- Mas o que foi isso Roberta?, está louca???.

- Eu?, você quem me beijou, não fiz nada Heleninha, sai fora...

- Eu não, bom...eu nunca senti a menor vontade de beijar uma mulher, já você...

- Eu o que?.

- Ah para né?, eu já te vi muitas vezes olhando para o meu corpo.

- Eu??, se olhei é porque você tem o corpo bonito, nada mais do que isso, enlouqueceu foi?.

- Roberta, você fez isso tudo de caso pensado, colocou esses sais de sedução e aproveitou o meu estado para me atacar.

- Que estado?, depois eu nem sabia que o Young Young tinha esse sentido...

- É Ylang Ylang...

- Viu eu nem sei o nome, como ia saber que era para sedução?, você está sendo injusta comigo.

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      Roberta se afastou um pouco e virou o rosto buscando uma forma de disfarçar e ao mesmo tempo enxugar as lágrimas que caiam uma após a outra em seu rosto, enquanto isso Helena andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer ou falar, então se aproximou, beijou o ombro da amiga, pedindo desculpas de uma forma quase inaudível, Robertinha sorriu tristemente e se afastou receosa.

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- Por favor Helena, não faz isso...

- Isso o que?.

- Não beija meu ombro, eu estou sensível...

- Roberta, vira...eu quero te olhar.

- Não...vai embora, por favor.

- Eu não vou embora...nem hoje nem nunca mais.

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      Roberta virou lentamente, quase em câmera lenta, e não resistiu em dizer o que  estava preso há tantos anos em sua garganta.

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- Heleninha...eu...sempre te amei...

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      Helena sorriu ao entender que o sentimento que há tantos anos tinha negado e abafado para si era correspondido, sem falar nada encostou Roberta na parede, contornando seu rosto com a pontas dos dedos, olhou bem dentro dos seus olhos e a puxou pela nuca para um beijo apaixonado, depois voltou a se afastar cheia de dúvidas na cabeça, Roberta ficou com medo de ser novamente rechaçada e tentou sair daquele contato, mas, foi impedida por Helena, e mesmo cheia de receios falou.

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- Helen, se quiser parar por aqui, tudo bem...eu vou entender, mas, se quiser...

- Não sei o que me deu, mas, não quero parar, também te amo Roberta, só não sei o que fazer.

- Eu sei...

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      Roberta levou Helena pelas mãos e entraram no quarto dos pais, deixando um rastro molhado por todo o caminho, gentilmente deitou o corpo nu que tantas vezes desejou, beijando com todo amor cada pedacinho que sempre sonhou tocar, os gemidos de Helena era um convite para continuar, seguiu beijando do pescoço até chegar ao sex* umedecido pelo desejo, e de uma forma meiga e até inocente deu uma lambida da mesma forma que fazia com um sorvete, sorrindo ao ouvir o tão esperado "não para", e ficou ali, provando, deglutindo o sabor e quando sentiu que o gozo de Helena vinha, intensificou a língua apertando a bundinha redondinha e deliciosa.

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- Robertinha, que foi isso?, vem aqui...que delícia.

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      Deitaram abraçadas e conversaram banalidades, nem parecia que tinham acabado de fazer amor.

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- E suas mães e Heloísa?.

- Devem estar assistindo Coraline...e depois não se sabe, acredita que um dia desses elas saíram e fui procurar um perfume em roll para ir para faculdade e encontrei um monte de produtos eróticos na gaveta, gel que esquenta e esfria, umas bolinhas que dizia na caixinha que explode, tinha até um coelhinho que não entendi exatamente para o que serve.

- Hahahahah a Dona Sophia com aquela carinha de santa?, gente, nunca diria...como será que estão agora??.

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      O filme estava finalizando quando Renée percebeu que Helô dormia abraçada ao travesseiro.

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- Helô, filha vai dormir no seu quartinho...

- Hãn?, o filme terminou mãe?.

- Faz tempo filha, vai deitar...

- Tá, boa noite Mãe Sophia, boa noite Mãe Renée.

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      Heloísa beijou carinhosamente as mães e subiu as escadas correndo em direção ao quarto, as mães escutaram sua voz e o som da risadinha logo depois, mas, acharam que estava apenas rezando, mas na verdade era a Cuca cantando sua famosa música querendo que ela dormisse profundamente de modo a não interromper o momento de Sophia e Renée.

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Nana, neném

Que a Cuca vem pegar

Papai foi na roça

Mamãe foi trabalhar

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- Dorme logo pestinha que preciso da energia do orgasmo das suas mães, coisa mais horrível ter que sair por ai caçando verdadeiros orgasmos, um monte de mulher casada só finge goz*r, eu devia ter sido sapatão quando viva, porque ô raça para goz*r gostoso, ninguém nunca me falou dessas delícias, quem sabe um dia arrumo uma mulher para chamar de minha?. É um caso a se pensar, mas, agora preciso trabalhar.

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      Inês riu e se transformou em uma pequena borboleta, seguindo em busca de Renée e Sophia que estavam ainda conversando na sala.

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- Soph, eu vi que Heloisa está bem adormecida...fica ai que fiz uma surpresa pra você no quarto de hóspedes, te chamo já...

- Ai não vejo a hora.

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      Renée apareceu na sala com um quimono japonês totalmente aberto deixando à mostra o corpo nu moreno e bem delineado, mesmo após tantos anos e de ter passado por uma gravidez gem*lar.

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- Ai amor, você está deliciosa...

- Quietinha amor, hoje eu estou no comando....

- Ai não vou aguentar essa minha mulher toda dominadora.

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      Sophia sorriu e Renée saiu puxando a mulher pela mão, queria algo diferente nessa noite, mas, riu porque não se sentia confortável nessa posição, então com muito carinho deitou Sophia na cama, tirou seu pijama de oncinha e passou a beijar a nuca, o ombro, o lóbulo de sua orelha, se sentindo feliz como nunca.

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- Renée...eu te amo.

- Meu amor, você me faz a mulher mais feliz do mundo.

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      Enquanto isso, Cuca revirou os olhos dizendo ao mesmo tempo "todas dizem isso", em seguida se aproximou olhando com muita atenção todos os gestos que Renée fazia, principalmente toda movimentação no sex* de Sophia. Em certo momento Renée parou o que estava fazendo para dizer.

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- Sophia, estamos sendo observadas...você sabe, eu sinto isso.

- Ai amor, não para, estava prestes a goz*r, veja, não tem ninguém conosco, você está por acaso vendo algum espírito?.

- Não!, é uma energia totalmente diferente, não sei precisar o que é, mas, é do bem...

- Se é do bem deve estar abençoando, vem...por favor.

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      A Cuca riu alto e disse "Obedece a sua namorada e continua. Detesto essas sensitivas na hora errada". Renée não ouviu o que Inês falou, mas, voltou a escalar o corpo de Sophia beijando seu pé, suas coxas, até chegar ao sex* que pulsava desejoso, não foi preciso muito e Sophia gozou forte. Só então, Inês se aproximou e com as duas mãos recolheu toda energia do orgasmo transformando em uma pequena bolinha de gude de coloração vermelha e rosa, jogando-a dentro de um enorme pote de biscoito de vidro. Enquanto isso Renée e Sophia adormeceram exaustas, quando acordaram prepararam um lanche, estavam famintas e sentaram na mesa para conversar.

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- Amor, Helena deu notícias?.

- Não se preocupe Renée, ela devem estar assistindo filmes, falando dos namorados, essas coisas...você sabe que ela e Robertinha adoram conversar.

- Sim, aliás, é uma pena que o casamento de Rafaella e Virna não tenha dado certo, não é verdade?.

- É amor, mas, nunca vi os olhos da Rafa brilhando por Virna infelizmente, espero que ambas fiquem bem.

- Também...

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      O som do funk invadia a boate, enquanto muitos gritavam "Princesinha, princesinha". Virna mordeu a bochecha para evitar o riso quando a música começou, principalmente quando Verônica fez uma homenagem a uma amiga cantando um funk que Virna nunca tinha escutado na vida.

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Deixa eu te lembrar que eu não sou obrigada a nada

Ninguém manda nessa raba

Uma bunda dessa não nasceu pra ser mandada

Ninguém manda nessa raba

Deixa eu te lembrar que eu não sou obrigada a nada

Ninguém manda nessa raba

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      Quando terminou o show Verônica voltou suada e sorridente para o camarim, procurou Virna e a encontrou deslocada no meio de alguns fãs que estavam ali por diferentes motivações, alguns queriam tirar foto, pegar autógrafos nos cds, em posters, e alguns queriam apenas um pouquinho da atenção da funkeira. Ela sorriu, pediu licença e voltou rapidamente, de banho tomado e vestindo uma bata preta bordada com estrelinhas prateadas, após todos serem atendidos chamou Virna no canto, pegou o violão e cantou.

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Quis evitar teus olhos

Mas eu não pude reagir

Fico à vontade então

Acho que é bobagem

A mania de fingir

Negando a intenção

Se quando um certo alguém

Cruzou o teu caminho

E te mudou a direção

Chego a ficar sem jeito

Mas não deixo de seguir

A tua aparição

Se quando um certo alguém

Desperta o sentimento

É melhor não resistir

E se entregar...

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- Não sei cantar apenas funk meu bem...

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      Virna levantou, encostou o violão na parede e puxou Verônica para um beijo.

- Vamos nos permitir...

Fim do capítulo