Queridas, esse é o último capítulo que será postado aqui. Agora, só daqui uns meses na Amazon mesmo. Quem sabe eu não mude de ideia...
Capitulo 28 - Enebriada
Ao mirar o relógio de pulso, reparei que já passava das dez da noite e que meus planos de ter Carol agarrada em mim vendo qualquer filme francês lésbico, sensual e lento estavam indo para o fundo do poço. A princípio, a cabeça doeu pelo fato de Jenyffer não dizer do que se tratava e a raiva consumiu um pouco meus pensamentos. Como quem consegue decifrar meu olhar, Carol apoiou a cabeça em meu peito e, por ser um pouco mais baixa, encarou-me olhando para cima e sorrindo.
- Não importa o assunto, mas minha barriga está comentando que quer comer pizza - Falou, pegando minhas mãos e apoiando na altura de seu estômago, que roncou alto.
- Não importa a ocasião, você sempre está com fome - Comentei ao ver o carro entrando pelo portão principal com os faróis acesos. Gritei para que ela abaixasse aquela merd*, pois estava nos cegando. Diferente do que pensei, Jenyffer desceu pelo lado do carona, o que me levou a questionar quem dirigia o carro. Ao ver a porta do motorista abrir, reconheci o topete ridículo e alto. Felipe estava tenso, a ponto de ver, sob a camisa, que seus ombros estavam altos demais. Foi o que me preocupou, fazendo com que meu corpo, instintivamente, puxasse Carol para mais perto de mim.
- Que porr* é essa? Quem morreu para os dois chegarem aqui a essa hora com essas caras de quem fez merd*? - Eles me olharam, se encararam e deram as mãos, de dedinho entrelaçado e tudo. Abri a boca para falar alguma coisa, mas Carol sussurrou para que eu ouvisse primeiro e Jeny levantou a mão em sinal de paz.
- Estamos namorando - Neguei com a cabeça e senti uma das mãos de Carol apertando meu braço em negativa. Olhei para aquela imensidão da cor do pôr-do-sol e levantei uma sobrancelha questionando à Carolina.
- Você sabia disso? - Ela ignorou minha resposta conversando com eles sobre ter vontade de comer pizza. Ao receber uma positiva animada de ambos, chamou-os para dentro e virou de frente para mim.
- Mafê, eu te conheço há mais de vinte anos. Esses dois são seus melhores amigos. Eu notei algo rolando, Jeny até tentou comentar, mas eu não entraria no meio disso por nada - Levantou os pés para ficar na altura do meu ouvido e sussurrou - Pelo menos fica feliz. Pelo que lembro você sempre reclamou que eles só namoravam gente bosta.
Olhei para os dois e esbocei um sorriso, mas, ao entrar em casa, cruzei os braços e franzi o cenho - Há quanto tempo? Por que ninguém me contou nada? - Felipe veio em direção a mim e abraçou pela cintura, beijando minha bochecha pedindo desculpas, falando que queria esperar o movimento certo. Jenyffer o seguiu no movimento fez o mesmo - Jeny, o Felipe não vale nada.
- Ow, para com isso. Estamos nos conhecendo desde que você ficou no hospital e a gente precisou dar suporte um ao outro. Passamos muito tempo juntos e… bom… rolou. Então, decidimos te contar quando achamos que era sério o suficiente - Felipe falou me dando um tapa no braço tipo “brother” e Jeny concordou puxando Carol para a cozinha alegando que pediriam pizzas.
Virei o corpo para Felipe, apontando um dedo e, em seguida, fiz o mesmo com Jeny - Que porr*, gente! Se vocês se magoarem eu vou ter que bater nos dois. Agora vamos esperar a pizza chegar porque esse negócio hetero de vocês está me deixando confusa. Sempre achei que você - apontei para Felipe enquanto Jeny estava sentada no balcão da cozinha falando animada com Carol - assumiria que era gay. Seus namoros sempre foram desastrosos - Ele passou a mão nos cabelos e pude ouvir a gargalhada alta de Jenyffer que me fez sorrir e olhar para ele sisuda - Mas, se você está conseguindo fazer ela rir assim - apontei para as duas disfarçadamente e ele sorriu - está tudo bem, por mim.
Sentados no chão comendo pizza e tomando vinho, conversamos sobre as obras e como Felipe queria comprar uma sala a preço de custo, mesmo ganhando diversos nãos meus, ele era insistente e com certeza conseguiria aquilo, pois era quase uma brincadeira interna nossa.
Após tomar uma golada generosa do líquido vermelho, Jeny falou que precisávamos falar sobre o inadiável. Faltavam três dias para a audiência do divórcio e eu havia esquecido daquele carma que me cercava. Estava até me divertindo com o casal que eu não precisava ter nenhum tipo de receio de fazer piadas bem escrotas, o que tornava, cada vez mais agradável ver Jeny e Felipe de casalzinho, se cuidando de um jeito bobo, mas que Carol percebeu e mordeu minha bochecha, sussurrando se seríamos ridículas igual a eles. Respondi com a boca encostada na dela que com certeza seríamos.
A loira se levantou e pediu que conversássemos na mesa de jantar, pois queria que Carol participasse para me ajudar a não esquecer nada e compreender os detalhes. Felipe optara por assistir qualquer merd* na televisão alegando que estava com tanta raiva de Isabella, que ouvir seu nome estava mexendo com seus nervos. Ao sentarmos, Carol se pôs ao meu lado e minhas mãos já encontraram suas coxas sob as minhas. Acho que esse é um movimento automático e inconsciente de nós duas.
- Que lindo ele, lindo. Delicado. Fofo - falei rindo sobre o comentário de Felipe e o aumento do volume com justificativa que não queria ouvir o nome da escrota.
- Eu concordo com ele, mas você não vai sozinha encontrar essa vaca não - Carol falou e se ajeitou, ouvimos um “e tá errada? não tá” de Felipe.
- Retomando a proposta feita ao demônio, vulgo chama de ex-mulher - Falou Jeny esticando os papéis em minha direção - Esse é o contrato final, sem o apartamento de vocês duas não querem deixar para ela. Tem aí o bendito Veloster, cinco salas no prédio principal, dez salas pelo estado à escolha dela, a escritura do apartamento do Leblon, já que ela morava lá mesmo e coloquei R$100.000 de indenização por nascer filha da puta mas isso não está escrito aí, óbvio. E Incluí a pensão que você pediu além daquele depósito mensal de R$3.000. Acrescento que acho um absurdo mas… - Foi interrompida por Carol, que levantou a mão educadamente. Com a outra mão, ela acarinhava minha nuca com a ponta dos dedos em movimentos involuntários.
- Eu acho que ela tem que se contentar, sabe… Chega dessa mina infernizando. Parece até que a Maria Fernanda fez alguma coisa para ela, sei lá. Acho ela meio obscura, meio sinistra. Então, volta, Jeny….
- Eu só ia falar que você não precisa falar nada na audiência, é só uma mesa de conciliação. Carol vai estar atrás de você e eu, ao seu lado, falando por você. Pelo amor de Deus, tenta não xingar ninguém, nem mesmo o conciliador. Ele não tem nada a ver com ela ser babaca - Concordei com a cabeça e esperei que ela terminasse. Mas vi que olhou para Felipe com um raio que o fez levantar e dizer que precisavam ir - Depois falamos sobre o apartamento do Flamengo.
Ponto de vista - Isabella.
Micaela… seu nome em minha boca podia soar correto, mas meu coração tinha certeza de que era Laura voltando para mim de alguma maneira. Ela era doce, decidida, tinha aparência e porte físico semelhante à mulher que amei e sempre teria um lugar em meu coração, por quem tanto me redimia e culpava por tudo o que havia feito. Até mesmo as vezes que considerei meu relacionamento com Maria Fernanda uma traição.
Por vezes, Maria Fernanda não podia ir às reuniões administrativas por estar em atendimento ou resolvendo algum investimento. E, em um destes dias, avistei Micaela pela primeira vez, não sei precisar quanto tempo antes de eu e Fernanda nos separarmos. Ela vestia uma saia e uma blusa social com dois botões soltos, meus olhos foram diretamente atraídos, o coração parecia parar e eu precisava dela. Quando abriu a boca para expressar alguma opinião, tive certeza de que estava completamente encantada pela mulher. Até a doçura no tom de voz remetia à Laura.
Conversamos durante o brunch e percebi que a atração era recíproca mas, pelo local, não poderíamos fazer nada. Trocamos telefones e, durante longas semanas, conversamos por mensagens de texto. Emoticons e apelidos carinhosos. Conversei com ela sobre a história de Laura enquanto dirigia até em casa e Mica, como eu a chamava, parecia muito compreensiva. Estava me apaixonando por ela, algo que nunca tive com Maria Fernanda. Micaela brincava que só me dividiria com o amor por Laura e eu compreendia e me divertia durante nossas conversas.
A partir do momento que me vi apaixonada, mesmo sem ter tido qualquer tipo de envolvimento físico com Micaela, passei a considerar meu relacionamento com Maria Fernanda uma traição com Micaela e Laura. Mafê estava sempre metida em trabalhos sociais e administrativos, o sex* era meio mecânico, mas não deixava de ser bom. Ela chegou em um nível de conseguir fazer qualquer coisa ficar boa e eu me perguntava muito se um dia estaria assim se a Laura estivesse viva. Era obrigatório, não verbalmente falando, mas Maria Fernanda precisava trans*r, pelo menos, duas vezes na semana para aliviar a tensão do trabalho.
Muitas vezes, imaginava Laura ou Micaela no lugar de Fernanda enquanto transávamos e, por frustração e raiva de todo aquele sentimento de prazer, cheguei a bater nela em mais ocasiões que podia contar. Colocava seguranças atrás dela para que não me traísse ou encontrasse alguém por quem me abandonaria. Demorei três meses para criar coragem e embarcar para Porto Alegre e encontrar Micaela sem levantar suspeitas. Aleguei um congresso e usei o jatinho particular.
Era uma sexta-feira quando enviei flores e a convidei para jantar em Porto Alegre naquela noite. Assim que desci as escadas da aeronave, vi que marcava cinco horas da tarde no relógio e, ao levantar a cabeça, nossos olhos se encontraram e a distância física foi reduzida até que chegou a zero. Minhas mãos a envolveram e Micaela abraçou meu pescoço, tornando todas as conversas de texto reais e muito melhores que o esperado. Segurou meu rosto com as duas mãos e sussurrou não acreditar que eu estava ali, finalmente. Apertei meu corpo contra o dela e nos beijamos. O sentimento era paixão, saudade de algo que nunca acontecera, tesão e desejo, tudo junto.
- Você vai passar o final de semana todo comigo? - Falou Micaela com os olhos brilhando de esperança.
- Só volto segunda-feira - E nos beijamos de novo. Agora, mais apaixonadamente, com as mãos mais exploradoras, buscando a lateral de seu corpo e sorrindo entre o beijo. Meu Deus, há tantos anos não sentia isso - Você prefere ir para o meu hotel ou ficamos na sua casa? - Questionei enquanto via o piloto deixar a mala próxima de mim e desejar boa estada.
Andamos até a entrada do aeroporto abraçadas, onde paramos na locadora de veículos e optei por um SUV simples. Chequei o celular antes de entrar no veículo e vi que havia mensagens dos seguranças avisando que Mafê estava em atendimento e iria para casa em seguida. Tudo nos conformes. Enviei uma mensagem à ela avisando que tinha chegado bem e recebi como resposta emoticons e desejos de bom congresso.
Ao entrar no carro, Micaela me aguardava com um sorriso encantador. Justifiquei o tempo para entrar e ela questionou o porquê de eu não me separar, já que não a amava.
- Quando Laura morreu, eu sabia que parte da culpa era da Maria Fernanda porque ela a inscreveu para a transferência e organizou toda a viagem - Mica me interrompeu colocando a mão sobre a minha, consolando-me pois sabia que eu estava emocionada - Eu não tinha nada além da Laura. Minha família não me apoia, eu não sou muito de ter amigos e Laura sempre falava para eu aprender com Fernanda sobre negócios e investimentos, porque ela era visionária e podia me ensinar muito - Apertei o voltante com uma mão, os olhos cheios de lágrimas que foram beijadas de um jeito lindo.
- Eu nem imagino o quanto tenha sofrido, mas estou aqui com você - Assenti com a cabeça e sorri de canto para continuar.
- Contudo, a Fernanda só me deu apoio nos primeiros meses, depois, me vi sozinha novamente. Ninguém falava comigo além de uma colega de quarto, que disse que eu só conseguiria aprender a ter algo, se a namorasse. Então eu fiz isso e, hoje, não posso simplesmente abandoná-la pois ainda não tenho tudo o que preciso para ser independente. Eu quero tirar dela o que ela tirou de mim. A felicidade - Ao parar o carro no sinal, Micaela me puxou para um beijo compreensivo, sensível e eu questionei se ela iria querer ficar com alguém assim, que deseja o mal à outra pessoa.
- Você não é ruim, só foi muito machucada muitas vezes. Eu não entendo sua dor, mas conversamos tanto esses últimos meses, você demorou tanto para se mostrar essa pessoa doce e incrível, Isa - Entrelaçou nossos dedos - Estar com quem a gente não ama só endurece mais o coração. E casar com quem nos fez mal é pior ainda. Eu vou te ajudar no que for preciso. E vamos para o hotel, eu trouxe roupas para sairmos hoje.
Precisei pagar um bom suborno para que o nome de Micaela não constasse nas contas do hotel, mas, por fim, tudo deu certo. Ao chegar no quarto e fechar a porta, a imprensei contra a parede e sussurrei que a queria tanto que chegava doer. Levantei seus cabelos e passei a língua por seu pescoço, arrancando um suspiro longo. Senti suas mãos abrirem minha calça social com urgência, me empurrando contra o sofá da antessala só de camisa e calcinha.
Ela tirou o vestido devagar, tão lentamente que eu ansiava pelo próximo pedaço de pele que veria. Sua calcinha era verde musgo, de renda, mostrando que sua depilação era perfeita. A barriga, mesmo com pequenas saliências, mostrava o quão gostosa estava e os seios, ahhh, os seios, esses ela demorou ainda mais para mostrar por saber que era o que eu mais gostava, sempre mandava fotos cobrindo-os nas mensagens que trocávamos. Com uma mão apoiada no queixo, acredito que tenha babado, meu olhar desviou de seus seios e nossos olhos se encontraram cheios de luxúria. Ainda de saltos, andou lentamente até mim e colocou uma perna de cada lado do meu corpo e nos beijamos. Sentia suas mãos abrindo minha blusa social enquanto nossas línguas pareciam brigar por mais contato. Apertei seus seios com vontade, puxei os dois para fora e os ch*pei com intensidade, arrancando gemidos que, por seis meses, adiei escutar.
Massageei seu clit*ris por cima da calcinha que entregava sua umidade, sorri com a boca apoiada em seus seios e a penetrei com dois dedos após afastar o pequeno pedaço de pano. Micaela gem*u alto, cravou as unhas nas minhas costas provocando ápice se dor e prazer.
As estocadas foram ficando mais fortes, mais brutas e, ao sentir que Micaela Iria goz*r, interrompi a penetração mandando que ela deitasse no braço do sofá, deixando as nádegas completamente expostas. Agachei e usei a língua para provar do clit*ris inchado da mulher.
- Isa, eu quero goz*r - Ela falou, fazendo eu ficasse ainda mais excitada.
- Você vai, meu amor - Em seguida, dei lambidas longas por toda extensão de seu sex*, fazendo com que Micaela tivesse espasmos. A penetrei com dois dedos e ouvi um gemido que fez com que minhas próprias pernas tremessem, denunciando meu orgasmo involuntário. Mica gozou em seguida, agarrando todas as almofadas do sofá e relaxando completamente o corpo.
Praticamente a carreguei para a cama. Contudo, menos de cinco minutos depois, Micaela estava mais excitada que nunca, passou os dedos sem aviso pelo clit*ris meu clit*ris, que se contraiu involuntariamente.
- Achei que estava exausta - Comentei quando relaxei o corpo virei de lado para ela ter mais contato.
- Não, agora eu quero você. Quantas vezes sonhei com teu gosto. Preciso ter certeza que meus sonhos não chegam perto da realidade - Senti meu corpo ser todo virado contra a cama e Mica pesando contra mim, penetrando-me com cuidado enquanto buscava minha boca com desejo. Mordendo meus lábios entre minha busca incessante por mais oxigênio e prazer, senti sua boca descendo até que passou a língua por minha virilha e toda a extensão do clit*ris. Meu Deus, que boca é essa. Seus olhos me encaravam, e, em resposta, eu gemia a olhando e, instintivamente, arqueava o corpo quando ela estocava mais fundo e mais forte.
- Mais forte, vai - Pedi quase implorando e recebendo mais força e brutalidade na penetração, até que a puxei pelo pescoço e a beijei enquanto sentia toda a porr* que havia acumulada dentro de mim soltando em sua mão e meu corpo relaxando ao mesmo tempo. Não jantamos em restaurante naquele dia, optamos por ficar no quarto e eu a pedi em namoro no mesmo dia, sabendo que teria uma afirmativa como resposta. Prometi que viria mais vezes a Porto Alegre e começaria a pôr em prática o que Maria Fernanda me ensinara durante os anos sobre administração. A única coisa que Micaela me pediu foi que não trans*sse com Maria Fernanda. Isso era fácil. Eu era dela agora.
Por muitos meses, entre idas e vindas, já com minhas coisas na casa de Micaela, comprei muitos apartamentos pela capital, alguns apart-hotéis perto do aeroporto, lojas em shopping e, até, um camarote em cada um dos dois maiores estádios da cidade. Tudo isso pago com o dinheiro que desviava falando que estava comprando coisas fúteis e de consultório para mim. Montei um apartamento na área nobre de POA para nós duas, onde decidimos morar nos finais de semana. Um dia, após uma noite alucinante de sex*, Micaela pediu que me divorciasse de Mafê, que ficasse ali definitivamente.
Mas meu propósito era, realmente, foder com a vida da Fernanda ou, ao menos, fazer com que ela sentisse parte da dor que senti por tantos anos. Conversei com ela sobre isso e se dispôs a ajudar em como eu precisasse. Então, prometi que, assim que construíssemos uma clínica de luxo em Porto Alegre, eu me mudaria de vez.
No final de semana seguinte, enquanto estava em Porto Alegre, no meio de uma trepada sensacional, com direito a ter Micaela amarrada na cama, recebi ligação do motorista que vigiava Fernanda falando que ela havia ido visitar alguém no Alto da Boa Vista, lembrei logo do amorzinho de infância dela. Pedi tantas desculpas à Mica por deixá-la, mas precisaria resolver aquele problema e voltaria para ela o quanto antes. Micaela disse que entendia enquanto eu me vestia, ela se masturbava, pois dizia que não iria ficar sem goz*r comigo tão perto. Decidi que voltaria no mesmo dia, não importava as condições. Fernanda foi castigada dessa vez e, com certeza, não veria a menina dos sonhos tão cedo.
Chorei muito quando desci do jatinho e encontrei Micaela em casa, deitei em seu colo pedindo perdão por tê-la abandonado tanto tempo, que a queria para sempre. Dias depois, quando precisei retornar ao Rio, Mica precisou ir comigo, mas era doloroso demais fingir que a gente não se conhecia quando, o que eu mais queria era sentir seu corpo no meu, andar de mãos dadas e a encher de beijos em público.
Naquele dia, não encontrei Fernanda em casa, como eu a havia deixado. Aparentemente, ela estava com uma de suas melhores amigas, que também era sua advogada e eu estava sendo acusada de agressão e cárcere privado. Se fosse isso mesmo, como elas teriam se falado? Foi a acusação mais absurda que eu já ouvi.
Estava impedida de atender na clínica que fundei com Fernanda e de chegar perto dela. Mica falou que me ajudaria a conseguir dinheiro da empresa por outros meios, mas pedi que não se envolvesse nisso pois havia jeitos mais seguros de conseguirmos dinheiro, além dos atendimentos privados que eu fazia. Chamei alguns dos funcionários que haviam sido contratados por mim para um encontro em um hotel e fiz pedidos de pequenos desvios de verba explicando para cada um como não ser pego, prometendo que os ajudaria caso fossem pegos. Era tranquilo. Maria Fernanda me permitia ficar no apartamento do Leblon, ela odiava aquele lugar, dizia que enchia na chuva e sempre estava engarrafado. Micaela amou o lugar assim que entrou nele pela primeira vez, passamos a noite toda trans*ndo pelos cômodos e terminamos deitadas no tapete da sala, sem forças para levantar.
Quando recebi a notícia do divórcio, Mica estava fazendo o jantar em casa e eu surtei, andando de um lado para o outro e falando alto que perderíamos tudo, que eu não queria ficar pobre de novo. Foi quando ela me segurou pelos ombros e falou para tentar conversar com Fernanda e voltar com o relacionamento, ou tentar um acordo melhor. Falei que não conseguiria ficar sem ela.
- Mas eu não vou a lugar nenhum. Vou estar aqui segurando até você poder ficar comigo assim, dividindo a vida. Você sempre diz que teve uma segunda chance quando me conheceu. Me deixa cuidar de você agora. Procura ela, como se estivesse apaixonada e, enquanto isso, vou dar um jeito de desviar o valor que precisamos para nossa clínica. Vai dar tudo certo - Nos beijamos apaixonadas e fiquei deitada em seu peito, sussurrando o quanto ela era incrível por me apoiar sempre.
No dia seguinte, tentei falar com Fernanda direto no consultório, mas ela, aparentemente, não me atenderia. Quem veio como representante fora Jenyffer e Felipe mas, após um tempo, surgiu Fernanda com Carolina à tiracolo. Ninguém me deixou falar e o ódio que me subiu e metade de mim queria avançar nas duas. Mas Jenyffer acabou me escoltando até um dos consultórios para conversarmos. Falou que não prestaria queixa, mas que eu precisava aceitar o próximo acordo que Fernanda ofereceria. Pouco tempo depois, recebi pelo advogado, que todo mundo achava que era meu amante, um e-mail com a proposta de Fernanda com direito a depósitos mensais de R$3.000 na conta que eu fiz para a família de Laura. Ela deve ter pensado que era o quanto eu estava desviando para mim.
Um dia, eu e Micaela brigamos porque ela cismou que eu deveria simplesmente aceitar o acordo, que já estava cansada daquilo tudo e eu estava no ponto de, literalmente, matar Maria Fernanda por ocasionar aquela briga. Mica ficou furiosa quando falei que precisava de um pouco mais de dinheiro, para levantarmos uma clínica em Porto Alegre. Saiu de casa puta, avisando que dormiria em um hotel. Liguei mais de cinquenta vezes para Fernanda a procurando feito louca. Eu queria terminar tudo de uma vez, de um jeito ou de outro. Cogitei até jogar ela de um penhasco de algum carro exatamente como Laura morreu.
Até que sua namoradinha resolveu vir até minha casa e fez um escarcéu para subir. Abri a porta e tentei fechá-la rápido quando vi o quanto de ódio estava de mim. Afinal, o que eu tinha feito? Aquela filha da puta começou a questionar onde estava Maria Fernanda. E porque caralh*s eu saberia onde ela estava, afinal, ela não me atendia.
Foi então que descobri que a faveladinha do inferno sabia bater e conseguiu, desferindo socos e tapas no meu rosto, informações sobre alguns lugares onde encontraria a desestabilizada da mulher dela. Saiu como um raio e eu ia tentar interferir, mas foi quando decidi que depois resolveria a situação do término e me entenderia com aquela sapatãozinha. Minha testa queimava e comecei a ver sangue pingando por todo meu rosto. Lavei com bastante água e consegui encontrar alguns cortes, sendo que os que mais sangravam eram o do supercílio e o do queixo. Nada fazia parar de sangrar. Tentei lavar, pressionar e até, dar um ponto falso.
- Merda! - Exclamei enquanto segurava a toalha cheia de sangue na testa e outra no queixo, que começava a pingar. Peguei o telefone e disquei para Mica, que demorou para me atender, deixando cair na caixa postal algumas vezes. Sabia qual hotel ela estava, então resolvi ligar para lá. Foi quando consegui explicar o que estava acontecendo, pedi desculpa pela minha mesquinhez e contei que, desde que ela havia saído, eu estava tentando encontrar Fernanda para aceitar qualquer coisa do divórcio mas que, aparentemente, ela surtou por eu estar em contato e sua namorada havia me batido e eu precisava dela para ir ao médico antes de desmaiar ou minha pressão cair.
- Porr*, nem dá para brigar como um casal decente e você aparecer aqui para trans*rmos de reconsciliação - Micaela riu e comentou - Meu amor, estou indo para aí. Não deve ser nada de mais, mas fica na linha conversando comigo - Dez minutos depois, ouvi o barulho da chave e, ao me ver, os olhos arregalaram, marejaram e ela analisou os cortes me dando pequenos beijos nos lábios - Eu vou matar essas duas filhas da puta, olha isso… Vamos para o Hospital agora - Alguns minutos depois, estávamos na sala de emergência de mãos dadas e, após suturas no rosto, nossos corpos se encontraram em um abraço de desculpas - Eu vou resolver isso e vamos acabar com essa história o mais rápido possível. Por mais que eu queira ver aquelas duas se fodendo por te machucarem, eu quero mais viver feliz com você - Concordei com a cabeça e aceitei o abraço carinhoso.
Pouco tempo depois, descobri que Micaela havia sido pega pela auditoria da empresa desviando uma quantidade astronômica de dinheiro. Por sorte, ela havia feito de duas maneiras para que, caso a pegassem, achassem que era uma fonte só. Era sua vingança pessoal à Maria Fernanda e Carolina. Sem saber do nosso envolvimento, Maria Fernanda tratou o caso de maneira profissional com a finalidade de não abalar o conselho ou ter escândalos na mídia. Mica devolveu o dinheiro para as contas e foi embora do hotel antes do retorno do intervalo dado por Fernanda.
Ao chegar em casa, conversou comigo, pedindo desculpas por tudo aquilo. Segurei seu rosto com carinho e a beijei, falando que estava tudo bem, que tínhamos o suficiente para a clínica, mas não para uma vida de luxo e que isso viria com o tempo. Foi quando ela mostrou que havia feito dois desvios e a achei um gênio por isso. Voltamos para Porto Alegre, onde compramos o terreno e começamos a construção da clínica na maior velocidade que conseguíssemos.
Pouco tempo depois, recebi a proposta final do divórcio. Mostrei à Mica, que concordou que eu deveria aceitar e, se quisesse arquitetar um plano só para dar um susto em Fernanda e Carolina, poderíamos fazer depois que aquilo fosse resolvido, para que nada nos incriminasse. Pensamos em sequestrar uma das duas, fazer um pequeno terror psicológico e pedir um bom dinheiro para uma conta em bitocoins irrastreável, mas isso demoraria um pouco, pois precisávamos fingir que nada estava acontecendo depois do divórcio. Liguei para Fernanda naquele mesmo dia. Em seguida, meu advogado entrou em contato marcando a audiência de conciliação e, agora, pelo calendário, estava há dois dias de começar a terminar aquilo tudo com Fernanda.
Dois dias antes da audiência - Carol
O sol entrava em pequenos raios que aqueciam o quarto quando acordei com Maria Fernanda passando a mão em minhas pernas de maneira provocativa, apertando minha coxa e deslizando os dedos pelo contorno da minha calcinha, fazendo com que meu sex* contraísse de tesão. Quando percebeu meu despertar, mordeu meu pescoço, passou a mão em minha cintura para encostar minha bunda em sua virilha, fazendo com que eu desse pequenas rebol*das. Mafê segurou meu cabelo para deixar a área livre e sussurrou que havia acordado morrendo de saudade do meu gosto.
Eu ri e falei que era tudo dela, só pegar para si. Pronto. Parece que liguei a chavinha. Deslizou a mão pela minha virilha e alcançou meu sex* no ponto já conhecido só pelo tato ao me masturbar por cima mesmo da calcinha. Em movimentos circulares, minha bunda respondia automaticamente e pressionava contra seu corpo, arrancando gemidos mútuos. Não aguentei e virei de frente para ela, minha boca implorava pela sua, nossas línguas se encontraram, entrelaçaram e não se separavam. Como se aquele beijo fosse todo o oxigênio do planeta. Gem*ndo durante o beijo, com uma das mãos segurando seu queixo e a outra sua cintura, senti uma de suas mãos afastando minha calcinha e massageando meu clit*ris até que eu implorasse para que me comesse.
- Implora mais - Falou em um sussurro ao pé do ouvido, encaixando sua coxa entre a minha para dar suporte a mão e explorar mais do meu íntimo. Segurei seu rosto com a ponta dos dedos, cravando a ponta as unhas em sua bochecha. Eu explodiria se não goz*sse rápido e falei entre os dentes que ou ela me comia, ou ficaria dois dias sem me ch*par - Gostei da justificativa - soltou minha mão com certa brutalidade e virou para ficar por cima de mim.
Pensei que ela viria selvagem, mas ganhei um sex* carinhoso, ela me beijou suspirando, dizendo que me amava e penetrou-me com afeto, no ritmo lento que eu poderia manter por muitas horas e goz*r muitas vezes. Eu fazia carinho em seu rosto entre os gemidos e ela sorria com sua boca contra a minha. A primeira vez que g*zei, pedi com uma voz suave que ela deixasse eu provar do meu próprio gosto. Sabia que aquilo a deixava louca.
Lentamente, passei a língua em sua mão, mantendo nossos olhares grudados, vendo que ela se encaixava mais em mim, levantei um pouco a perna para que ela roçasse seu clit*ris em minha perna. Ch*pei cada um de seus dedos, deixando que ela visse minha língua esticar todo o líquido viscoso que ali continha.
- Porr*, Carolina. Até carinhosa você me deixa maluca - Falou enquanto aumentava o movimento contra minha coxa e gemia com o rosto enfiado em meu pescoço, gem*ndo enquanto lambia e ch*pava meu pescoço enquanto eu fazia o mesmo com seu ombro e colo. Até que ela derreteu, relaxando sobre mim e deitando ao meu lado. Afagou meu rosto, puxou para um toque de lábios longo e sorriu - Buen dia, amor meu - Disse em um sotaque catalão que só ela tinha e conseguia me fazer explodir de amor.
- Bom dia, meu anjo. Vamos descer e tomar café? Eu só preciso de um banho rapidinho - Falei e ela se enrolou no lençol, alegando que ficaria ali mais um pouquinho até que eu saísse do chuveiro. Meu sex* ainda estava melado quando entrei no chuveiro e me permiti mais um momento de prazer pensando em no que havíamos feito de maneira tão carinhosa. Não cheguei a gem*r, mas suspirei e senti as pernas tremularem com um gozo leve e gostoso.
Ao sair do banho, secando o cabelo, admirei suas costas descobertas, perfeitamente musculosas. Cheirei seu cabelo, pois havia voltado a cochilar e pedi que fosse tomar banho e me encontrasse no andar inferior. Levantando, com cheiro de sono, me abraçou e beijou minha bochecha, dizendo que estava sonhando por acordar todos os dias ao meu lado. Compartilhei que o sonho era mútuo então. Coloquei um short e uma blusa solta de Mafê, já estava me acostumando a usar suas roupas de dormir durante o dia. Jane estava na sala ao telefone e desligou assim que me viu descendo as escadas.
- Bom dia, Jane! - Falei, animada, me dirigindo à cozinha e sentando na bancada da cozinha pegando o celular para esperar Mafê para tomarmos café - Me conta alguma coisa boa.
- Noah mandou um vídeo para você cantando em inglês. Olha isso - Virou o celular para mim e o vídeo começava com o pequeno falando “Oi Dinda Carol, olha o que eu aprendi no curso que você me deu”, meus olhos marejaram e ele começou a cantar Justin Bieber de um jeito tão fofo que eu queria entrar no celular e apertar ele. Ao final do vídeo, Jane apagou o celular e segurou minha mão - Como uma pessoa que só viu meu filho uma ou duas vezes tem tanto amor por ele? Você e Mafê têm esse poder com crianças. Obrigada por se oferecer em pagar o curso dele. Eu poderia…
- Nem começa, Jane. Se ele é afilhado da Mafê, a gente precisa ajudar você na educação dele. E agora, parece que eu fui adotada - Falei rindo e ouvindo os passos de Mafê descendo as escadas. E perguntando o que estava acontecendo, dando um beijo em Jane e se encaixando entre minhas pernas para dar um selinho de bom dia.
- Noah cantando Justin Bieber - Respondi e Jane repetiu o vídeo, fazendo Fernanda se derreter em lágrimas.
- Dinda Carol? - Falou sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Concordei com a cabeça - Não sei se amo ou se fico com ciúmes. Jane interrompeu o momento e pediu que eu atualizasse o e-mail, havia algo importante. Enquanto isso, Fernanda estava na geladeira pegando saladas de frutas e duas xícaras para café.
Ao se aproximar, tudo ficou meio escuro e senti Jane me segurar e dar dois tapas leves no meu rosto - Carol, Carol… FERNANDA - Pisquei e vi Mafê soltando tudo e vindo me segurar sob a bancada antes que eu desmaiasse, sentia tudo ficando escuro. Senti seus braços em volta de mim e o sofá. Jane colocou sal na minha língua e Fê me olhar e perguntar o que eu tinha.
- Meu amor, o que houve? Você está branca, o que tem nesse e-mail? - Peguei o copo que Jane estendia a mim e sorri de leve.
- Amor, eu ganhei o prêmio de arquitetura e sustentabilidade - Entreguei o celular à ela, que deu um grito e começou a rir me abraçando. Jane começou a pular e demos um abraço triplo - Meu Deus, eu não acredito nisso, Mafê - Comecei a rir e chorar copiosamente e ela fez o mesmo, me apertando e enchendo de beijos.
- Quando é? - Perguntou com os olhos brilhando, sorrindo para mim.
- Em um mês, em Porto Alegre - Mostrei o e-mail para ela e Jane me abraçava de alegria.
- Você vai ser a mulher mais maravilhosa desse evento e eu vou ser a mais sortuda por estar ao seu lado - Ela estava ajoelhada na minha frente, com o sorriso mais lindo do mundo, me dando tantos beijos no rosto que eu tinha vontade de gargalhar - Já vou pedir que reservem o jatinho e o melhor hotel da cidade.
- Só você acha isso e só você tem que achar mesmo - Eu disse depois que Jane me obrigou a comer salada de frutas até recobrar minha cor natural - Preciso agradecer seu avô, ele que me incentivou a isso.
- Amanhã visitaremos ele e beberemos juntos para celebrar - Falou me dando um beijo intenso, que precisou ser interrompido por Jane com um pigarro, anunciando que estávamos além dos limites, nos fazendo gargalhar - Jane, você vai com a gente e vai levar o Noah - Ela riu e concordou que o pequeno iria conosco.
Fim do capítulo
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