Gabrielle

Entro no quarto que a Nanda está e escuto aquela enfermeira chamando-a pra sair e isso me da uma raiva, facho a cara na mesma da hora, o que ela quis dizer com relembrar os velhos tempos? Será que ela e a Nanda já tiveram alguma coisa?

- Agora que sua amiga chegou eu vou indo, - a enfermeira fala pra Nanda – pensa no que eu te falei, vou adorar relembrar os velhos tempos com você. – diz e sai do quarto.

Quando ela sai fechando a porta eu fico parada olhando pra Nanda sem saber o que fazer, da ultima vez que eu fiquei com ciúmes, fiz a maior besteira e quase perdi ela e agora não sei como agir, mas agora é diferente, aquela água de salsicha estava claramente dando em cima da minha namorada, não vou ficar sem fazer nada e eu quero saber o que ela quis dizer com velhos tempos.

- Nanda, o que aquela água de salsicha quis dizer com relembrar os velhos tempos? – pergunto e na mesma da hora minha linda namorada começa a gargalhar. – por que você está rindo? não vi graça nenhuma, eu quero saber o que ela quis dizer com aquilo. – falo cruzando meus braços.

- Água de salsicha? – ela volta a rir – nossa, essa foi boa. – diz limpando os olhos porque ela está até chorando de tanto rir.

Eu disse isso porque ela tem os cabelos pintados de vermelho, mas parece que já passou da hora de pintar novamente porque o cabelo dela esta quase da cor laranja.

- Para de rir Nanda. - eu falo, ela respira fundo e para.

- Ok parei, vem cá amor, senta aqui comigo. – eu vou.

Me sento de frente pra ela, e ela segura minha mão.

- Não quero que fique com ciúmes atoa.

- Nanda, sei que antes eu deixei o ciúme falar mais alto, interpretei as coisas erradas e agi errado com você, mas agora não, ela estava dando em cima de você eu vi e escutei o que ela falou, estou com ciúmes sim, não gostei nada disso. – cruzo meu braços novamente.

- Ah meu Deus, que biquinho mais lindo. – ela me da um selinho e puxa meu lábio com os dentes. – você fica linda assim com essa cara de ciúmes sabia?

- Não, e não estou gostando nada disso, quero saber por que ela disse aquilo – insisto.

- Tudo bem, - ela pega minhas mãos novamente – ela estava sim dando em cima de mim, - tento puxar minhas mãos, mas ela segura – escute por favor, eu conheço a Julia da época do colégio, mas fazia anos que não via ela, nós já ficamos algumas vezes, foram somente alguns beijos e nada mais.

Ela me diz isso olhando em meus olhos, e eu não gosto nada de saber que ela já beijou aquela água de salsicha.

- Então ela quer que você saia com ela pra poderem repetir esses beijos? O que você disse pra ela? – Nanda segura meu rosto e se aproxima mais de mim.

- Amor, ela querer isso não significa que eu queira também, ela já tinha falado isso antes e eu disse que não, que tenho namorada e sou completamente apaixonada por ela.

- E porque ela disse novamente então?

- Não sei, mas não me importo, eu não quero nada com ela, detesto esse tipo de pessoa que dá em cima de quem já é comprometido, não precisa se preocupar, quando você entrou eu ia da um chega pra lá nela, só não tive tempo – ela encosta sua testa na minha – agora esquece isso, eu amo você, e ninguém vai mudar isso.

- Você gostava dela? – ela me olha – quando você namorava com ela, você gostava dela? – pergunto e ela ri.

- Amor, eu nunca namorei com ela, foi só uns beijos, você é a primeira pessoa que eu realmente gosto, você é minha primeira namorada e tenho certeza que será a última e a única também, agora desfaça essa carinha e me dá um sorriso.

Eu sorrio e ela me beija.

O jantar que eu encomendei pra nós chega e vamos comer, fiz um pedido em um restaurante que sei que ela gosta porque ninguém merece a comida de hospital.

Jantamos e depois nos preparamos para dormir, eu ia dormir no sofá que tem no canto do quarto, mas a Nanda insistiu que eu dormisse com ela na cama, até tentei dizer não, mas ela disse que se eu não dormisse lá com ela, ela ia se levantar e vir dormir nesse minúsculo sofá comigo, aí não tive escolha, acho que é melhor mesmo porque tenho certeza que se dormisse naquele sofá eu ia amanhecer cheia de dores no corpo.

Me deito e ela me puxa pra ficarmos abraçadas, ficamos conversando um pouco e eu fico o tempo todo acariciando sua barriga por cima da roupa.

- Gabi, é melhor você parar de me acariciar assim, porque você está me excitando e não é uma boa ideia ficar excitada aqui. – ela diz me fazendo sorrir,

Eu não paro, muito pelo contrário, aí que eu acaricio mais ainda e começo a dar beijos em seu pescoço.

- Nanda nós estamos sozinhas aqui, - falo e coloco minha mão na sua perna em baixo do lençol e começo a subir em direção ao seu sex*, mas ela segura e tira minha mão de lá.

- Amor não, estamos sozinhas sim, mas a porta não está trancada e pode chagar alguém a qualquer momento.

- É só nós trancarmos a porta então Nanda, - tento convence-la.

- Não, é muito arriscado, e além do mais, você está de castigo.

- O que? Como assim estou de castigo? – pergunto me sentando e olhando pra ela.

- Isso mesmo, está de castigo por ter me feito chorar, então nada de sex* por enquanto. – ela fala sorrindo.

- Você está falando sério? – ela assente que sim – mas amor, você disse que me desculpou.

- E eu desculpei.

- Se desculpou, porque está me colocando de castigo, você ainda está chateada comigo?

- Não estou chateada, mas mesmo assim você está de castigo e não vou mudar de ideia, agora deita aqui e vamos dormir que eu estou cansada. – fala e me puxa para deitar novamente.

- Não gostei nada disso, não quero ficar de castigo.

- Ninguém gosta de ficar de castigo, mas você está, e vai ficar até eu decidir que acabou.

- Tudo bem, não vou tentar nada porque estamos no hospital, mas fique sabendo que assim que você estiver melhor e fora desse hospital vou fazer de tudo pra sair desse castigo. – falo e dou um beijo nela.

- Já imaginava isso, agora vamos dormir, boa noite amor.

- Boa noite vida.

Fim do capítulo