até a algumas vezes causar desentendimentos entre as duas.

- Posso entrar? – Arthur indagou com a voz trêmula, sabia que estava encrencado.

- Pode sim. – Isabella respondeu, vendo a esposa passar as costas da mão direita no rosto. Percebendo assim que ela chorava.

            O menino ocupou a cadeira ao lado da mãe, encarou as mãos em um sinal de nervosismo. Estava envergonhando sem conseguir ao menos olhar quando Larissa sentou-se à sua frente.

- O que aconteceu? – questionou a loira. O menino continuou em silêncio. – Você foi esperto para agredir seu irmão e agora não consegue responder uma simples pergunta? – Larissa recebeu um olhar de repreensão da esposa. Mas não se incomodou.

- Responde a sua mãe, filho. – a advogada pediu segurando a mão do garoto.

             A cena parecia um tribunal. Larissa atras da mesa olhava acusadoramente o filho que se mantinha na posição de culpado, enquanto Isabella fazia o papel de advogada tentando amenizar sua pena.

- Nós discutimos. – sua voz saiu em um sussurro.

- Fala mais alto, não te ouvi.

- Ele disse... – Isabella tentou repetir, mas Larissa fez sinal para que ela se calasse.

- Nós discutimos. Eu me irritei e acabei...- sua voz falhou, sentiu um nó na garganta. Estava visivelmente arrependido.

- Batendo no seu irmão. – concluiu Larissa. – Preciso que você diga o que fez, para ter noção do quão grave foi sua atitude.

- Eu bati no Bernardo. – encarou a mulher. Isabella sentiu o coração apertar ao ver o semblante triste do filho.

- E você acha que isso foi correto?

- Não.

- Então por que fez?

- Perdi o controle.

- Não estamos falando de um jogo de vídeo game. Isso é vida real, e você não pode simplesmente distribuir socos por aí. Nem dentro e muito menos fora de casa. Você tem noção de que poderia ter ferido gravemente o seu irmão?

- Tenho. – encarou as mãos envergonhado. – Sinto muito.

- Não é a nós que você deve desculpas, é o seu irmão que está lá em cima com o nariz arrebentado. É a ele que você deve desculpas. – falou fria. – Eu nem sei expressar o tamanho da minha decepção com você.

- Me desculpa, eu não queria ter feito aquilo.

- Quero saber o motivo da discussão.

- Não foi nada.

- Então sua situação só fica pior. Como foi que você bateu no seu irmão por nada?

- Olha, sei que vou ficar de castigo. Então pode apenas me dizer o que eu tenho que fazer? – Isabella lançou um olhar para a esposa.

- Você vai ficar sem vídeo game, vai ser da escola para casa todos os dias. Vou ficar com o seu celular e não poderá mais ir à academia.

- Mammy? – olhou para Isabella na esperança de que ela intercedesse por ele.

- Tem mesmo necessidade de tirar a academia?

- Sim. Ocupe sua mente com estudo. Agora saia da minha frente. – girou a cadeira.

            O menino lançou um olhar para Isabella e saiu da sala.

- Precisava de tudo isso? – questionou Isabella ao ficarem a sós.

- Sim. Você reclama que não tomo decisões e quando faço isso você me questiona? – virou-se fitando-a.

- Claro. Você tratou seu filho como se ele fosse um criminoso. – acusou entre dentes.

- Hoje ele foi. E ainda é covarde, nem ao menos contou o motivo que o fez ficar tão irritado.

- Ele é uma criança.

- Não. Ele já tem idade suficiente para ter responsabilidades, e assumir os erros.

- Como sempre você exagera.

- Isabella, se queria passar a mão na cabeça dele porque me deixou participar dessa conversa?

            A mulher nada falou, saiu em seguida deixando a esposa sozinha com seus pensamentos. Foi até a cozinha, precisava de um copo de água para acalmar os nervos.

- A menina Alice saiu com o Matheus. – Maria comentou assim que viu a mulher.

- Tudo bem. Você levou a comida para o Bernardo?

- Sim, mas ele se recusou a comer. Disse que queria ficar sozinho.

- Certo. Daqui a pouco vou ver como ele está. Você sabe o motivo do desentendimento dos dois? – questionou apoiando-se ao balcão.

- Sei não senhora. Mas desde a hora que chegaram da escola estavam com implicância.

- Nem sei o que poderia ter acontecido caso a Alice não tivesse separado os dois. – suspirou atirando a cabeça para trás. As duas ficaram em silêncio.

            Aquela noite Virginia e Carlos Eduardo haviam combinado de sair para uma boate. Já que desde que a garota havia terminado o namoro estava vivendo do trabalho para casa e o amigo tentava animá-la a todo custo.

- Nossa, coisa de elite mesmo. – brincou a garota.

- Eu falei. Mas não se preocupa, hoje é por minha conta. – sorriu.

 - Você está vendendo drogas? Aonde arranjou tanto dinheiro?

- Meu pai está tentando me compensar pelo divórcio, e isso significa uma mesada bem gorda.

- Sei. – deu de ombros e seguiram para a área vip. Foi nesse instante que os olhos de Virginia encontraram a figura de uma loira de sorriso fácil.

- Não sabia que eles estariam aqui. – Cadu comentou.

- Imagino que se soubesse nem teríamos vindo. – fitou os olhos da moça e em seguida viu o braço do namorado em sua cintura.

- Como não podemos simplesmente ir embora, melhor cumprimenta-los. – Virginia apenas concordou e caminharam em direção aos garotos. - Oi pessoal. – Cadu falou. – Essa é Virginia, minha amiga. Esses são Miguel, Anna, Matheus o namorado da ...

- Alice. – comentou com um sorriso de canto e os olhos brilhando por ter reencontrado a garota.

- Como vai Virgínia? – foi cordial.

- Bem. – sorriu limitou-se a responder. – Você quer beber alguma coisa? – indagou para Cadu.

- Cerveja, por favor.

            Afastou-se em direção ao bar, mas sentia os olhos de Alice presos a ela. Pegou as bebidas e retornou para junto aos outros. Avistou Anna e Alice conversando e sorriu vendo-a sorrir por algo que a moça comentou. Entregou a cerveja ao amigo e fez questão de sentar-se próxima a loira.

            Nesse instante não pode deixar de notar que Alice bebia uísque. O que fez com ela desse um singelo sorriso. Admirada pela preferência da loira depois que havia lhe apresentado algo menos forte.

- O quê?

- Nada, é que fui uma má influência para você. – apontou para o copo.

- Bobagem, só mudei meus gostos. – respondeu seria.

- Menos para namorado. – sustentou seu olhar.

- Gostei de você. – Anna quebrou o clima levando a garrafa dela até a de Virginia e brindando.

- Que bom, já que naquele dia na festa você não foi muito com a minha cara. – comentou sincera.

- Claro, eu não te conhecia.

- Anna. – repreendeu. – Não liga para ela.

- Ligaria para você, se tivesse seu número. – arrependeu-se do que falou assim que notou que a loira ficou desconcertada.

- Poderia ter pedido ao Cadu. – respondeu o óbvio.

- Ele não me daria. – confessou.

- Você pediu? – insistiu.

- Não.

- Então como sabe que ele não daria?

- Apenas sei. – respondeu e tomou um longo gole de sua bebida sem desviar os olhos dos seus.

- Estamos indo dançar na pista, vocês vêm? – chamou Miguel ao lado de Carlos.

- Eu vou. – Anna se pôs de pé.

- Nós vamos ficar. Não é amor? – Matheus fitou Alice.

- Sim, claro. – concordou.

- Virgínia, você vem?

- Não, vou fazer companhia ao casal. – sorriu em deboche e Anna encarou a amiga, sussurrou algo que Virgínia não soube decifrar.

- Então tá. – os três saíram.

- Bom, já que você está acompanhada eu vou até o banheiro. – Matheus comentou tocando os lábios dela, o que fez Virginia revirar os olhos.

             O rapaz se afastou, e um silêncio incomodo se fez presente. Os olhares se cruzando vez ou outra o que fazia ambas sorrirem. Até que Virginia decidiu romper silêncio.

- Seu namorado é tão bonito quanto nas fotos.

- Como você sabia quem ele era?

- Sua rede social. – deu de ombros. - E a mão possesiva na sua cintura.

- Então você me procurou, mas não me deixou saber disso?

- Esse era o plano. – falou debochada.

- E porque não me mandou um “oi” ?

- Prometi ao seu primo. Ele tem essa coisa de...

- Limites. Mas pelo visto não vale no meu caso, afinal ele está pegando meu melhor amigo.

- Mas eu não iria te pegar. Você nem faz o meu tipo. – falou divertida. Foi ainda mais divertido ver Alice tentar revidar a brincadeira, porém aparentemente estava sem palavras.

- Não?

- Nem um pouco. – olhou para o lado e uma mulher a fitava com um largo sorriso. – Ela, ela faz o meu tipo. – ergueu o copo na direção da estranha.

- Pois deveria investir, você parece fazer o tipo dela.

- No momento estou conversando com minha amiga. Quando o seu namorado voltar, eu irei até ela. –fitou-a com o ar sério.

            Virgínia fez exatamente o que disse assim que Matheus voltou. Mas a paquera logo foi interrompida quando avistou Alice passando em direção ao banheiro. Seguiu a garota. Alice parecia enfrentar um conflito, e depois de dizer que a fotografa poderia sair decidiu e estava bem, mandou o resto de sanidade que ainda tinha e fez o que desejou nos últimos dias.

            Pediu quase em desespero um beijo, beijo esse que não aconteceu. Virgínia apesar de desejar imensamente sentir o sabor dos lábios da loira, negou o pedido. Não esperava que ela passasse mal novamente, ficou para ajudá-la. Agradeceu quando a loira começou a sentir melhor, Alice pareceu mais relaxada e nem um pouco chateada com o acontecido.

            Ao voltarem para a mesa os olhos de Carlos Eduardo lhe fitavam aflitos e questionadores. Sentaram-se, e logo um assunto se iniciou. Mas Virgínia sabia que o amigo estava apenas aguardando o momento certo para conversar com ela.

- Virgínia, pode me ajudar a pegar mais bebida?

- Claro.

            Aceitou sabendo que seria bombardeada de perguntas. Caminharam em direção ao bar. O rapaz fez os pedidos e enquanto esperavam se virou para a garota.

- O que aconteceu?

- Nada. – deu de ombros.

- Estou falando sério. O que aconteceu no banheiro entre você e a Alice?

- Cara, relaxa. Já disse que não aconteceu nada. A Alice passou mal foi isso. Eu a ajudei e nós voltamos. Apenas isso. – omitiu a parte do beijo que a loira havia pedido.

- Olha, você já é adulta. E sabe bem o que aconteceria caso você e a Alice tivessem algo. Tem certeza que valeria a pena ter a volta de algo que te fez sofrer tanto?

- Alice não tem culpa de nada.

- Ela não tem, eu sei disso. Mas você sabe que teria que reviver aquilo mais uma vez. Você quase não se desprende das coisas da sua irmã. Já percebeu que tem até dormido mal de novo? Aposto que são os pesadelos. – Virgínia fitou as mãos. Sabia que o amigo tinha razão em tudo o que dizia. – Valeria a pena passar por tudo isso de novo pela Alice?

            Sem saber o que responder escolheu o silêncio como resposta. Por mais que estivesse desejando Alice não sabia até que ponto poderia ir com ela. E de fato seus fantasmas voltaram desde que soube de quem Alice era filha.

            Tentando não pensar muito no assunto Virgínia acabou entrando nas conversas que o grupo iniciava. Mas seus olhos insistiam em ir de encontro aos de Alice. E sempre que isso acontecia as duas sorriam abertamente. Cadu sabia que a amiga estava se apaixonando pela prima e isso o assustava. Além de se preocupar com o bem estar de Virgínia, havia o fato e que se Isabella descobrisse que ele havia levado Virgínia escondido para a festa de Larissa facilitando assim que ela e Alice se conhecessem, ele sem dúvidas estaria em maus lençóis.

            Só restava torcer para que Alice não correspondesse aos sentimentos da fotografa. Mas pelo pouco que observava as duas se olhando, o interesse parecia ser mútuo. O garoto se indagava de como Matheus parecia alheio a troca de olhar e sorriso entre as duas. Apesar de estar bem ao lado da namorada Matheus parecia não notar o que acontecia bem debaixo de seu nariz.

- O que tá acontecendo entre elas? – Anna perguntou sussurrando, queria saber se o rapaz comentaria se a amiga estava interessada em Alice.

- Não faço ideia. – bebeu um longo gole. – Mas seja o que for o Matheus não está percebendo nada.

- Ele é um banana. – comentou e riu.

- Anna. Alice já ficou com mulher? – foi direto.

- Não, mas se depender da sua amiga isso vai mudar logo. – ele então percebeu que de fato a prima estava retribuindo o interesse em sua melhor amiga.

            Ao final da festa Cadu e Virgínia dividiram um uber. A garota estava cansada, repousava a cabeça na janela do carro.

- A Alice nunca ficou com uma garota. Ela é hetero.

- E?

- E você sabe como é complicado ficar com mina hetero.

- Está me dando motivos para não ficar com ela? – indagou de olhos fechados.

- Sim. Posso citar ao três.

- Três?

- Isso. Primeiro: ela é hetero. Segundo: ela namora. Terceiro: a tia Isa faria tudo para impedir vocês de ficarem juntas. Bastaria ela saber que você é...

- Já entendi Carlos. Você não quer que eu tenha nada com ela. – respondeu ajeitando-se no banco. Lembrou que o fato de ter um namorado não a impediu de pedir um beijo. Mas manteria isso em segredo, pois sabia que o amigo ficaria paranoico.

- Isso.

- Pode deixar. Vou ficar fora do caminho dela. – concluiu.

- Vai ser o melhor para todo mundo. E principalmente para você.

            Ela deu de ombros, não adiantaria nada discutir com o amigo. Sabia que Alice tinha interesse nela, caso contrário não teria pedido aquele beijo. Mas tentaria se manter longe da garota, para evitar maiores problemas.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê! Não consegui postar no domingo. Mas aqui estou eu. Espero que goste. Domingo tem novo capítulo. Dessa vez vai ser POV da Virgínia.

Boa leitura e boa semana.

Beijokas.


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Comentários para 6 - Capitulo 6:
Lea
Lea

Em: 11/01/2022

É,a vida de casadas,com filhos,mais trabalho,e trabalho esse que "suga" todo o seu tempo,vai acabar desgastando um amor tão lindo como o delas. Discurssões continua pode acabar em divórcio,e isso nós não queremos ver e nem traições!

Como já havia observando,a Virgínia é parente da Alana, só pode ser. Algo que envolva a Isabella diretamente, só pode ser a Alana.

Larissa é rígida com os filhos,linha dura. Eita!


Resposta do autor:

Verdade, a rotina vai sugando o relacionamento.

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 08/09/2021

Hmm então Virgínia é irmã de alguém, seria ela irmã da Alana ?

As vezes sinto q o Matheus está 100% foda-se pro relacionamento igual a Alice, pq vamo combinar q ela não tem empenho nenhum no relacionamento deles.

Meus nenês brigando e os nenê delas tbm, Aiai só tristeza. Espero q elas consigam se resolver. Acho q a Lari tá certa em punir o Arthur porém acho q ela tomou a abordagem errada, faltou conversa e entendimento, oq tbm ta faltando entre ela e a Isa no momento. Enfim tá faltando um equilíbrio.na família


Resposta do autor:

Filho sempre briga, mas o Arthur saiu da linha de vez.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 29/05/2021

Seria Virgínia, irmã da Alana? 


Resposta do autor:

Será????

kkk. Tu escreve também é? rsrs

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Mille
Mille

Em: 28/05/2021

Oi autora 

Isa e Bella brigando não é legal, o casal apaixonado tem que sentar e conversar mais. Cobrança não vai solucionar os problemas. 

A atitude do Arthur bater no irmão e não dizer o motivo as mães por essa o refleto de ouvir as mães discutindo e também de não controlar a raiva.

Virginia é uma figura misteriosa, mais vou chutar que ela seja filha da ex da Isa.

Bjus e até o próximo 


Resposta do autor:

Por mais que o casal esteja apaixonado sem tempo de qualidade juntas é normal haver discussão. Mas não vai passar disso.

Arthur parece ter o temperamento da Isabella.

E Virgínia não é filha da Alana. Mas você quaseee acertou.

Beijos

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 27/05/2021

Mistério quem é Virginia?


Resposta do autor:

Logo descobriremos esse mistério.

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