Capitulo 20
- Ela comentou alguma coisa?
- Não, ela não tocou em seu nome, se é isso que você quer saber, e sua assistente também esteve na casa da dela, porém, todos nós fomos embora na mesma hora, não a vi conversando em particular com ninguém.
- Larissa vai querer vê-la.
- Olhe amiga, eu acredito que ela vá querer retomar o contato com a Larissa, até porquê Lari sempre fazia comentários nas postagens dela, e Pietra respondia cheia de carinho.
- Acredito que Larissa não saiba que ela está de volta, ela teria me contado.
- Pelo o que eu sei só a Dani que sabia, que foi quem a buscou no aeroporto, ela preferiu não comentar com mais ninguém, Dani só nos falou hoje, então combinamos de ir dá um apoio a ela e principalmente a Antonele.
- Não sei se estou pronta para reencontra-la.
- Acha que ainda não a superou?
- Não diria que a questão é essa, só tenho medo de que toda aquela tristeza volte, eu sei que ainda a amo, meu corpo, meu coração é dela, mesmo que ela não queira, por culpa minha, devo deixar claro.
- Vocês são outras pessoas amiga, quase dois anos se passaram, estão mais maduras, espere um tempo e a procure, veja no que dá.
- Não voltarei a persegui-la, Deus, eu estava transtornada naquela época, ela precisa de paz para cuidar da mãe dela, eu manterei distância. Se Lari quiser se reaproximar e Pietra também quiser isso, darei espaço para a amizade delas.
- Você está certíssima amiga. Mas como você tá sentindo-se quanto a saber que ela está tão perto?
- Nervosa, ansiosa, apreensiva. Mas ficarei bem, é só o choque do primeiro momento. Amanhã ligarei para Antonele, quero prestar o meu apoio.
- Você faz bem, ela é uma pessoa incrível.
- Eu sei, não é à toa que Pietra é a mulher que é.
Claudia e Carlos jantaram em minha casa, depois que eles foram embora, contei para Larissa que o que minha amiga tinha dito, minha filha ficou feliz e triste ao mesmo tempo, feliz por ter a amiga por perto novamente, e triste pela situação da mãe dela.
A segunda feira chegou com um lindo dia de chuva, bom para ficar em casa assistindo e dormindo. Larissa e eu acordamos cedo, fizemos nossas atividades na pequena academia que tínhamos em casa. As 10:00h em ponto eu liguei para o telefone celular de Antonele, no quarto toque o telefone foi atendido.
- Alô? – Aquela voz não era de Antonele, eu sabia de quem era, meu corpo a reconheceu, minha alma a reconheceu. – Alô? – O tom ficou um pouco mais grave e impaciente, me obrigando a responder.
- Pietra?
- Sim, quem é? – Ela não reconhecia mais a minha voz, o silencio se instalou, quando eu estava pensando em desligar para retornar outra hora, ela falou. – Luísa?
- Sim, me desculpa se estiver atrapalhando, mas eu gostaria muito de falar com a Antonele.
- Você não atrapalhou nada, mamãe tá no banheiro, por isso que atendi.
- Ok, eu retorno outra hora então.
- Não precisa, ela já deve está saindo. Como está a Larissa?
- Bem e ansiosa para te ver.
- Eu também estou ansiosa para encontrá-la, fale para ela que assim que der, entrarei em contato para marcamos algo.
- Direi sim. – Mais um silencio se instalou, mas ela o quebrou falando.
- E você, como está?
- Estou bem, e eu sinto muito pelo problema da sua mãe, tenho certeza que ela se recuperará completamente.
- Amém, essa situação é tão assustadora Luísa, obrigada pelas palavras. – Ela ia continuar falando quando uma porta se abriu, Peitra completou. – Mamãe saiu do banheiro, vou passar o celular para ela, e obrigada mais uma vez, se cuide. – Ela não esperou por resposta.
Conversei com Antonele por uns 10 minutos, me coloquei a sua disposição. Ela me disse como descobriu, como se sentiu e se sente, e o quanto Pietra e Olavo estavam sendo importantes para ela nesse momento, era notável o quanto a família era unida.
Ao me despedir dela fui procurar Lari em seu quarto para dá o recado de Pietra, ela ficou muito feliz
Pietra
Hoje está completando dois meses do início de tratamento da minha mãe, ela tinha altos e baixos, em alguns dias ela vomitava após a sessão, em outros ela parecia bem, outros ela ficava fraca e triste, ou então ela chorava. Daqui a um mês seria a última sessão.
O cabelo dela estava caindo bastante, isso era algo que para ela estava sendo difícil, mamãe estava usando um lenço na cabeça sempre.
Minha vida tinha se resumido a minha família, as vezes Dani aparecia, mas queria nos dá privacidade nesse momento, então ela não vinha com muita frequência, já sobre Larissa, a vi apenas uma vez, o pai dela quem a trouxe e veio buscar, devo dizer que senti uma certa tristeza, pois esperava que Luísa que viria. Larissa me falou que ela tinha viajado para um congresso em outro estado, então ela ficou alguns dias na casa do pai.
Eu não sabia como seria esse reencontro, mas devo dizer que no dia em que conversei com ela por telefone, percebi que ainda a desejava, ainda conseguia parar e lembrar do seu perfume e de sua voz gem*ndo em meu ouvido.
Voltei a realidade com uma batida na porta do meu quarto, falei para entrar, era papai dizendo que mamãe estava me chamando, levantei e fui até seu quarto, ao entrarmos mamãe falou.
- Amanhã quero ir em um salão cortar o cabelo. – Eu respondi.
- Vou ligar para a Silvania e marcar.
- Não quero ir para a Silvania, quero outro lugar. – Papai então falou.
- Mas amor, você sempre gostou de cortar o cabelo com ela.
- Mas amanhã irei raspar a minha cabeça, não quero passar por isso com ela.
- Mamãe, ela é uma amiga para a sra. com certeza ela vai querer que esse momento seja dividido com ela, mas se realmente não quer ir para lá, a levaremos para outro lugar. – Ela apenas balançou a cabeça concordando, eu beijei seu rosto e voltei para o meu quarto, olhei a hora, já ia dá 22:00h, mas como tinha o número pessoal da Silvania, arrisquei ligar, no terceiro toque ela atendeu.
- Alô?
- Silvania, boa noite, é a Pietra, filha da Antonele.
- Oi Pietra, boa noite, soube do problema da Antonele, sinto muito, eu estou orando por ela todos os dias.
- Obrigada Silvania, liguei para falar sobre ela. – Dei uma pausa, era difícil. – Mamãe está com o cabelo caindo, hoje ela disse quer raspar a cabeça, mas pediu para ser levada para outro salão, mas eu sei que ela só não quer fazer você passar por isso.
- Ela é uma amiga, é claro que quero apoia-la nesse momento, você quer marcar um horário?
- Na verdade eu pensei de você vir aqui em casa amanhã, por voltas das 10:00h, prefiro não a levar para o salão.
- É claro querida, amanhã estarei aí, e Pietra?
- Sim?
- Tenho certeza que é só uma provação, sua mãe é uma pessoa maravilhosa, Deus sempre testa seus melhores filhos.
- Obrigada Silvania, muito obrigada. – Conversamos por mais alguns minutos e nos despedimos.
Acordei logo cedo no dia seguinte, quando desci papai já estava de pé, falei para ele sobre a ligação para Silvania e que tinha marcado horário com ela. Ele que tinha decidido ficar em casa, pois sabia que mamãe ficaria muito triste, ela era uma pessoa vaidosa, sempre cuidou muito bem dos cabelos.
Meia hora depois ela desceu para a sala, estava sentada ao lado do papai, abri espaço e pedi para ela sentar entre nós, ela o fez e então comecei a falar.
- Ontem à noite liguei para Silvania para marcar um horário para a senhora.
- Pietra, eu falei para você que não queria ir para o salão dela.
- Mamãe, vocês são amigas, ela ficaria triste sabendo que a senhora não confiou nela para fazer algo tão importante.
- Eu estou me sentindo fraca, não quero que as pessoas que me veem como uma guerreira, me vejam nessa situação. – Nesse momento papai falou.
- Querida, você é a mulher mais forte que conheço, tenho certeza que sua amiga sabe da sua força e que ela quer está aqui para você nesse momento tão difícil.
- Não quero que ela fique com pena.
- Mamãe, Silvania é sua amiga a anos, ela quer está aqui para a senhora assim como nós estamos. – Vi seus olhos encherem de lagrimas.
Fim do capítulo
Como meu niver ta chegando, quis comemorar com vocês postando mais um cap. rsrs.
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