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Alguma coisa sobre o tempo, sobre o destino e sobre você por Ve Herz

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Palavras: 4763
Acessos: 1740   |  Postado em: 24/02/2021

Capítulo XXII - Um mar de calmaria, um oceano de projetos



Não sei quanto tempo fiquei deitada no chão até aquela infeliz abrir a porta do banheiro e o vapor sair no movimento de abertura e o cheiro de verbena adentrar meus pulmões. Me olhou, enrolada de toalha e gargalhou, passando por cima com a tranquilidade de uma lesma para que eu pudesse observar que estava completamente nua. Mordi o lábio inferior e a encarei enquanto apoiava o corpo nos cotovelos. 


- Carolina, isso foi um disparate - Claramente fingindo ofensa, tirei a roupa e entrei no chuveiro, deixando a porta aberta para que ela entendesse que aquela porta cairia muito rápido no que dependesse de mim. 


 - Ai como reclama, nem parece que gem*u desse jeito - Falou da porta do banheiro abotoando uma camisa social verde escura e usando uma calcinha do mesmo tom - Para chegar onde eu quero, vou te levar no limite da provocação. Se acostuma - Parei de ensaboar o cabelo e abri a porta do box arqueando uma sobrancelha. 


- Limite? - Ela agora abaixava de lado para colocar calça jeans e me olhara jogando o cabelo para o lado mordendo o lábio enquanto subia a peça. 


- Sim, você tem terapia em meia hora. Eu quero trans*r com você por inteira, quero te comer em todas as posições conhecidas e imaginadas pela minha mente - Virou de frente pra mim e abotoou a calça enquanto eu sentia meu clit*ris doendo e úmido, congelada na posição de manter a cabeça a olhando - E vou acelerar esse processo te provocando até você ficar tão desesperada que vai implorar para sentar na minha cara - Enfiei a cabeça na a água quente e a ouvi rindo sem sair da porta. Pelo box esfumaçado, passei a mão para enxergá-la. 


- E com quem a senhora tem reunião que vai tão gostosa assim? - Apontei para seu corpo enquanto fechava o registro e puxava a toalha. De braços cruzados, ela respondeu assim que coloquei o pé no tapete e o corpo todo para fora. 


- Você já olhou sua agenda hoje? - Dei os ombros e sorri. 


- Jane só me passou até a terapia. Como ainda não a encontrei, sei de nada - Ela riu e virou o celular para mim. 


- Você tem uma reunião comigo e com a minha equipe de geologia depois da terapia, coisa linda. E eles vão vir aqui para isso e eu preciso estar vestida como chefe - Sequei os cabelos e a olhei nos olhos. 


- Você pode mandar no que quiser vestida de qualquer jeito. Dois gritos e um prédio sobe - Ela riu e me beijou os lábios com calma. 


- Vamos tomar café, bom dia, meu amor. Vou te esperar lá em baixo - E se virou descendo a escada. A cabeça ainda estava girando pelo orgasmo recente, acho que ainda não tinha me masturbado com tanta força e vontade… é, a palavra certa era vontade. Dessa vez, diferente das outras, me masturbei porque estava excitada e não para me sentir excitada. Acredito que essa era a diferença. 


Coloquei uma calça mais larga, uma blusa de manga qualquer e desci as escadas, encontrando Jane e as duas meninas que trabalhavam na cozinha mas que quase nunca conversavam comigo devido aos horários ou porque eu estava sempre no telefone e no trabalho. Era o que me dificultava a lembrar seus nomes. Dei um beijo na bochecha de Jane e recebi o Ipad com a agenda do dia. 


11h Terapia 

12:30 Reunião - Luvizzotto Arq.

16:00 Reunião - Jenyffer 

19:00 Exercícios físicos - Personal Trainer 


Sentei ao lado de Carol e sussurrei em seu ouvido, com os lábios próximos de seu pescoço. 

- Meu amor, se você achar, a qualquer momento que ter esse tanto de gente na sua casa antes mesmo de você acordar é um tipo de invasão de espaço ou qualquer coisa que te incomoda, eu preciso saber, está bom? - Ela fez que sim com a cabeça e me entregou uma torrada com geleia. 


- Não incomoda - Sussurrou de volta - Só é estranho não ter que fazer um café da manhã correndo. A gente pode reduzir isso - Apontou para toda a mesa do café e eu entendi que eram as ações dos empregados, claro que incomodava - Para três vezes na semana? Só para me acostumar - Concordei e beijei seu ombro, me servindo de café. 


- Isso você não precisa sequer me perguntar. Mas preciso da Jane aqui - Ela riu enquanto assoprava a fumaça do café. 


- A Jane é uma agenda humana. Acho que você não respiraria sem checar com ela se tem horário para isso - Concordei com a cabeça e beijei seu ombro. Por sua vez, ganhei um cheiro no pescoço, que arrepiou todos os pêlos do braço - Impossível como você não perde o cheiro de sono. 


- Não perco mesmo. É o odor natural - Estendi a caneca como um brinde e mordi sua mandíbula - Depois da reunião com uma certa equipe de arquitetura, preciso conversar com você sobre a gente - Ela arregalou o olho por cima da caneca e eu sorri fazendo que não - Nada de ruim, quero falar sobre meus planos, ideias para nós, quero viajar com você - Ela riu e bateu no meu braço. 


- Porr*, não se fala que quer conversar assim, do nada. Você quer que eu fique maluca?


- Não, mas gostei do ataque de pânico no olhar. A pupila dilatou como se tivesse usado cocaína, mas acho que era cagaço - Comentei rindo e saindo da mesa - Vou para a terapia, meu amor. Doc já deve estar esperando, na volta a gente fala - Assentiu e eu fui em busca de um dos motoristas, avistando André, já esperando. 


Carol 


Ok, o “vamos conversar” fez o coração parar por cinco minutos. Aproveitei o tempo para revisar os relatórios enviados pela equipe de solo da empresa. Os primeiros falavam sobre os terrenos serem característicos da região, formados por ‘podzol profundo distrófico e podzol hidromórfico’, ou seja, em português claro, era uma mistura de pedra e areia do mar. Ótimo para escoamento de água e péssimo para quem quer construir prédios de qualidade. 


Fiz alguns rascunhos de fachadas externas e divisões internas para a aprovação de Fernanda e me pus à mesa de desenho para aprimorar as linhas de contorno até que toda minha equipe chegasse para alinharmos. Detalhes rústicos escandinavos por toda fachada. Marquises sobressalentes, boas janelas de vidro e espaços com verde. Com a lapiseira apoiada nos lábios, refleti sobre como aquele estilo de prédio agradava-a pela transparência e simplicidade de lugares que, ao mesmo tempo, podiam ser extremamente refinados e acolhedores. Era exatamente uma característica dela. Ser refinada, moderna, um vulcão em erupção e, ao mesmo tempo, querer colo e carinho para cuidar de si. Jane interrompeu meus devaneios pedindo licença para conversar comigo. Já em traje habitual de jeans, regata e tablet, sentou-se ao meu lado e comentou.


- Fernanda adora esses prédios. Quando foi à Itália, ficava tirando foto de fachada para te enviar, não sei se chegou a fazer isso - falou, recordando e eu confirmei que havia recebido mais de trinta e-mails escrito “inspirazzione” com tantas fotos quanto um e-mail pode suportar. Jane riu da afirmação e acendeu o tablet - Eu não sei se a senhora e a Fernanda vão morar juntas, mas gostaria de saber se posso juntar as duas agendas para organizar as coisas. 


- Jane, nem eu sei se vamos morar juntas ou se já estamos morando juntas. Mas eu não sei como dar ordens aos funcionários nem como pedir sua ajuda para essas coisas. Mal estou lidando com dois carros de luxo no quintal - Ri apoiando a mão na testa.


- Fernanda conversou comigo sobre isso, já pediu mais privacidade, mandou reduzir a quantidade de pessoas em casa - A interrompi com a mão estendida. 


- Ela vai demitir alguém? - Disse receosa. 


- Para Fernanda demitir alguém, só se a pessoa estiver roubando ou mentindo para ela. Nenhum dos dois casos se aplicam aqui. Uma das meninas vai para a clínica do Itanhangá e outra vai para um consultório que funciona como uma espécie de cowork da odontologia - Jane afirmou e completou com um sorriso - Com um coração daquele tamanho, a última vez que ela precisou demitir alguém, precisamos de calmante para que ela parasse de chorar. E a pessoa só estava indo se mudar - Ri da informação imaginando a cena - Os carros você precisa falar com ela. Eles são mais que carros, são símbolos do fim da era Isabella. Assim como aquele Iate que ela cismou - Balançou a cabeça e acendeu novamente o tablet - Posso cuidar da sua agenda? Podemos começar com itens pessoais tipo malhar, terapia… - Ela falou. 


- Ok, pretendo malhar junto com Mafê três vezes na semana e terapia eu não faço mais. Tenho boxe alguns dias da semana mas é presencial, o personal vem aqui em horários que ficam vagos na agenda. Todos os dias dedico de nove a onze horas ao trabalho sendo dividido entre consultoria para algumas empresas de design de interiores e o restante para projetos da construtora da família - Jane anotava tudo, como uma máquina - Jane, quando você tem folga? 


- Feriados, finais de semana, quando eu peço ou quando Maria Fernanda não quer me ver pessoalmente tipo se eu falo que meu filho está doente e ela me manda para casa - Deu os ombros - Eu gosto desse trabalho. E acho que seu pessoal chegou - Disse apontando para os carros entrando pelos portões de madeira - Precisa que eu separe algum lugar? Mafê pediu para fazer chipas, bolo de laranja, sucos e sanduíches. Você quer acrescentar alguma coisa? 


- Não, Jane, acho que ela já pensou em tudo - Ri e ela concordou com a cabeça. 


- Nunca a vi se esforçar tanto para fazer o bem a si e a alguém como estou vendo desde que vocês se encontraram. Uma pena essa maré de azar mas, se Deus quiser, vai ficar tudo para trás - Ela falou saindo da sala enquanto minha equipe, um total de quase vinte pessoas, entravam pela sala de estar. Um a um, fui cumprimentada e os convidei a se sentarem pela sala mesmo. Já tínhamos este tipo de tratamento nas reuniões mais privadas. Recebi os relatórios da engenharia sobre fundação, mostrei as ideias sobre a fachada e os andares de cada um dos dois prédios e tomei a palavra. 


- Precisamos de especialistas em animais. Quero médicos veterinários, especialistas em vigilância sanitária. Ela quer o melhor hospital veterinário do estado e isso que nós vamos fazer. Mesmo que tenha me pedido dois andares para tal, optei por ceder três e reduzir um dos nossos. Afinal, a gente adora sentar no chão mesmo - Todos riram e continuaram fazendo suas anotações. Entre outros assuntos, recebi os pedidos de alguns prédios residenciais para a expansão de imóveis da construtora e conversamos sobre os projetos de acordo com a prioridade. 


Jane adentrou a sala com bandejas com os lanches e todos elogiaram as chipas feitas por Glória, a cozinheira que Fernanda não lembrava o nome nem que lhe pagasse. Já a chamou de aleluia uma vez. Chipas são um tipo de pão de queijo mas de origem paraguaia e, em Minas Gerais, o povo teve a audácia de fazer com que ficasse melhor ainda e os recheava com doce de leite e goiabada. 


Mais ou menos uma hora depois, o E-pace entrou pelo portão e ela desceu com óculos escuros, calça tipo moletom e uma camisa swag preta. Alguém comentou alguma coisa mas eu não conseguia desviar os olhos do movimento perfeito que a camisa em sua cintura e seus seios. O tecido deslizava em encontro com os cabelos pretos e soltos. Os olhares se cruzaram pelo vidro da sala e sorriu largo ao me ver, levantando os óculos escuros e beijando o topo da minha cabeça. 


- Mais de três é formação de gangue - Falou rindo e avisou que lavaria as mãos antes de sentar conosco. Ao retornar, todos a cumprimentaram e ela colocou a mão na minha coxa - Que tanto de gente é esse? Normalmente vocês aparecem em dois ou três. 


- É a primeira vez que você pede um prédio inteiro - Disse o responsável pela engenharia - A gente precisa do time todo para conversar - Levantei a mão para falar e transmiti o conteúdo do tablet para a televisão. Mafê me olhou de lado e sorriu, os olhos brilhavam. 


- Fernanda, você quer o melhor hospital veterinário do estado e estamos dispostos a te dar isso. Tudo o que vem antes no relatório são coisas muito específicas que, com certeza, você não vai entender. Logo, - Apontei para a tela - vamos para aplicação. O design exterior é conforme você gosta, escandinavo com janelas bem grandes e de vidro, espaço para os animais esperarem… - Ela beijou minha bochecha e sorriu. 


- Nem sei porque estou participando dessa reunião. Eu confio plenamente em vocês e é absurdo o quanto vocês entendem meu gosto - Falou enquanto prendia o cabelo em um coque. O que vier antes ou depois andar de vocês, que pode até ser a cobertura, dai não vai ter nada né - Riu com a piada idiota - pode ser padrão de salas e ambientes adaptáveis aos locatários, podemos fazer o anúncio pela construtora da Carolinda e pronto, temos o lançamento do empreendimento. 


- E qual dos terrenos vamos usar? - Um dos engenheiros questionou levantando a mão. 


- Os dois - Falou enquanto pegava uma Chipa na mesa e enchia um copo de água. A olhei com os olhos arregalados e, ela, com metade da chipa na boca, falou - O quê? 


- Maria Fernanda, você quer construir DOIS PRÉDIOS? - A encarei incrédula da cara de pau de manter a cara de tranquilidade. 


- Mi vida, não quero os dois para a mesma finalidade. Quero um prédio inteiro para uma clínica odontológica de ponta. A minha só tem consultórios e agora eu quero tudo. Não importa se vocês vão fazer dois ou dez andares, quero um prédio inteiro com consultórios para alugar, quero raio x, tomografia… tudo! - Ela falava de boca cheia e sorria para as caras incrédulas. Manoel, do setor de investimentos, a olhou boquiaberto e falou que aquilo sairia muito caro. Não menos que dez milhões sem contar os aparelhos médicos, mas ela parecia ignorar - Manoel, não é? - Ele fez que sim com a cabeça - Você deve ter calculado o retorno do prédio um, vamos chamar ele assim. Ele consegue bancar ao menos metade do valor da clínica? - Manoel fez que sim - Então, pronto. Pode fazer - A puxei pelo braço até o lavabo pedindo licença para as pessoas. Ela veio com uma chipas na boca, sendo literalmente arrastada. Fechei a porta do lavabo assim que ela passou e acendi a luz. 


- Dois prédios? O que está acontecendo? - Fernanda limpou a boca com a mão e terminou de engolir o que estava comendo. Enquanto isso, enlaçava minha cintura com a mão livre e sorria, cheia de pedaços de polvilho pela boca. 


- O que, amor meu? Consegui um bom preço nos dois terrenos, dá para pagar e, de combo, vou ter um monte de tempo para te olhar com aquela roupinha de obra - Arqueei a sobrancelha - Eu tenho o dinheiro, tá? Deixa eu fazer isso e, depois, eu realmente preciso conversar com você sobre tudo, inclusive isso. confia en mi - Dei dois tapas em seu ombro de leve e tive beijos roubados. 


- Não fala catalão para me pegar desprevenida assim. Você consegue mesmo investir nisso? - Falei aceitando o abraço e colocando as mãos em seus ombros.


- Sim, já conferi e podemos fazer isso. 


- Podemos? 


- Sim, eu e você - Encostamos a testa e ela fechou os olhos e com um sussurro, arrepiou meu corpo e fez o coração palpitar - Somos eu e você para sempre. Agora vamos voltar para a sala - Abri a porta para sairmos e voltei à posição original. Todos comiam alguma coisa e Jane pedia mais suco para os esfomeados.


- Ok, façam o que ela pediu sobre o hospital odontológico. Essa mulher é doida mas ela tem noção de negócio - Falei fazendo alguns dos engenheiros rirem de nervoso. O prazo é de 24 meses, com reuniões, inicialmente, presenciais aqui ou na construtora uma vez por semana. Quero todos os relatórios no final de semana e qualquer atraso deve ser avisado a mim por celular de imediato - Todos balançaram a cabeça afirmativamente - O jurídico vai precisar alterar o contrato, resolva da melhor maneira com o jurídico da Fernanda e cheguem a um consenso - Notei que ela me olhava e, ao cruzar o olhar, veio e me abraçou. 


- Agora chega dela ser chefe, vamos comer e depois todo mundo pode ir para casa - Ela falou girando a mão no ar como se mandasse as pessoas comerem logo - Jane - Gritou perto demais do meu ouvido, fazendo com que eu o tapasse de reflexo e pediu desculpas. Jane apareceu perguntando o que poderia ajudar e Mafê completou - Separa o final de semana em dois blocos. Sábado vamos fazer aquela visita de todo mês e Carolinda vai com a gente e domingo vamos passear. Tudo bem para você, mi vida? - Meneei a cabeça afirmativamente e beijei sua bochecha. Esperamos todos saírem, Mafê se despediu de um por um e, depois que os portões fecharam, sentou no sofá esparramada E eu, que havia ido ao quarto enfiar um short e aproveitei para ir na cozinha buscar dois copos d’água, entreguei um à ela, e sentei de pernas cruzadas em paralelo a seu corpo. 


- Agora fala que eu estou ansiosa - Ela riu alto e sentou na mesma posição que eu - Olha só, eu não quero ter filhos - ela riu mais ainda - e nem casar com um mês de namoro depois dessa tsunami - segurou minha mão e sussurrou um “calma” quase inaudível. Concordei com a cabeça e puxei o ar que já estava começando a faltar por falar tudo tão rápido. 


- Nas sessões de terapia, eu tentei chegar, várias vezes, em algumas conclusões em relação a nós duas - Apreensiva, levei a mão à boca e começei a roer a lateral da cutícula - Para de roer unha, Carol! - Advertiu tirando minha mão da boca e fazendo com que eu revirasse os olhos - E eu quero dividir tudo com você. As coisas boas e as ruins. 


- As ruins já chega, né, Maria Fernanda? Já basta aquele demônio plastificado - Ela riu e apertou minhas bochechas. 


- Deixa eu terminar de falar - Assenti mais uma vez sorrindo - As ruins, infelizmente vão envolver o processo de divórcio com a Isabella, mas estou e vou continuar me tratando para estar melhor - apontou para a cabeça - porque aqui - apontou para nós duas - eu estou em paz - As boas envolvem você conhecer tudo o que eu fazia escondido dela, tipo as ações sociais e, até mesmo, a clínica do Itanhangá. E essa pergunta não deveria vir de mim, por sinal. Mas eu quero saber se posso vender o apartamento do Flamengo ou colocar ele no divórcio para me livrar dela de uma vez e vir morar com você - O coração ia da boca ao pé, eu estava engolindo seco e ela me olhava com a cabeça inclinada sorrindo até que, pela minha falta de resposta, parou de sorrir e estalou os dedos - Carol?


- Eu estou processando esse tanto de informação. Você quer dar o apartamento do Flamengo para a Isabella? - Ela concordou e questionou se eu só havia ouvido aquilo. Levantei a mão a fazendo calar a boca - Você perguntou minha opinião. A opinião é não porque eu projetei aquele apartamento pensando em nós duas e não quero aquela escrota morando no lugar que eu planejei. Só se eu puder quebrar ele todo na marreta igual quero fazer com a cara dela - Ela riu muito e me puxou para seu colo. 


- Ok, o apartamento do Flamengo fica.


- Estou puta por você ter cogitado fazer isso - cruzei os braços e a olhei de sobrancelha arqueada - Dá aquele iate para ela. 

- Você, por algum acaso da vida, sabe o nome do Iate? E o resto das coisas você não respondeu - Fiz que não com a cabeça e soltei os braços, apoiando-os em seus ombros - Ele chama el sol dels teus ulls, que significa o sol dos seus olhos. Não posso dar para a Isabella um barco que comprei pensando em ver o pôr do sol com você - Me puxou para mais perto e encostou os lábios nos meus - Eu não ligo de não ter uma aliança nesse dedo mesmo te esperando tanto tempo. Mas vou dividir sim a vida com você. Isso inclui meu dinheiro também - Enfiou a mão no bolso e tirou um cartão com meu nome. 


- Eu não vou usar isso - Falei levantando o cartão. 


- Não quero que se sinta obrigada, prefiro que seja natural. Põe seu dinheiro lá, mesmo que seja um pouco e vai usando quando quiser. É seu. Eu sou sua e tudo o que vem junto é seu também. 


- Fê, eu não quero seu dinheiro - Falei apoiando o cartão no sofá e suspirando - Eu só quero ficar com você. 


- Eu sei que não quer, e isso é mais um motivo para partilhar - Levantei a sobrancelha e a senti enlaçando minha cintura para ter mais contato - E eu vou trabalhar menos, esse é um dos objetivos também. O psiquiatra falou que minha crise pode estar associada ao meu excesso de controle - Concordei pois era a primeira vez que ela falava sobre alguma coisa relacionada ao tratamento médico de maneira geral - Vou nomear a Aline como diretora financeira e de logística da empresa - Isso vai fazer sobrar tempo para nós, para meus atendimentos, os projetos e tudo mais. 


- Cadê o gato - Ela procurou olhando para os lados como se fosse uma coisa séria e eu ri a segurando pelo queixo - É brincadeira. Você está vindo morar comigo, só para deixar claro que isso é um sim para sua pergunta que nem precisava ser perguntada já que tem um lado do armário cheio de coisas suas, tem a Jane, os motoristas e dois transformes no quintal. Sobre o dinheiro a gente vai com calma, sobre o iate - mordi o lábio e a beijei, puxando-a pelo pescoço para intensificar o beijo encontrar mais contato entre nossas línguas e, quando senti sua mão subindo por minha blusa, o interrompi - Eu amei o nome. O resto sim, quero conhecer tudo. Mas você vai ter que conhecer tudo meu também - Ela levantou a sobrancelha. 


- Você não pode me beijar assim e pedir as coisas. Sabe que eu diria sim até para o gato - Disse dando dois tapas leves na minha coxa - Jeny está chegando aí em uns dez minutos para falar das coisas do divórcio, se quiser participar, é só vir comigo. Agora eu preciso real de um banho gelado porque você me deixou completamente tensa. Levantei e a puxei pela mão até o lavabo e tranquei a porta, me encostando contra a parede livre e a puxando pela blusa. 


- Dez minutos é tempo - ela repetiu a frase abrindo o botão do meu short e o abaixando junto à calcinha. Sentou na tampa do vaso sanitário e colocou uma de minhas pernas em seu ombro. O cheiro de lavanda ainda estava permeando no ar, mas seu hálito, misturado com o cheiro de sex* começavam a encher minhas narinas, deixando ainda mais excitada. Ela passou a língua por toda extensão da vulva, com os olhos fixos em mim e as mãos passando pelas coxas e pela cintura. Me apressei em jogar a camisa longe e senti a pressão de sua língua contra meu clit*ris em movimento que parecia circular. Comecei a hiperventilar e gem*r baixo sentindo todo o corpo arrepiar com o toque, com o cheiro, com minha mão que, instintivamente, segurou em seus cabelos e os pressionou mais contra minha bucet*. Nossos olhos só se desgrudavam quando eu precisava gem*r e jogara cabeça para trás. 


Maria Fernanda era cínica, parou por alguns segundos e esperou com que nossos olhares se encontrassem novamente. Sorrindo largo, com a boca marcada por toda umidade que saía de mim. Segurei mais forte seu cabelo e mordi o lábio, sorrindo de volta mas querendo encher ela de tapa pois eu estava a ponto de goz*r e ela havia interrompido. Mordeu toda a lateral das minhas pernas e, quando menos esperei, fui surpreendida por seus dedos me invadindo e um gemido involuntário que acompanhou a penetração. Com a boca encostada na minha coxa, ela sussurrou - Se parar de me olhar, eu paro de te comer - Passei a língua para molhar os lábios ressecados pela respiração forte e concordei com a cabeça. Sua língua voltou ao meu clit*ris, à vulva ou a sei lá onde estava, porque eu só sentia meu corpo todo tremendo e os olhares dela, cheios de tesão, não colaboravam no raciocínio. Pedi, implorei por mais força e recebi investidas fortes e ritmadas alternadas por sua língua que eu já não distinguia uma coisa da outra, só que meu corpo começara a tremer, e eu a gem*r seu nome, falando que não parasse, ofegante, penetração rápida e forte, ela gem*ndo mais, notei que se masturbava enquanto me comia, o que aumentou ainda mais o desejo, e minha total falta de discernimento. Segurei sua cabeça e rebolei contra ela. A fazendo gem*r também, gemidos, mais gemidos, o corpo tremendo, a bucet* latej*v* e contraía até que eu sentisse uma onda forte de relaxamento com espasmos. Foi tão forte que ela me segurou no colo de alguma maneira e beijou meus seios, segurou os dois e os mordeu, beijou e, em seguida, aninhou meu corpo no seu e nossas bocas se encontraram em um beijo tremido, cheio de tesão guardado. 


- Será que deu dez minutos? - Ela sussurrou com os lábios contra os meus. 

- Não sei, mas acho que gemi alto demais - Mordi seu lábio e levantei de seu colo segurando na parede. A olhei por cima do ombro - Pelo amor de deus, vai trocar essa calça que está cheia de mancha de porr* - ela riu, levantou e me abraçou enquanto eu tentava fechar o short, mas, pela mão tremendo, deixei que ela o fizesse. 

- A gente está em casa, você pode fazer o que quiser - Mordeu meu ombro e abaixou para pegar minha blusa e meu sutiã sem deixar de passar a mão pela lateral inteira do corpo, fazendo eu me arrepiar toda de novo. 

- Fernanda, para - Peguei o sutiã e o vesti, ela me apertou contra seu corpo e mordeu meu pescoço - A gente não vai sair nunca deste banheiro com você assim - Senti suas mãos subindo para meus peitos e os apertando por cima do sutiã, o que me arrancou mais um gemido. Soltou as mãos como se estivesse sendo presa e destrancou a porta. 

 

- Preciso de cobertura até a escada. Não que seja ruim fazer minha mulher goz*r a ponto de manchar a calça, mas acho que você vai ficar constrangida - Abrimos a porta com ela agarrada em mim por trás. Encontramos Jane e Jeny na cozinha tomando café e Mafê pediu cinco minutos para colocar uma roupa mais fresca. Jenyffer riu em cumplicidade e concordou com a cabeça. A deixei no topo da escada, perto do quarto, mas fui interceptada por suas mãos, que pareciam ter se multiplicado, me prendendo contra a parede e beijando meu pescoço, minha boca, apalpando meu corpo e suspirando rápido em meu ouvido - Mais uma vezinha - ela implorou e eu ri, fazendo um esforço sobrehumano para sair de perto e segurar seu rosto para morder seus lábios - Vou descer e mais tarde a gente conversa - Tomei um apertão na bunda e desci as escadas para encontrar as pessoas na cozinha.  


Fim do capítulo


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