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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

Ver comentários: 3

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Palavras: 3949
Acessos: 2654   |  Postado em: 15/03/2021

Notas iniciais:

BOA LEITURA!

CAPÍTULO 12

- O que aconteceu? 

 

Luís, me encara sério, esperando uma resposta. Lia está ao meu lado, tão assustada quanto eu, esperando uma resposta, assim como Luís. Não sei quanto tempo fiquei parada olhando o corpo do lycan no chão, que no momento, não estava mais lá, deixando somente uma grande poça de sangue. Em algum momento, Luís apareceu com um grupo de homens para lidar com o invasor, quando dei por mim o corpo não estava mais lá, um grupo de homens com fardas cinzas e pretas me encaravam curiosos e ansiosos para uma resposta, eu permanecia parada olhando a grande poça de sangue, não queria chorar, não queria demonstrar nenhuma fraqueza, mas não era o que estava acontecendo. Lágrimas gordas e quentes desciam pelo meu rosto sem minha permissão, senti minha mente se afundando no medo e na ansiedade mais uma vez. Por mais que em meu interior quisesse responder o que estavam me perguntando, minha boca não se abria para responder, ela não seguia o meu comando para dizer tudo o que tinha acontecido. 

 

- Caralh*... - Luís se irrita e passa uma mão entre os cabelos.

 

- E-Ela está em choque, acho melhor tentarmos falar com ela depois... - Lia diz me olhando preocupada. Um suspiro tremulo sai dos meus lábios. 

 

- Tudo bem. - Luís diz. - Lia, leva Lorena para casa, amanhã nós tentamos falar com ela, a sala de câmeras está intacta?

 

- Sim, Lorena não deixou ninguém entrar... - Lia diz baixo. Luís e os outros voltam seus olhares curiosos para mim novamente.

 

Em algum momento fui puxada escada a baixo, e quando saímos no térreo, o inferno parecia ter sido feito na recepção. Sangue manchava todas as paredes e o chão, diversas pegadas ensanguentadas se espalhavam pelo cômodo. Pessoas de uniformes andavam e conversavam sobre o quer que tinha acontecido ali, obviamente, os corpos dos funcionários da recepção já haviam sido retirados, como o do lycan da escada. Quando Lia e eu passamos por mais um grupo de seguranças, foi possível ouvir parte da conversa.

 

- (...) Invadiram a casa do Supremo Alfa, mas não conseguiram passar da entrada, por sorte estão todos bem... - Diziam um.

 

- Se logo na primeira semana os inimigos já estão assim, não quero nem imaginar os próximos dias... - Disse outro preocupado. 

 

Num piscar de olhos estou dentro do carro de Lia, e ela dirige para algum lugar, esperava que fosse a minha casa, a última coisa que quero é lidar com a família de Lia. Fiquei absorta demais revivendo cada segundo daquele momento, tentando entender o que podia ter acontecido. Minha ansiedade se contorcia dentro de mim, quando a cada minuto que se passa chego a mesma conclusão, eu fiz aquilo. Como explicarei aquilo para o Beta amanhã? Como... 

 

A lembrança de ter rezado para algum ser superior pedindo que me desse mais uma chance, que eu estaria disposta a aceitar tudo o que ele tivesse preparado para mim, voltou como um tapa na cara. Aparentemente, é minha vez de cumprir com a parte do combinado. Não tenho o que falar, ou o que explicar para o Beta no dia seguinte, qualquer explicação que der além da verdade, ele vai saber que estou mentindo. Luís é um Beta muito rígido, e qualquer um que o conheça pessoalmente sabe que não se deve contrariá-lo, e muito menos mentir para ele. Mesmo sendo tão duro com todos, Luís sempre me tratou como uma filha, mesmo não sabendo exatamente como um pai deve tratar sua filha, tive alguns vislumbres de como o pai de Lia a trata, e com exceção dos presentes, Luís sempre me tratou de maneira mais branda, comparado aos outros seguranças. No início, achei que ele sentia dó de mim, pela forma que cheguei a alcateia, depois de um tempo, notei que não era isso, depois de um tempo, o que achei que fosse dó, se mostrou obstinação em me tornar uma boa oficial. Percebi, que apesar dele me tratar diferente dos outros, ele realmente queria me ver preparada para me defender, as vezes, tenho a impressão de que ele sabe tudo o que passei, e por isso, exige tanto de mim, que aprenda a me defender. Depois de um tempo, passei a gostar dele, e do jeito que me trata, o jeito que ele fala de mim para as pessoas, no começo achei estranho, agora percebo que ele cuida de mim como um pai, provavelmente, cuida de uma filha. Mesmo não me conhecendo, quando cheguei a alcateia, antes de começar a trabalhar na segurança, Luís e sua companheira sempre que me podiam, me convidavam para participar dos treinamentos, inclusive, ele me perguntava com frequência se eu não queria entrar na Segurança ou na Contenção, recusei até perceber que teria que ter um emprego, se não quisesse morar de favor na casa de alguém. Quando entrei para Segurança ele insistiu que fizesse treinamentos com ele, sempre recusava porque não via necessidade, depois do primeiro ataque percebi que sim, há necessidade de se fazer um treinamento. Um dia, enquanto ele me ensinava tiro, pois o treinamento corpo a corpo eu fazia com Marcos - irmão de consideração de Luís - perguntei porque ele insistia tanto que eu fizesse treinamentos, com certeza não esperava a resposta que ele tinha me dado.

 

- Assim como você, eu também não tinha família, e na sua idade, antes que eu entrasse para Segurança, também achava que não precisava. Até que um dia fui atacado e quase morri. Assim como você, também achei que não precisava, mas se tem uma coisa que posso te garantir, olha que não posso garantir muitas coisas, você vai precisar, porque assim como eu - quando tinha a sua idade - também não tive ninguém para me defender. Morava sozinho e trabalhava fazendo concertos de eletrodomésticos na casa de humanos, na época não tínhamos os condomínios onde todos morassem juntos, vivíamos no mundo humano, um grupo de vampiros me seguiu e eu não percebi. Não preciso dizer o que aconteceu, mas quando foram embora consegui discar o número do Alfa da alcateia, quem me socorreu foi o filho dele, Lucas, o nosso atual alfa, desde então viramos amigos, entrei para a equipe de Segurança que trabalha protegendo os Alfas, e comecei a treinar quem quisesse entrar.

 

Não esperava aquela confissão tão íntima dele, mas saber que ao me ver ele se lembrava dele, com a minha idade me deixou contente, tive esperanças, talvez eu esteja sozinha agora, mas assim como ele, eu também posso ter uma família futuramente. Infelizmente a companheira dele não é capaz de ter filhos, um dos motivos que me fazia acreditar que ele me via como uma filha postiça, de certa forma.

 

Voltei ao presente quando Lia estaciona o carro bruscamente, estávamos na casa dela, uma grande mansão assim como a casa da Suprema.

 

- Lia... 

 

- Não começa! Você vai ficar aqui com a gente hoje, nem adianta reclamar, não vou deixar você sozinha! - Meus olhos se enchem de lágrimas, por mais que eu não goste de admitir, o que Lia disse tocou meu coração profundamente. Todas as coisas que aconteciam na minha vida, tanto ruins quanto boas, eu sempre estou sozinha para digerir tudo no final das contas, ouvi-la dizer que não me deixaria sozinha significou mais para mim, do que qualquer notícia boa que eu pudesse receber no momento.

 

Saímos do carro caladas, eu com a cabeça baixa sem a menor vontade de socializar com os pais dela, com certeza perguntariam o que tinha acontecido, e eu não estava com a menor vontade de explicar.

 

Adentramos a casa em silêncio, Lia olhava para os lados como se estivesse invadindo a casa de um desconhecido, aparentemente, ela também não queria ter que dar explicações, porém, a casa estava quita e silenciosa. É metade da madrugada, a família dela deve estar dormindo, e não ficaram sabendo da invasão a pouco na alcateia. Subimos os degraus que levavam ao segundo andar em silencio, quando fechamos a porta do quarto de Lia ambas suspiramos de alívio.

 

- Estou surpresa por não terem ficado sabendo da invasão. - Ela diz tirando o colete, me viro de costas, e começo a tirar o meu. 

 

- Foi muito rápido. - Digo jogando o colete em cima de uma poltrona chique que ela tinha no quarto. Ando até o banheiro sem olhá-la, não queria arriscar vê-la sem roupas, mesmo sendo amigas, não me sinto confortável nessas situações, e morro de medo de algum dia ela entender errado, se eu simplesmente a ver trocar de roupas em minha frente, já que ela agora sabe que gosto de mulheres. Mesmo antes que ela desconfiasse sobre mim, sempre evitei a situação.

 

- Não vá pensando que eu não vou perguntar o que aconteceu viu. Você vai me contar tudo o que aconteceu Lorena! - Ouço ela dizer petulante em minhas costas. - Somo amigas, sempre fomos, você pode confiar em mim. 

 

Suspiro incomodada. Me fecho dentro do banheiro com as lágrimas correndo novamente pelo meu rosto. 

 

"Pelo amor, quando foi que virei uma chorona?"

 

Terei que contar ao Beta, e consequentemente o Alfa, que com certeza, contará ao Supremo. Contar tudo para Lia não é tão assustador, quando me imagino em frente ao Alfa e o Beta contando todo o ocorrido.

 

Ao tirar a farda noto minhas mãos, ainda trêmulas. O sangue do rebelde tinha espirrado em todo meu peito, deixando respingos de sangue em toda parte. Dobro a farda de modo que não é possível visualizar todo o sangue, e a ponho em cima da tampa do vaso. O banho foi um momento de reflexão, pensei em todo o ocorrido, repassei mil vezes em minha cabeça a sequencia dos fatos. Após o choque inicial passar, só me restou a ansiedade pela conversa que terei que ter com Luís no dia seguinte, ou seja, mais tarde de hoje. Começarei a "treinar" o que direi com Lia.

 

Quando saio do banheiro enrolada em uma toalha, que havia encontrado no pequeno armário no banheiro de Lia, me deparo com uma Lia de calcinha e sutiã deitada na cama, com as pernas na parede, desvio o olhar na mesma hora constrangida.

 

- Você tem alguma roupa para me emprestar? - Pergunto incomodada. Sei que Lia saiu da cama quando ouço o farfalhar do edredom. Pela visão lateral, vejo Lia entrar em seu grande closet, saindo segundos depois com um vestido vermelho de seda e renda. Lia segura o vestido em minha frente, me estendendo ele, mas permaneço olhando o vestido que ela segurava um pouco incrédula. - Você não tem algo mais...

 

- Não precisa fazer essa cara de assustada Lorena! É só um vestido de dormir... - Ela joga o vestido em mim entrando no banheiro, fechando a porta em seguida. Sem muitas alternativas visto o vestido, que não pude deixar de notar, é curto, e em maior parte feito de renda vermelha. Entrar no closet de Lia e mexer nas roupas, e nas suas coisas, para encontrar algo que me deixasse menos desconfortável não era uma opção, então me deito na cama king Size de Lia, ansiosa para o momento em que ela sairá do banheiro com as perguntas na ponta da língua.

 

Minutos depois, ouço o chuveiro desligar, minha apreensão cresce. Lia sai do banheiro com um vestido igual ao meu, porém, de cor azul. Ela se deita ao meu lado na cama totalmente a vontade, nem um pouco constrangida com o tamanho da roupa. Se estivesse em minha casa, não me importaria de usar algo do tipo, já que em casa, para dormir, quase não uso roupas, mas estando na casa de Lia, com ela do meu lado, minha 'ousadia' não vai tão longe.

 

- Pode parar de fingir de que está dormindo. - Lia diz. Não terei escapatória, ela não irá esperar até o dia seguinte. Talvez seja melhor assim, se eu esperar até o dia seguinte para contar alguma coisa, provavelmente inventaria alguma mentira durante o restante da noite, e quando chegasse a hora de contar a verdade, contaria as tramas que inventei pela noite, ao invés de dormir. Suspirando, me viro de frente para Lia na cama, ela se deita de frente para mim, e permanecemos uma de frente para outra, sem dizer nada por alguns minutos.

 

- Eu... - Mantive meu olhar fixo na colcha de cama de Lia, enquanto senti seu olhar em mim. - Eu... - Tento começar mais uma vez, no entanto, as palavras pareciam emperradas na garganta, dizer em voz alta seria difícil.

 

- Não pensa muito e diz de uma vez. - Lia diz tentando ajudar, um pequeno sorriso desponta no canto da minha boca.

 

- Tenho dons. - Digo de uma vez, como ela tinha instruído. Sem resistir a minha curiosidade, a encaro na mesma hora, para saber sua reação, e o que diria. Contudo, a única coisa que vejo em sua expressão é confusão.

 

- Você falou rápido demais, não entendi. - Teria soltado um gemido de angústia, se não fosse o medo de romper o silencio que se instalou depois. Tomo folego novamente para dizer pela segunda vez.

 

- Eu tenho dons. - A boca de Lia se abre em choque, seus olhos se estalam. Ela me encara sem dizer nada. - O rebelde tentou me atacar, levantei as mãos para me proteger, não queria matá-lo, não fiz por querer. Eu fechei os olhos, e quando abri de novo ele estava caído no chão, eu não...

 

Lia me interrompe pondo uma mão em meu ombro, olhando diretamente em meus olhos.

 

- Tudo bem Lore. - Meu nariz pinica e sem querer as lágrimas voltam a descer pelo meu rosto. Essa coisa de chorar está começando a me irritar, infelizmente, é algo que eu não consigo evitar. Tento secar o rosto com as mãos, mas sinto Lia me abraçar. Como se chorar não bastasse, meu corpo entende o abraço como passe livre, e começo a soluçar, meu nariz começa a escorrer e as lágrimas caem em enxurradas. - Não precisa se preocupar com o rebelde, não estou preocupada com ele, estou com você.

 

Depois de vários minutos chorando e sentindo Lia acariciar meus cabelos, sinto a tristeza dar lugar a ansiedade novamente. Concluo que os últimos dias estão sendo estressantes demais, é demais para minha cabeça. Não quero ter de lidar com uma companheira, com o fato de ser uma possível híbrida - detalhe: a possível única híbrida do mundo -, que terei que beber sangue, que a partir de agora, além disse, terei que contar para meus superiores que tenho dons, dons que se dependesse de mim ficariam bem escondidos onde sempre estiveram. 

 

"Mas, dons que salvaram sua vida..."

 

Me lembro do ocorrido pela milésima vez.

 

- Foi a primeira vez que você fez algo assim? - A voz de Lia soa tão baixa, que por pouco não a escuto, de tão mergulhada em meus pensamentos.

 

- Segunda. - Ela suspira.

 

- Por que nunca contou para mim? 

 

- E-eu não sei. Tenho... medo... não sei... - O choro ameaça voltar, como se Lia soubesse disso, ela me aperta mais em seu abraço.

 

- Tudo bem, tudo bem... - O carinho em minha cabeça se intensifica.

 

- Sabe... Apesar de sermos amigas, tem muita coisa sobre você que eu não sei... - Me encolho. - Que tal a partir de agora você me contar tudo?

 

Confirmo com a cabeça a contra gosto.

 

- Antes que eu me esqueça, obrigada. - Ela aperta os braços ao meu redor mais uma vez. Mesmo sabendo que ela não via meu rosto, franzo o cenho sem entender.

 

- Pelo quê? - Pergunto.

 

- Por salvar minha vida, óbvio. Se você não tivesse segurado o rebelde ali, com certeza ele teria derrubado a segunda porta, assim como fez com a primeira, e nós duas estaríamos mortas, provavelmente. 

 

- Não precisa agradecer. - Digo com sinceridade.

 

- Precisa sim, e se prepare para quando meus pais ficarem sabendo, eles vão querer dar uma festa para você, eles já amam você... - Rio me afastando dela e deitando no travesseiro novamente, Lia faz a mesma coisa. - Imagina só como não vai ser essa festa...

 

Rio novamente. Nunca conheci ninguém tão apaixonada por festas como Lia, está para nascer alguém tão festeira quanto ela.

 

- Então... - Ela diz animada. - Me conte tudo.

 

O sorriso que não estava muito tempo nos meus lábios some.

 

- Tá bom, não precisa contar tudo de uma vez, mas eu quero saber tudo Lorena. Quero saber da sua família, quero saber porque você vive aqui sozinha, quero saber tudo o que anda acontecendo com você nesses últimos dias. Eu sei que está acontecendo alguma coisa, Bruno também percebeu, não adianta dizer que não! - Ela aponta um dedo acusatório para o meu rosto.

 

Depois de uns minutos em silencio decido contar para ela sobre a minha companheira, seria melhor do que contar sobre a minha família, pelo menos posso tentar adiar o máximo possível esse assunto. Sobre eu ser uma 'possível híbrida', só sairá da minha boca quando tiver certeza.

 

- Encontrei minha companheira. - Digo com o olhar fixo novamente na colcha de cama. Assim como na primeira vez, Lia fica boquiaberta novamente.

 

- Quando? Onde? Por que você não... Quem? Quem é? - Lia pergunta tudo tão rápido, que não tenho sequer tempo de responder uma pergunta. Ela percebe que foi rápida demais e se acalma. - Por que você não me contou? - Ela pergunta indignada.

 

- Primeiro, não tivemos tempo de conversar esses dias, e segundo, estou digerindo a novidade, estou com um pouco de medo de conhecer ela pessoalmente... Ela é tão... - Não consigo finalizar por não encontrar uma palavra adequada para descrevê-la.

 

- É a Paula não é? - A olho achando graça. - Eu sabia! Sempre que ela me vê ela pergunta de você, mesmo antes de vocês se conhecerem... - Apesar de achar estranho o último comentário sobre Paula, não pergunto.

 

- Não é a Paula. - Digo rindo da feição indignada dela, ela me olha imediatamente surpresa e curiosa.

 

- Então quem? Conta logo Lorena! - Ela bate no meu braço agitada. Rio dela. - Anda!

 

- É a filha mais velha do Supremo Alfa. - Digo temerosa, Lia fica chocada mais uma vez.

 

- Não acredito... - Ela põem a mão na boca visivelmente surpresa. - Amiga... Você está tão fodida, literalmente... - Me incomodo com o que ela diz.

 

- Por que estou " tão fodida"? - Lia ri incrédula.

 

- Fala sério Lorena! Vai me dizer que você nunca ouviu falar da fama dela não? Pelo o que sei, ela concorre com o irmão mais novo pegador, ninguém sabe qual deles pega mais gente, claro que ela é mais discreta que ele, mas da última vez que ouvi falar sobre ela não... - Ela se interrompe quando vê minha expressão, que provavelmente está assustada. - Mas, parou! Tem boatos correndo por ai de que ela já encontrou a companheira dela, agora faz sentido!

 

Me desespero.

 

- O que? Porque faz sentido? - Pergunto curiosa.

 

- Estavam dizendo por ai que ela encontrou a companheira dela, porque já faz um mês que ninguém fica sabendo das escapadas dela. Claro que tem umas por ai que dizem ter ficado com ela, mas aparentemente é mentira, sem contar que Clara, esses dias que ficou na casa da Suprema, disse que a Suprema comentou com ela sobre a filha dela ter companheira. Clara disse que não entendeu, se ela já encontrou a companheira, ou se vai encontrar, só sabe que a Suprema fez uma comentário sobre ela ser responsável e blá, blá, blá, e que a filhinha dela já tem dona. E você sabe como a Clara é linguaruda, assim que saiu da casa da Suprema, já saiu espalhando a história... - Lia conta tudo animadamente, reviro os olhos. - Desembucha Lorena! Vocês duas já se falaram? Vocês já... - Ela interrompe a frase com uma voz sedutora e um olhar malicioso. 

 

- Lia! - Agora eu bato no braço dela. - Não! A gente não fez nada, sequer nos falamos. Ela me viu na última reunião, eu sai correndo no meio do povo para não ter que falar com ela, ela deve ter ficado bem...

 

- Puta, concordo com você. - Lia me interrompe. - Porque você saiu correndo cinderela? 

 

- Eu não sei! E-Eu fiquei assustada, com medo, sei lá...

 

- Medo de quê criatura? - Lia pergunta indignada. - Você corre para enfrentar um rebelde, arriscando morrer, e tem medo de falar com sua companheira?

 

- Não sei! É que... Ela me encarou de um jeito, eu achei que... Sei lá...

 

- É claro que ela ia te encarar 'desse jeito' linda! Você sabe como funciona quando dois companheiros se encontram pela primeira vez. Primeiro vem o choque, depois o desejo animal de um possuir o outro na cama, junto a necessidade incontrolável de marcar o outro com seu cheiro... É claro que ela ia te olhar 'desse jeito', ela não queria te matar, queria te comer sonsa!

 

- Lia! - Ponho as mãos no rosto envergonhada. - Ela realmente não parecia querer me comer naquele momento! - Como se uma luz tivesse se acendido dentro da cabeça de Lia, vejo o momento em que ela abre a boca e sorri maliciosamente. 

 

- Mas é claro! - Ela se senta e bate com um soco na própria mão. - A Paula estava toda colada do seu lado no dia! Ela deve ter pensado que você e a Paula tinham alguma coisa! - Ela põem a mãos na boca para segurar o riso. - Ela ficou puta de ciúmes Lorena! - Ela ri.

 

- Isso não é engraçado Lia! - Minha mente volta para aquele dia, e me lembro exatamente de como Paula estava colada ao meu lado na reunião. Lia tem razão, além de Paula estar do meu lado naquele dia, como uma namorada ao lado da outra, Paula me seguiu quando sai de repente no meio da multidão.

 

"O que ela não deve ter pensado?"

 

- Meu Deus... - Ponho uma mão na testa preocupada.

 

- Lorena se prepare, porque acho que você não vai escapar dela tão fácil na próxima vez... - Ela diz rindo.

 

- Isso não tem graça... - Digo preocupada, imaginando como será a segunda vez que nos veremos.

 

Depois de mais alguns comentários maliciosos de Lia, que conseguiram tirar umas risadas de mim, me senti contente por Lia ter me distraído do que tinha acontecido naquela noite. Ao invés de ir dormir preocupada com o que teria que contar para Luís, fui dormir preocupada com o que aconteceria quando Hera e eu nos encontrássemos pela segunda vez. 

 

Quando decidimos que tínhamos que aproveitar a noite de folga - por que com certeza ninguém mais tinha recebido folga - O dia já estava amanhecendo, peguei no sono sem muito esforço, meu corpo pedia por descanso, infelizmente, dormi preocupada com Hera e com meu discurso para o Beta, porém não importava como tinha dormido, desde de que tivesse dormido, afinal quando acordar, minha vida vida mudará mais uma vez.

Fim do capítulo

Notas finais:

BOA TARDE!! ><

Curtam e comentem para eu saber o que estão achando meus amores, sem contar que ler os comentários de vcs me motiva muito a continuar escrevendo. Desejo uma ótima semana p todos! E mt saúde p todos tbm >< 

Bjinhos >< 


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Comentários para 12 - CAPÍTULO 12:
bicaf
bicaf

Em: 15/03/2021

Oi.

Estou ansiosa por esse encontro. Demora muito? Kk?kkk.

Coitada da Lore, não queria tar na pele dela, vai ter de explicar e passar por muito. 

Beijo


Resposta do autor:

Oiiii >< 

Ñ demora ñ, já está chegando já ><

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/03/2021

Nossa quanta emoção.


Resposta do autor:

><

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Flavia Rocha
Flavia Rocha

Em: 15/03/2021

Oi autora ....  :D

tudo bom?

Posta mais um capitulo essa semana vai, só pra igualar os capitulos daqui com os capitulos do wattpad, por favorzinho ....    :D 

Aqui é bem melhor de ler. E não é uma diferença grande de capitulos, é só um.

Boa semana.

 


Resposta do autor:

Oiii >< Td sim E vc?

Vou publicar amanhã, estou dando outra revisada antes d publicar por aq ><

Responder

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