Capitulo 10
Os momentos a seguir foram de puro terror, o sr. Oliveira puxou uma arma da cintura e apontou para todos, na sala tinha um único policial, que tentou puxar a arma, mas o sr. Oliveira destravou a dele e disse.
- Se você tocar nessa arma, eu estouro a cabeça dela. – Nisso ele virou a arma para Luíza, a essa altura todos nós estávamos de pé. Dr. Leon foi quem falou.
- Oliveira meu amigo, pare com isso, abaixe essa arma. – O sr. Oliveira estava visivelmente alterado. Ele gritou para o seu advogado.
- Não! Essas vadias acabaram com a minha vida, elas vão me pagar de alguma forma, por culpa dessas três eu mal posso ver o meu próprio filho, eu vou matar todas elas! – Nesse momento a Dra. Raquel quem fala.
- Sr. Oliveira, abaixe a arma, por favor, vamos conversar.
- Agora vocês querem conversar? Vocês só viram o lado da minha esposa nessa história, nunca pensaram em mim. – Enquanto ele falava com a Raquel, ele desviou a atenção de todos nós por um segundo, abri a minha bolsa que estava em cima da mesa, ia botar a minha mão dentro, mas ele voltou a olhar para todos nós, falando diretamente com sua ex-esposa e com Luíza.
- Sabe qual é a minha indecisão? Qual de vocês três eu mato primeiro, você. –Apontou a arma para a ex-esposa. – Você. - Apontou arma para Luíza. – Ou você, sua prepotente, eu não brinquei quando disse que os próximos tiros seriam em você. – Lembrei do telefonema e meu sangue gelou ainda mais, eu só pensava, que se ele desviasse a atenção para Raquel novamente, eu pegaria minha arma, e fosse o que Deus quiser. Deus ouviu as minhas preces, pois Raquel voltou a chamar a atenção dele.
- Sr. Oliveira, me diga o que o sr. deseja, que eu tentarei ajudar, sou a promotora do caso, o meu parecer será a base para que a juíza decida, só me fale o que o sr. Quer que eu lhe ajudo.
- Sabe o que eu quero? Eu quero poder sair com meu filho sem ter ninguém por perto, coisa que por culpa dessas vadias, eu não posso.
Quando ele virou para nós novamente, já era tarde, eu estava puxando a arma, não vi alternativa, a puxei de uma vez e disparei, nossos tiros foram simultâneos, pois eu atirei em sua direção e ele quando viu a minha intenção, atirou de volta, eu senti uma dor terrível no abdômen, mas vi quando ele caiu e ficou agonizando, depois disso lembro de uma gritaria terrível. Lembro de ter olhado para o meu blazer branco e vê-lo cheio de sangue, e comentei de forma boba.
- Que droga, eu adoro esse blazer. – Lembro de ter visto Luíza correndo em minha direção e gritar para o policial.
- Chame uma ambulância seu incompetente. – Ouvi quando Raquel se aproximou e disse.
- Luíza, se acalme, eu já solicitei a ambulância. – Vi os seguranças de Luíza entrando na sala com armas em punho, a vi chorando me pedindo para ficar com ela. E então eu apaguei.
Eu não vi, mas depois ficaria sabendo que o sr. Oliveira não resistiu ao ferimento, e morreu a caminho do hospital.
Luíza
Não estava acreditando em tudo o que estava acontecendo, o meu coração sangrava, sentia-me completamente trêmula, mil coisas passavam em minha cabeça vendo Pietra desmaiada naquele chão. Escutei uma comoção do lado de fora da sala, o pessoal da SAMU entrou logo em seguida, me afastaram dela e começaram a fazer os primeiros procedimentos.
Rachel se aproximou e me abraçou de lado falando.
- Ela ficará bem. – Nesse momento o paramédico que atendia Pietra perguntou;
- Alguém irá acompanha-la? – Eu logo me prontifiquei
- Eu irei com ela. – Olhei para a Rachel e fale. – Rachel, consiga o número de telefone da mãe dela e avise o que aconteceu. – Voltei a falar com o paramédico para saber para qual hospital Pietra iria. Ela foi colocada na maca, quando saímos da sala haviam várias pessoas no corredor querendo entrar para saber o que tinha acontecido, ao chegarmos na saída, a calçada estava cheia de curiosos, vi vários flashs sendo disparados e algumas pessoas fazendo perguntas, meus seguranças afastavam da forma que conseguia.
Antes de conseguir entrar na ambulância, meu segurança Miguel, me diz que nos seguirá de carro. Menos de 10 minutos depois estamos entrando na emergia do hospital, já tinha uma equipe a sua espera, fui encaminhada para uma sala de espera, sentei em uma cadeira, olhei minhas mãos, estavam cobertas de sangue, senti as lágrimas caindo, fechei os olhos e os abri assustada sentindo um toque em meu ombro.
Era Miguel, estava com minha bolsa na mão e uma expressão de preocupado, ele me entregou a bolsa e falou.
- Dra. A senhora quer alguma coisa?
- Obrigada Miguel, mas não quero nada.
- Vou pegar uma água, fará bem para a senhora. E a sra. Deveria ir lavar as mãos, os pais da dra. Devem estar chegando, ficaram assustados em vê-la assim – Ele falou isso e não esperou resposta, percebi que ele realmente tinha razão, fiz o que ele falou, logo ele voltou com um copo com água e me entregou.
- Obrigada Miguel. – Meu segurança me olha e fala.
- Ela ficará bem Dra. A sra. vai ver. Dra. Pietra é forte e jovem, ela é uma pessoa determinada.
- Obrigada. – Nesse momento a porta da sala se abre e vejo Antonele adentrar muito nervosa se aproximar.
- Luíza, tem alguma novidade?
- Não Antonele, ninguém apareceu para comunicar nada.
- Afinal de contas, como isso aconteceu? Meu Deus. Não posso perder a minha filha.
Antonele começa a chorar, eu a abraço, mas logo em seguida me afasto e narro todo o acontecido para ela. Cerca de 20 minutos depois Olavo chega, estava nitidamente abalado, ele e a esposa se abraçam e choram juntos. Um tempo depois Miguel que havia se retido da sala com a chegada de Antonele pede licença e entra trazendo mais três garrafas de água, e se retira novamente.
Olavo me olha e fala.
- Dra. Acredito que esteja cansada, obrigada por ter acompanhado nossa filha, mas se desejar ir embora, entendemos completamente.
- Olavo e Antonele, se vocês não se importarem, eu quero ficar, pelo menos até Pietra sair da cirurgia. – Quem me responde é Antonele.
- Pode ficar querida, só estamos preocupados com você, sabemos que foi uma tarde difícil.
- Eu estou bem, e quero ter certeza que Pietra também está. – Quando fecho a minha boca, entram duas pessoas na sala de espera, e para a minha surpresa e alegria, uma delas eu conheço. Eles quebram o silêncio.
- Boa noite, sou o dr. Iago e essa é a dra. Patrícia, sei que vocês estão ansiosos para saber como sua filha se encontra, então deixarei que a dra. Patrícia explique o quadro.
- Bom, sua filha está bem, mas o quadro dela querer cuidados, por isso decidimos que por hoje a manteremos sedada. Ela chegou ao hospital com uma hemorragia interna causada pelo tiro que levou, a cirurgia foi bastante delicada, mas obtivemos sucesso. – Nesse momento Iago toma a palavra para completar.
- Ela precisou passar por uma transfusão de sangue, pois havia perdido uma quantidade muito grande com o ferimento, nosso maior medo no momento é dela ter alguma infecção, mas por enquanto estamos satisfeitos com o quadro dela. – Patrícia volta a falar...
Fim do capítulo
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