Só soube o desenrolar desses fatos por Amélia muito tempo depois.

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        O caminhão parado na porta avisava que uma família havia se mudado para a casa recém construída ao lado da nossa, seriam os primeiros vizinhos realmente próximos. Quando a SUV estacionou, o primeiro a descer foi um ruivinho com um corte de cabelo surfistinha, aparelho nos dentes e doces olhos azuis, ele espreguiçou o corpo enquanto segurava uma coleira azul falando com o bulldog que latia sem parar.

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- Calma Caramelo, nós já chegamos.

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        Os pais desceram logo após, auxiliando na mudança, em seguida deram algumas ordens para os homens que trabalhavam no transporte das coisas, lembrando de falar com o filho.

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- Alvinho, não invente de explorar a vizinhança agora, estamos ocupados com a mudança e não podemos ficar de olho em você.

- Pode deixar pai, vou apenas atravessar a rua.

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        Álvaro olhou as meninas sorrindo, mesmo que elas tenham se encolhido totalmente, sem pensar ou perceber a timidez feminina, seguiu para cumprimenta-las.

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- Oi, sou Álvaro, mas, podem me chamar de Alvinho, esse aqui é Caramelo, meu bulldog, e vocês são?.

- Sou Amélia, essa ao lado é a minha irmã Alice, somos gêmeas siamesas.

- Entendi, nunca tinha visto, vamos ser vizinhos, se quiser podemos caminhar todos os dias juntos, preciso ter cuidado com o peso do Caramelo, se ele engorda muito não respira direito, ai baba e ronca parecendo um motor.

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        As meninas riram para dizer em seguida. - Nós temos vários bichinhos, temos dois gatos chamados de Luna e Salem, eles são da mamãe Kayra, a mamãe Anna tem duas dálmatas chamadas de Perséfone e Diana, fora que a mamãe Júlia tem uma lulu da Pomerânia chamada Princesa e uma tartaruga chamada Belinha, estamos com ela e as namoradas dela por duas semanas.

- Uau, uma família só de mães, que da hora, e o pai de vocês?, desculpa perguntar.

- Não conhecemos, minha mãe Anna ficou grávida da gente porque pegou a sementinha de um doador.

- Nossa, eu nunca vi uma família mais legal que a de vocês.

- Se você acha ficamos felizes.

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      A conversa durou até o ruivinho ser chamado pela mãe. “Alvinho, onde você está filhinho?”.

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- Puxa vida, tenho que arrumar minhas coisas, só mais uma pergunta, quantos anos vocês tem?.

- Temos oito, e você?.

- Também. – Foi quando um grito ecoou pelo quarteirão.

- Álvaro Rossini Ferraro de Aguiar Júnior, onde você está?.

- Estou indo mãe, que saco...tchau meninas, a gente se vê.

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       O menino entrou acenando pela última vez, as gêmeas passaram por Júlia mandando beijo, correndo para o quarto ladeadas por Perséfone e Princesa.

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- Você viu Alice que menino legal, não é?.

- Nem parece aqueles insuportáveis da nossa escola, ele até acha bacana que a gente tenha tantas mães.

- Impressionante, se eu pudesse casar seria com ele.

- Ué mana, você pode.

- Claro que não, como vou para lua de mel com você ao lado?.

- Primeiro conhece né?, depois a gente vê.

- Você gostou mesmo dele?.

- Sim, mas, vamos esquecer isso e vamos brincar com nossas bonecas.

- Vamos sim.

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Ilhas Seychelles, 28 de junho de 2020.

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         O roteiro escolhido por Kayra e Anna para lua de mel foi Seychelles, uma paisagem paradisíaca localizada em solo africano com 50% de seu território preservado, num arquipélago de 115 ilhas no Oceano Índico, perto da costa leste da África, com praias variadas, recifes de corais e reservas naturais, além de animais raros como a tartaruga-das-seychelles. Ficaram hospedadas no hotel Enchanted Waterfront Villas Seychelles localizado em Mahe, a 1 km da Praia Anse Bigorno, base para visitação das outras ilhas, ficaram encantadas com a beleza do lugar e a qualidade do hotel com serviços variados, incluindo o belíssimo restaurante, além de um espaço de massagem e uma perfumaria com produção própria. O hotel é localizado na Sans Soucis Road, ao lado da praia de Beau Vallon, avaliada como excelente para banho e para caminhar, tendo uma localização privilegiada além de uma linda vista para Eden Island.

       Ficaram acomodadas em frente a piscina com vista lateral para o mar, onde podiam ouvir o relaxante barulho das ondas. No primeiro dia almoçaram no quarto, escolhendo para beber o Citronelle, chá preparado com ervas aromáticas especialmente refrescante e uma jarra de Calou, suco de coco fermentado típico da ilha, para comer optaram por uma Salade de palmiste, preparada com o coração de palmito, uma das especialidades típicas da cozinha crioula, além do Peixe com Rougaille, uma variedade de tomate local, preparado com molho temperado com ervas aromáticas, alho, gengibre e pimentões, de sobremesa pediram Macadamia nut pie com Kat-kat banane, uma torta de macadâmia com banana cozida em leite de coco, uma das opções mais populares entre as sobremesas das Seychelles.

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- Amor, você não poderia ter escolhido melhor, isso aqui é um pedacinho do paraíso.

- Que bom que gostou, vamos aproveitar cada moedinha enviada por meus pais.

- Delícia, depois com calma voltaremos a esse assunto dos seus pais Ka.

- Tudo bem, mas, não aqui meu amor, não agora...

- Eu falei depois, porque agora quero aproveitar muito esse momento, saiba que estou muito feliz de ser oficialmente a senhora Anna Clethra Rosado Montenegro.

- Hum, e o que a minha mulher deliciosa deseja agora?.

- Uma massagem seria uma boa, sabia?, estou com saudade das suas mãos deslizando em meu corpo.

- Safadinha deliciosa, olha que te pego hein?.

- Já vou ficar nua e de bruços para aproveitar seus toques.

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       Claro que após a massagem fizemos amor sem nos preocupar com o tempo e me perdi em suas curvas, apertando sua bundinha deliciosa e morena me sentindo completa em seus braços. Adormeci acariciando seus cabelos prateados.

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Ilha Verde, Orfanato Santa Cecília, 20 de outubro de 1849

 

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         Já fazia um mês que Luna havia nascido, os cabelos negros como a noite reluziam de tão escuros, os olhos azuis eram claros como a mãe de Afonso, e seu nascimento trouxe o pai de volta a Ilha Verde.

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- Bom dia Irmã Genoveva.

- Ora que bons ventos lhe trazem aqui meu bom amigo.

- Recebi sua carta e vim ver a cria de Madalena.

- E continua povoando esse mundão de Deus.

- E deixo o mundo muito mais bonito, só faço crianças lindas, mas, ande, vamos que quero ver minha rebenta.

- Vamos claro.

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         No quarto de Madalena, Josefina dava um banho em Luna com água morna e flores de lavanda quando Afonso entrou no quarto.

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- Lena, vim conhecer a menina, mas que surpresa boa, minhas mulheres estão se entrosando, isso me deixa feliz, é como se formasse uma grande família.

- Venha conhecer sua filha.

- Ora, que menina linda, lembra demais a minha filha Elisa quando tinha essa idade, esses olhos puxou de minha mãe, ela é perfeita?.

- Sim.

- Claro, não tem erro nas minhas borrachadas.

- Não seja inconveniente Sr. Afonso.

- Irmã Genoveva, não sejamos hipócritas, nosso segredo está preservado aqui nessa ilha belíssima, e espero que Josefina em breve possa ter também um outro bebê.

- Isso não vai acontecer Afonso, acabou.

- Como assim, acabou?.

- Não te quero mais, pensar em me deitar com você me causa repulsa.

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        Afonso se aproximou com a mão levantada para bater na face de Josefina, mas, foi segurado pela irmã.

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- O que é isso homem, saiba que não vai bater em uma mulher na minha frente.

- Está louca irmã, quem pensa que é para me enfrentar, eu sustento esse orfanado para você cuidar dessas crianças remelentas e me enfrenta assim?.

- Saiba que não careço mais do seu dinheiro, Deus tem providenciado ajuda maiores e de pessoas boas.

- Pois saibam que você e Josefina não vão mais receber uma moeda minha, nada, acabou, se virem com os órfãos e seus bastardos. Venha Lena, pegue seus filhos que vou arrumar um bom lugar para você.

- Afonso, nossa história termina quando pegar sua carruagem e for embora, esqueça de mim, jamais haverá um nós.

- Era só o que me faltava, sou deixado de lado por três ex amantes de uma só vez.

- Afonso!! – Falou a irmã Genoveva com a mão no rosto.

- O que é?, rasguei esse véu também. Lena e Josefina, saibam que a irmã Genoveva foi minha amante por muitos anos, essa doce freirinha suspirou muito de amores por mim, fiquem com essa informação, pois já não me importo mais com nada.

- Você sabe muito bem que eu não pertencia ao senhor quando tivemos uma relação, não sabia que estava de casamento marcado com Cora e muito menos que...bom, esquece, só vá embora.

- Adeus, nunca mais ponho os pés nesse pardieiro.

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        Afonso saiu pisando duro em direção a carruagem, prometendo que algum dia se vingaria de todas, nem que fosse depois de morto.

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- Irmã Genoveva, não chore! - Falou Madalena abraçando suavemente a freira.

- Estou com muita vergonha de vocês, não esperava ter meu passado exposto assim, meu Deus que vergonha.

- Antes de ser freira a senhora é uma mulher, não é verdade Jose?.

- Claro, vamos levar esse segredo conosco para sempre, pensamos em ir embora, mas, vamos ficar e ajudar a criar os órfãos e nossos filhos, eles vão ser pessoas de bem e preparados para o mundo.

- Sim, muito obrigada, sem vocês não conseguiria continuar.

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Miraflor, 25 de Outubro de 1849

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- Afonso, meu amor, como demorastes nessa viagem, estava saudosa de ti.

- Não me perturbe com seus arroubos femininos Cora, chame Elisa que quero falar imediatamente com a menina.

- Mas o que está acontecendo?, nunca te vi nessa fúria toda.

- Faça o que estou falando.

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        Elisa descia as escadas ladeada a Dália, escutando toda a discussão.

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- Paizinho, que bom que chegastes, como foi a viagem de negócios?.

- Foi tudo bem filha, mas, não converso sobre negócios com mulheres.

- Sim, e o que queres?.

- Marquei seu noivado para dezembro, está tudo acordado com Otávio, antes de vir passei em sua casa e está tudo certo, sua mãe vai em busca do vestido mais lindo que existe nas redondezas, e trate de me arrumar um neto varão, quero dar continuidade a nossa linhagem.

- E se nascer uma menina?.

- Vai tentar até vir um macho.

- Tudo bem papai, com certeza será uma linda festa.

- É...está tudo bem?, mesmo?.

- Sim, tudo ótimo, agora com licença meu pai.

- Toda.

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         Dália riu colocando as mãos para trás quando chegaram ao jardim.

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- Meu amor, você foi uma verdadeira atriz, um espetáculo, deixou seu pai sem palavras.

- Era o que ele queria ouvir, não é verdade?.

- Sim.

- Espero que o seu primo venha a honrar sua palavra.

- O coração pertence a outra, está tudo certo.

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         Acordei sentindo o corpo nu de Anna abraçado ao meu, gravei no celular o sonho que tive e espreguicei, estava feliz pelo nosso casamento, que ao contrário do noivado foi discreto, passamos no cartório com as testemunhas, assinamos um papel e ela se tornou a Sra. Montenegro, simples e lindo assim.

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- Bom dia meu amor, acorda sua preguiçosa deliciosa. – Falei me encostando em seu corpo macio, cheiroso e quentinho.

- Oi Ka, vamos tomar banho, estou com fome, depois quero aproveitar um pouco a praia, que tal?.

- Acho uma ótima ideia meu amor.

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         Tomamos um banho rápido, e logo estávamos nos deliciando com o farto café da manhã do hotel, depois fomos turistar, começamos o tour pelo Reef Safari da Mason’s Travel, o passeio de catamarã com casco de vidro saiu do porto pontualmente as 9h,  nos sentimos em um submarino explorando a vida marinha da região, estávamos absurdamente felizes enquanto apreciávamos a beleza da ilha, depois passamos pelos estocadores de vento gigantes, sim pessoal, essa ideia não é “viagem”, por fim chegamos aos arredores da ilha de Moyenne, onde paramos para mergulhar de snorkel, quando enfim, descemos na ilha paramos para tirar fotos e acarinhar as tartarugas gigantes, que são extremamente calmas e dóceis, tratadas com muito carinho pelos nativos e visitantes.

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- Amor, tira uma foto minha com a tartaruga.

- Claro meu bem, dá um abraço nela.

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       O resto do dia era livre, tomamos banho e trocamos de roupas em um hotelzinho da ilha, andávamos de mãos dadas e em nenhum momento fomos importunadas, quer dizer, a não ser pela presença de alguns brasileiros que me reconheceram e vieram tirar foto comigo, também quiseram conhecer minha mulher, e Anna os respondeu com muito carinho, por sorte todos os meus fãs chegam com muita educação e simpatia.

     Almoçamos no Corossol, restaurante maravilhoso, impossível de degustar uma única coisa no meio de um cardápio tão variado. Começamos com uma salada de peixe defumado com raspas de manga de entrada, depois Anna escolheu um  Calamari, lula grelhada com ervas frescas e azeite de oliva acompanhado de arroz e vegetais e eu um Tiger Prawns (camarões gigantes marinados no azeite de oliva com alho acompanhado de molho cremoso ao lado de vegetais, estava tudo muito gostoso, e enquanto comíamos fazíamos delicados carinhos uma na outra.

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- Amor, o que vamos querer de sobremesa?.

- Ka, só se dividir comigo, confesso que estou além do satisfeita.

- No popular estamos cheias. Hahahahah...

- Sim, mas, sempre tem um cantinho para a sobremesa, não é verdade?.

- Verdade meu amor, na volta do hotel com certeza vamos dormir iguais anjos.

- Ah, antes de dormir vou querer outra massagem.

- Vou pensar, sua deliciosa.

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      Como sobremesas escolhemos um Simply Coconut, uma espécie de creme de coco com raspas de coco queimado e um Berry Bliss, mix de sorvetes com calda, ambos divinos. Claro que após todas essas delícias precisamos caminhar para conseguir fazer qualquer coisa.

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      Quando voltamos para o hotel estávamos mortas, tomamos um banho compartilhado e voltamos para cama, precisávamos descansar para o passeio noturno.

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- Ka, vem fazer massagem amor?.

- Estou indo minha princesinha, aguenta só um pouco, vou ao banheiro.

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         Quando voltei ela estava adormecida ressonando tranquilamente, de longe alguém escutava Can't Help Falling In Love com Elis Presley.

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Wise men say

Only fools rush in

But I can't help

Falling in love with you

Shall I stay?

Would it be a sin

If I can't help

Falling in love with you?

Like a river flows

Surely to the sea

Darling, so it goes

Some things are meant to be...

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- Eu te amo Anna...

Fim do capítulo