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Luz e Escuridão por Thaa

Ver comentários: 12

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Palavras: 3758
Acessos: 3573   |  Postado em: 24/05/2021

Capitulo 6

 

Capítulo 6

 

Alessandra tossiu, ao entrar no banheiro. Ainda sentia o corpo meio dolorido e a cabeça martelava de dor. Não costumava beber com frequência, pois a bebida alcoólica sempre lhe causava mal estares. A única bebida da qual gostava de degustar era de um bom vinho, esporadicamente, na companhia de Marina, mas ela se fora, já não estava mais ali para lhe fazer sorrir, para lhe abraçar, para lhe confortar como sempre fazia.

Ela se fora...

Alessandra fechou os olhos e suspirou.

Alguém tirara o amor da sua vida.

Ela esticou a mão lentamente e secou uma lágrima, que lhe escorria solitária pelo rosto amargurado.

Noutras épocas já fora uma mulher feliz, mas essa felicidade morrera, quando Marina se fora.

Essa felicidade fora cremada no dia em que Marina fora.

Nada restara dentro de si, apenas um imenso vazio e solidão.

Marina...

Sua mulher...

Seu amor...

Alguém as havia tirado de si.

— Um miserável as tirou de mim...— Murmurou por entre os dentes e apertou os punhos com toda força demonstrando toda sua ira.

Dias após sair do hospital, depois do acidente, seu advogado lhe comunicara que o responsável pela morte de Marina havia sido preso, mas nada daquilo lhe interessava, afinal de contas, Marina havia morrido e sua filha também.

Naquela época não desejava saber nada sobre o culpado pela morte de Marina, conhecia a si mesma e temia aos seus próprios atos.

Depois do acidente decidira por se isolar na mansão Katsaros.

Não desejava ver ninguém, não desejava ver o mundo, nada daquilo lhe interessava mais.

A vida perdera o significado feliz que sempre teve para si.

Até alguns dias o seu santuário de paz corria bem, até a chegada impertinente daquela mulherzinha inútil.

Como ela ousava deitar em sua cama?

Como ousava importunar daquele jeito?

Precisava fazê-la sumir da sua casa, da sua vida de uma vez por todas.

 

Samantha deixou o quarto de Alessandra e ficou parada um momento no meio do corredor. Tinha noção do quão perigoso era estar naquela casa e perto daquela mulher. Havia muito em jogo, o que fizera fora imperdoável. Era doloroso ver tanta dor nos olhos negros daquela mulher. Estava em uma dubiedade escandalizada entre partir e ficar ali. Nem mesmo sabia por que aquele sentimento de culpa fazia permanecer ali uma parte de si. Queria simplesmente ir embora, mas havia uma forte parte de si que queria tirar Alessandra da escuridão. De alguma forma queria fazê-la voltar a viver, a ser feliz. Se conseguisse ao menos fazer isso, muito já teria valido a pena.

Samantha desceu para a cozinha e foi preparar o café da manhã.

 

Alessandra deixou o banheiro e foi se vestir.

Estava com fome.

Há muito tempo não tinha vontade de se alimentar adequadamente.

O quarto estava em pleno silêncio e isso indicava que aquela mulherzinha não estava mais ali para lhe importunar.

Alessandra pegou um vestido branco, de mangas curtas, e vestiu.

Calçou uma sandália baixa, na cor vermelha, e escovou os longos cabelos.

Pegou a bengala e deixou o quarto.

Decidiu ir até a cozinha comer alguma coisa, mesmo sabendo que aquela estúpida estaria lá. 


Samanta se assustou ao ver a presença marcante da bela mulher adentrar a cozinha se apoiando na bengala preta e bordada em ouro. Ficou a observar Alessandra por um bom tempo. Ela tinha um ar aristocrático, um rosto lindo, de nariz afilado e que se harmonizava com os lábios esculpidos e vermelhos como uma delicada cereja. Como podia alguém ser tão lindo assim? Não costumava sair por aí achando mulheres bonitas, mas Alessandra Katsaros tinha uma beleza aterradora, uma beleza de anjo celestial, mesmo sabendo que às vezes ela também parecia um demônio.

— É...eu preparei um café da manhã...

— Como Ariela te contratou? De onde a conhece? — Questionou com um tom de voz carregado, à medida que se aproximava.

Samantha suspirou.

“De novo?”

“Essa mulher deve me odiar”.

Pensou.

— Eu...na verdade eu não a conheço...

— Como assim? — Perguntou franzindo o cenho.

— Eu conheço Romeu.

— Quem ela pensa que é para contratar uma desconhecida para minha casa?

— Fique tranquila, que não sou psicopata.

— Trabalhas para mim e eu não sei nada de ti...

— Não há muito para saber...— Samantha a olhava de canto. — Minha vida é o de menos, agora. — Deu de ombros.

Alessandra deixou a bengala de lado e se sentou numa das cadeiras da mesa.

— De onde és?

— Daqui mesmo...

— És casada?

— Não...solteira...

— Quantos anos tens?

Samantha sabia que ela estava claramente lhe entrevistando.

— Bom, eu já tenho 36 anos, sou bem mais velha do que você...— Samantha olhou nos olhos dela e de repente lhe bateu uma curiosidade grande. — Foi no acidente?

— O quê?

— A perda da visão?

— Como sabes que foi um acidente? — Questionou, desconfiada.

Samantha, mas uma vez, sentiu aquele peso na alma e que dilacerada o seu coração.

Será que aquela vontade de permanecer na vida de Alessandra era tudo por causa da culpa que sentia?

A razão lhe dizia para ir embora, para sair da vida daquela mulher, enquanto era tempo ainda.

— Todos nesta cidade conhecem você...

— Poucas pessoas ficaram sabendo desse acidente, isso eu posso lhe garantir, dona Samantha.

— Então acho que sou uma dessas poucas pessoas...como consegues morar sozinha por aqui?

— Aqui ninguém vem me importunar...

— Sei...

— Mas agora estás aqui.

— Para quê? Te importunar? Se não fosse pelo dinheiro eu nem estaria aqui, mas eu de fato preciso para pagar minhas contas.

“Na realidade eu só estou aqui, porque a minha vida está mesmo muito ferrada”.

Pensou Samantha e foi até ela. Olhou os olhos dela bem de pertinho, como que os analisando com bastante perícia.

— Tua cegueira foi ocasionada por um trauma na cabeça. O impacto deve ter sido muito forte na região dos olhos, o que acabou comprometendo o funcionamento dos nervos ópticos e, consequentemente, acarretou a perda total da visão.

— Como sabes disso?

Alessandra questionou num empinar de queixo.

Samantha se afastou um pouco dela e foi levar os pratos na pia.

— Eu era oftalmologista. Cirurgiã.

Alessandra notou certa tristeza na voz dela, mas não se incomodou em perguntar.

Afinal, não se importava minimamente com aquela mulher e muito menos com a vida dela.

— Era?

— Sim, era...você vai querer comer mais alguma coisa? — Perguntou se aproximando.

— Não. — Alessandra respondeu em um tom de voz quase rígido e se levantou da cadeira.

— Sua cegueira é reversível...basta fazer a cirurgia com um profissional de boa perícia.

— Eu não acredito nisso.

Samantha fitou aquele belo rosto, pegou um guardanapo e limpou o cantinho da boca dela.

Alessandra respirou fundo ao sentir o toque tênue e macio das mãos dela tocando o seu rosto de leve.

Mas aquilo não durou muito.

— Não me toque de novo.

A empresária pegou a bengala e se afastou bruscamente. Parecia ter medo de alguma coisa.

 

 

Samantha ficou olhando em silêncio para a figura alta.

Ela estava linda naquele vestido branco e naquela sandália vermelha.

Alessandra era uma mulher muito linda.

Ficou imaginando como era a vida dela com a esposa.

“Meu Deus, por que eu não paro de olhar para a beleza dessa mulher?”

Sacudiu a cabeça negativamente e voltou aos afazeres.

 

 

Alessandra foi para o escritório e se fechou lá dentro.

Pegou o telefone e discou o número da amiga Ariela.

— Alessandra.

— Preciso que você me traga os balanços da empresa e os próximos contratos a serem fechados. Não, peça para que o contador venha trazer aqui. Eu preciso de falar com ele.

Ariela sorriu.

Sua amiga enfim parecia ter acordado para a vida.

— Resolveu sair do seu estado de reclusão, bella dama?

— Apenas faça o que te pedi.

 

 

Samantha deixou a casa toda organizada.

O lugar parecia outro.

Com mais vida, com mais luz.

Com a vassoura em mãos seguiu para o escritório em que Alessandra estava. Já tinha passado por ali e o lugar estava horrível de poeira.

Samantha encarou Alessandra, que estava sentada em silêncio.

Sem dizer nada, Samantha foi até a janela e afastou todas as cortinas.

Mesmo cega Alessandra podia perceber que estava na claridade.

— Quem te mandou abrir essas cortinas? — Perguntou, furiosa.

— Aqui estava muito escuro. Mesmo com a luz acesa é impossível de fazer alguma coisa adequadamente.

— Quanto você quer para sumir de uma vez por todas da minha vida e me deixar em paz?

Samantha a olhava perplexa.

“Como uma mulher tão poderosa se confinara a viver em um lugar como aquele e em meio a tanta escuridão?”

— Eu acho que você precisa de mim.

— Eu não preciso de ti para absolutamente nada. Além de ser uma completa desconhecida é alguém que não significa nada para mim e nem deveria estar em minha casa. — Destilava com todo o seu sarcasmo.

As palavras humilhantes fizeram Samantha sentir um aperto de raiva, no coração.

— Ah, por favor, para aturar você eu tenho de estar mesmo muito necessitada.

Alessandra soltou uma risada áspera e parou o que fazia apenas para virar a cabeça na direção de Samantha.

Samantha jamais imaginou que aquela mulher fosse um ser assim tão difícil.

De repente bateu uma curiosidade na milionária de saber como era aquela mulher. Como era o rosto dela, a voz dela tinha um timbre suave, melódico, tranquilo, mas logo tratou de dissipar essa ideia de sua cabeça. Aquilo era completamente sem cabimento.

Samantha continuou a limpar a sala, em silêncio, ignorava a raiva da outra, completamente.

 

 

Úrsula entrou na sala do contador da empresa.

Ela sabia que o homem estava indo se encontrar com a sobrinha.

Não podia deixar que nada estragasse seus planos.

Tiraria Alessandra de uma vez por todas de dentro daquela empresa.

— Dona Úrsula? — Disse, relutante e fez menção de levantar, mas ela o impediu com um breve gesto de mão.

— Apenas vim lhe lembrar do nosso acordo. Não fale nada a Alessandra. Nada que possa nos comprometer. Fale apenas o que combinamos.

 


Ariela não conseguia compreender como alguém tão humana e doce de repente tivesse se transformado naquele ser quase cruel.

Alessandra já não era a mesma de antes.

Ariela entrou na sala do contador apenas para lembrá-lo da reunião que ele teria com Alessandra.

Pediu para que ele se apressasse, pois a chefe detestava esperar.

 

 

Samantha foi para a cozinha preparar o almoço.

Ficou a pensar que se passasse um mês naquela casa, sozinha, seria capaz de ficar louca.

Depois de ter preparado todo o almoço decidiu ir até o jardim sem vida, da casa, para tomar um ar fresco.

Apesar dos maus tratos ainda havia um resquício de beleza camuflada naquele lugar.

Estava com vontade de limpar todo aquele mato e reviver aquele jardim.

 


A reunião que Alessandra tivera com o contador durou cerca de uma hora.

Após a saída do homem, ela se viu novamente mergulhada no silêncio.

Não confiava na sua tia Úrsula, tampouco no seu primo.

Era como se aqueles dois abutres planejassem sua queda o tempo inteiro.

Alessandra passou uma das mãos pelos cabelos sedosos.

Os fios eram tão macios, que chegavam a escorregar por entre os seus dedos longos.

Lembrou-se da intrusa.

Onde ela estaria?


Samantha almoçou bem antes de Alessandra. Isso porque não desejava ter outro desentendimento ou ser humilhada por aquela mulher.

Achava impossível lidar com Alessandra Katsaros.

Samantha estava de pé, no deck de madeira onde havia algumas luxuosas espreguiçadeira.

Observava a piscina suja, que embora sem água tinha lodo em toda sua borda.

Samantha muniu-se de uma vassoura, escova e outros apetrechos de limpeza, então começou a limpar aquela área que estava cheia de folhas trazidas pelo vento.

 

 

Alessandra não saiu do escritório a tarde inteira, nem mesmo para almoçar.

Estava irritada e não desejava lidar com ninguém, muito menos com a tal Samantha.

A saudade de Marina era tanta que chegava a ser insuportável.

Sentia uma forte dor no peito.

Um furor aterrador.

Suspirou.

Será que algum dia a esqueceria?

Não!

Isso era impossível.

Jamais a esqueceria.

Esticou a mão e pegou uma garrafa de uísque, que havia sobre sua mesa de trabalho, e a abriu.

Levou a garrafa à boca e tomou o primeiro gole. Um gole longo e que desceu rasgando em sua garganta.

Tinha vontade de beber até seu corpo não aguentar mais.

Até parar de respirar.

A sua vida miserável não fazia sentido.

Fechou o punho e o bateu com toda força sobre a mesa.

 

 

 

Samantha apoiou as duas mãos na cintura e ficou a observar toda a área de lazer da propriedade dos Katsaros.

O lugar agora tinha uma nova vida.

Tudo parecia no seu devido lugar.

Levara a tarde toda para deixar aquele lugar com outra aparência.

Olhou para a mansão e pensou em Alessandra.

Recordou-se daquela beleza selvagem, daquele rosto de traços lindos, mas arrogantes.

A milionária parecia ter esquecido de como era lidar com as pessoas.

Ela parecia não se importar com nada, nem ninguém.

Era como se não houvesse vida dentro daquela mulher.

Não sabia dizer por que isso de repente lhe incomodava tanto ao ponto de querer lhe fazer ficar na vida dela, mesmo sabendo de tudo o que fizera. Às vezes sentia que tinha a missão de fazer Alessandra ser uma mulher feliz de novo, e depois disso sairia da vida dela, porém, era muito difícil e não tinha a menor ideia de como fazer aquela mulher voltar a viver, voltar a ser feliz.

Emitiu um suspiro culpado, resignado.

Aquela era uma culpa que carregaria pelo resto da vida.

Não havia como mudar o passado.

 

 

Já passava das cinco da tarde.

Alessandra já tinha bebido quase metade do conteúdo da garrafa de uísque.

Há muito tempo deixara de beber.

Desde sua adolescência, para ser mais precisa.

A jovem herdeira de Alessandro Katsaros sempre fora uma jovem rebelde, adorava bebidas, baladas e sex*.

Porém, após se apaixonar perdidamente por Marina Megalos, a jovem se tornara uma nova mulher e tudo em sua vida mudou para melhor.

Até o fatídico acidente que ceifou a vida da sua esposa grávida.

Titubeante, Alessandra se levantou.

Pegou a bengala e saiu quase se arrastando escadaria acima, para o seu quarto.

Seu corpo estava quente e precisava de um banho de água fria.

 

 

Samantha viu toda a cena e sacudiu a cabeça negativamente.

Ela estava totalmente embriagada.

Suspirou e fechou a porta.

Subiu as escadarias e foi atrás de Alessandra. Abriu a porta do quarto e se deparou com ela tentando tirar o vestido. Porém, a mulher estava tão embriagada que sequer conseguia tirar a própria roupa. Rapidamente correu até ela.

— Meu Deus! Deixa eu te ajudar. Você está completamente bêbada.

Alessandra não disse nada. Apenas ficou em silêncio, enquanto sentia as mãos delicadas nas alças do seu vestido. Respirou fundo, quando sentiu as mãos dela escorregando pelo seu corpo junto com o vestido, que já chegava ao seu calcanhar.

Samantha estava agachada diante de Alessandra. Olhava a figura esbelta de cima a baixo.

A bela milionária tinha pernas longas, largos quadris e uma barriga bem definida.

Os seios eram pequenos, fartos e os biquinhos eram amarronzados.

A calcinha vermelha, de renda, deixava-a ainda mais sexy e atraente.

Samantha sentiu uma sensação estranha dentro de si.

— Está se deliciando com a visão? — Alessandra provocou num arquear de sobrancelha.

Samantha sentiu o rosto corar.

— O quê?! Não. Não estou olhando para você, definitivamente. — Mentiu, toda sem jeito e desconcertada. Estava muito vermelha e o seu rosto parecia queimar.

Alessandra deu uma gargalhada debochada.

— Não posso ver, mas posso sentir que estavas a me olhar.

Samantha pegou o vestido de Alessandra e jogou sobre a cama.

Levantou!

— Você mal consegue ficar de pé. Não sabe nem o que diz. — Tentou mudar de assunto, demonstrando certa irritação.

Samantha apoiou Alessandra em si e a levou para o banheiro.

Uma vez lá, ligou o chuveiro e a puxou para debaixo.

Samantha pegou um sabonete líquido e começou a passar pelo corpo de Alessandra.

Alessandra fechou os olhos e respirou fundo, quando a mão tocou a extensão dos seus seios.

— Basta. Tire suas mãos de mim. Não desejo que me toque.

Samantha a fitou e chegou bem pertinho dela.

— Por quê? Por acaso está excitada? — Disse e se arrependeu ao ver o ódio contido naquelas íris negras.

Alessandra não estava acostumada a ser desafiada, porque antes de ser desafiada ela preferia desafiar, antes de ser destruída ela preferia destruir. Era a herdeira de um homem poderoso e não tolerava que lhe enfrentassem. Quem aquela mulherzinha inútil pensava que era para fazê-lo?

— Não seja atrevida. — Pronunciou com a raiva explodindo em seu peito. — Sabe que não a desejo aqui nesta casa. Jamais ficaria excitada com alguém como você. Com alguém da sua espécie, uma desclassificada. Sabes bem qual o teu lugar dentro desta casa. És apenas uma empregadinha e não passa disso.

Samantha respirou fundo e a encarou.

Parou tudo o que fazia.

Já estava de saco cheio com as humilhações daquela mulher.

— Certo! Então você toma banho sozinha. Não precisa da empregadinha para fazer isso. — Falou por entre os dentes.

Alessandra semicerrou os olhos.

Se pudesse enxergar a teria fuzilado com o olhar.

 

 

Samantha deixou aquele banheiro desnorteada.

Não estava a fim de discutir novamente com aquela mulher.

Pegou as chaves do seu carro e deixou aquela casa.

O dia de hoje já fora demais para si.

 


Depois de algum tempo Alessandra percebeu que estava sozinha na mansão Katsaros.

Ela se fora...

Após jantar, fez sua higiene noturna e se deitou na cama.

 


Samantha estava se sentindo esgotada, literalmente.

Jaqueline fora lhe fazer uma visita e adorava quando a amiga ia lhe visitar.

Sentou no sofá pequeno.

A loira estava no grande, tomando uma taça de vinho.

— E então, galega, como vão as coisas lá na casa da poderosa?

Samantha deu suspiro.

— Ah, Jaque, nem te conto. Aquela mulher é um ser difícil de lidar, de conviver. Não sei se aguento por muito tempo.

Falou se sentindo esgotada.

— Ué, por quê?

— Alessandra é muito arrogante...

— E ouvi dizer que é uma mulher muito linda também, amiga.

Jaqueline piscou um olho se insinuando e Samantha ficou vermelha.

— Isso não se pode negar, mas o que tem de linda, tem de arrogante.

— Relaxa, Samantha, isso é mania dessa gente que tem muito dinheiro.

— Eu tenho que te contar uma coisa, Jaque...

— Pode falar, minha galega.

— Você sabe que Alessandra é a esposa da mulher a quem eu matei culposamente, não sabe?

Jaqueline entreabriu a boca, surpresa.

Tinha esquecido completamente daquele fato.

— Sei! E o que estás fazendo na casa daquela mulher? Ela já sabe?

— Não, Jaque, ela não sabe. Alessandra também não pode enxergar e a culpa é minha.

Jaqueline foi até o sofá onde Samantha estava e a abraçou forte.

— Samantha, olha para mim, foi um acidente, amiga, foi uma morte culposa, você não teve dolo algum, então não fique assim. Você é uma mulher maravilhosa, é uma pessoa boa, de caráter ímpar. Em síntese: tu és foda, galega! E esse acidente não define quem tu és.

Samantha sorriu e deitou no colo da amiga.

— Eu não tenho como não me sentir culpada, Jaque. Obrigada por estar aqui.

— Não tem por que, galega. Eu sou tua amiga ou não? — Beijou a cabeça de Samantha.

— Você sabe que sim.

— Por que essa vontade de permanecer na vida de Alessandra, Samantha.

— Não sei...talvez porque eu queira que ela encontre a luz?

— Só se você for a luz na vida da poderosa, amiga. Eu queria que ela pudesse te ver, eu tenho certeza de que ela ia se apaixonar por ti.

— Para com essa loucura, Jaqueline.

Samantha riu, desconfiada e muito sem jeito.

— Alguém já te disse que tu fica linda, galega, quando estás desconfiada. Será que minha amiga de repente está a fim da poderosa Alessandra?

— Não! Nunca! — Negou com veemência e sacudiu a cabeça. — Eu não curto...

— Hoje em dia está difícil alguém se considerar cem por cento hétero.

— Além do quê, uma mulher como Alessandra jamais olharia para alguém como eu — falou, secamente, recordando-se das amargas palavras de Alessandra. — Nós somos como dois extremos que se repelem. Nesse caso ela seria o céu e eu a terra. — Samantha brincou, mas sem conseguir explicar por que aquela conversa estava mexendo consigo.

— Se ela te ver ela se apaixona. Pode apostar, galega.

— Se ela souber o que eu fiz vai me odiar, isso sim.

— É...vai sim, amiga, sai da vida dessa mulher enquanto ainda é tempo...

— Eu não consigo, Jaque, não consigo. Ela está perdida, sozinha, mergulhada na escuridão daquela casa, e a culpa é minha.

Jaqueline apenas assentiu, todavia, temia que algum dia Alessandra descobrisse toda a verdade. Samantha era uma mulher sensacional e não merecia sofrer.

— Mudando de assunto, e tu e o John?

— Ele me largou pouco tempo depois que eu fui para a prisão...ele me magoou demais. Acho que a gente nunca daríamos certo.

— Não sente mais nada por ele?

— Nada...

— Que bom, eu nunca gostei daquele cara. Sempre achei que você merecia uma pessoa melhor. John era um babaca.

— Eu só quero paz, Jaque, um pouco de paz. Já percebi que esse negócio de amores nunca foi para mim. Desse sentimento eu só quero é uma longa distância.

— Oh, galega, então é o jeito nós duas se pegar mesmo, na falta de homem que preste, prefiro minhas amigas.

As duas gargalharam.

 

 

Alessandra pôs um dos braços por cima dos olhos e ficou em pleno silêncio.

Seus pensamentos perturbados buscaram por Marina, mas no quasar de um segundo lembrou da tarde de hoje...das mãos macias tocando seu corpo seminu...o que lhe irritou foram os toques quase deleitáveis daquela mulher.

— Maldita mulher. Maldita. Veio para esta casa me tirar a paz. Ariela é a culpada. Ela parece que adora me desafiar.

Pronunciou por entre os dentes e bateu o punho com força na cama.


Fim do capítulo

Notas finais:

Minhas lindas, tenham uma boa semana. 

Até o próximo capítulo. 

Bjs :)


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Comentários para 6 - Capitulo 6:
Val Maria
Val Maria

Em: 03/06/2021

Olá Thaa maravilhosa!

Que capítulo fantástico. Essa é uma história fascinante.

Responder

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Jackie_tequila69
Jackie_tequila69

Em: 29/05/2021

História maravilhosa tô ansiosa para o próximo capítulo ????????????????????????????


Resposta do autor:

Oi, meu bem.  :) 

Muito obrigada. Hoje sai o próximo.  

Bj

Responder

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Mille
Mille

Em: 26/05/2021

Ale não quer afirmar, a Sam chegou derrubando as certezas dela. Marina aos poucos vai ficar no passado. E a galega está conquistando aos poucos a arrogante Ale.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:

Oi, Mille! :) 

Hahaha,  será que a Sam já está ocupando um lugarzinho  na vjdada Ale? 

Bj

Responder

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Acarolinnerj
Acarolinnerj

Em: 25/05/2021

Olá Thaa li sua história essa madrugada e fiquei encantada.

Estou gostando muito do enredo, dos personagens e todos os dramas.. Confesso que estou curiosa pra saber de fato com o foi o acidente que matou Marina e o bebê..

Não demore a voltar, eu sofro de Ansiedade. 

 

Abraço 


Resposta do autor:

Oi, meu bem,  fico feliz que tenha gostado do enrendo. Aos poucos vamos descobrindo o que de feto aconteceu no dia do acidente  e como foi.  

Hoje volto! @/ rs

Bj

Responder

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Dressa007
Dressa007

Em: 25/05/2021

gente que capitulo maravilhoso... minha autora favorita parabéns
Resposta do autor:

Oi, minha linda. :) 

Muito obrigada! 

Bjs 

Responder

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olivia
olivia

Em: 25/05/2021

Bom dia moça bonita,saudade andou dando uns perdidos boas leitoras né? Estou amando essa Mulher brava e cheia de marra mas ,vai acabar caindo de amor delicinha que, é a vítima preferida! Você continua surpreendendo com seus romances! Pena que, não vou poder relelos , não tenho acesso ao Amazon!! Feliz demais pela sua conquista parabéns minha linda ! Meu amor de escritora! Muita saúde e paz em sua jornada diária!! Mil Bjokassss!!!!??????????????‘???‘???‘?


Resposta do autor:

Olivia,  minha querida. Espero que você esteja bem. :) 

Alessandra teve uma grande perda e ainda está apreendendo a lidar com isso, tenho certeza de que o tempo será um ótimo curandeiro e cicatrizador  de feridas ainda abertas e doloridas.  

Beijão,  muito obrigada, e fique com Deus.  

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 25/05/2021

Oi linda.

Parece que Alessandra está começando a pensar muito na galega. Logo logo vai querer pegar também kkkkk.

Beijo. 


Resposta do autor:

Oi, meu bem.  :) 

E os pensamentos estão dando vazão a algo maior,  será? Kkk 

Bjo

Responder

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Tuka
Tuka

Em: 25/05/2021

Show , como sempre. Não demora linda!


Resposta do autor:

Oi, meu bem, hoje retorno.  :) 

Beijo. 

Responder

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Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 25/05/2021

Kkkkkkk.... acho que nossa Ale ja ta sentindo algo pela nossa Sam... kkkkk... que momento gostoso esse do banho... essas duas são lindas ate em momento de duelos... kkkkk.... Sam vai ajudar nossa poderosa a voltar, nao so a enxergar, mas tb a amar... rsrsrsrsrsrd


Resposta do autor:

Oi, Anny,  imagino que a convivência das suas aos poucos  vai melhorando. rsrs vamos como se dará o andar da carruagem daqui para frente.  

Beijão 

Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 24/05/2021

Eita que as coisas estão comecando a acontecer.....Jaque é uma figura...

Bão semana minha querida 

Bjão e até o proximo

 

 

 


Resposta do autor:

Hel, meu bem, aos poucos as coisas vão se encaixando. Gosto muito da Jaque rs

Beijos. 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 24/05/2021

Pessoa difícil. 


Resposta do autor:

Difícil demais:) 

Haha 

Bj 

Responder

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Nal13
Nal13

Em: 24/05/2021

Aguardando o próximo capítulo.

Uma semana cheia de esperança para todas nós.


Resposta do autor:

Oi meu bem.  :) 

Hie sai o próximo,  se Deus quiser! rs

Bj 

Responder

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