• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Despertar
  • Capitulo 5

Info

Membros ativos: 9502
Membros inativos: 1631
Histórias: 1948
Capítulos: 20,235
Palavras: 51,302,523
Autores: 775
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: jazzjess

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • RECOMEÇAR
    RECOMEÇAR
    Por EriOli
  • Horrores, delirios e delicias
    Horrores, delirios e delicias
    Por caribu

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Todas nós vamos sobreviver
    Todas nós vamos sobreviver
    Por AlphaCancri
  • Meu Amor Por Voce!
    Meu Amor Por Voce!
    Por Chris Vallen

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Despertar por Lia Oblad

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 1564
Acessos: 2798   |  Postado em: 22/02/2021

Notas iniciais:

Contém assuntos relacionados a relacionamentos abusivos que podem ser gatilho.

Capitulo 5

    Acho que o meu plano de sermos somente amigas estava dando certo, ela não mais tentou nenhum tipo de aproximação diferenciada. Eu me sentia eu mesma ao seu lado. Como eu não conhecia tantas pessoas na cidade, acabei fazendo amizade também com os amigos da Ágatha. Acostumei-me a sair com eles e era legal ver o entrosamento da turma. Não éramos tantos, eu, a Ágatha, a Carla, o João e o Marcos, então frequentemente passei a sair com eles. Pelo menos uma vez na semana eles me tiravam de casa.

    Às vezes íamos para uma espécie de bar da cidade que tinha um forró maravilhoso. Por sorte, o estilo pé de serra que eu havia apreendido na faculdade. Era a única coisa que eu sabia dançar e era divertido, ainda mais com o Marcos que dançava bem demais. Eu não tinha coragem de mostrar interesse em dançar com a Ágatha e ela parecia entender. O pessoal a conhecia então ela nunca ficava sem par. Às vezes apareciam algumas pessoas interessadas em mim, mas eu dispensada rapidamente e fugia pra nossa mesa. Os meninos chegaram a me perguntar o porquê eu não me interessar por ninguém já que me viram dispensar algumas vezes os candidatos. Acho que fiquei meio mal com essas perguntas, tentei desconversar, dizer que não estava afim e parece que entenderam.

    Saíamos em finais de semana para fazer trilhas também. O pessoal era animado e eu estava gostando de ser conduzida dessa forma. A Ágatha e eu nos acostumamos a conversar bastante, eu já compreendia os seus gostos, já sabia parte de sua história e conseguia me abrir tranquilamente com ela. Em um sábado resolvemos assistir o pôr do sol no mirante da cidade, estávamos nós duas conversando lado a lado sentadas no chão de frente ao lugar onde seria o espetáculo natural.

- Reparei que naquele dia você ficou com um olhar triste e distante quando os meninos mencionaram sobre relacionamento. Saímos algumas vezes e não te vejo interessada em ninguém. Queria entender melhor o porquê de ter ficado daquele jeito. Se quiser compartilhar, é claro.

- Esse é um assunto bem delicado pra mim. – Eu disse com pesar.

- Se não quiser contar, tudo bem... – Ela pareceu arrependida de ter questionado e um pouco constrangida, mas achei que seria importante continuar a falar. Seria bom me abrir sobre o assunto.

- Não, tudo bem. Eu sinto que posso confiar em você. E eu posso te dizer que tenho muita dificuldade em confiar nas pessoas. Mas isso nem sempre foi assim. Sempre prezei pela verdade, e ela sempre esteve impregnada em mim. O demonstrar era completamente transparente. E acho que por isso eu acabei acreditando que as pessoas poderiam ser assim também. Eu fui muito ingênua em diversas situações, sou um pouco assim até hoje e em um dos meus últimos relacionamentos, eu fiquei sem chão. Eu vivi em um relacionamento abusivo e isso me afetou muito e apesar de eu hoje entender um pouco que não foi de tudo minha culpa por ter permitido chegar aonde chegou, ainda tenho algumas recaídas. E o modo de me proteger, acho que é me fechar. – Falei tudo isso de uma vez e ela me escutava com atenção.

- Eu sinto muito. Se não quiser continuar eu entendo. – Resolvi continuar mesmo assim.

- Claro que eu não era perfeita, eu também errei em diversos momentos, mas eu nunca fui mau caráter. O nosso relacionamento durou quase três anos dentre idas e vindas. Começou com mentiras, manipulações, terminamos e essa pessoa voltava implorando e chorando dizendo que ia mudar, o histórico familiar dela era ainda pior que o meu e eu tentava justificar com isso. Eu sempre aceitava a sua volta imaginando realmente que dessa vez ia ser diferente, fui contra muitos dos meus princípios por ela. No começo, eu tentei sair, tanto que era eu quem terminava, mas no final eu já tinha me tornado dependente demais e abandonado todo o amor-próprio que eu tinha. Ela no final traiu a minha confiança de uma forma devastadora, eu desconfiava, comecei a ficar com paranoias, ela brigava comigo dizendo que eu não confiava nela e eu acabava explodindo e ela fazia eu me sentir a pior pessoa do mundo, uma pessoa controladora e acredito que eu tenha sido também abusiva, no final eu não era mais eu. E eu nunca fui assim, sempre apoiei e incentivei os passos dos meus antigos relacionamentos, não ficava em cima, eu confiava. – Dei uma pausa para respirar antes de continuar. Relembrar esse fato me deixa para baixo, é como se eu fosse derrubada por um caminhão. Não conseguia olhar diretamente para ela, então procurei outros pontos focais antes de continuar. – Foram tantas coisas ruins que se passaram que você não faz nem ideia. Eu queria que ela fosse sincera. Por que as pessoas não podem ser assim? Eu já cresci em um ambiente difícil, os meus pais brigavam todos os dias, então eu não faço ideia de como seria um relacionamento saudável. Acho que devo atrair esse tipo de relacionamento, só pode. Eu também não sou fácil de lidar, sou um pouco mimada e insegura. Eu precisei estudar bastante sobre amor-próprio para estar melhor agora. Sei que preciso voltar pra terapia, mas decidi que ainda não é o momento. E acho que pra eu voltar a ter um relacionamento preciso ter uma base sólida antes. Eu tenho receio de me apaixonar e ficar cega novamente, passar por tudo outra vez. – Acho que neste momento eu pude transparecer boa parte dos meus medos e inseguranças. Sei que talvez eu me arrependa de ter contado isso tudo, mas no fundo sei que precisava falar isso alto para realmente começar a nova etapa da minha vida.

- Eu não posso falar muito porque não sei como era a relação de vocês, mas pelo que já estudei sobre o assunto, pois tive uma amiga que passou por algo parecido. E pelo que você me diz, a sua reação era normal depois de tudo o que você passou, porque quando se está em um relacionamento abusivo, a pessoa abusada acaba querendo controlar a situação para ter certeza de que não está doida, que não está vendo coisas onde não existem. A culpa de nada disso foi sua. Você não permitiu isso. Como iria se você não sabia de nada? Você não tinha o controle da situação. Na minha visão, você fez o certo e confiou, ela que foi mau-caráter. Óbvio que você iria ficar desconfiada, seria estranho se não ficasse. Você fez o possível para manter o relacionamento, deu todas as oportunidades de ela ser verdadeira. Ela que não quis. Foi escolha dela. E ela pode ter o histórico familiar que for, isso não a dá o direito de te tratar desse jeito. Ela me parece uma pessoa com total falta de maturidade emocional e não tem nenhuma responsabilidade afetiva. – Guardei isso por tanto tempo, as pessoas ao meu redor não sabiam do inferno que eu passei.

- Eu sei que estou melhor agora, mas ainda existem alguns gatilhos que me fazem recordar desses momentos. E aquele dia foi um deles. Mas hoje estou tranquila, eu agradeço por suas palavras. - Acho que tudo o que ela falou foi como se um peso saísse de mim.

- Que bom que você está melhor agora, com o tempo você vai ficar ainda melhor. E ela quem perdeu porque eu tenho certeza de que você é uma pessoa incrível.

- Não é para tanto. – Digo meio sem graça.

- É sim. Você pode não achar, mas é divertida, inteligente, carismática. Achei interessante também a sua expressão emburrada quando se irritou aquele dia com aquele idiota que estava bêbado. Eu já percebi que você é uma pessoa que se preocupa com os outros, com a natureza e animais. Não é nem um pouco fresca como as minhas namoradas da época da faculdade. Se eu tivesse tido a sorte de ser sua, provavelmente não te deixaria ir tão fácil assim e muito menos te deixaria passar por tanta coisa negativa e destrutiva. Não acredito que a convivência com você seja ruim como você tanto diz.

- Eu não acho que você iria me aguentar por muito tempo.

- Então fazemos assim, eu preciso sair da casa dos meus pais, por mais que eles sejam ótimos, voltar a morar com eles foi uma péssima ideia. – Ela dá uma risadinha e continua. – E moro com você até eu conseguir achar um local bacana pra mim. Eu posso ajudar com as contas, despesas, posso pagar aluguel, o que você quiser. Você vai estar me ajudando e eu vou poder te dizer o quão chata você é. O que me diz?

- Por mim pode ser, você me ajuda com as contas, é até ótimo pra mim. Tem um quarto de hóspedes que pode ser seu. Qualquer coisa eu remodelo o escritório pra ser de visitas também. Mas é sério isso? O que seus pais vão achar disso? – Pergunto ainda duvidando se é uma brincadeira ou não.

- Seríssimo! Eles não vão achar nada. E eu já conhecia o interior da sua casa porque já foi de um antigo amigo da família. Cidade pequena, hehe. Eu mudo semana que vem então. Combinado?

    O meu coração já batia descompassado.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 5 - Capitulo 5:
Brescia
Brescia

Em: 05/05/2024

Finalmente uma conversa franca e serena, a Lia devia isso a Ágatha e a si mesma. Agora que a diversão começa...

 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 29/04/2024

Agora não tem como escapar.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Irinha
Irinha

Em: 23/02/2021

Tô adorando a história.bjs


Resposta do autor:

Ahh que ótimo que está gostando, Irinha!

Beijos..

Att.

Lia

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web