Capitulo 34
A Última Rosa -- Capítulo 34
Pepe cruzou as pernas e passou um braço em torno do próprio peito.
-- Não adianta tentar me enganar. Eu sei que você está tendo um caso com a perfumosa.
A mão de Michelle segurou o cobertor com força enquanto o seu olhar se fixava no vaso com flores em cima da mesinha.
-- Além de mordomo, você também é paranormal?
Pepe a fitou cuidadosamente, inclinou a cabeça para um dos lados e falou:
-- Não -- ele garantiu com um sorriso -- Apenas inacreditavelmente lindo e encantador -- em seguida, ele acrescentou: -- Mas conheço as pessoas, e meus instintos me dizem que há algo muito forte entre vocês.
-- Ponto para você -- Michelle deu-se por vencida.
-- Ótimo. Agora, que tal me contar tudo?
-- Por onde começar? -- ela pensou um pouco antes de começar -- Eu já conhecia a Jessica antes de vir para Hills.
Pepe se inclinou para frente, seria uma longa história.
Jessica entrou em casa batendo a porta com tanta força, que o lustre chegou a tilintar. Por um momento, ela fitou o objeto balançando com um sorriso de satisfação.
-- Vai cair ou não? -- perguntou de forma infantil.
-- Bom dia, dona Jessica.
Jessica quase se esbarrou com Vitória.
-- Credo mulher, parece um fantasma.
-- Desculpa, vim ver se a porta ainda estava de pé.
Jessica se virou e olhou para a porta.
-- Na verdade, minha intenção era derrubar o lustre -- ela voltou a caminhar em direção à escada -- Onde está a Madame Parker?
-- Na sacada -- respondeu Vitória, ligeiramente apressada -- Vou buscar a champanhe que a dona Marcela pediu.
Jessica parou. Virou-se lentamente para ela. O brilho de seus olhos verdes demonstrava a sua surpresa.
-- Champanhe? Deve ser algo muito importante que mereça uma comemoração às nove da manhã.
-- Não sei -- respondeu Vitória num tom baixo, como se pensasse que Marcela fosse ouvir através das paredes -- Essas duas estão há horas lá em cima.
Jessica deu uma risada malvada.
-- Até imagino a Marcela e a Augusta ao redor de um caldeirão preparando uma poção mágica com unhas de rato, olhos de cobra, asas de morcego, escamas de lagarto...
-- Perfumista, loira, de olhos verdes... -- ela completou -- Não se cuida não!
Vitória saiu e Jessica ficou olhando ela entrar na cozinha e fechar a porta.
-- O que será que a Marcela está aprontando agora? -- antes de subir as escadas, ela respirou fundo e se preparou para a batalha. Previa problemas.
Empurrou a porta da sacada com dois dedos e observou-a se abrir, rangendo, então entrou. Marcela estava sentada em uma cadeira, banhada pela luz amarelada do sol das nove horas. Augusta estava encostada contra o parapeito, folheando as páginas de uma revista de modas.
-- Jessica! -- exclamou Marcela, levantando-se do sofá com um pulo e colocando o copo vazio em cima da mesinha -- Olhe para mim -- ela começou a andar de um lado para outro.
Jessica ficou paralisada como estátua, de puro choque. Ela ficou olhando para Marcela durante um longo tempo, uma infinidade de emoções apossando-se dela. Se sentiu como se tivessem lhe tirado um grande peso de cima. Sabia que não era certo pensar tanto em si mesma, mas sentia alívio, felicidade.
-- Marcela! Que maravilha! -- ela se aproximou sorrindo e abraçou-a -- Eu sabia que um dia isso iria acontecer.
-- Marcela estava sofrendo de Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Ela teve reações disfuncionais intensas e desagradáveis logo após o acidente de carro. Eventos de risco à vida ou ferimentos graves podem causar angústia intensa e de longa duração.
-- E você voltou a andar assim do nada? -- ela perguntou, um grito de alegria preso na garganta, sem ainda acreditar no que via.
-- Não, meu amor. Eu venho há dias tentando. Queria fazer uma surpresa à você.
-- Meu Deus, isso é bom demais -- ela abraçou Marcela novamente, beijou-a no rosto, com os olhos brilhantes de felicidade.
Vitória entrou na sala trazendo a garrafa de champanhe envolta num guardanapo branco. Olhou para Marcela como se ela fosse um fantasma e saiu apressada.
Augusta serviu o champanhe e fez um brinde.
-- Ao retorno de Marcela à vida!
Jessica levantou a taça.
-- À uma nova vida! -- uma nova vida sem mim. Pensou, Jessica tomando um gole do champanhe -- Agora, você pode retornar à presidência da empresa -- ela endireitou o corpo e afastou-se do toque de Marcela, encostando-se no parapeito tomou mais um gole do champanhe. Logo depois, pousou o copo sobre a mesinha e virou-se para a médica -- Ela já está liberada para retornar à empresa?
Augusta olhou para Marcela e pensou por alguns segundos antes de responder a ela.
-- Quando ela desejar.
-- Você parece estar mais feliz com a minha volta à empresa, do que a minha volta a andar -- ela realmente havia compreendido e estava mais magoada do que esperava -- É tão ruim assim?
-- A empresa é sua, Marcela. Eu sou apenas uma perfumista que está sem tempo para fazer o que mais amo -- ela suspirou fundo antes de continuar: -- Eu quero criar, quero ter paz para me inspirar. Quero ter o que é meu -- quanto mais falava mais segura ficava de que aquele era o momento certo de abrir o jogo, dizer tudo o que estava entalado há tanto tempo -- Quero ter o meu próprio laboratório, Marcela. Minha própria marca.
-- Você não tem dinheiro para isso -- falou em tom zombeteiro -- Sempre viveu debaixo das minhas asas.
-- Meu maior erro foi ter permitido isso -- seus olhos demonstravam a exata percepção dos fatos e veio acompanhada de certa melancolia -- Mas ainda tenho tempo de corrigir.
Percebendo nos olhos verdes de Jessica o tamanho de sua convicção, Marcela reagiu de forma diferente, mostrando compreensão.
-- Tudo bem, Jess. Se é isso que você quer, eu providencio para você -- ela se aproximou da perfumista segurando-lhe a mão com força -- Você escolhe aonde quer montar o laboratório, os fornecedores nós já temos...
Antes que ela pudesse continuar a falar, Jéssica se afastou para longe.
-- Você não entendeu, Marcela. Eu vou embora.
-- O quê? Como você consegue me dizer isso, dessa forma, em um momento tão especial para mim? Essa não é a maneira apropriada de se discutir um relacionamento.
-- Essa é a maneira mais do que apropriada de terminar com um casamento que nunca prometeu outra coisa a não ser uma distância entre as duas pessoas que ele deveria unir -- Jessica passou a mão pelos cabelos, num gesto quase de desespero. Era impossível prever qual seria a próxima atitude de Marcela -- Eu não posso prosseguir com isso -- disse Jessica, já se encaminhando para o quarto.
Marcela fez um gesto para que Augusta ficasse e foi atrás da esposa.
-- Eu a amo tanto, não me deixe! Por favor, fica comigo -- Marcela chorou silenciosamente, as lágrimas caindo pelo rosto; e por longo tempo não se moveu.
-- Por favor, não me peça isso -- implorou Jessica, com voz rouca.
Um silêncio cheio de tensão caiu entre as duas, e Jessica estremeceu quando viu o ódio que surgiu nos olhos dela.
-- Você tem outra, não é mesmo?
-- Isso que você está falando não faz o menor sentido.
-- Para você é claro que não. Droga, Jess! -- Marcela segurou-a pelo braço e a puxou para si. Jessica ficou parada em frente a ela, rígida -- Eu sonhei estar com você novamente, fazer amor como antes, amá-la. E agora que posso, você quer me deixar -- uma mágoa secreta oculta em suas palavras.
Houve um silêncio tenso que piorou enquanto ambas se olhavam, numa batalha silenciosa. Então, surpreendentemente, o rosto de Marcela se suavizou.
-- Você está cometendo um grande erro. Começar um negócio do zero, sem um grande valor para investir, é suicídio.
-- Seu avô e seu pai não pensaram dessa forma.
-- Era outra época e não havia concorrência.
-- Sim claro. Mesmo assim, prefiro tentar -- sorriu com determinação mesmo sabendo que ela estava certa -- Não há mais nada aqui para mim, Marcela -- respirou fundo -- Está na hora de voltar a criar, a viver.
Marcela balançou a cabeça negativamente, dando um passo atrás.
-- Não -- ela quase riu, num impulso histérico que conseguiu conter a tempo -- Você não está falando sério -- Marcela ficou ali, parada, olhando para Jessica com seus olhos negros, esperando uma resposta para dizer algo mais. Mas Jessica continuou em silêncio. Marcela sabia que a única coisa que prendia Jessica à ela era a cadeira de rodas, o sentimento de culpa e o seu bom caráter era o que mantinham o casamento. Mas não havia outra saída. Agora, ao menos estava livre da cadeira de rodas e de um processo por tentativa de assassinato. Mais tarde, pensaria em uma forma de trazer Jessica de volta.
-- Está bem -- disse Marcela -- Se é a sua liberdade que você quer... -- ela Apontou para a porta.
Jessica a encarou nos olhos. Não queria magoá-la, torcia para que Marcela seguisse sua vida vitoriosa e feliz. Não suportaria vê-la sofrendo, mas era preciso tomar aquela decisão.
-- Vou tomar um banho e pegar algumas roupas -- ela disse baixinho e saiu do quarto.
Marcela sentiu uma vontade imensa de quebrar tudo ao redor, mas conteve-se diante da presença de Augusta.
-- Que inferno! -- resmungou inconformada. As coisas pareciam estar fugindo cada vez mais ao seu controle.
Sem fazer barulho, Inês abriu a porta e espreitou o lado de dentro.
-- Olá, posso entrar?
Michelle abriu um enorme sorriso.
-- Claro, entra, entra.
Inês adentrou o recinto, olhou para Michelle e sorriu.
-- Você está com uma aparência ótima. E é tão bom vê-la.
Pepe estava sentado em uma poltrona acolchoada, com os pés sobre uma mesinha lotada de revistas. Ele baixou a revista que estava lendo, deu um sorriso amarelo para Inês e imediatamente voltou à leitura.
A senhora cruzou o aposento com algumas passadas largas e abraçou a amiga com força. Michelle retribuiu o abraço por um longo minuto, sentindo-se grata pelo carinho.
-- Obrigada, tia Inês. É bom vê-la também. Sente-se, por favor.
-- Tem certeza de que não estou incomodando?
-- A senhora nunca incomoda.
Ela sentou-se ao lado dela na cama.
-- Como está se sentindo?
-- Ela não está se sentindo muito bem -- respondeu Pepe.
-- Está sentindo dor, minha filha?
-- Uma dor irritante no joelho direito, mas já me aplicaram uma injeção. Daqui a pouco faz efeito -- ela respondeu, sorrindo.
Inês olhou-a preocupada.
-- Mas se não passar, peça uma medicação mais forte. Ninguém merece ficar sentindo dor.
-- Pode deixar -- Michelle respirou fundo e ajeitou-se na cama antes de continuar -- Eu estou muito bem, acho até que vou pedir para o médico me dar alta.
-- Não acho que seja uma boa ideia -- disse Inês, ajeitando o cobertor sobre o corpo de Michelle -- Você sofreu uma pancada muito forte na cabeça, precisa ficar em observação.
Michelle fez uma careta e balançou a cabeça.
-- Vou pedir para a Jessica conversar com o médico. Quero sair daqui o mais rápido possível.
Inês percebeu que havia algo errado.
-- Há algo mais que eu deva saber?
-- Essa mulher está cheia de segredos -- Pepe se intrometeu na conversa -- Etâ vida complicada! -- ele jogou a revista sobre a mesa e levantou-se num pulo -- A titia pode ficar fazendo companhia para a Michelle enquanto eu vou escolher a minha motocicleta? -- ele perguntou, mas não esperou pela resposta -- Logo volto.
Ele saiu, Michelle e Inês ficaram olhando para a porta fechada.
-- Esse menino não tem jeito.
-- Se a senhora não puder ficar, eu chamo a Jessica -- Michelle não conseguiu controlar o nervosismo.
-- O que é isso, minha filha! Será um prazer ficar com você.
Durante todo o dia Jessica sentiu-se inquieta. Trabalhou pouco e não conseguiu se concentrar. Estava nervosa e não podia parar quieta. Queria resolver sua situação com Michelle o mais rápido possível. Não via a hora de contar as novidades para ela, dizer que finalmente estava livre e disposta a recuperar todo o tempo perdido.
Subitamente, parecia estar vivendo um maravilhoso sonho. Não queria acordar, queria prolongar aquela magia indefinidamente. Quem diria que depois de momentos tão turbulentos, finalmente, poderia se entregar ao seu amor, sem culpas e sem remorsos.
Jessica sentiu-se subitamente relaxada e feliz, sentou-se em sua cadeira de presidente e chamou Natália pelo interfone.
-- Não sei o que pode ser tão urgente para me fazer largar o cliente no meio de uma apresentação -- disse a secretária quando entrou na sala.
Jessica não falou nada, apenas ficou de pé e lhe estendeu um papel timbrado.
Natália olhou para ela sem entender.
-- O que é isso? -- perguntou imediatamente.
-- Meu pedido de demissão. Imediata.
Natália sentou pesadamente na cadeira e a encarou chocada.
-- Demissão?
-- Sim, estou saindo da empresa.
-- Quando?
-- Esta tarde.
-- Esta tarde. Cedo assim? -- as mãos dela se contraíram -- Mas que rápido.
-- Eu sei -- Jessica respirou fundo -- Mas não é uma atitude impensada. Estou planejando sair da empresa há muito tempo.
-- Porque Jessica? -- Natália a encarou, com uma expressão triste.
-- Pretendo ter o meu próprio laboratório. A minha própria marca.
A expressão triste da secretária foi substituída por outra, de extrema alegria.
-- Que legal! Eu quero ir trabalhar com você.
Jessica balançou a cabeça, sorrindo.
-- Eu não posso, Natalia. No momento, não tenho dinheiro para contratar funcionários. O dinheiro que tenho usarei para comprar os equipamentos.
-- Eu não me importo -- Natália estava empolgada -- Você me demite e eu recebo todos os meus direitos trabalhistas. Vou viver muito bem por um bom tempo.
Jessica coçou a cabeça.
-- Seu salário vai ser bem baixo, estou avisando.
-- Huhuuu, que beleza -- ela pulou no colo de Jessica e cruzou as pernas em volta de sua cintura.
-- Para com isso, sua louca! -- Jessica a colocou no chão -- Deixa de perder tempo e corre preparar a sua carta de demissão antes que eu mude de ideia.
-- Já vou, já vou.
Natália saiu correndo pela porta afora. Sorrindo, Jessica sentou na ponta de sua mesa. Ela podia ser uma chata de galocha, mas era uma profissional muito experiente, conhecia os fornecedores e era querida por eles. Natália, sem dúvida, será uma peça importantíssima em sua nova equipe.
No final da tarde, animada, Jessica começou a esvaziar suas gavetas, contudo, ao ver todos os rostos tristes à sua volta, a perfumista esmoreceu.
Sentiria falta dos colegas, cuja companhia havia preenchido um grande vazio em sua vida. Todos foram muito importantes e a acolheram com carinho desde sua chegada à Hills. Não conseguiu se livrar das perguntas sobre o motivo daquele repentino pedido de demissão. Jessica amenizou a situação, misturando verdades com fantasias, mas sempre enfatizando que iria em busca de novos horizontes.
Quando entrou no carro, logo depois das cinco horas da tarde, a ansiedade já havia começado a dominá-la.
Enquanto voltava para o hospital, lembrou-se da questão financeira, talvez tivesse que fazer um empréstimo. Possuía algumas economias, porém não seria suficiente.
Apesar de tudo, sentia-se aliviada por ver-se livre para tomar as suas próprias decisões. Jessica animou-se ao pensar em Michelle, naquele momento o que mais precisava era estar com ela, amar e sentir-se amada.
Entrou no hospital apressada e encaminhou-se à recepção.
-- Boa tarde, meu nome é Jessica e eu preciso falar com o doutor Eder imediatamente.
-- O doutor Eder está ocupado no momento -- salientou a recepcionista, voltando a sua atenção para a tela do computador.
-- Não, não está -- afirmou Jessica, irritada -- Ou ele me atende agora, ou eu vou levar a Michelle para casa sem a autorização dele.
-- Você não pode fazer isso.
Jessica levantou uma sobrancelha.
-- Diz, duvido!
Fim do capítulo
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Christina
Em: 13/04/2021
Isso que a Marcela tem pela Jessica não é amor, é dependência emocional...
Resposta do autor:
Olá Christina.
Sim querida. Sentimento prejudicial a ambas. Ela não se imagina vivendo bem sem a Jessica. Ela deposita na Jess a expectativa de preencher o vazio que sente.
Beijos. Até.
HelOliveira
Em: 07/04/2021
Oi Vandinha já estou preocupada essa felicidade da Jéssica vai durar pouco hennn...
Só pensei aqui...será a tia já não tirou a Michelle do hospital..
Marcela vai vir com tudo e a Jéssica e a Mi que se cuide hennn.
A história tá muito boa
Bjos
Resposta do autor:
Olá Hel.
Conhecendo a Marcela como conhecemos, Jessica e Michelle não encontrarão a tranquilidade tão cedo. Ela já deve estar tramando.
Beijos. Até.
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NovaAqui
Em: 07/04/2021
Liberdade!
Agora é seguir com plano de abrir seu negócio e ficar de olho na Marcela
Acho que ela vai jogar pesado
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Olá NovaAqui.
Correto. Marcela já deve estar tramando. Enquanto isso, vamos viver algum tempo de paz.
Abraços fraternos.
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Mille
Em: 07/04/2021
Oi querida Vandinha
Marcela vai infernizar a vida da Jessica. Mais creio que logo a Jess vence mais essa batalha, junto das pessoas que gostam dela. A bicha é doida vai pegar a Michele e correr para ser feliz.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Ola Mille.
É isso aí. Momentos de paz e amor.
Beijos.
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Lea
Em: 07/04/2021
Se a vida da Jéssica não era "boa",agora vai começar o verdadeiro inferno!! A felicidade da Jéssica ainda está longe de acontecer! Só acho!
Marcela não parar,e há segredos muito graves a serem revelados! Mas o que será?? Envolvem diretamente a Jéssica???
Marcela vai descobrir que a Maya/Michelle está fugindo da polícia???
Resposta do autor:
Olá Lea.
Boa observação. Muitos segredos a serem revelados em breve.
Obrigada pelo comentário.
Beijos.
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