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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 4026
Acessos: 1975   |  Postado em: 01/04/2021

Sexto

 

Na manhã seguinte, Iori acordou quando Laura finalizava suas orações, ajoelhada aos pés do altar de sua santa, fazendo o sinal da cruz antes de se levantar. Lana ainda dormia, era demasiado cedo, Iori beijou seu ombro antes de sair da cama, cobrindo-a e seguindo Laura pelo quarto, abraçando-a pela cintura.

—Bom dia, querida. — Laura selou seus lábios, acariciando suas bochechas.

—Bom dia. Indo tomar banho?

—Sim. Quer vir?

—Claro, por que não? É sempre bom ficar ainda mais limpa.

Laura sorriu e a guiou para o banheiro, enchendo a banheira enquanto ela fechava a porta, sentando-se na beira para esperar que enchesse. Iori pendurou o robe no gancho antes de prender os cabelos escuros num coque no topo da cabeça, sentindo os olhos de Laura em suas costas.

—O que foi aquilo ontem à noite, Iori? — Ela perguntou em tom mais baixo e calmo. — Não acha que estava pedindo demais dela por causa de um fetiche seu?

—Eu não ia pedir até que ela ofereceu.

—Você devia ter recusado.

—Por que? Ela se divertiu, gozou. Ela mesma disse que estava bem, por que isso agora? — Ela se virou e a olhou, sorrindo. — Está com ciúmes que comi o rabo dela e não o seu ontem? Você sabe que sempre posso compensar agora, você só tem que dizer.

—Não seja uma cretina. — Laura revirou os olhos e se virou para a banheira, Iori somente riu, sem se importar. — Você podia a ter machucado.

—Mas não machuquei.

—Mas podia, Iori. Eu te pedi para não exigir demais na primeira noite. Você devia ter se controlado. Lana era nossa convidada, era para aproveitar a noite para nos conhecermos, não testar os limites dela.

—Oh, por sua Santa Guadalupe, a noite foi ótima. Está me condenando por ter feito nossa convidada goz*r mais vezes que você?

—É uma competição agora? — Laura suspirou, entrando na banheira e desligando as torneiras, olhando para Iori enquanto ela também entrava e sentava de frente a si.

—Claro que não é uma competição. Se Lana não reclamou em nenhum momento, por que você está reclamando agora?

—Não estou reclamando. Só estou pedindo para ter cautela. Ela não está aqui só pelo prazer, devíamos trata-la com base nisso, não acha?

—Oh, querida, você está realmente apaixonada, não é mesmo? — Iori sorriu, movendo as mãos pelas pernas dela. — Sabia que isso ia acabar acontecendo.

—Não comece com isso.

—Por que não? Até outra noite você só me dizia para ir devagar e não criar expectativas. Não apressar as coisas até a conhecermos melhor. Então você a vê nua e se apaixona?

—Então você a come e perde o interesse?

—Do que está falando?

—Você a tratou como qualquer outra garota depois de ter conseguido o que queria todo esse tempo. Seu olhar mudou para ela, eu vi isso ontem.

—Você está imaginando coisas. Eu continuo gostando dela. Você que mudou seu olhar para ela, mas isso é bom, não é?

—Não se você perdeu o interesse nela.

—Eu não perdi.

—Ótimo, então não peça mais pela bunda dela.

—O que? Desde quando você decide isso? O corpo é dela. — Iori riu, incrédula, aproximando-se do corpo de Laura ao envolver as pernas em sua cintura. — Você está morrendo de ciúmes, não está? — Seus dedos se prenderam em sua nuca. — Está com ciúmes que posso ter uma parte dela que você não pode.

—Não estou com ciúmes. Estou querendo evitar que magoemos Lana se ela não representa mais a mesma coisa para você. — Laura suspirou, molhando os próprios cabelos antes de a olhar outra vez. — Então, por favor, seja sincera. Estamos na mesma página com Lana? Você ainda está interessada em ter um relacionamento mais sério com ela?

Iori suspirou, pegando o shampoo e passando nos cabelos de Laura, pensando antes de a responder. Laura esperou, enxaguando os longos cabelos sem pressa, começando a passar os dedos entre as mechas para espalhar o próximo produto.

—Eu quero ter algo sério com ela. Há tantas coisas que gosto nela, que quero saber sobre ela. Mas você tem razão sobre ir devagar. — Iori falou mais devagar, com seriedade. — Confesso que ela me pegou desprevenida sobre tornar isso oficial para a família dela, mesmo que tenha sido isso que dissemos que buscamos nela.

—Então é sobre o almoço hoje. — Laura definiu.

—Eu sei que quero ser apresentada como algo importante para ela, eu só não sei se consigo fazer isso tão rápido. Porque se formos lá como sendo candidatas a algo sério, então teríamos que retribuir isso em algum momento, não é mesmo? Apresentar ela a nossa família.

—E sua família nunca nos aceitou muito bem.

—Exato.

—Então quer cancelar o almoço?

—Sim, eu só não sei como fazer isso. Digo... nós aceitamos.

—Logo depois dela nos oferecer a noite. — Laura ergueu a sobrancelha em sua direção. — Foi por isso que aceitou?

—Eu não sei. Eu simplesmente não pensei a fundo.

Laura respirou fundo, temendo que ela dissesse isso. Não disseram mais nada, concentrando-se em terminar o banho. Quando saíram do banheiro, encontraram Lana sentada no chão ao lado da cama, enrolada no lençol, ela abraçou as pernas quando as encontrou, ambas pararam, confusas.

—Está tudo bem? — Iori questionou ao se aproximar. — Você caiu da cama?

—Por favor, fique onde está. — Lana pediu em tom mais trêmulo.

—Lana... O que houve? — Iori parou no lugar.

—Onde estão minhas roupas?

—Eu achei melhor colocar para lavar ontem à noite já que foram parar no chão. Mas tenho que colocar para secar. Laura pode te emprestar alguma dela. — Iori a olhou, suplicando ajuda.

—Sim, só me dê alguma coisa.

Laura caminhou lentamente pelo quarto, indo para o outro lado do cômodo e abrindo as portas do armário, pegando roupas quentes. Aproximou-se de Lana, abaixando-se a sua frente e colocando as roupas no chão, olhando em seus olhos por um momento.

—Você quer conversar? — Perguntou mais baixo.

—Eu não queria escutar, está bem? Eu estava dormindo, mas vocês não estavam falando exatamente baixo, e a acústica do banheiro não ajudou também.

—Você ouviu nossa conversa. — Definiu, e ela moveu a cabeça para concordar. — Tudo bem, iriamos conversar com você também.

—Eu posso explicar o que você ouviu. — Iori falou com preocupação, aproximando-se outra vez, mas Laura a impediu de continuar.

—Você pode? Não me pareceu que podia. — Lana a olhou com mágoa, sentindo os olhos arderem. — Fui algum tipo de conquista para você, Sasaki?

—Claro que não, Lana. Se ouviu a conversa, sabe que não foi isso. Eu gosto de você, eu realmente gosto.

—Mas você não vê isso ficando sério agora, não é?

—Eu só não quero que seja rápido como está acontecendo.

—Tem certeza? Porque a forma que estavam falando lá dentro foi como se eu fosse pior do que as garotas que vocês costumam sair. Eu me senti pior que uma prostituta.

—Prostituta? Lana, isso nunca foi minha intenção. Desculpa se eu falei de forma vulgar, se eu te ofendi com isso.

—Deixe-a se vestir, Iori. Podemos conversar lá embaixo com mais calma, pode ser? — Laura falou baixo, olhando entre ambas.

—Laura-

—Você pode tomar banho se quiser, tem uma toalha a mais no banheiro. — Laura prosseguiu, fazendo um gesto para que Iori se calasse. — Leve o tempo que precisar. Quando estiver pronta, estaremos lá embaixo. Tudo bem?

—Sim. É melhor assim. — Lana a olhou em agradecimento.

—Está bem. Vou fazer café.

Laura se levantou, segurando o pulso de Iori para a levar junto, fechando a porta e a levando para baixo, soltando somente quando chegaram na cozinha. Colocou a água para esquentar e abriu a geladeira, mas Iori a fechou, olhando-a com impaciência.

—Você vai cozinhar? Sério? Temos que resolver isso!

—Vamos resolver isso. Mas depois da noite que tivemos, a melhor coisa é recuperar a energia. — Falou com calma, mas Iori não se moveu para sair da frente da geladeira. — Ela pediu por espaço, Iori. Deixe-a respirar, você tem que se acalmar.

—Me acalmar? Ela acha que eu só queria trans*r com ela.

—Se eu estivesse no lugar dela e te ouvisse falar daquele jeito, também acharia.

—Laura!

—Vamos explicar para ela que não é isso, está bem? Não devíamos estar falando dela daquela maneira, de qualquer jeito, ela podendo ouvir ou não. — Ela suspirou, levando a mão em seu rosto e acariciando. — Só vamos com calma. Ela está magoada, e eu não quero piorar a situação.

—A culpa é toda minha. Eu estava tentando te provocar e sequer pensei que podia estar sendo ofensiva. — Ela desviou o olhar, sentindo frustração.

—Estamos nisso juntas. Vamos resolver isso juntas. Tudo bem?

—Sim, espero que sim.

—Ótimo. Agora me ajuda a fazer o café?

Iori balançou a cabeça para concordar, saindo da frente da geladeira e a ajudando a pegar os ingredientes dentro. Fizeram waffles e bacon, colocando os acompanhamentos juntos na mesa, começando a comer em silêncio. Lana desceu em seguida, vestida com as roupas de Laura e o cabelo penteado para trás.

—Pude sentir o cheiro lá de cima. — Ela falou enquanto se aproximava.

—Sente-se e coma. Deve estar com fome também. — Laura indicou a cadeira na ponta da mesa, mas ao invés disso ela sentou do outro lado da mesa, ficando de frente para ambas.

—Bem, realmente estou. Vou aceitar a comida.

—A vontade.

Lana se serviu com um pouco de cada coisa antes de tomar um gole do café, fechando os olhos e respirando fundo antes de olhar entre ambas, notando a ansiedade em Iori. Comeu um pedaço de bacon, deliciando-se com o gosto até engolir, sentindo-se aliviada quando o sentiu descer até o estômago.

—Não me importo que falem da noite que tivemos entre vocês, é natural que falem. — Lana falou lentamente, comendo mais um pedaço do bacon. — Entendo que queiram ir devagar, mas como eu disse, eu queria mostrar minha casa a vocês já que vocês me mostraram a sua. De fato, Daph e Kristin são as mais próximas que tenho de família, mas eu não estava usando isso para dar o próximo passo com vocês. O que eu não entendo é por que vocês aceitaram quando eu disse que podiam me dar a resposta hoje. Vocês realmente acharam que eu estava usando o almoço como moeda de troca para trans*r com vocês?

—Eu não pensei nisso, eu realmente não pensei dessa forma. Eu não pensei em nada. — Iori buscou se explicar. — Quando disse sobre irmos para a cama, eu sequer tinha pensado no que o almoço podia significar de verdade. Eu só pensei em aproveitar a noite.

—Bem, e aproveitamos. — Lana suspirou, bebendo mais café. — Então começou a me esbanjar como um troféu.

—Não... Digo, sim, você é algo que gostaria de esbanjar, mas não porque transei com você.

—Então por que fazer parecer isso para Laura?

—Ah... — Ela suspirou, massageando a ponte do nariz enquanto pensava. — Lembra quando te disse que normalmente todas as garotas que ficamos se jogam em Laura sem pensar uma segunda vez?

—Não todas. — Laura pontuou, olhando em sua direção, bebendo do próprio café.

—A maioria.

—Sim, eu lembro. — Lana falou com paciência.

—Então... eu te disse que foi uma surpresa que você não tenha feito a mesma coisa. Te disse que fiquei com ciúmes de você quando Laura colocou os olhos em você. Então talvez eu tenha ficado...

—Territorial? — Laura sugeriu com um sorriso de lado para o constrangimento que via em seu rosto.

—Você não faz isso soar bom.

—Porque não é bom. — Lana pontuou. — Laura é sua mulher por anos. Você não tem que me esbanjar porque nos aproximamos primeiro ou porque te deixei tocar minha bunda. — Ela suspirou, recostando-se na cadeira. — Se estamos aqui é porque aceitei ser de vocês duas, e não para ser um objeto de competição.

—Não era minha intenção te ofender, eu sinto muito.

—Só... O que eu tenho que fazer para você não se sentir dessa forma por minha causa? Que não precisa estar insegura.

—Eu não sei, você tem feito tanto, eu não acho que você tenha que fazer alguma coisa. — Iori suspirou, olhando para Laura. — Acho que não sei como ter mais uma pessoa.

—Não há uma fórmula mágica. Não sabíamos nem como sobreviver uma à outra no começo. Vamos descobrir uma forma de fazer isso funcionar agora. — Laura segurou sua mão sobre a mesa, esticando o braço, esperando até que Lana aceitasse sua mão. — O que acham? Vamos tentar?

—Eu não sei se consigo. — Iori soltou sua mão e olhou para Lana. — Desculpa meu amor, mas acho que não consigo dividir vocês.

—Dividir? — Lana estreitou os olhos, confusa. — Você não pareceu se importar ontem à noite sobre dividir.

—Não é sobre sex*, não é mesmo? — Laura a olhou, respirando fundo para se acalmar quando ela não tentou negar sua suspeita. — Iori... eu te avisei. Eu te pedi, desde o início.

—Do que isso se trata? — Lana apertou os dedos de Laura que ainda segurava sobre a mesa.

—Diga a ela. — Laura ainda olhava para Iori.

—Sinto muito... — Iori olhou entre ambas. — Eu achei que conseguiria lidar quando vocês se aproximassem. Mas talvez eu não consiga.

—Isso é porque eu tenho sentimentos por Laura? — Lana estreitou os olhos, confusa. — Não começamos isso tudo com o intuito disso acontecer? De gostarmos uma da outra, de confiarmos uma na outra? Do que está falando agora Sasaki?

—Eu não quero dividir você, Lana... não assim.

—Me dividir? Iori... eu não sou sua posse.

—Eu sei... — Ela mordeu o interior das bochechas, sentindo seu coração acelerar diante da junção de todos seus sentimentos. — Mas é como estou me sentindo agora.

—Você quer acabar com tudo então? — Lana balançou a cabeça, sem conseguir acreditar, buscando pelos olhos de Laura, mas essa também encarava a mulher ao lado. — Sasaki, é isso o que você quer?

—Eu não sei, está bem? Me dê um tempo. — Ela olhou entre ambas, atordoada. — Desculpa, mas eu preciso de um tempo.

Iori se levantou, saindo da cozinha e subindo as escadas para o quarto. Laura também se levantou, mas somente andou até a cozinha, apoiando as mãos no balcão, socando uma vez quando não conseguiu conter a frustração.

—Acho que você não fazia ideia também? — Lana perguntou enquanto se levantava, seguindo lentamente em sua direção.

—Eu suspeitava, por isso a estava questionando no banheiro, você deve ter ouvido. Ela não costuma se gabar, então eu só pensei, mas...

—Mas também não imaginava que as coisas estavam desse jeito para ela. Ao menos não sou a única. — Ela parou no meio do caminho e se virou para a porta, encontrando seu casaco. — Bem... É melhor eu chamar um carro.

—Não.

—Eu não posso ficar aqui. Ela não nos quer juntas.

—Mas eu quero. — Laura se virou, mas Lana já tinha o celular em mãos. —  Posso ter demorado para admitir, mas eu continuo querendo.

—Esse é o problema. Nós duas queremos, mas ela não. Não há nada que eu possa fazer agora, e eu não vou me colocar entre vocês como um motivo de conflito. — Suspirou, tateando os bolsos do casaco. — São alguns minutos para o carro chegar, posso ficar aqui dentro enquanto ele não chega?

—Pare de pensar que vou te colocar para fora. — Laura se colocou a sua frente, segurando seus pulsos. — Eu não quero que vá, fique aqui. Deixe-me falar com Iori para tentar consertar isso.

—Ela não vai consertar isso na cabeça dela de uma noite para outra. Ela mesma disse que precisa de tempo, não há nada que possamos fazer sobre isso.

—Queria que não tivéssemos ido para esse caminho.

—Bem... nem eu. — Ela soltou os pulsos e guardou o celular no bolso, suspirando e recostando na parede. — Foi bom ter podido me aproximar de você.

—Não comece com isso. Não acabou.

—Eu sei que acabou. Esse negócio de tempo não ajuda a encontrar soluções para esse tipo de coisa. Ou ela nos aceita juntas, ou não há mais nada a ser feito.

—Não depois de tudo. — Ela se aproximou, apoiando a mão na parede ao lado de Lana. — Não agora.

—Bem... agora eu sei por que as garotas se jogam em seu pescoço. — Sorriu sutilmente, envolvendo os dedos em sua nuca e a puxando para perto. — Hottie.

—Elas só queriam sex*. Era fácil.

—E agora não seria só sex*, não é mesmo?

—Eu-

—Não diga, só vai tornar isso mais difícil. Só... fique aqui.

Lana a abraçou, acariciando seus cabelos enquanto sentia seu corpo pressionar no seu, aspirando o cheiro de sua pele em busca de o memorizar. Sentiu seu coração apertar com o pensamento de que não a sentiria mais tão perto, de que não teria mais nenhuma delas. Sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto, e para isso ela somente apertou Laura com mais força, pressionando o rosto em seu pescoço. O carro não demorou para chegar, Laura relutou em se afastar, mas abriu a porta sem tirar os olhos de Lana, que estavam úmidos e vermelhos.

—Eu não ia falar nada sobre isso, mas eu já tinha comprado de qualquer forma. E vai ser melhor se ficar com você agora. — Lana falou ao retirar uma pequena caixinha preta do bolso do casaco, colocando nas mãos de Laura. — Em caso Sasaki mude de ideia.

—Lana... Eu... Eu não fazia ideia.

—Era a intenção. Agora eu tenho que ir.

Laura prendeu os dedos em sua nuca antes que ela se afastasse, puxando-a para perto e colando seus lábios. Lana não hesitou em retribuir ao beijo, envolvendo sua cintura mais uma vez enquanto saboreava o gosto de café que ainda havia em sua língua, sentindo a necessidade que ela passava por meio daquele gesto, seus sentimentos e a tristeza quando se afastaram.

—Cuide-se, hottie. E cuide de Iori também.

—Até logo, mi cariño.

Laura esperou que Lana fosse embora antes de voltar a entrar em casa, abrindo a pequena caixa preta, sentindo os olhos arderem com a visão das três alianças prateadas dentro. Chutou a porta, com raiva, decidindo subir as escadas, marchando em direção ao quarto e encontrando Iori deitada na cama, abraçada ao travesseiro e chorando. Colocou a caixa sobre o travesseiro, assistindo seu cenho franzir, e seu choro intensificar.

—Como você pode tomar essa decisão sem falar comigo? — Questionou com raiva, parada ao lado da cama. — Como pode deixar que as coisas chegassem a esse ponto Iori? Acabei de ter que deixar Lana ir embora, e você sequer teve a decência de fazer isso do jeito certo, sequer teve a coragem de olhar na cara dela.

—Eu pedi um tempo, não para ela ir embora. — Iori falou em soluços, pegando a caixinha na mão.

—Quanto tempo, Iori? Ela entendeu muito bem o que você estava querendo dizer. Ela não é idiota e você sabe disso.

—Pare de ficar brava comigo, eu não escolhi nada disso também.

—Mas pode escolher o que fazer de agora em diante. Diga que podemos consertar isso, Iori.

—Eu não posso. Desculpa Laura, não posso, não agora.

—Por que, Iori? Por que é difícil aceitar minha proximidade a Lana?

—Eu não sei o porquê Laura. — Ela se sentou na cama, ainda segurando a caixa em mãos. — Eu só sinto que quero vocês duas, mas não consigo suportar a ideia de que ela possa te amar mais que a mim. De que você prefira ir atrás dela do que ficar comigo porque eu arruinei tudo.

—Não é uma competição, Iori. — Laura falou em tom mais contido, sentando na beira da cama.

—Nunca foi uma competição, porque você sempre ganhou, Laura. Eu não quero que Lana seja mais uma na lista.

—Eu ganhei o que, Iori? Você esqueceu que você sempre se divertia quando aquelas garotas vinham aqui e ficavam de quatro por meia dúzia de palavras que eu dizia? No fim você sempre soube que eu só dormiria com você. E sempre foi você quem escolheu as garotas.

—Não é mais divertido agora.

—E você teve que se envolver com Lana primeiro para chegar à conclusão que não era mais diversão? Teve que me deixar ficar envolvida com ela? Teve que esperar trans*rmos com ela para chegar a essa conclusão? — Laura suspirou, estreitando os olhos. — Você a quer só para você, não é?

—Não diga isso.

—Você quer. Você só não quer abrir mão de mim no processo.

—Eu não quero abrir mão de nenhuma de vocês, Laura. — Iori soltou a caixa e buscou pelas mãos de Laura, trêmulas diante da discussão. — Você sabe que eu sempre vou escolher você, sabe que sempre vou escolher nossa história.

—Nossa história? Iori, nós sempre concordamos em separar as coisas. Todas aquelas garotas sabiam que só seria uma noite.

—Desculpa se eu não fazia ideia que iria me incomodar tanto que Lana fosse se apaixonar por você também! — Ela se exaltou, jogando os braços para cima em impaciência. — Desculpa se me deixa apavorada a ideia de alguém amando você, que te faça se sentir balançada o suficiente para me deixar. E eu sei que Lana podia ser essa pessoa. Eu a vi te olhando. — Iori segurou a gola da sua blusa, balançando seu corpo sem pensar no que fazia. — Eu te vi olhando para ela. Vi como você a trata. Então quando ela não quis que eu me aproximasse dela hoje, e te aceitou perto, eu simplesmente soube que se não fizesse algo... eu ia te perder.

—Pare com isso. — Laura falou com paciência, afastando suas mãos e deslizando pela cama, pressionando as mãos em seus ombros para a fazer deitar, seu corpo se encaixando no seu em seguida. — Você vê a forma como eu olho para você? Como eu trato você? Iori... estamos juntas há quase dez anos, você ainda acha que eu vou deixar você por causa de outra pessoa? Eu só vou deixar você se você quiser, e se continuar com essa visão de que sou tão superficial. Ou tão canalha a ponto de ter prazer em usar alguma garota. Acha que por ter sentimentos por Lana eu vou simplesmente esquecer o amor que temos? Esquecer tudo pelo que passamos para ficarmos juntas? Qual é, Iori. Eu quero ter filhos com você. Eu teria me casado com você se você não tivesse uma ideia tão aversiva disso.

—Você ainda quer isso?

—Sim, Iori. Mas você precisa parar de ser insegura sobre mim. Me magoa. E acabou de magoar Lana também. — Laura segurou seus braços sobre a cabeça, mantendo os olhos nos seus. — Precisamos pensar no que fazer de agora em diante. Não podemos nos envolver com as pessoas e abrir mão de repente. Não podemos nos envolver com alguém sem pensar se queremos formar uma família. Se você continuar se sentindo assim, querida, é melhor que seja somente nós duas. Sem diversão, sem algo sério. Só nós, como sempre foi.

—Você tem razão. — Iori fungou, soltando seus braços com facilidade para enxugar os olhos. — Eu só preciso de um pouco mais de tempo para decidir essas coisas.

—Tudo bem. Enquanto isso eu vou dormir no quarto de hóspedes, está bem?

—Por minha causa?

—Porque eu não quero deitar aqui e lembrar que Lana esteve nesses lençóis. Não agora.

—Você quer ficar sozinha lá?

—Sim. Pelo menos hoje. — Ela suspirou, afastando-se da cama. — Vou voltar para os estudos. Me deixe saber se precisa de algo.

Iori moveu a cabeça para concordar mesmo que não gostasse da ideia de estar sozinha, sabia que não estava em posição de fazer exigências. Laura saiu do quarto após pegar seu material de estudo e o computador, fechando-se no quarto de hóspedes para se concentrar.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

*postando e saindo correndo*


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Comentários para 8 - Sexto:
May Poetisa
May Poetisa

Em: 05/08/2021

Kkkk um capítulo tão tenso e acabei rindo com o postando e saindo correndo rs como autora super entendo e faço isso kkk


Resposta do autor:

ahahahah eu saí correndo mesmo, vai que né ahahaha

Responder

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Lea
Lea

Em: 02/08/2021

Eu sabia que isso ia acontecer!! Meus comentários anteriores comprovam isso!! Hahaha 

Gostei da conversa que a Laura teve com ambas!!


Resposta do autor:

ahahah dona Lea premonição ahahah

Responder

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