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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

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Palavras: 5602
Acessos: 2769   |  Postado em: 24/03/2021

Notas iniciais:

BOA LEITURA! ><

CAPÍTULO 14

ia roncava ao meu lado na cama, totalmente alheia a minha insônia. Já eu, desde que me deitei na cama, não preguei os olhos uma vez se quer. Ficamos somente três horas na festa, o que é um recorde para Lia, ela não sai de uma festa antes das quatro da manhã, e hoje, saímos antes da meia noite, literalmente, um recorde para ela. Quando chegamos em casa Lia pegou no sono assim que encostou na cama, eu continuei acordada, sentindo meu corpo formigar, pelo sex* com Hera.

 

Quando me lembro de tudo o que aconteceu, parece um sonho distante, e não sei dizer se estou feliz, ou assustada com a novidade. Durante minha reflexão pela a madrugada, cheguei a uma conclusão: tenho medo de mudanças. Mas não mudanças como mudar de casa, ou mudar de emprego, não. Mudanças do tipo, agora realmente tenho alguém em minha vida, que provavelmente é uma controladora compulsiva, e vai querer controlar cada suspiro que dou. Meus pensamentos sempre se voltam para Anna, e me lembro com frequência dela dentro daquela mansão, sem poder sair para lugar algum, até que seu companheiro ache mais seguro para ela sair. Não que ela tivesse muitos lugares para ir, mas o fato de ele impor aquilo a ela sem dar a opção de que Anna pode decidir, se quer ou não, já é o suficiente para me incomodar. As palavras de Hera, sobre eu ir viver com ela, cutucam minha mente com frequência, da mesma forma que uma criança cutuca os pais para chamar atenção. Ir viver com ela. Isso significava ficar trancada em casa, como a mãe dela?

 

Abracei meu próprio corpo sentindo um frio de repente.

 

"Se ela acha que ficarei trancada dentro do quarto como a mãe dela, está muito enganada..."

 

Eu estou pensando em tudo a mais ou menos cinco horas. Da ultima vez que olhei o celular, ele mostrou ser quatro e meia da manhã, agora, eu posso ver o dia amanhecendo lentamente pelos pequenos vãos da janela do meu quarto. Lia ronca alto, e eu não consigo dormir de tanta preocupação.

 

Lucas e Luís não entraram em contato comigo, para me dizer o que será de mim daqui para frente, Miranda também não deu sinal de vida, aparentemente, saiu da alcateia mais uma vez para resolver algum assunto, isso significa que não a verei tão cedo.

 

Me levanto da cama irritada por pensar demais, quero um momento de paz, quero fechar os olhos e descansar meu corpo pesado e cansado. Minha cabeça palpitava com uma dor de cabeça leve, senti meu corpo dolorido nas partes íntimas, mas tem mais que isso, o restante do meu corpo dói como se eu tivesse feito horas de musculação. Senti cada músculo do meu corpo dolorido, quando me levantei da cama lentamente, fazendo uma carreta de dor.

 

"Talvez esteja ficando doente de tanta preocupação."

 

Caminhei até a cômoda, num canto do quarto, e abri a primeira gaveta. Peguei uma cartela de comprimidos amarelos, destacando dois para tomar naquele momento, fui até a cozinha e os engoli de uma vez, com um copo cheio de água. Voltei para o quarto me deitando na cama novamente, esperando os comprimidos fazerem devido efeito. Consigo os comprimidos com Bruno, na verdade, ele deveria tomar os comprimidos, mas ele se recusa. Quando me contou que a psiquiatra havia prescrito para ele comprimidos para insônia, não pensei duas vezes em pedir, e ele não pensou duas vezes em me dar, já que ele se recusa a tomar qualquer tipo de medicação, para ele, é um insulto um lycan tomar alguma medicação, principalmente se essa medicação é um psicotrópico.

 

Aos poucos, uma moleza foi tomando conta do meu corpo. As dores de cabeça sessaram, e as dores no corpo foram sumindo. O desconforto que sentia a alguns minutos atrás, foi dando lugar ao sono e a moleza no corpo. Em minutos, me vi virando para o lado contrário de Lia, e me deixei afundar num sono confortável e irresistível.

 

                                                                                   ~*~

 

Não sei quanto tempo havia se passado desde que peguei no sono, mas sei que no mínimo algumas horas. Lia não estava mais ao meu lado na cama, o sol entrava pelas frestas da janela, e a julgar pela altura dos feixes de luz, soube que estávamos no início da tarde. Meu quarto é abafado devido ao calor de provavelmente trinta graus, que faz do lado de fora, outro motivo pelo qual soube que estávamos no início da tarde. Estiquei meus braços para alongar o corpo na cama, e fiz uma careta assim que terminei o movimento, aparentemente, a dor de cabeça não tinha dado trégua.

 

No chuveiro, enquanto repassava todo o acontecido do dia anterior, me dei conta de que sorria timidamente com as lembranças de Hera, e balanço a cabeça tentando afastar a expressão abobalhada do rosto. De volta ao quarto, me deparo com mensagens de Lia e de Luís, abro a mensagem de Lia primeiro, com medo de ver o que Luís havia mandado.

 

"Vou passar na sua casa as 19hs, se arruma. Meus pais vão fazer um jantar em casa para receber a Família Real, você está OBRIGADA a vir!"

 

Fecho os olhos sentindo uma onda de calafrios passar por meu corpo, uma fisgada na têmpora direita me faz fechar os olhos com força, os abrindo depois de alguns segundos quando a dor diminui. Por mais que quisesse recusar enfaticamente ir nesse jantar, sei que Lia não sairá daqui enquanto eu não estiver pronta para esse jantar, afinal já faz uns dias que ela anda comentando sobre ele, e pelo que percebo, ela parece animada, sem contar a mãe de Lia, que com certeza me questionaria depois, caso não comparecesse. Visto um shorts e uma regata decidida a fazer uma caminhada, e ignoro mais uma vez a sensação dolorosa nos músculos do meu corpo.

 

"Não sabia que sex* era capaz de deixar uma pessoa assim."

 

Amaldiçoei ao prender meus cachos em um rabo de cavalo, quando a dor correu dos meus  braços para o restante do meu corpo. Com a garrafa de água em mãos, e depois de tomar alguns analgésicos, apanhei o celular e o fone de ouvidos. Em frente a porta de saída de casa, escolhi uma música na lista de reprodução e me lembrei das mensagem de Luís, que ainda não tinha visto - por puro medo -, e muito menos respondido. Abro a conversa ansiosa.

 

"Teremos uma reunião amanhã, você está convocada a participar. Será as 10hs, no Centro Empresarial, vou te esperar na entrada." 

 

"Vai ficar tudo bem."

 

O impulso de perguntar quem estará na reunião, além de mim, foi forte, porém o contive. É melhor não saber, por mais que minha mente queira saber para o que devo me preparar, sei que não dormirei a noite se ficar imaginando como será o dia de amanhã. Por isso, desviei meus pensamentos para Hera. Pode-se dizer que suas palavras no dia anterior, soaram mais como uma ameaça do que um pedido de casamento, estou esperando ela aparecer na porta de casa a qualquer ocasião, no entanto, até o momento, Hera não apareceu. Não tenho nenhuma notícia sua, e nenhuma mensagem, mesmo que não tenha dado a ela meu número de celular, sei que ela pode descobrir facilmente onde moro, assim como ela também pode descobrir meu nome, meu endereço, onde e quando trabalho. Mesmo que Hera não saiba meu nome inteiro, Lia havia me chamado de Lore, e se Hera usasse a cabeça, e perguntasse a Luís sobre uma funcionária que estava na reunião das equipes, chamada Lore, Luís saberá imediatamente que se trata de mim, e sabendo que Hera é filha do Supremo, com certeza ele dará meus dados para Hera sem pensar duas vezes. Ela só precisa perguntar a Luís sobre uma funcionária chamada Lore - sou a única das equipes de Segurança e Contenção com esse apelido -, seria preciso somente cinco minutos para Luís lhe dar uma pasta com todos meus dados.

 

"Inferno... E por que ela ainda não deu sinal de vida? Desistiu?"

 

Quando noto o rumo que meus pensamentos estão tomando, decido limpar a mente e tentar fazer uma caminhada rápida, sem preocupações, com a mente em branco, mesmo que eu saiba que na realidade não conseguirei, estou disposta a tentar da mesma forma.

 

A música estourou pelos fones de ouvido quando sai pela porta da frente de casa, com a garrafa de água em uma das mãos e o celular em outra comecei uma caminhada lenta, conforme aumentei o passo, aumentei o volume da música, que me motivou a ir mais rápido a cada música que ia tocando da minha lista de reprodução. Conforme ia passando pelas casas na mesma rua que a minha, algumas pessoas que trabalhavam na segurança me cumprimentaram com a cabeça, mesmo sem saber quem eram cumprimentei de volta, e depois de meia hora de caminhada, noto que as pessoas me cumprimentavam com certa expectativa no olhar, e elas me olhavam de cima a baixo quando passava por elas. No começo não me incomodei, contudo, depois de mais de uma hora correndo, num ritmo não muito acelerado, percebo que alguma coisa está acontecendo.

 

Não sei dizer quantos quarteirões estou de distância da minha casa, mas sei que a casa de Bruno não é muito distante. Num impulso, decido visitá-lo, afinal já tem alguns dias que não nos falamos, quando chego em frente a modesta casa, um pouco maior que a minha, tiro os fones do ouvido e tomo uma boa quantidade de água, quase esvaziando a garrafa. Caminho até a porta de entrada e bato na porta, pelo horário, provavelmente ele estivesse dormindo do plantão noturno, ou não, independente, tentarei falar com ele, para saber se pelo menos está bem, afinal, o ataque recente ao muro foi perto de onde Bruno costuma ficar.

 

Depois de alguns minutos esperando na porta, Carla, a companheira de Bruno, é quem abre a porta. Ela vestia uma calça legging com uma camiseta branca justa, com um chinelo de dedos, seu cabelo loiro escuro estava preso num rabo de cavalo, sua pele bronzeada e seus olhos castanhos semicerraram-se ao me ver parada na porta, o clima estranho continuou mesmo quando Carla mostrou um sorrido discreto, que não atingiu seus olhos, me deixando com a impressão de ser um sorriso falso.

 

- Lorena, como vai? - Sorrio de volta sentindo que algo errado.

 

- Oi Carla, estou bem, e você? - Pergunto educadamente, enquanto ela me inspeciona com o olhar, como se procurasse por alguma coisa.

 

- Como posso ajudar?

 

- Eu só queria saber se Bruno está bem, não nos vimos esses dias...

 

- Ele está bem, está dormindo agora, chegou a quase uma hora do turno. - Concordo com a cabeça desconfortável. Carla está agindo de um jeito estranho, normalmente, ela me convida para entrar, e claramente ela não só, não vai me convidar, como está estampado em seu rosto que não me quer ali.

 

- Entendi... Então... Você pode dizer para ele que eu passei aqui? - Ela me olha com os olhos semicerrados, e quando eu estava prestes a dar meia volta, e sair andando, a voz de Carla me alcança.

 

- Ficamos sabendo do que aconteceu. - Me virei lentamente em sua direção, sem entender do que ela estava falando, permaneço calada.

 

"Então seja mais específica porque tem muitas coisas acontecendo ultimamente, então qual delas seria?"

 

Antes que eu pergunte a que ela se referia, Carla me interrompe.

 

- E verdade? Sobre seus poderes? Estão todos comentando. - Ela me inspeciona com o olhar novamente. A lembrança das pessoas me cumprimentando quando passava por elas retornou como um pequeno lembrete, e tudo fez sentido. Todos já sabiam? Era por isso que me olhavam como se eu tivesse duas cabeças além de uma?

 

Abro a boca com a intenção de responder, mas nada sai. Não soube o que dizer, Luís me instruiu a não comentar com ninguém, mas é óbvio que alguém abriu a boca. Qualquer tipo de novidade na alcateia se espalha rápido, até mesmo as coisas mais idiotas e menos relevantes, e não é necessário ter uma roda de amigos ou fazer parte do círculo social de lycans, para saber o que acontece, é impressionante como as fofocas chegam até mesmo para antissociais.

 

- Acho que sua cara de chocada já responde minha pergunta. - A expressão séria e desconfiada de Carla dão lugar a compreensão, o que sempre ouve entre nós. - Quer um concelho Lorena? - Ela olha para os lados como se preocupada que alguém fosse ouvir ou ver alguma coisa, olho para os lados desconfiada. - Se eu fosse você, ficaria em casa sem sair muito, tem muita gente falando muitas coisas de você, e nem sempre são boas, para sua segurança, acho melhor você ficar em casa por uns dias, e evitar sair desnecessariamente. Estou dizendo isso como sua amiga. Mesmo que não seja verdade sobre como você matou aquele rebelde, sabemos como as pessoas são.

 

Carla percebe minha expressão confusa, no entanto, continua.

 

- Vou avisar Bruno que você passou aqui, mas já logo aviso, ele vai acordar umas sete horas da noite, esses dias todos ele não teve folga, está exausto, provavelmente ele passe na sua casa, mas não te garanto nada.

 

- Tudo bem... Obrigada Carla. - Após me despedir, faço o caminho de volta para casa mais rápido. Olhando para os lados a todo momento, preocupada de encontrar alguém corajoso o bastante para fazer perguntas sobre o ocorrido. Contudo, para minha sorte, todos haviam se retirado para algum lugar, e não vi ninguém além de mim nas ruas. Um milagre.

 

Ao chegar em casa, decido assistir filmes até dar a hora de Lia chegar, e conforme a hora e o dia iam avançando, minha dor de cabeça ficou mais intensa, meu corpo piorou depois da caminhada, e cheguei ao ponto de mudar de posição na cama diversas vezes, para assistir o filme. Como na madrugada, fiz uma careta de dor a cada movimento, até mesmo o mais básico.

 

"Inacreditável que eu vou ficar doente..."

 

Com outra careta de dor, me virei na cama, pensando, se Lia acreditaria em mim, se dissesse estar mal demais para ir ao tal jantar.

 

"Não. Duvido que acredite, principalmente porque lycans não costumam ficar doentes do nada."

 

Massageando os músculos da perna lentamente, tentei prestar atenção no filme, esperançosa de que as dores secassem até o anoitecer.

 

                               ~*~

 

MIRANDA

 

- Estava numa floresta, e tinha uma tempestade terrível, eu corria e podia notar as árvores passando por mim numa velocidade além do comum, até mesmo para nós, lycans. Em algum momento cheguei a uma clareira, e no centro dessa clareira havia uma árvore. Ela era maior que qualquer outra por ali, e...

 

- Era gigante? A Árvore? - Miriam  pergunta a Lara, a interrompendo.

 

- Não, não era uma árvore gigante, ela só era maior que as outras, mas tinha um tamanho até aceitável, porém, o que a destacou das outras, foi seu tronco, era maior que o comum também.

 

- Certo, volte para o sonho. - Digo impaciente. A ansiedade de terminar logo a reunião, e voltar para os muros seguros da alcateia é imensa, e por mais que eu queira acreditar que minha ansiedade para voltar, é somente para me sentir segura, sei que não é a verdade. A ligação de horas atrás do Alfa Lucas me deixou num estado de ansiedade e preocupação alarmantes, a notícia da garota com poderes infelizmente tinha se espalhado, antes que eu conseguisse voltar. Infelizmente o Supremo Alfa e o Alfa conversaram com a garota sem mim, no dia seguinte, a não ser que eu consiga sair dessa reunião e chegar a alcateia em tempo recorde. Sei que se não sair daqui em alguns minutos, não chegarei antes do final do dia de amanhã, e por mais que eu queira que me esperem para isso, também sei que não posso pedi-lo. As noticias já estão correndo, e a vida da garota logo correria perigo se o Alfa não a escondesse das pessoas gananciosas e medrosas.

 

- A primeira coisa que notei quando cheguei na clareira foi essa árvore, eu me aproximei sem perceber, e quando vi, uma das minhas mãos estava em seu tronco admirando. Era uma árvore muito bonita, parecia-se com um Ipê, mas como disse, maior que o normal, estava florido e varias flores caiam ao redor devido o vento forte da tempestade, ainda não chovia, mas a força do vento a fez entortar. Depois disso, percebi um símbolo em seu tronco, bem no centro do tronco.

 

- Qual símbolo? - Pergunto. - Pode desenhar?

 

- Sim. - Lara pega um bloco de notas que descansava em seu colo, que até o momento eu não havia notado. - Era esse símbolo, alguém reconhece? Já viram em algum lugar? - Lara pergunta mostrando o bloco de notas para todas na sala, nenhuma de nós reconhece o símbolo.

 

- Certo, continue, o que aconteceu depois? - Pergunto novamente.

 

- A tempestade foi ficando mais forte, as árvores em volta começaram a se entortar e voar com o vento, eu segurei uma raiz que havia no chão, não sei dizer se era dessa mesma árvore mas essa raiz me manteve no lugar. Quando as árvores começaram a se desprender do chão e galhos quebrar e voar, essa árvore começou a se acender, como um abajur, não sei explicar, as flores e galhos dela começaram a brilhar na cor branca, o tronco foi o único que não brilhou. O símbolo no centro se acendeu e brilhou junto com as flores e galhos, a luz foi aumentando gradualmente, em um momento não consegui olhar de tão forte que a luz ficou. Senti o vento começar a diminuir, e antes que eu acordasse a tempestade tinha cessado, as nuvens escuras estavam indo embora e o sol começava a aparecer, foi quando acordei.

 

Como é de costume, todas ficamos em silêncio por uns minutos refletindo sobre a visão da profeta Lara, que concordou em nos encontrar num hotel humano qualquer, devido a urgência da reunião.

 

- Acredito que essa visão tenha relação com a guerra que está por vir. - Uma delas diz.

 

- Acho que a tempestade é a guerra, e essa árvore foi a solução, foi o que acabou com a destruição.

 

- Talvez essa árvore signifique uma pessoa. - Afrodite diz.

 

- Talvez uma pessoa com poderes?

 

- Podemos contatar todas as pessoas com poderes protegidas pelo Supremo Alfa.

 

- Não, não acredito que o nosso destino esteja na mão de uma pessoa.

 

- O tronco com o símbolo pode significar todas as alcateias juntas, os galhos e as flores podem significar as divisões que fizemos ultimamente, essa visão deve estar tentando nos mostrar que podemos ser fortes juntos, independente da nossa divisão, mas que somente juntos somos capazes de acabar com a guerra.

 

- É uma boa teoria, mas onde entra o símbolo, o que ele significa?

 

Enquanto a discussão acontecia, e diversas teorias eram levantadas, o pressentimento de que algo grande, está perto de acontecer cresceu urgente em mim mais uma vez. Há algo acontecendo debaixo dos nossos narizes. Há algo importante sobre isso, contudo, por mais que esforce minha mente para tentar solucionar o que pode ser, não consegui alcançar a solução.

 

                                                     ~*~

 

A noite chegou rápido enquanto assisti filmes aleatórios. Bruno não deu sinal de vida em nenhum momento, e apesar de estar ficando doente, com dor de cabeça e dores por todo o corpo, decidi que não ficaria em casa esperando ele aparecer, isso, se ele decidir dar o ar da graça. As dezoito horas comecei a me arrumar, com um vestido longo com decote V, não muito vulgar, no entanto, mais elegante que as roupas que costumo usar, os cabelos soltos, e uma sandália aberta de salto alto, me sentei na cozinha esperando Lia aparecer para me arrastar para aquela tortura de jantar.

 

Exatamente as sete horas da noite Lia buzinou, com uma pequena bolsa, com somente meu celular dentro, um batom e minhas chaves de casa, andei até seu Range Rover, Lia me recebe no carro com um sorriso.

 

- Credo Lorena! Que cara é essa? Nem parece que transou ontem, o que aconteceu? - Ela pergunta com sua voz gritante, e pressiono minhas têmporas com as mãos, suspirando para não vomitar devido a terrível fisgada de dor, que sua voz estridente causou em meu cérebro.

 

- Nada, só não estou muito bem, acho que estou gripada, ou algo assim. - Lia franze o cenho.

 

- Gripada? Lorena lycans não ficam gripados, você sabe disso. Quando foi que você ficou gripada na sua vida?

 

- Não tenho nenhum outro palpite. - Todos meus palpites e deduções para o que pode estar causando isso em mim, se esgotaram, já que na última hora, minha garganta começou a latejar junto com a cabeça, aparentemente, também ficarei com a garganta inflamada.

 

- Deve ser por causa dos seus poderes, ouvi dizer que quem não está acostumado a usa-los, fica doente quando passa dos limites. Seu corpo deve estar se recuperando do dia da invasão.

 

- Faz sentido. - Digo enquanto coloco o sinto de segurança. Na verdade, o que Lia diz é a única coisa que fez sentido, de todos minhas deduções. Lia da partida e em minutos estamos na frente de sua mansão. O jantar para comemorar a chegada da família real havia começado as sete da noite, sendo assim vários carros luxuosos estavam estacionados na rua, deixando o trânsito difícil. Foi possível ver os carros chegando e parando na frente da casa, onde um segurança abria a porta dos passageiros, que saiam e se dirigiam para dentro da grande casa pelo tapete vermelho. Assim que os passageiros saiam dos carros, um manobrista entrava e retirava os carros para sabe-se onde, liberando a entrada para o próximo carro, onde acontecia o mesmo ritual. Lia deu a volta no quarteirão, entrando por uma garagem escondida nos fundos, estacionando o carro numa garagem subterrânea.

 

Emergimos do elevador para um corredor, que nos levou para uma grande sala de estar, na qual eu ainda não havia visto.  O ambiente barulhento devido as vozes animadas dos convidados, e a orquestra musical que tocava em um canto distante, fez minha dor de cabeça voltar ainda mais intensa. As luzes do ambiente, decorando cada canto da sala de estar, fez minhas vistas embaçarem por um breve momento, me deixando tonta pela claridade. Segurando minha mão, Lia me conduz entre a multidão, parando para falar ora ou outra com algumas pessoas, que mesmo me notando ao seu lado, não se dão o trabalho de me cumprimentar, somente me olhando dos pés a cabeça, com um sorriso sínico em seus rostos.

 

Depois de diversas paradas, Lia e eu chegamos a um canto da sala onde estavam Thiago - seu irmão -, com mais dois homens e duas mulheres. Engoli o fato de odiar estar entre pessoas da aristocracia, e tentei não me sentir deslocada. É a primeira vez que participo de um evento dessa magnitude depois que ter saído de debaixo do teto dos meus pais. Saber que ninguém aqui me bajularia porque ninguém aqui sabe de quem sou filha é reconfortante, não terei que aturar conversas inúteis, e pessoas interesseiras e falsas. O cargo de filha dos anfitriões é de Lia e Thiago. Só posso desejar sorte a ela, mas talvez ela goste dessas coisas, Lia adora chamar atenção e ser o centro das atenções.

 

Três horas depois o salão estava ainda mais cheio do que achei possível, os garçons que passavam com taças de champanhe ou qualquer coisa alcóolica de 'gente fina', se exprimam entre as pessoas no salão tomando cuidado para não derrubar nada acidentalmente. A Sra. Nice, mãe de Lia, se posiciona num pequeno palco,  instalado em um canto distante, e tenta chamar atenção do público batendo com uma colher numa taça, incrivelmente, em minutos todos se calaram e se viraram para vê-la.

 

- Boa noite a todos! Desde já agradeço a presença de cada um de vocês, e peço que fiquem a vontade e aproveitem a festa. O jantar será servido a meia noite, no salão B, para onde serão direcionados quando chegar o momento. É com muito prazer e com muita alegria, que recebemos hoje em nossa humilde casa, o Supremo Alfa e sua família, no entanto, acredito que não só eu, como todos aqui da alcateia, nos sentimos honrados e privilegiados com a presença deles. Por favor recebam William, nosso Supremo Alfa e Anna nossa Suprema. - Depois de depositar a taça com a colher em uma mesa no canto, com as mãos livres, Lucia aplaude se virando para uma das portas duplas de entrada, imediatamente, todos presentes começam aplaudir, esperando a entrada triunfal da Família Real.

 

Os primeiros a entrar pela porta dupla em uma das pontas do salão, foram o Supremo Alfa e Anna, ambos estavam vestidos elegantemente, o Supremo com um terno smoking preto com gravata borboleta vermelha, e Anna usava um vestido vermelho vivo, como se pretendesse combinar com a gravata do Supremo. As pessoas aplaudiam com sorrisos tão grandes que me doeu o rosto só de olhar. Ambos entraram e passaram a cumprimentar as pessoas pela qual passavam, sorrindo e agradecendo, revirei os olhos ao ver os grupos de puxas-sacos se amontoando sobre os dois.

 

- Também vamos aplaudir seus filhos, que também nos agraciaram com suas presenças essa noite. Para as jovens solteiras, devo lembrá-las que os três herdeiros do Supremo estão solteiros! - Dona Nice diz animada, lançando um olhar sugestivo para Lia, que está ao meu lado tentando disfarçar o horror daquela sugestão explícita, posta publicamente.

 

- Não acredito que ela disse isso. - Lia diz com uma careta. Rio da situação, e a mesma me olha irritada. - Tá rindo do que Lorena, pelo que sei sua companheira tá pagando uma de solteira agora.

 

Podia ter ficado irritada com tal comentário, contudo, não consegui nada, além de ficar aliviada em saber que ninguém sabe sobre minha união com Hera. É questão de tempo até que todo mundo saiba. Imaginei como minha vida virará de cabeça para baixo quando a 'novidade' se espalhar, e me desesperei ao me imaginar tendo de voltar a participar desses eventos sociais da aristocracia, porém, mesmo aliviada por não ser o centro das atenções, não pude evitar o ciúmes que ferveu em meu peito, quando Hera entrou pela porta dupla e um grupo de mulheres a rodeou desesperadas por sua atenção.

 

Me virei de costas para a entrada decidida em não ver tal cena. A noite será longa, e não quero passá-la vendo minha companheira cheia de mulheres ao seu redor. Já basta minha 'gripe', me dando mal estar, que parece piorar a cada segundo.

 

Lia fala animadamente com o amigo de seu irmão, que está ao meu lado, e eu não consegui  prestar atenção em qualquer assunto que conversassem. Minha cabeça parecia querer explodir a qualquer momento, minha garganta latej*v* no mesmo ritmo da minha cabeça, que por sua vez, lateja no ritmo do meu coração, nesse momento, pude sentir cada parte do meu corpo, e não de uma forma boa.

 

De repente, uma sede fez com que eu parasse o primeiro garçom que vi, pegando uma taça cheia com algum líquido. Sem me importar com o conteúdo nela, engoli tudo na esperança de obter um pouco de alívio pelo menos com a sede. Assim que o líquido desceu, minha garganta queimou voltando a doer, fiz uma careta pondo uma mão na garganta.

 

- Tudo bem? - Thiago pergunta, provavelmente notando minha expressão sofrida.

 

- Só mal estar, se pudesse tinha ficado em casa. - Digo notando a rouquidão em minha voz.

 

- Quer que eu te leve para casa? - Ele pergunta preocupado.

 

- Não! Não! Ninguém vai para casa agora! Lorena você vai ficar comigo até o final da festa. - Lia diz soando despreocupada.

 

- Ela não parece bem Lia. - Cláudia, uma das garotas que estava em nossa pequena roda diz.

 

- Acho que seria bom ela ir para casa, parece que vai desmaiar a qualquer momento. - Rodrigo, amigo de Thiago diz. Lia me olha com uma expressão desconfiada.

 

- Você acha que aguenta até servirem o jantar? Vão servir daqui a pouco.

 

- Daqui uma hora você quer dizer. - Thiago diz entediado. Fecho os olhos com a mão na garganta tentando me manter em pé. Calafrios correm pelo meu corpo. Uma sensação de calor ia para frio de repente, fazendo meu corpo tremer sutilmente. - Mesmo que ela aguente até o jantar, ninguém garante que ela vá aguentar durante o jantar. Acho melhor levar ela para casa Lia, ela realmente não parece estar bem.

 

- Não posso! A mamãe me mata se eu sair agora daqui! - Lia diz olhando para os lados a procura de algo. - Você não tinha se oferecido?

 

- Tinha, mas já vi papai me chamar duas vezes e estou fingindo que não estou vendo, por tanto, vou estar encrencado se eu sumir da festa antes de ele me apresentar para o Supremo.

 

- Droga... - Digo quando sinto tudo rodar, sem querer seguro firme no braço de Thiago que nota minha instabilidade.

 

- Merda! Lia ela não está nada bem, o que você tem Lorena?

 

- Não faço ideia. - Digo retomando a compostura.

 

- Lorena? - Todos nós viramos ao ouvir uma voz atrás de mim. - Tudo bem?

 

Suspiro aliviada quando Elisângela me olha preocupada.

 

" Graças a Deus!"

 

- Não, ela não está nada bem, está passando mal. - Thiago diz antes que eu responda. Elisângela me olha de maneira suspeita, no entanto, seu olhar é substituído por preocupação, e isso fica visível para mim.

 

- Eu te levo para casa Lorena, aproveitamos e conversamos. - Elisangela termina a frase com um sorriso discreto nos lábios. Vejo Lia e Thiago se olharem desconfiados e olharem para mim.

 

- Agradeço. - Digo me soltando do braço de Thiago, Elisângela se aproxima pondo um braço por dentro do meu. - Amanhã nos falamos, obrigada gente. - Sorrio para Lia e para os outros antes de sair de braços dados com Elisângela.

 

Quando estávamos a uma certa distância ela cochicha em meu ouvido.

 

- A quanto tempo você está se sentindo assim? - Tento me lembrar dos primeiros sinais de mal estar.

 

- Desde hoje de manhã, acho. - Ela caminha comigo num ritmo moderado, enquanto cumprimenta de maneira evasiva, as pessoas que tentavam a parar durante todo o caminho para uma das portas de saída do grande salão. Ao passarmos pela porta que nos levaria a saída, nos deparamos com um corredor cheio quadros de pessoas desconhecidas, pendurados lado a lado. No lado direito do corredor, vimos que outro corredor se estendia a partir deste que estávamos, e que provavelmente não nos levaria a saída. A outra ponta do corredor, o lado esquerdo, tinha uma porta dupla que estava aberta, deixando visível para nós um jardim, e o céu noturno.

 

- Por aqui. - Elisângela segurou meu braço com firmeza, e a agradeci mentalmente por isso, pois senti que meu corpo perdia as forças a cada passo que dado. Tomamos a saída para o jardim, e contornados a mansão, saindo na mesma entrada frontal, no tapete vermelho.

 

- Preciso do meu carro agora. - Elisângela diz para o segurança, que confirma com a cabeça, e conversa com alguém por um fone comunicador.

 

- Já estão trazendo senhorita.

 

- Obrigada. - Elisângela me olha, pondo as costas da sua mão livre, em minha testa. - Você está quente, muito quente. O que está sentindo?

 

- Dor... - Minha resposta sai em um gemido rouco.

 

Após alguns segundos, um BMW X5 branco para na entrada e Elisângela me conduz para o banco do passageiro, me deitando no banco de trás. Ela dá a volta e se senta no volante. A partir daí, não sei quanto tempo se passou, em algum momento senti o carro parar bruscamente, fazendo meu corpo escorregar para frente. Logo em seguida um vento gelado, vindo da direção dos meus pés, adentrou o carro, quebrando o calor confortável de momentos atrás. Soube que Elisângela tinha aberto a porta traseira, e senti suas mãos me puxando do banco.

 

- Lorena? Você precisa levantar.

 

- Não consigo... - Digo exasperada. - O que está acontecendo comigo? Por que eu...

 

- É a mudança Lorena, você está mudando, agora.

 


Fim do capítulo

Notas finais:

O momento finalmente chegou!!! >< 

 

Oq será da Lorena agr eim? Agr ela será oficialmente uma híbrida >< 

 

Me perdoem os erros q encontrarem, esse cap foi mais difícil de revisar, mas se virem alguma coisa podem me dizer, q eu arrumo td >< 

 

Obg por lerem, votem e comentem, me incentiva MT a continuar ><

 

Boa semana p todos, e até a próxima ><


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Comentários para 15 - CAPÍTULO 14:
Lea
Lea

Em: 18/02/2022

A Hera não conseguiu sentir que a Lorena não está bem! 

Mesmo marcadas e possível que elas não amém uma a outra????


Resposta do autor:

Sim! É possível duas pessoas serem companheiras e não se amarem.

Responder

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Flavia Rocha
Flavia Rocha

Em: 26/03/2021

só a Lorena foi marcada. Agora a Hera tá lá rodeada de mulher. Teria algum problema se a Lorena marcasse a Hera antes dela se transformar em Hibrida?

Tô ansiosa pro próximo cap. Será que a Elisangela já providenciou umas bolsinhas de doação de sangue?

Bom fim de semana, autora


Resposta do autor:

Por enquanto só a Lorena foi marcada, mas futuramente ela tbm vai marcar Hera >< 

Boa semana >< 

Obs: desculpa a demora p responder >< 

Responder

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NayGomez
NayGomez

Em: 25/03/2021

Sabia que a Elisângela seria uma pessoa de confiança da Loren desde a primeira vez que ela apareceu na história, terá precisa saber onde Lorena Está se nao já Elvis, Lia o Bicha chata do Caralho velho egoísta demais, Loren quer ficar quieta é ela insiste, Loren passando mal e ela achando que é mentira, toma no cool,  autora por favor dá um sumiço na Lia Um pouco. ?


Resposta do autor:

KKKKK 

Infelizmente não vou dar um sumiço na Lia kkkkk 

Obs: Desculpa a demora p responder >< 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 24/03/2021

Eita lasqueira!


Resposta do autor:

><

Responder

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Irinha
Irinha

Em: 24/03/2021

Só tá faltando Hera, pra ajudar Lore nesse momento de transição.bjs


Resposta do autor:

Pois é, mas logo logo Hera aparece d novo >< 

Responder

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