O encontro por MarianaK
Capitulo 6
Marcela
Quando acordei, parecia que tinha dormido por dias, e o relógio só tinha andado poucas horas.
Peguei meu celular na esperança de que a Liz tivesse me respondido a última mensagem, mas outra vez ela simplesmente ignorou meu convite, e aquele era a minha deixa para não fazê-lo novamente. Nunca fui de ficar insistindo em coisas que simplesmente não vão acontecer, e aquela completa falta de interesse que ela havia demonstrado, era o suficiente para mim.
Estava terminando de me arrumar quando a recepção informou a chegada de Jamile.
- Pode pedir pra ela subir, por favor. - Disse ao recepcionista.
Não sabia o que seria daquela noite, mas resolvi que tiraria dela o máximo que me fosse permitido.
Era o que eu tinha nos últimos anos mesmo, uma noite de sex* e nada mais que isso, nada de sentimentalismo, nada de envolvimento. Era prazer para ambas as partes e fim, cada uma com seu caminho.
Escolhi um vestido preto, não muito chamativo, por causa da cultura do lugar, mas também não ia usar uma burca, ele era um pouco junto, parava um palmo acima dos joelhos e tinha um decote discreto, dei sorte de que as noites estavam bem quentes, nos pés um sapato também pretos e pronto.
Quando ouvi o toque na porta, já sabia de quem se tratava, passei um batom e fui abrir.
- Boa noite Marcela. - Disse me cumprimentando com um beijo no rosto.
Não consegui responder, tamanha foi minha surpresa em vê-la naquele momento.
Jamile vestia um conjunto de saia branca e uma blusa preta, ambos marcando todas as curvas do seu corpo, o cabelo estava solto e caia sobre seus ombros. Nem de longe parecia aquela moça sentada no escritório.
- Quando não estou trabalhando, sou brasileira. - Disse rindo depois de perceber minha surpresa.
- E eu aqui pensando se não estaria “vulgar” demais para vocês.
- Você está linda, ficaria de qualquer jeito. - Falou se aproximando de mim. - Acho que não precisamos nem sair daqui.
Estava gostando daquela postura bem direta dela.
- Não quer mesmo sair para comer? Pode ser que precise de uma energia extra. - Respondi entrando no seu jogo, enquanto ela encarava segurando minha mão.
- Então por que não comemos aqui no restaurante do hotel mesmo? Ganhamos mais tempo.
- Acho ótima a ideia. - Disse me virando para pegar o celular.
Mas antes de pudesse completar o movimento, Jamile me puxou e colou nossos lábios em um beijo rápido.
- Não poderia sair daqui sem isso. - Ela disse sorrindo.
- Então vamos? - Caminhamos juntas até a porta.
Durante todo o jantar, conversamos sobre coisas banais da vida, e resolvemos que não falaríamos sobre o trabalho, tocar nesse assunto naquele momento não seria nada legal, até porque dentro de alguns dias, oficialmente eu seria sua chefe.
Quando terminamos de comer, fomos direto para o meu quarto, dentro do elevador, trocamos carícias o mais disfarçadamente possível, mas qualquer um poderia sentir o desejo que saia de nós duas. E foi só a porta do quarto abrir, que mal deu tempo de fechá-la atrás de nós.
Nossos corpos se encontraram numa urgência que estávamos controlando a noite toda. Com muito custo e sem descolar nossas bocas, consegui tirar sua blusa e me deparei com aqueles seios firmes sem proteção alguma, senti ela gem*r na minha boca quando os apertei me deliciando a textura de sua pele.
Senti meu vestido escorregar pelo meu corpo, antes de sentir minhas costas batendo no colchão e assistir com os olhos exalando luxúria Jamile tirar sua saia e deitar sobre mim apenas com a calcinha, que mal cobria seu sex*.
Deixei que ela ditasse o ritmo, um arrepio correu minha espinha quando senti sua boca tocando meu seio e sua mão desceu pela minha barriga, encontrando minha calcinha encharcada.
- Você tinha razão quando disse sobre a energia. - Jamile disse assim que sentiu minha excitação.
Eu não consegui formular nenhuma palavra, apenas a apertei mais de encontro ao meu corpo sentindo nossa respiração se tornar uma só.
Jamile desceu beijando todo meu corpo enquanto com uma das mãos continuou no meu seio, apertando ainda mais. Arqueei o corpo quando senti sua língua encostar no meu sex*, poderia ter goz*do ali mesmo, o que não demorou muito. O que não fez ela parar e quase sem me recuperar do primeiro, logo veio o segundo orgasmo, e suas costas completamente arranhadas.
- Você acabou comigo Jamile. - Disse tentando recuperar o fôlego.
- Estamos só começando meu bem. - Ela respondeu enquanto subia e me beijava novamente.
- Espero mesmo que sim. - Ri enquanto trocava nossa posição. - Agora é minha vez.
Senti que seu corpo todo endureceu quando eu voltei a apertar um de seus seios e ch*par o outro. Fiz com ela o mesmo, provoquei, mordi de leve e enquanto descia minha mão pelo seu corpo, explorando cada pedacinho de pele.
Quando minha mão chegou aonde eu mais queria, percebi que ela esperava com urgência pelo contato, e aproveitando disso, continuei a provocação.
- É isso que você quer. - Perguntei fazendo ela olhar pra mim.
- Por favor Mar… Marcela, eu quero. - Mal conseguia falar.
- Então pede. Diz o que você quer.
Ela gem*u alto quando ameaçei que colocaria um dos dedos no seu sex*.
- Me fode. Por favooor. Me fode agora!
Foi só o bastou para que eu colocasse com toda a força dois dedos dentro dela e senti seu corpo arquear e ela me apertar com força, comecei um movimento de vai e vem fazendo ela rebol*r na minha mão.
Quando senti que seu corpo dava espasmos do orgasmo que tinha chegado, retirei os dedos devagar e desci beijando sua barriga, até chegar aonde escorria sua excitação, não demorei a sugar todo o mel que ela me proporcionou, e quando senti que ela segurou minha cabeça, forçando um contato maior, coloquei minha língua dentro dela e tudo começou novamente.
E a noite correu assim, com os gemidos tomando conta de todo o quarto. E depois de incontáveis orgasmos, com os corpos suados e cansados, adormecemos.
Liz
Acordei no dia seguinte, sem saber direito onde estava, só me dei conta quando percebi ao meu lado os cabelos vermelhos de Fernanda espalhados por todo o travesseiro.
Não tinha bebido o suficiente para esquecer o que tinha acontecido, mas também não deveria, tinha sido uma noite muito boa por sinal.
Tentei levantar sem fazer muito barulho e vesti minha calça que estava perdida pelo chão do quarto, mas não tive muito sucesso.
- Só não me diga que vai sair como se estivesse fugindo de mim. - Ouvi sua voz meio sonolenta.
- Não pensei em fugir, só ia usar seu banheiro. - Disfarcei quando ela percebeu minha intenção.
- Não precisa mentir para mim Liz. Pode ir se quiser, mas pode ficar também. - Ela disse se levantando da cama e deixando toda sua nudez exposta.
Parece que ela sabia que isso mexeria comigo, e eu fiquei parada olhando enquanto ela caminhava na minha direção. Não sabia se olhava seus olhos ou se continuava olhando seu corpo.
- Já que ia usar o banheiro, por que não vem e toma um banho comigo?
Foi o que bastou para que eu não pensasse no que fazer, e bastou mais um olhar dela e lá estávamos nós debaixo d'água, dando continuidade na noite anterior.
O contraste dos nossos corpos quentes com a parede gelada dava uma excitação a mais, Fernanda era realmente insaciável, e nosso “banho” custou a terminar.
- Você é maravilhosa Liz. - Disse me beijando. - Beija bem, é linda e ainda consegue me fazer goz*r como ninguém.
- Você também é tudo isso Fer. Não posso negar que adorei. - Retribui o beijo. - Mas eu preciso mesmo ir, não dei notícia em casa.
- Tudo bem, eu deixo você ir, mas só se prometer que volta. - Fez cara de criança pidona.
E eu saí dali com a promessa de que voltaria.
Durante todo o caminho para casa, fiquei pensando em como meu sábado terminou e no começo daquele domingo. Não imaginei em circunstância alguma que a Fernanda esperava de mim alguma coisa. Nós sempre conversamos, mas não tinha percebido nada de diferente até aquele dia.
- Só eu mesmo pra não perceber que a menina tava querendo alguma coisa. - Resmunguei sozinha.
Cheguei em casa e encontrei minha mãe na cozinha, preparando o almoço e o Pedro sentado na mesa, conversando com ela.
- Até que enfim minha filha! Estávamos ficando preocupados. - Ela disse secando as mãos e vindo na minha direção.
- Desculpa mãe, acabei ficando sem bateria e não tinha como avisar, mas eu estou bem.
- Muito bem por sinal né amore. - Pedro provocou.
- Depois eu te pego Pedro. Joguei nele o pano que estava nas mãos da minha mãe.
- Pode parar vocês dois… Seu pai ta no fundo, bravo da vida com você menina.
Só tinha me dado conta que estava sem bateria no celular quando entrei em casa e vi os dois conversando. Meu pai provavelmente comeria meu fígado cru depois disso.
- A benção pai. - Me aproximei dele
- Deus te abençoe minha filha.
- Pai, desculpa não ter avisado nada, eu fiquei sem bateria e… - Ele não me deixou terminar
- Você já é maior de idade, sabe o que faz da sua filha, mas enquanto ainda estiver morando aqui, pelo menos avisa quando não for dormir em casa minha filha… sua mãe e eu ficamos com o coração na mão.
- Eu sei pai, foi uma falha minha, prometo que não acontecer de novo.
- Assim seja então… agora me ajuda a entrar, esse sol tá me queimando aqui já.
Fiquei surpresa com o fato dele não ter brigado, e me senti mal por ter aproveitado a noite e a manhã toda e não me lembrei de avisar.
- Ei mona, não esquece de mim não viu. - Depois que me ajudou com a cadeira do meu pai, Pedro já me puxou pelo braço.
Contei a ele o que tinha acontecido no bar, depois no apartamento, mas sem muitos detalhes.
Meu amigo só sabia fazer caras e bocas e me fez rir com cada pergunta…
Fim do capítulo
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