Capitulo 4
Capítulo 4 °
Narrador
Aquela noite após o relaxante dia que Isabella e Larissa tiveram, a advogada teve que convencer a esposa de que o jantar na casa de seus pais seria apenas para a família. Mas no fundo Isabella sabia que a mulher já desconfiava do que Helena estava tramando há meses.
Uma rua antes de chegarem à casa onde Isabella viveu toda sua infância, Larissa tocou a mão da esposa. Fitando-a com um olhar apaixonado, sorriu e lhe falou:
- Obrigada pelo dia maravilhoso. – depositou um leve beijo em sua mão.
- Acho que eu que acabei ganhando o presente. – sorriu lembrando-se da tarde quente de sex*. Larissa apenas sacudiu a cabeça com um sorriso satisfeito nos lábios.
-O que são todos esses carros? – questionou olhando para a esposa.
- Amor, desculpa. Você sabe que a mamãe é uma pessoa muito insistente, não adiantou falar que você não queria festa.
- Eu sei que ela é insistente, assim como você é. Podemos fugir? Voltar para o hotel e fazermos a amor a noite toda. O que me diz?
- Eu digo que apesar de ser uma proposta muito tentadora se eu a aceitar minha mãe me mata. E ainda tenho muita coisa para viver. – brincou e Larissa tomou seus lábios em um beijo.
- Andem logo, todo mundo está com fome esperando só vocês chegarem. – Milena bateu no vidro do carro.
- Olá. – Larissa sorriu sem graça.
- Eu disse a Helena que deveria vir esperar vocês aqui, afinal basta ficarem sozinhas para a safadeza começar. – Isabella sentiu o rosto corar.
- E você está precisando fazer safadezas, que mal humor. – a loira comentou saindo do carro.
- Vou ignorar a minha vontade de te dar um belo soco, apenas por ser seu aniversário. Vem aqui, sua piranha. Você está ficando velha. – comentou arrastando a amiga para um abraço apertado. – Parabéns amiga. Eu te amo demais.
- Obrigada Mile. Eu também te amo muito. E chega que não quero borrar minha maquiagem. – comentou afastando-se e limpando os olhos cuidadosamente.
Caminharam até a entrada e a primeira pessoa que foi recepcioná-las foi Helena.
- Oi querida. Feliz aniversário. Espero que não se irrite com a minha amada filha por ter escondido a festa de você. – abraçou-a.
- Pode deixar que depois iremos conversar seriamente. – brincou aceitando o abraço.
- Espero que o novo siclo seja repleto de renovação, amor e cuidado. Obrigada por ser tão especial nas nossas vidas e por ser esse anjo lindo que cuida e ama a minha filha.
- Mamãe, não começa, pois ela daqui a pouco chora.
- Venham, vamos entrar. Os seus convidados estão esperando.
Larissa cumprimentou algumas pessoas, fez um breve discurso e logo a festa se iniciou. O casal se juntou ao grupo de amigos que bebiam e riam animadamente.
- Veja se não é o casal modelo. – Benjamim comentou divertido.
- Você está com o batom borrado. – Isaac comentou encarando a irmã.
Ela passou as mãos tentando consertar o borrado e todos riram cumplices. Milena havia comentado sobre o amasso das duas no carro. Isabella franziu o cenho e o irmão deu de ombros sem se importar.
- Eu disse que precisava esperar as duas lá fora. Sabemos bem que não podem ficar sozinhas por muito tempo.
- Maninho, você precisa fazer sua esposa goz*r. – Isaac se engasgou com a bebida, assustado pela forma que a irmã falou.
- Concordo plenamente, se ela tivesse uma vida sexual não ficaria incomodando a vida dos outros. – Larissa comentou sentando-se próxima a Bianca.
- Eu tenho vida sexual. – comentou Milena indignada.
- Não é o que tem parecido. – Maísa completou.
- Isso é um complô? – questionou indignada.
- Não liga meu amor. – caminharam para a pista.
- Mammy, vamos dançar? – Artur falou afoito, as bochechas estavam rosadas de correr.
- Vamos sim.
Larissa observou os dois se afastarem. Logo em seguida Benjamim e Maisa também foram ficando apenas Bianca encarando o copo quase vazio.
- Não espere que eu te chame para dançar. – Bianca brincou.
- Estou bem aqui. – falou sorrindo. O silêncio se instalou.
- Ela te ligou? - indagou Bianca com um fio de voz.
- Sim. – respondeu Larissa fitando os olhos da amiga.
Ela falava sobre Samantha. Após o divórcio das duas a ruiva achou melhor ir embora. Foram quase cinco anos de casamento, que se encerrou em menos de meia hora de conversa. O motivo foi apenas um a vontade de Samantha de ser mãe e a recusa imediata de Bianca.
- Nem adianta eu perguntar se ela ao menos quis saber algo sobre mim. – Larissa encarou-a comovida. Samantha havia tocado no nome da ex-esposa, mas pediu para que ela não comentasse. – Foi o que eu imaginei. – concluiu solvendo o líquido de seu copo.
Desde a separação Bianca não havia conseguido namorar ninguém. Vivia de casos de apenas uma noite. Ela e Isaac eram donos do maior escritório criminalista da cidade. E assim vivia apenas para o trabalho. Mas era notória a saudade que sentia da ruiva.
- Ainda acho que vocês se amam. E deveriam conversar.
- Eu a amo, mas ela, ela ama mais o desejo de ser mãe. – confessou suspirando.
- Ela ainda te ama. E vocês podem chegar a um meio termo.
- Se me amasse estaria ao meu lado, e não tem como ter meia criança. – concluiu triste.
- Bianca... – tentou falar, mas ela levantou-se.
- Eu vou conversar com aquela mulher. – apontou na direção, uma mulher sorriu erguendo o copo na direção da advogada, usava um vestido longo, vermelho.
No jardim em uma parte mais afastada e escura. Miguel e Cadu estavam aos beijos, ocasionalmente os dois ficavam, mesmo com todas as reclamações de Alice sobre o amigo precisar de limites. Anna passou pelos dois sem atrapalhar, depois de abordar Iara no bar a mulher simplesmente sumiu, porem ela não desistiu de encontrá-la. Observou a alguns metros a tia de Alice sentada em um banco, com o celular nas mãos, estava cabisbaixa encarando fixamente a tela do aparelho.
- Te trouxe uma bebida. – Anna disse sentando-se ao seu lado.
- Obrigada. – Agradeceu com um sorriso forçado. Era notório que ela chorava.
- Está tudo bem? – questionou preocupada.
- Sim, pode voltar para a festa. Vai se divertir e aproveitar sua juventude.
- Prefiro ficar aqui com você. – Tomou um gole de sua bebida. – Se não quiser conversar podemos admirar o céu. Não me importo.
- Por que você faz isso?
- Isso o quê?
- Você me xaveca, sabe que tenho idade para ser sua mãe?
- Mas não é. Sabe por que eu te xaveco? – balançou a cabeça negando. – Porque você é uma mulher linda e atraente. – Ela sorriu. Fazia tempo que não recebia um elogio.
- Até parece, estou velha. Tão velha que meu ex-marido hoje namora uma menina que deve ter pouco mais que sua idade. – respondeu triste.
- Sabe o que seria engraçado?
- O quê?
- Se você também namorasse com alguém mais nova, sei lá, tipo eu. – Brincou e Iara gargalhou.
- Menina, você é fogo.
- Vai me dizer que não seria uma ótima forma de se vingar?
- Sim seria, mas como eu disse, você tem a idade da minha sobrinha. E fora que vocês são amigas.
- Ela não precisa saber.
- Anna, eu nunca fiquei com mulher.
- Ótimo, adoraria ser a sua primeira. Nesse ponto serei a experiente. – Iara mais uma vez sorriu. – Isso, você fica mais bonita quando sorri. – Prenderam o olhar um no outro. Iara sentiu o coração acelerar e por medo levantou-se. – Espera. – Segurou seu braço. – Não vou te agarrar a força.
- Eu sei que não, mas eu não posso ficar assim tão perto de você. – Confessou e Anna sorriu. Então mexia com ela de alguma forma, e isso era bom.
- Você tem medo do que aconteceria?
- Eu tenho medo de não resistir. Eu estou carente, triste e com baixa-autoestima. Você seria um remédio para o meu ego.
- Então que seja. – Aproximou-se segurando sua cintura.
- Melhor não. – falou incerta.
Anna era experiente mesmo, sabia que Iara estava entregue e que bastaria apenas que ela tomasse uma atitude. Roçou o nariz na pele de seu pescoço e viu os pelos da mulher se arrepiarem.
- Não faz isso menina.
- Isso o quê? – afastou-se para olha-la.
- Foda-se. – Iara segurou sua nuca e as duas se beijaram intensamente.
De longe Isabella observou a cena, sabia que a irmã estava passando por um momento difícil, mas ficar com a melhor amiga de sua sobrinha não era uma boa opção. Pois ela acabaria sofrendo mais uma vez.
- Está tudo bem? – Larissa indagou abraçando-a por trás.
- Sim, está. Vamos dançar? – falou rapidamente tentando evitar que a esposa visse a cena.
- Vamos. – caminharam, e Isabella ainda virou-se para onde a irmã estava e as duas permaneciam no beijo.
- Não posso fazer isso. – Iara caiu em si e afastou-se repentinamente.
- Claro que pode, e acho que você gostou. – comentou Anna ficando próxima a suas costas.
- Eu preciso ir, é melhor você esquecer o que aconteceu aqui. – caminhou a passos largos tentando ficar o mais longe possível da garota.
- O que deu na Iara? – Miguel indagou ao avistar a amiga.
- Eu a beijei. – confessou Anna.
- Você está maluca? A Alice vai te matar.
- Para ela me matar precisa saber, e sei que você não vai contar. – fitou-o desafiadora.
- Tudo bem. Por falar em Alice, quem é aquela garota que está com ela?
- Não faço ideia, mas vamos descobrir. – saiu arrastando o amigo pelo pulso.
- Vocês estavam pegando quem? – Alice indagou logo que viu os amigos.
- Ninguém! – responderam juntos com cara de culpados.
- Eles estão mentindo. – Virginia comentou divertida. E as duas riram.
- Alice você está bêbada? E quem é você? – Anna questionou aborrecida, não foi com a cara da garota.
- Ela não está bêbada, apenas aproveitou a noite. E eu sou Virginia. Prazer. - Estendeu a mão e Anna nada fez. – Okay! – recolheu a mão.
- Vamos embora.
- Não, preciso fazer companhia a minha nova amiga, já que vocês dois não podem ver um rabo de saia e de cueca. – Apontou para os dois.
- Auti!
- Calada estranha. – Anna se irritou. – Vamos para casa Alice.
- Já disse que não. A festa ainda não acabou. Vamos Virginia, quero dançar. – Se levantou puxando-a pela mão.
- De que buraco essa criatura saiu?
- Não sei, mas aparentemente Alice gostou dela. – concluiu Miguel.
- Você já viu Alice gostar de alguém além de nós dois? – O rapaz balançou a cabeça. Avistou ao longe Cadu fazendo sinal para que ele entrasse na casa.
- Eu preciso ir.
- Não vai trans*r aqui. – Resmungou. – Droga.
Isabella ficou observando de longe a irmã, aguardando o melhor momento para falar com ela a sós. Aproveitou que a mulher estava sozinha no bar, deixou a esposa dançando com o filho e caminhou de encontro a ela.
- Se divertindo? – Perguntou sentando-se ao seu lado.
- Mais ou menos. Você acredita que o George está namorando?
- Acredito, afinal vocês já não estão mais juntos há alguns meses.
- O problema não é esse, o problema é que a garota tem a idade do filho dele. – reclamou.
- Mas idade não importa, ou só se for no seu caso?
- O que você está querendo dizer?
- Eu vi você e a Anna. Não pensei que você tivesse interesse em mulheres. Se quiser posso te ajudar a encontrar alguém com sua idade.
- Isabella, que absurdo. Acha que eu estou velha ao ponto de uma menina não notar que sou uma pessoa atraente?
- Não estou dizendo isso. Você não é velha. Mas a Anna é uma menina, e quer mais curtir a vida. Você precisa de estabilidade.
- E quem disse que eu quero outro casamento? Posso apenas querer sex*. Ou não?
- Pode, pode sim. Mas a Anna...
- A Anna é bem mais nova do que eu, já entendi. – Irritou-se e saiu deixando Isabella sozinha.
- Iara! – a mulher apenas gesticulou com a mão seguindo caminho.
Não entendia o motivo da irmã querer lhe dar um sermão a respeito de Anna. Tinha certeza de que a menina queria apenas sex*. E o que teria de errado nisso? Seria tão sem escrúpulos trans*r com ela?
- Iara. Espera. – a mulher caminhava em direção ao seu carro, precisava ir para casa.
- Agora não Anna. – abriu a porta e a garota ocupou o lado do carona sem dar importância ao que ela havia falado.
- O que aconteceu?
- Eu acabei de levar uma bronca da minha irmã por ter te beijado, aparentemente eu sou uma papa anjo. – respondeu dando partida.
- E o que tem de errado você ter me beijado? Eu quis.
- Para mim nada. Agora volta para a festa que eu estou indo para casa.
- Eu vou com você. – falou decidida.
- Não, você não entendeu que isso é errado?
- Isso é o que a Tia Isa acha.
- Claro que é. Por que eu não penso assim, e por mim...- Ponderou se deveria falar.
- Por você?
- Sai do carro Anna. Não quero problemas.
- Mas me quer? – Perguntou direta.
- Eu...
- Você me quer, então me leva para sua casa. – Sussurrou beijando o pescoço da mais velha.
- Eu não posso. – falou com dificuldade.
- Pode sim, e você quer. E se não me levar para sua casa, vamos trans*r aqui.
- Aqui não. E nem lá em casa, vamos para um motel.
- Por mim tudo bem. – Deu de ombros e sorriu satisfeita.
Após a discussão com a irmã, Isabella voltou para a companhia da esposa. As duas foram para a pista de dança. A advogada observou a filha na companhia de uma moça, as duas pareciam intimas e dançavam romanticamente.
- Você conhece aquela garota? – indagou para a esposa.
- Não. Deve ser amiga da Alice.
- Os únicos amigos de Alice são Miguel e Anna. E eu não me lembro de conhecer essa moça. – franziu o cenho.
- Elas parecem estar se divertindo. – comentou Larissa olhando na direção.
- Verdade. – concluiu curiosa pela aproximação das duas.
Alice estava completamente envolvida pela dança, mas passou mal e teve que ser socorrida pela parceira de dança. As duas foram para uma parte mais afastada aonde a loira pode aliviar seu mal estar. Houve um breve momento em que as duas sentiram-se atraídas, mas Virginia fez uma brincadeira para amenizar a situação.
- Virginia o que você está fazendo? – uma voz surgiu sussurrada próxima as duas.
- Eu não fiz nada. – defendeu-se.
- Você sabe quem é ela?
- Alice. – respondeu como se fosse obvio.
- Sabe de quem ela é filha?
- Da sua tia? – indagou receosa.
- Sim.
- Eu já disse que nada aconteceu. – comentou aflita.
- É melhor irmos embora, eu te trouxe por que você disse que estava deprimida e que precisava se distrair, não era para ficar com a minha prima. – comentou irritado.
- Não posso deixa-la sozinha aqui. – encarou o rosto sereno da moça.
- O Miguel vai encontrá-la.
Virginia concordou mesmo contra vontade. Entrou no carro do amigo e logo sumiram rua a fora.
- Eu sabia que não era uma boa ideia ter te levado.
- Cadu, não aconteceu nada. Já te falei, relaxa.
- Relaxar? Se a tia Isa sonha que eu te levei para aquela festa e que você conheceu a Alice, ela é capaz de me matar.
- Você está exagerando.
- Não é exagero, já ouvi mil vezes a mesma história. Se ela sonha que facilitei para que vocês se conhecessem eu sou um homem morto.
A garota decidiu não mais comentar sobre o ocorrido. Não teria se aproximado da loira se soubesse de quem era filha. Mas não pode deixar de notar o quanto ela parecia perdida naquela festa, fora sua beleza sem igual. Suspirou fechando os olhos.
- Você precisa me prometer que não vai mais procura-la.
- Cadu, nem ao menos tenho como.
- Vi, eu sei bem que vivemos na era da tecnologia não seria difícil você encontrá-la.
- Se você fica mais tranquilo eu prometo que não vou ter nenhum contato com ela. – falou torcendo que a garota fosse até a padaria próxima à sua casa, se fosse um encontro ocasional não teria quebrado a promessa ao amigo.
Alice e Miguel ao chegarem na mansão foram direto para a cozinha já que o rapaz alegou estar com fome.
- Como você está com fome se acabamos de chegar de um aniversário?
- Eu...eu..
- Ficou pendurado no pescoço do Cadu e nem ao menos comeu nada. – ele ruborizou. – Não entendo esse lance de vocês.
- Nós ficamos algumas vezes, só isso. – deu de ombros.
- E isso acontece a quanto tempo mesmo?
- Aí Alice, o tempo não importa. Eu não quero namorar, ele também não. A gente trans* e fim.
- Essa juventude. – comentou encarando o copo sobre a mesa.
- Você está bem? – Miguel indagou a amiga.
- Sim. – limitou-se a dizer.
- Está calada desde que saímos da festa.
- Não é nada. Estou apenas cansada. – comentou tomando toda a água do copo.
- Então não tem nada a ver com a garota da festa?
- Por que teria?
- Você parecia estar se divertindo.
- E me diverti mesmo. – concluiu.
- Vocês já se conheciam?
- Isso é um interrogatório?
- Não, é que você não parecia você hoje. – falou fitando-a.
- E isso é ruim?
- Acho que não. – comentou incerto
- Eu acho melhor irmos dormir. Boa noite.
- Boa noite e bons sonhos.
Alice foi direto para o quarto, tirou seu vestido e não pode deixar de notar o aroma amadeirado que ficou no tecido enquanto as duas dançaram. Levou o tecido ao nariz e aspirou o cheiro enquanto mantinha os olhos fechados. Pensou no sorriso de Virginia e como ela era linda.
Sentindo-se culpada, atirou a peça na poltrona ao lado da cama e foi para o banho. Antes de dormir pegou o celular e procurou por Virginia, mas como não sabia seu sobrenome não teve sucesso em sua busca.
Já em seu apartamento Virginia revirava na cama sem conseguir pregar o olho. Seu pensamento estava nos momentos vividos ao lado de Alice. O sorriso doce e meigo, o som da voz e o tom bravo que ela ficava sempre que era contrariada. Pegou o celular e buscou nas redes sociais pela loira.
Não foi difícil de encontrá-la. Na foto de perfil a loira sorria em um dia ensolarado, ao fundo podia-se ver a piscina. Virginia lamentou a foto ser apenas do rosto da garota, adoraria ver aquele corpo em um biquini.
Virginia agradeceu pelo perfil ser desbloqueado, assim poderia stalkear. A primeira foto era da moça parabenizando a mãe. A seguinte era ela e o namorado, o rapaz sorria a abraçando.
Logo recordou de onde era aquela foto. Alice namorava o filho do prefeito Saulo Sodré. No dia dessa festa ela foi trabalhar como fotografa pena que não chegou a vê-la aquela noite. Mas nada mudaria, afinal ela estava na acompanhanhia do namorado, enquanto Virginia estava a trabalho.
Suspirou admirando o sorriso da loira. Ela parecia feliz ao lado do rapaz. Foi impossível não questionar se caso Alice não tivesse ido sozinha as duas teriam se conhecido. Ponderou se deveria ou não mandar uma solicitação, mas lembrou-se da promessa que havia feito ao amigo. Bloqueou o aparelho e virou tentando dormir.
Em um quarto de motel, Iara e Anna deitaram cansadas. A mulher mais velha cobriu-se rapidamente ao perceber o espelho no teto. Foi impossível não comparar seu corpo com a da menina ao seu lado.
- O que foi?
- Nada. – deu de ombros.
- Você é linda. E não precisa ficar com vergonha. – acariciou seu rosto.
- O que eu fiz?
- Sexo. – brincou e ela a encarou séria.
- Eu não devia ter ido para cama com você. – tentou se levantar.
- Ei! Calma, você fez o que sentiu vontade. Não precisa se sentir culpada. Você é adulta e tem todo direito de tomar suas decisões. Eu sei que você está assim por conta do que a Tia Isa falou, mas não liga para isso.
- Nós não podemos mais ficar. – comentou baixo.
- Iara, se você não quiser mais me ver por não ter gostado eu entendo e respeito. Mas se essa decisão partir do fato da sua irmã se importar com o que temos não vou me afastar de você para agradá-la. – a mulher fitou a moça completamente encantada.
- Você existe?
- Quer me tocar para ter certeza? – falou de forma saliente.
- Safada. – deu um tampinha e em seu ombro e logo estavam na cama mais uma vez.
Não demorou para que o casal novamente se amasse. Iara estava receosa a respeito do que as pessoas pensariam dela, caso fossem descobertas. Mas confiava quando Anna disse que jamais contaria a ninguém até que ela estivesse pronta.
Fim do capítulo
Oie, voltei. Capítulo novo e novo romance, será? kkk
Para as mamães que são leitoras desejo todo o amor do mundo e gratidão por povoar esse mundo e educar uma nova geração que será bem melhor que as antigas.
Boa leitura.
Ps: Quero meu biscoito.
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Lea
Em: 11/01/2022
Triste saber que a Bianca e a Samantha se separaram!
Gostei do novo "casal". E se elas realmente resolverem ter um relacionamento, vão enfrentar uma sociedade preconceituosa! E a mãe da Anna,o que será que vai pensar?
Virgínia,será que tem algum parentesco com a Alana???
Resposta do autor:
A história das duas terminou por falta de conversa. Mas acho que foi como tinha que ser.
lay colombo
Em: 08/09/2021
Uma pena Bia e Samantha terem terminado, mas divergência em relação a ter filho é foda mesmo, pq como a Bia disse não dá pra ter meia criança.
Parece q Alice não é a única q gamou não é mesmo kkkkkkk Virgínia só procurando desculpas pra rever ela a partir de agora. Qual será o grande mistério dela?
Anna pegando a tia Lara foi tudo kkkkk, porém sinto q vai dá rolo isso ai
Resposta do autor:
Estou pensando em fazer esse reencontro e reacender a chama desse romance Samantha e Bia
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Mille
Em: 10/05/2021
Oi autora
Anna conseguiu fisgar sua paixão kkkk e Iara levando sermão da irmã bom vamos mudar a opinião da mana.
Virginia quem será??? E esse mistério todo??
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Oie. Pois é a Anna conseguiu fisgar a Iara, mas será que Isabella vai mesmo concordar com esse romance?
kkkk
E Virginia tem muitaaaa história para contar ainda.
Beijos.
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olivia
Em: 10/05/2021
Oi, como vai autora ? Estou feliz com o capítulo de hoje, chega de preconceito por idade,se homem pode a deve ser livre parar amar !!! Parabéns mais uma vez! Seu nome é o mesmo de um livro que, ganhei mas nunca , não gosto estilo do autor,! Isabella e Larissa , um casal maravilhoso sem contar o restante dos personagens ! Você é brilhante! Qual o mistério da Alice?????.....…..??????‘???‘???‘???‘?
Resposta do autor:
Oie. Obriga por comentar. E sim cehga dessa coisa de que mulher mais velha não pode namorar alguém mais novo, seja homem ou mulher.
Fico feliz do nome ser o mesmo, mas de você gostar do meu estilo de escrever. kkk
Beijos.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 09/05/2021
Nossa quanto mistério kkkk
Resposta do autor:
KKKk. Uma hora tudo será descoberto. kk
Resposta do autor:
KKKk. Uma hora tudo será descoberto. kk
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