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  • CAPÍTULO 13 - PARTE I

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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

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Palavras: 5075
Acessos: 2747   |  Postado em: 16/03/2021

Notas iniciais:

BOA LEITURA!

CAPÍTULO 13 - PARTE I

Lia e eu acordamos ao mesmo tempo, na metade da tarde. As batidas na porta foram insistentes, e não tinha sono pesado que conseguisse ignorar as batidas fortes na porta.

 

Lia se levantou primeiro, caminhou descabelada até a porta e abriu uma fresta, me impedindo de ver quem estava do lado de fora, quem quer que fosse, sussurrou algo para Lia, que fechou a porta em seguida, se virando séria para mim.

 

- É o Luís, ele está lá embaixo esperando para falar com você.

 

Sem a menor coragem, me levanto da cama e decido tomar um banho antes de descer, para enrolar mais um pouco? Sim. Portanto, demorei o máximo que pude no banho. Lia me emprestou uma calça jeans que colou em mim como uma segunda pele, e uma regata larga de academia, completando o visual improvisado. Com uma sandália de dedo, e com os cabelos soltos, pingando nas pontas - mesmo depois de secá-los vigorosamente com a toalha -, desci as escadas que davam para a sala imperial da casa de Lia. A residência de Lia não pode ser chamada de "casa", e sim mansão, possuindo dez quartos e sete suítes, com área de lazer e tudo o mais que uma mansão tem direito, detalhes que não me esqueci quando Felipe, pai de Lia, detalhou todas as vantagens da propriedade, em um jantar em que fui convidada pela família de Lia, jamais sairão das minhas lembranças tão cedo, afinal, foram uma hora e meia de jantar, horas longas e torturantes. Ressalto que esse foi o primeiro e único jantar que participei da família Arezzo, todos os outros convites que me foram feitos, foram declinados com diversas desculpas esfarrapadas, mas que foram críveis para os pais de Lia, que desde então, me convidam para jantares ou almoços em qualquer oportunidade que encontram.

 

Ao sair do banheiro, noto que Lia não havia me esperado no quarto, o que não me surpreendeu, ela provavelmente sabia que se ficasse comigo no quarto, eu não desceria para falar com Luís nunca. O trajeto que fiz do quarto até a sala de estar, foi feito tão devagar quanto possível, e quando cheguei ao último degrau da escada, que conecta o segundo andar diretamente a sala de jantar, ao lado da sala de estar, paro atrás da única parede separando os cômodos, para ouvir as vozes masculinas vindo da sala. Infelizmente, na distância que estava, não pude entender o assunto, mesmo sabendo que muito provavelmente sou eu. 

 

Após respirar fundo algumas vezes, e secar as mãos suadas - pelo nervosismo - freneticamente nas calças, cruzo o umbral da porta, aparecendo no campo de visão deles, que param a conversa assim que me veem.

 

Além de Luís e Lucas, nosso Alfa, também estão na sala, o pai e o irmão de Lia. Seus olhares preocupados e confusos que me alcançam, me deixando mais irritada que o normal. Respiro fundo mais uma vez, para tentar controlar o nervosismo. Juntando minhas mãos na frente do corpo e as torcendo nervosamente, caminho até eles me sentando num sofá vazio de frente para eles. Felipe e Thiago, pai e irmão de Lia, se despedem de Luís, de Lucas, e de mim, saindo pela porta da frente, para nos dar privacidade, ou resolver qualquer outro assunto relacionado as empresas multinacionais que tem. 

 

- Está melhor? - Luís é o primeiro a falar. Sentado no sofá a minha frente, usando sua típica farda cinza da equipe de Segurança, com seu corte de cabelo militar provavelmente feito recentemente, sua expressão temerosa não passou despercebido por mim. Incapaz de abrir a boca para responder, confirmo com a cabeça.

 

- Não vamos tomar muito do seu tempo Lorena. - Lucas diz se sentando ao lado de Luís. - Vamos fazer algumas breves perguntas e vamos embora ok? Decidimos dar hoje o dia de folga para você e Lia, mas amanhã, você acha que consegue voltar a trabalhar? - Confirmo mais uma vez. - Perfeito. 

 

Lucas se ajeita no sofá, e Luís me encara pensativo.

 

- O que você sabe sobre aquele rebelde? O que estava morto. - Tomo folego e abro a boca para responder a pergunta de Lucas. 

 

"É isso. Não tenho mais escapatória."

 

- Nada senhor. 

 

- Ele disse alguma coisa antes de atacar você?

 

- Não senhor. - Lycans tem a habilidade de se comunicar pelos pensamentos quando estão transformados, porém, mesmo estando transformado, o rebelde não me disse nada, os dentes e a raiva dele naquele momento já disse coisas o suficiente.

 

- Por que você saiu da sala de câmeras Lorena? - Dessa vez, é Luís que pergunta.

 

- P-Por que... - Suspiro incomodada com os olhares intensos em mim. - Eu não sabia se estávamos sendo atacados por vampiros ou rebeldes, mas imaginei o pior, pensei que fossem vampiros pela velocidade que passaram pelas câmeras, imaginei que se conseguissem passar pela primeira porta, eu conseguiria segurá-los até alguém aparecer, antes que entrassem na sala de câmeras. E mesmo que fosse um rebelde, não imaginei que estivesse transformado, então apostei nisso e pedi para que Lia continuasse na sala passando informações, enquanto eu ficava no corredor para o caso de alguém conseguir passar. Além do mais, no início, não achei realmente que fossem conseguir passar pela primeira porta.

 

Ambos ficam em silêncio por alguns segundos depois que termino. Lucas e Luís mantinham um olhar indecifrável no rosto, não pude deduzir o que estavam pensando de mim, provavelmente que eu fosse idiota demais para "apostar" numa situação daquelas, no entanto, o que eu poderia fazer? Sentar e esperar a morte não é algo que farei algum dia na vida. Lucas estava ainda mais intimidador que de costume, vestido com seu terno preto, com certeza depois da nossa "rápida conversa" irá para alguma reunião. Seu olhar me inspeciona de cima a baixo hora ou outra, e eu não sei dizer se é um bom ou mau sinal, o que sei, é que não é agradável.

 

- Muito inteligente da sua parte, mas também foi uma aposta suicida. - Lucas diz. 

 

- Sim senhor. - Digo olhando para a mesa de centro, com um vaso de rosas que certamente foram colhidas recentemente.

 

- Continue Lorena. - Luís diz.

 

- Assim que percebi que era um rebelde, mandei Lia passar a informação pelo interfone. Acho que ele não estava transformado quando chegou ali, deve ter se transformado quando viu que não conseguiria passar pela porta sem usar a força bruta. 

 

- Continue. - Luís repete com as mãos no queixo, e com os cotovelos nos joelhos, Lucas se arruma no sofá na mesma posição, ambos atentos a tudo o que eu dizia.

 

Torci as mãos nervosa. Antes que me desse conta, cocei a marca de nascença em meu ombro, que pinica sempre que estou nervosa e ansiosa demais. Coço a marca de nascença vigorosamente, ciente de que, o que estou prestes a dizer é o que escondi de todos, pela vida toda.

 

- Como você matou o rebelde? Nós olhamos o corpo, não tem nenhum sinal de luta corporal, você, apesar do sangue na sua roupa, estava intacta. Além disso, a ferida no corpo do lycan não se parece com nada que já tenhamos visto alguma vez. - Lucas corta meu raciocínio fazendo a pergunta que realmente queria fazer. Instantaneamente, minha respiração se acelera. Com uma unha curta aperto a pele na palma da minha mão, ansiosa.

 

- Eu... - Engulo a saliva nervosa, e desvio o olhar, mantendo o foco nas lindas flores depositadas no vaso em cima da mesa de centro da sala. Não quis olhar para eles para saber o que deviam estar pensando.

 

- Lorena, pode ficar calma, não vai acontecer nada com você, só queremos saber o que foi aquilo no pescoço daquele rebelde, nunca ninguém viu aquilo antes.

 

Pensei na promessa que tinha feito para o "Ser Supremo". Não acreditava que existia um ser 'poderoso e supremo', até ontem, mais precisamente, essa madrugada. Hoje ele provou sua existência para mim, certamente está rindo de mim nesse momento. Ele com certeza sabe que se eu não fosse obrigada a contar - como agora - não contaria nunca. Ele sabe que se depender de mim, eu volto para minha rotina normal sempre postergando a revelação, provavelmente nunca chegando a contar a alguém. A não ser, que fosse descoberta e inquirida como agora. O ser universal é esperto como dizem, ele sabe que somente assim para eu contar.

 

Olho para Luís não muito aliviada com o que ele tinha acabado de dizer.

 

- Usei meus dons para fazer aquilo, mas não foi por querer, ele ia me atacar e eu só, eu só... Eu não sei como fiz aquilo, simplesmente aconteceu, quando abri os olhos ele estava caído no chão, eu não sei como... - Luís me interrompe levantando as duas mãos.

 

- Lorena, calma. Respira fundo, devagar. - Imito Luís, enquanto Lucas permanece em silêncio me encarando sério. Depois de alguns segundos imitando a respiração de Luís, Lucas finalmente se pronuncia. Por mais que em meu interior, eu queira acreditar que Luís me manterá segura e cuidará de mim, sei que a decisão final vem de Lucas. Ele é o Alfa, ele decide o que será feito comigo, e infelizmente, não ouvi muitas histórias sobre o que acontece com pessoas com dons. O máximo que se sabe pela sociedade lycan, é que são protegidos pelos Alfas e pelo Supremo, mas o que exatamente acontece com eles, ninguém sabe, além do fato de que essas pessoas somem de vista.

 

- Foi a primeira vez que você fez isso?

 

- Sim, quer dizer, não exatamente. - Ambos se encaram brevemente antes de voltar a me olhar, não queria ter percebido, mas percebi.

 

- Explique. - Lucas diz.

 

- Aconteceu outra vez, mas não foi assim, eu morava com meus pais, meu irmão mais novo ia ser atropelado, eu fiz um escudo ao redor dele, o ônibus bateu no escudo e não acertou ele. - Ambos não desviam seus olhares de mim. - Eu nunca machuquei ninguém dessa forma, não propositalmente, eu não sei...

 

- Lorena. - Lucas começa. - Deixamos você fazer parte dessa alcateia sem saber de onde você vinha, nunca te obrigamos a falar. - Seu tom repreensivo faz meu coração errar uma batida, e tive a impressão que alguma coisa ruim ia acontecer. - Até onde sabemos você pode ser o informante aqui dentro da alcateia. - Minha boca se abre em choque. Luís olha para o chão pensativo. - A não ser que você nos conte o por que de ter aparecido sozinha nos portões da nossa alcateia, e que nos conte de onde veio. Precisamos ter certeza de que você não é o informante infiltrado em nossa alcateia.

 

Antes que ele terminasse a frase, minhas lágrimas já corriam pelo rosto, e a tristeza começou a consumir meu coração. Magoa saber que eles imaginam isso de mim. Não quero ir embora, essa alcateia é tudo o que tenho. Depois de respirar fundo algumas vezes, decido contar sobre minha família. Assim que Lucas termina de falar, abro minha boca decidida a fazer o possível para acreditarem em mim. Essa alcateia é a única casa que tenho e a única que já tive, e se tiver que ir embora daqui, não será antes antes de tentar ficar.

 

- Vim para cá porque minha família me expulsou de casa na minha primeira transformação. Ameaçaram me matar se eu ficasse lá, também ameaçaram me matar se dissesse a qualquer pessoa para onde eu fosse, que eles são meus pais. - Vejo o choque se apoderar das feições de ambos, que foi rapidamente substituído por curiosidade. Com certeza não esperavam por uma história dessas. - Eles me disseram para nunca usar meus dons. Depois que usei meus dons para salvar meu irmão, eles me espancaram e me disseram para nunca mais fazer aquilo, e eu nunca mais fiz, mesmo vivendo aqui com vocês, nunca tentei depois disso. Até ontem eu acreditava que.... Talvez tivessem sumido, eu não sei... Eu...

 

- Entendemos. - Lucas diz mais compreensivo. - Precisamos saber quem são eles Lorena. - Meu desespero deve ter ficado visível, pois Lucas rapidamente acrescenta. - Ninguém vai saber além de nós. Fique tranquila, eles também não vão saber que está aqui, e mesmo que saibam, vamos protegê-la. Os seus dons a tornam diferente Lorena, e antes que os boatos se espalhem pela alcateia vamos protege-la para que ninguém a machuque, ou a use como arma, contra nós. 

 

Tento controlar minha respiração, que estava eufórica pelo medo.

 

- Quem são eles e porque te tratavam assim? - Luís pergunta visivelmente irritado.

 

- Eu não sei por que me tratavam assim, mas tenho certeza que não gostam de mim, e nunca gostaram. Nunca soube o por que e não quero mais saber. - Digo secando as lágrimas do rosto. - Eles fazem parte do Concelho do Supremo Alfa, são um dos primeiros fundadores. - Os Fundadores são uns dos poucos lycans imortais que existem a muito tempo, ninguém sabe dizer quantos anos os fundadores tem, mas todos sabem que estão ali desde sempre, por isso, são muito temidos e perigosos, a autoridade deles está abaixo somente do Supremo Alfa. 

 

Mais uma vez o choque nos olhares de Lucas e Luís são notáveis, por um curto momento, pensei ter visto medo, mas ignorei essa ideia. 

 

- Meu pai é o Fundador Mario Castelo Frances - Foco meu olhar nas minhas mãos quando vejo seus olhares espantados.

 

- Você é a filha deles que desapareceu... - Luís diz baixo.

 

- Inacreditável. Eles reviraram a alcateia em que vivem atrás de você, até fizeram buscas nas alcateia vizinhas. - Lucas diz.

 

- Por isso vim para essa, é a mais distante da deles possível. Sabia que eles iam encenar preocupação por mim e iriam me procurar pelos arredores, para mostrar isso para os outros. Tenho certeza que se tivessem me encontrado, teriam cumprido com o que prometeram. - Tomo folego tentando controlar minha respiração. Lucas não parecia acreditar no que eu dizia, e isso estava me desesperando. - Eles não iriam me procurar aqui, se não me encontrassem por lá iriam se dar por satisfeitos, todos já teriam acreditado na mentira deles.

 

- Mas por quê Lorena? - Luís me pergunta.

 

- Eu não sei! Eu não sei por que não me querem... Eu nunca fiz nada, nunca desobedeci eles, nunca fiz nada publicamente para envergonhar eles, eu não sei...

 

- Tudo bem. - Lucas me interrompe. Ele se levanta pensativo e para em frente a janela da sala de estar, olhando o exterior da casa. Luís aperta os olhos com uma das mãos pensativo. Fico em silêncio sem saber o que estavam pensando. Quando percebo que ambos estavam mergulhados demais em seus próprios pensamentos, arrisco dizer o que me incomodava.

 

- Por favor não me entreguem a eles! - Digo olhando desesperada de um para o outro. Luís me olha sem dizer nada, e Lucas se volta para mim da janela.

 

- Não vamos dizer nada, por enquanto. Sua família Lorena, é muito perigosa, se o que você estiver dizendo for mentira, e eles realmente quiserem você, e souberem que esteve esse tempo todo escondida aqui, nem mesmo eu poderei te defender. Meu poder é limitado a esta alcateia, fora daqui, não tenho nenhum poder. Não sou nada comparado a sua família Lorena, eles podem acabar comigo quando bem quiserem. - As lágrimas voltam a escorrer pelo meu rosto.

 

- Não por favor! - A essa altura eu chorava desesperada. - Eu não estou mentindo! Por favor... - Um soluço me interrompe.

 

É o meu fim. Se eles me encontrarem é o meu fim. Só me resta fugir para o mundo humano, é a única forma de sobreviver, mesmo que não sobreviva muito tempo, não morrerei sem tentar antes.

 

Sinto a almofada se afundar ao meu lado, braços me rodeiam e sinto o cheiro de Luís. 

 

- Sinto muito Lorena...

 

- Acredito em você Lorena. - Lucas diz. - Mas preciso ter certeza. Vou pedir para Miranda falar com você assim que possível, se ela confirmar o que me disse, terei que levar isso para o Supremo Alfa, ele conhece seu pai melhor do que qualquer um de nós, a partir dai eu não vou poder fazer mais nada. Até lá, você está suspensa de trabalhar na sala de câmeras. - Meu coração se acalma com a possibilidade de poder ficar. Se Miranda puder entrar em minha mente e ver tudo o que passei, ela vai confirmar que digo. 

 

Pelo menos não me mandarão para a morte de uma vez.

 

- Bom, agora já sabemos que você não é uma informante. - Lucas diz passando a mãos em seus cabelos lisos. - Como eu não liguei o fato de você aparecer no nosso portão, dias depois da filha do Fundador Castelo desaparecer? Você nem se deu o trabalho de mudar o primeiro nome. Como ninguém nunca percebeu?

 

- Da maneira que estava, ninguém nunca imaginaria que uma maltrapilha seria filha deles. - Digo baixo. Ambos ficam quietos, e depois de alguns minutos Lucas se despede saindo as pressas junto com Luís, que antes de sair me diz que tudo ficará bem, mesmo não soando tão confiante. Sorri em agradecimento.

 

Fiquei na sala mergulhada em meus pensamentos até me assustar com Thiago, irmão de Lia, que se joga no sofá, ao meu lado, quase me derrubando do mesmo. Lia entra na sala em seguida olhando os cantos a procura de alguém.

 

- E ai? Contou? - Ela pergunta e eu confirmo com a cabeça.

 

- Contou o que? - Thiago pergunta nos olhando desconfiado. Thiago é mais velho que Lia e muito bonito. As garotas correm aos montes para ter sua atenção, porém, o máximo que conseguem é uma noite de sex*, depois disso, Thiago tem o incrível dom de ficar inacessível para as mesmas. Thiago tem as mesmas características e traços que Lia, só diferenciando a masculinidade. Um de seus braços malhados circula meus ombros, e sinto sua boca em meu ouvido. - Me conta, eu não conto para ninguém, prometo. - O olho desconfiada, ele põem a mãos no próprio peito confirmando com a cabeça. - Pode confiar.

 

- Quem sabe na próxima... - Digo rindo da sua cara triste fingida.

 

- Larga minha amiga Thiago! - Lia para em minha frente, pegando minha mão e tentando me puxar para longe, no entanto, Thiago aperta o braço em meus ombros, me impossibilitando de sair do lugar.

 

- Ela também é minha amiga. - Lia abre a boca para responder, mas é interrompida por Dna. Nice.

 

- Vocês são tão fofos juntos. - Dna. Nice, mãe de Lia, entra no cômodo chamando toda nossa atenção com um vestido cinza elegante.

 

- Credo mãe! - Lia diz ultrajada.

 

- Eu sei que somos. - Thiago responde querendo irritar Lia, que por sinal o olha indignada.

 

- Estava falando da Lorena e do Thiago, vocês fazem um belo casal, Lorena você não quer...

 

- Não mãe! A Lorena não quer jantar aqui hoje! A propósito, ela já tem uma companheira. - Thiago se afasta na mesma hora de mim, e Dna. Nice me encara chocada. Finjo arrumar a barra da regada no lugar para disfarçar o constrangimento.

 

"Lia linguaruda!"

 

- Verdade? 

 

- Sério? - Dona Nice e Thiago perguntam ao mesmo tempo, confirmo com a cabeça e me levanto do sofá, tentando dizer a Lia com o olhar para sairmos dali, ela percebe meu sinal e me puxa em direção as escadas.

 

No quarto, Lia se joga na cama e me faz contar tudo o que conversei com o Alfa, omito a parte da minha família, contudo conto sobre os maus tratos que sofria, e digo não querer conversar mais sobre o assunto, que graças aos céus, ela não insiste.

 

- Já sei o que vamos fazer hoje! - Lia se senta de repente na cama, mais empolgada que o normal. Contenho um resmungo sofrido, Lia somente se empolga desta forma, quando se trata de festas. – Vamos numa festa! Dessa vez será o amigo de Caio quem vai dar. – Lia diz sorridente.

 

- Lia... – Começo triste. – Não estou com a menor vontade de ir para qualquer lugar, a única coisa que quero no momento é... – Me interrompo sem saber o que queria. Lia me olha despreocupada.

 

- Lorena, eu sei que você só quer ficar no seu quarto chorando e remoendo tudo o que está acontecendo, se matando de ansiedade para saber o que o Alfa vai decidir... – Ela balança a mão no ar despreocupada. – Eu só acho, que antes de você se afundar em pensamentos negativos e ansiedade, você poderia tentar se distrair, não precisa participar da festa se quiser, só me acompanha então, como você sempre faz...

 

Depois de Lia insistir ao ponto de me irritar, concordo sem nenhuma vontade. Minhas opções são: ir para casa ficar remoendo tudo, ou acompanhar Lia. Irei mesmo sabendo que não existe a menor chance de me divertir nessa festa, mas tentarei mudar o rumo dos meus pensamentos. Ver Lia pegando um ou outro desconhecido a cada quinze minutos, é suficiente para me fazer esquecer dos meus problemas.

 

Passamos o restante da tarde no quarto conversando, Dona Nice tentou nos tirar do quarto diversas vezes, no entanto, sem sucesso. Antes que me desse conta já eram oito horas da noite e Lia já se arrumava para a tal festa. Como não pretendíamos passar em minha casa hoje, Lia me emprestou um vestido curto e nada modesto para usar, de alças com decote nos seios e nas costas, vermelho vivo, não discuti quando ela me jogou o vestido toda empolgada, dizendo que ficarei sexy no vestido.

 

- Você vai ficar incrível nesse!

 

- Nunca usei um vestido tão... – Olho demoradamente a peça de roupa em minhas mãos, se é que dava para considerar aquele vestido uma peça de roupa. – Aberto...

 

Lia ri.

 

Depois de uma hora nos arrumando, saímos do quarto nas pontas dos pés para não chamar a atenção de Dona Nice, que está no quarto ao lado. Rimos como duas crianças quando saímos de dentro da grande mansão e entramos no carro. A casa de Victor não era longe da de Lia, em questão de minutos estávamos em frente a outra grande mansão, que estranhamente parecia estar vazia e tranquila. Algumas luzes dentro da casa estavam acessas e vários carros estavam estacionados na rua, dedurando o evento da noite.

 

Descemos do carro e nos dirigimos para a entrada da casa, a porta da frente não estava trancada, e ninguém foi visto nos arredores. Caminhamos pelo extenso corredor da casa em silêncio, aparentemente a casa estava vazia, mas tanto Lia quanto eu sabíamos como funcionam as festas dadas por Caio e seu grupo de amigos. No final do corredor avistamos uma porta com uma placa de cores neon escrita "Porta errada", Lia abre a porta revelando uma escada estreita e escura que levava para o que deveria ser o porão. Com a lanterna do celular de Lia em mãos, descemos as escadas, um som abafado de música eletrônica chega aos nossos ouvidos. No último degrau nos deparamos com um cômodo pequeno, um homem de terno e gravata sentava-se em um banquinho ao lado de uma porta que parecia ser de ferro ou aço, se levantou assim que nos aproximamos. Assim que o homem nos avista Lia o cumprimenta, ambos trocam algumas palavras, que eu não presto atenção por estar desanimada demais, e arrependida demais por estar ali com Lia. Em questão de segundos o homem libera nossa entrada, Lia e eu entramos num grande cômodo quente cheio de pessoas.

 

Mesmo com uma boa quantidade de gente preenchendo o lugar, é possível notar que o porão foi transformado em uma casa subterrânea, se não soubesse o caminho que tínhamos feito para chegar aqui, poderia jurar que era uma residência normal. Móveis como sofás, mesas, poltronas e outros, se distribuíam pelos cômodos grandes e mais espaçosos que minha própria casa de três cômodos. Lia apareceu de algum lugar com dois copos na mão me entregando um, mesmo sabendo que não beberia essa noite. Lia vira o copo sem a menor dificuldade, eu cheiro o conteúdo reconhecendo o cheiro de cerveja, sem Lia ver, deposito o copo em cima de uma mesa pela qual passamos. 

 

A música soou alta pelos alto-falantes, as pessoas pulavam e dançavam sem a menor preocupação, enquanto eu não conseguia parar de pensar em toda a confusão que minha vida tinha se tornado nos últimos dias. Procuro um canto para me encostar, de onde pudesse ver todo o ambiente e ter Lia debaixo da minha vista, e enquanto esquadrinhava o ambiente com os olhos, parando de pessoa em pessoa, reconhecendo alguns das reuniões das equipes de Segurança, meu olhar para sobre uma pessoa que definitivamente não esperava ver por ali.

 

Igor, o filho mais novo do Supremo Alfa estava no canto oposto ao que eu estava. Sentado em uma poltrona com garotas em todo seu redor, não pude evitar minha surpresa em vê-lo ali.

 

"Por essa eu não esperava..."

 

Compreendi quê: se minha vida está um inferno por causa da chegada deles, a deles provavelmente não está muito melhor, porém, diferente dele, eu não acredito que estar aqui vá me ajudar em alguma coisa. Meu olhar procura Lia, e a encontra flertando com um cara nunca visto por mim. Volto minha atenção para as outras pessoas da festa e olho meu pequeno relógio de pulso.

 

22:09

 

Suspiro cansada. Me dirigindo a uma mesa num dos cantos da sala, me sento para observar toda a movimentação. Mesmo de onde estou ainda é possível ver Lia, o que mudará em breve. Em pouco tempo Lia arrumará um cara aleatório para trans*r, e sumirá de vista, até aparecer para pegar mais bebida e dançar com os desconhecidos no centro da casa subterrânea, que claramente foi construída com o propósito de abrigar uma família no caso de uma invasão. Que na falta disso, é usada como casa noturna.

 

"Que noite..."

 

Deixo outro suspiro cansado sair pelos meus lábios.
                                                                                     ~*~

 

Algumas horas já haviam se passado, e Lia está mais do que bêbada. Estava prestes a me levantar e puxá-la para irmos embora, quando paro no lugar. Paula, estava vindo em minha direção.

 

"Merda..."

 

"De onde ela veio?"

 

Fiz o possível para não demonstrar minha insatisfação, e sorri quando ela chegou até mim.

 

- Você por aqui?! – Ela grita nos meus ouvidos devido a música alta. Sorrio sem graça.

 

- Só vim acompanhar a Lia! – Aponto para Lia, que agora dançava distraidamente em cima de um dos sofás da sala com uma garota desconhecida. Paula ri e invade meu espaço pessoal colocando uma das mãos em minha cintura.

 

- Quer ir para outro lugar?! – Sinto meu corpo tenso.

 

- Na verdade, estou de saída agora! Estava indo buscar Lia para irmos. – Digo no ouvido dela enquanto ela concorda com a cabeça abaixada, para me escutar. Paula está bem próxima de mim, pude sentir seu cheiro, e o calor irradiando de seu corpo.

 

- Soube o que aconteceu! Sinto muito! Como você está? – Ela pergunta com o cenho franzido, preocupada, aparentemente.

 

- Vou ficar bem! – Respondo me afastando. Olho para o sofá a procura de Lia, mas não a encontro. A procuro pelos cantos da sala a encontrando na cozinha, que é separada da sala onde a festa ocorre por uma ilha. Se Lia não estivesse em cima da ilha rebol*ndo descontroladamente, certamente não teria a encontrado tão facilmente. – Tenho que ir!

 

Me despeço de Paula e saio sem esperar uma resposta. Quando me aproximo de Lia, puxo a barra do seu vestido discretamente para chamar sua atenção, ela ao me ver grita erguendo o copo com bebida, me ignorando em seguida, e voltando a dançar. Puxo a barra do vestido novamente, tentando fazer com que ela desça da ilha da cozinha, mas ela gira depressa, quase caindo, mas ela recupera o equilíbrio no último momento, rindo.

 

- Lia! Desce daí! – Ela ri e gira novamente, fazendo uma pirueta em cima da ilha, quase perfeita. – Lia! Caralh*! Desce agora! – Nesse momento me senti mãe de Lia.

 

"Só a Lia para me fazer passar por isso."

 

Lia para abruptamente quando vê alguma coisa ou alguém atrás de mim, não olho para ver de quem se tratava, mas ela provavelmente conhece, já que começou a acenar para a tal pessoa.

 

– Lia! Cacete! – Seguro o pulso dela a puxando para baixo. – Lia! – Ela se abaixa e grita nos meus ouvidos.

 

- Amiga! Olha lá! – Ela aponta para trás de mim, mas não olho, aproveito que ela se abaixou e tento puxá-la para sair da ilha, porém Lia segura meu rosto com as duas mãos gritando novamente em meu ouvido. – Lorena! Olha quem está ali!

 

Relutante, olho para trás me deparando com o olhar furioso de Hera. Imediatamente meu corpo trava no lugar. Hera me olha de um jeito nada amigável. Vejo quando seu olhar corre por todo meu corpo, se demorando no decote do meu vestido.

 

Depois que o choque inicial passou, me viro decidida a tirar Lia dali, no entanto, me deparo como o vazio, Lia tinha sumido, de novo. Sem saber o que fazer, olho para os lados em busca dela, e antes que saísse do lugar em busca de Lia, uma mão firme segura meu braço, me virando bruscamente.

Fim do capítulo

Notas finais:

TÁ AÍ O CAP BÔNUS GENTE! >< 

DEMOROU, MAS CHEGOU! >< 

ESPERO Q TENHAM GOSTADO >< 

QRO AVISAR Q ESTOU DEMORANDO P RESPONDER OS COMENTARIOS PQ NÃO ESTOU CONSEGUINDO MAIS RESPONDER PELO CELULAR, SÓ PELO MEU NOTEBOOK :( 

ANTES EU CONSEGUIA RESPONDER PELO CEL, MAS AGR EU NÃO SEI O MOTIVO, NÃO ESTÁ DANDO MAIS ESSA OPÇÃO, ENTÃO NÃO SE PREOCUPEM SE EU DEMORAR P RESPONDER, Q ASSIM Q CHEGO EM CASA RESPONDO TD >< 

BJINHOS, ATÉ A PRÓXIMA >< 

 

OBS: ESSA SEMANA ESTOU ATOLADA DE TRABALHO, POR ISSO, NÃO ESTOU REVISANDO OS TEXTOS C TANTA CALMA COMO SEMPRE FAÇO, ENTÃO ME PERDOEM PELOS ERROS NA ESCRITA, ASSIM Q TIVER UMA "FOLGA", VOU ARRUMAR TUDINHO >< 

 


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Comentários para 13 - CAPÍTULO 13 - PARTE I:
Flavia Rocha
Flavia Rocha

Em: 18/03/2021

Vlw autora :D 

Então... a Lorena fez certo em não contar para os outros quem era a familia dela antes, porque provavelmente eles teriam entregado ela.  

Viciei na história. 

 


Resposta do autor:

Sim! A família dela é mt poderosa e perigosa. Qualquer um q descobrisse quem ela é, provavelmente ia até a família dela falar, na esperança de conseguir alguma coisa em troca da informação. Então a Lorena não foi nada burra em manter segredo por tanto tempo. 

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MyllaOV
MyllaOV

Em: 17/03/2021

Olha, uma das melhores histórias que já li aqui. É difícil algo me prender assim. Você escreve muito bem!!!

Já estou ansiosa para ler o próximo :)


Resposta do autor:

Mt obrigada! >< Fico mt feliz de saber q vc acha isso >< Já já o próximo cap saí ><

Responder

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bicaf
bicaf

Em: 16/03/2021

Aaahhhh. Maldade. Porque terminou assim. Vou explodir de curiosidade até o próximo capitulo.

Beijo 


Resposta do autor:

Já já ele saí ><

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/03/2021

Adorei o bônus, vixe Hera e Lorena cara a cara.


Resposta do autor:

Finalmente! kkkk >< 

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Irinha
Irinha

Em: 16/03/2021

Que felicidade que vc postou mais de um capítulo. Agora Lore não foge maiskkkk


Resposta do autor:

Agr ela não tem escapatória ><

Responder

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dayvieira
dayvieira

Em: 16/03/2021

Aaaah,senhoooor!!!

História tá mto boa,nuu!!


Resposta do autor:

Mts águas ainda vão rolar ><

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