Capítulo XVII – Parece um mundo diferente
Enquanto Carol tomava banho, liguei a torneira do ofurô, mandei fotos do pé que já parecia bem melhor para Dani, entrei em contato com Jane pedindo roupas e ela se ofereceu para passar uns dias me ajudando pessoalmente.
Particularmente, Jane não existe de tão perfeita. A conheci em um acaso da vida em que, saindo de um evento do MBA, ela estava chorando no canto do banheiro. Isso aconteceu assim que eu e Isabella terminamos, então, me abalava muito ver pessoas chorando. A puxei para conversar e ouvi que havia sido demitida naquele dia de uma empresa de administração pois havia sido contratada apenas para o evento e que tinha uma filha estudando, que a menina não podia largar a escola pois era muito inteligente. Sem pensar muito, perguntei se ela poderia ser minha administradora pessoal. Pedi que passasse em minha casa na semana seguinte com seu currículo para conversarmos. E ela era incrivelmente bem formada. Tinha faculdade, pós, MBA, falava três idiomas e era incrível. Administrava minha vida usando um tablet e nunca deixava eu esquecer de nada, só de parar de me chamar de Dona Maria Fernanda, coisa que me envelhecia trinta anos.
Durante a ligação, ela avisou que enviaria roupas, uma mala para atendimentos caso precisasse ir ao consultório do Itanhangá e o notebook.
Carol demorava no banho, então, resolvi entrar em contato com Jenyffer para entender como as coisas estavam. E, lá pelo terceiro toque, ela atendeu com voz séria.
Onde, cacetes, você se meteu? Eu mandei não ir para sua casa nem para a da Carol, mas também não é para sumir do mapa. Pelo horário, você está onde? Búzios? Brasília? Fernanda!
- Calma lá, estou na casa da Carol. Entramos por trás e o quarto dela fica nos fundos, as janelas estão abaixadas, ou seja, ninguém nos viu. Mas eu quero saber o que aconteceu.
Bom, Isabella surtou. Não sei se por ver a Carol com você, por ver que eu realmente descobri que ela torrou o dinheiro em viagens e está vivendo de renda de instagrammer, não sei, mas ela surtou. Postou na internet que vocês ainda eram casadas e, caralh*, ela tem mais de três milhões de seguidores. É muita gente para clarear dente.
- Sim, e o que seus poderes de advogada fizeram?
Estou conversando com o advogado dela. Talvez a gente anule o casamento por vias legais alegando tortura psicológica ou agressão, mas estou pensando ainda. Traçando um plano. Acabei de falar com ele ao telefone agora pouco e ela falou que vai ficar quieta por esses dias, pois tem um curso para aplicar. Mas os fãs dela não estão felizes em saber que o shipp deles acabou e que foram trocados por outra pessoa. As pessoas da internet são loucas, Mafê, a gente já conversou sobre isso.
- A fanfic vem pronta, né? E o que meu pessoal de crises falou disso? Como devo me portar?
Yasmim e Gustavo disseram que talvez seja melhor você tornar público, fazer um vídeo pedindo desculpas às pessoas e falando que estavam em processo de divórcio há um tempo. E anunciar o namoro com Carol em uma foto bem bonita e posada, disseram que podem até mandar um fotógrafo para fazer um ensaio. Eu não aguento sua equipe de marketing e relações públicas, eles tem protocolo de imagem para tudo!
- Vou precisar conversar com Carol e ver o que ela acha disso, afinal, é a exposição da vida dela que, mesmo não sendo privada, não é pública ao público geral. Ela só é conhecida no meio das empresas de construção de prédios. Vou conversar, me dá um tempo de curtir minha menina.
Curte esses dias com ela, faz o que quiser. Pensem e se divirtam. Eu não vou ligar a menos que seja algo importante. Coisas irrelevantes falo com Jane. Danielle falou que vai amanhã ver seu pé, mas que você já pode tirar a tala e tentar dar uns passos sem exageros. Preciso do endereço para enviá-la aí.
Ofurô cheio, pendências principais resolvidas. Entrei na água quente e senti todos os músculos do corpo relaxar. Devo ter fechado os olhos por uns minutos, pensado em tudo o que estava acontecendo e que eu realmente deveria dar um tempo para mim e para Carol. Tempo de sermos namoradas normais, mesmo que dentro de sua casa. Abri os olhos e ela vinha em minha direção. Com os cabelos caídos pela lateral do corpo, friccionando-os com a toalha, usando uma camisa swag larga e grande demais e uma calcinha quase imperceptível. Quando voltei os olhos aos seus, recebi uma negativa com a cabeça. Ela sentou na borda do ofurô de frente para mim e apoiou os pés na água quente. Peguei seu pé e massageei a ponta de seus dedos, estendendo até seu calcanhar.
- Vai me acostumar mal - De olhos fechados e sorrindo em minha direção, baixo como um sussurro.
- Pretendo te acostumar mal com muitas coisas. Dani deixou eu tirar a tala do pé para ver como me sinto com a dor - Ela sorriu e os olhos sorriram junto. E eu sorri por ver a felicidade dela.
- Posso te pedir uma coisa?
- Até duas.
- Estou com saudade da sua voz. Canta para mim hoje, a gente já passou por tanta coisa hoje, acho que estou incapacitada de trepar mais uma vez sem apagar. E eu não quero apagar sem ouvir você cantando com aquele sotaque bonito londrino.
- Claro que canto, Mi ame. Vou só jogar uma água no corpo e levar o cabelo oficialmente e deitamos.
- Te espero na cama com o violão. Pensa em alguma coisa que você cantava para mim antigamente.
- Que pena, já estava planejando Marília Mendonça - Ela começou a gargalhar enquanto eu me levantava - Preciso da sua ajuda para sair daqui e andar até o banheiro - Carol estendeu uma toalha que eu enrolei no corpo sob seus protestos de que era desnecessário e demos os primeiros passos sem tala no pé. O primeiro foi esquisito, o segundo também, no terceiro eu só parecia estar mancando mesmo, acredito que pelo uso da tala nos últimos dias. Nunca pensei que ficaria tão feliz em tomar banho em pé! Lavei os cabelos com calma, ainda tentando não apoiar completamente o pé no chão e encontrei um conjunto de camisa de dormir e calcinha da Tommy que provavelmente estava na minha mochila do dia.
Ao abrir a porta do banheiro, me deparei com o quarto em meia luz, Carol sentada com alguns papéis em mãos e um violão ao seu lado na cama. Fui mancando, sinalizando que ela não precisava vir ajudar e sentei naquele colchão que parecia te abraçar por inteira. Cruzei as pernas, deixando o pé ruim esticado e ela deitou me olhando.
- Vou cantar uma que descobri que você ouvia na escola e nunca me contou, mas que eu ouvia também e nunca te contei.
- E como a senhora descobriu o que eu nem sei?
- Felipe me pegou cantando essa música um dia em casa e falou que você cantava ela também.
- Se eu achar bonito, posso filmar e postar no meu Instagram?
- Você é minha namorada, pode fazer o que quiser.
Estiquei o corpo para lhe dar um selinho longo e demorado. Respirei seu perfume e voltei à posição sentada. Peguei o violão e o ajeitei em meu corpo, começando a dedilhar e cantar baixinho.
“You're the direction I follow, to get home. When I feel like I can't go on, you tell me to go”
A olhei entre um verso e outro e seus olhos cor de mel eram a coisa mais linda desse mundo. Voltei a atenção ao violão, sem tirar a imagem de seu sorriso da cabeça, fechei os olhos e continuei cantando.
“And it's like I can't feel a thing without you around. And don't mind me if I get weak in the knees 'Cause you have that effect on me” - A olhei sorrindo e vi que segurava o celular enquanto algumas lágrimas desciam em seu rosto, sem perder o sorriso lindo que estampava seu rosto - “You do” - Fiz sinal de concordância com a cabeça porque ela fazia e faz sim meus joelhos tremerem.
“Everything you say, everytime we kiss I can't think straight. But I'm ok, and I can't think of anybody else, who I hate to miss as much as I hate missing you”
- Estou bonitinha? - Perguntei feito uma adolescente entre o um verso e outro, recebendo um sorriso maior ainda de resposta.
“Months are going strong now, and now goodbye. Unconditional, unoriginal, always by my side, meant to be together, made for no one but each other. You love me, I love you harder, so” - Mais sorrisos, mais olhares trocados. Chegava doer de tão bom ficar assim com ela, sem amarras, sem ninguém nessa esquina do destino. E eu cantaria, todos os dias, todas as noites que ela pedisse.
“Everything you say, everytime we kiss I can't think straight. But I'm ok
And I can't think of anybody else, who I hate to miss as much as I hate missing you. So please, give me a hand, so please, give me a lesson on how to steal, steal a heart, as fast as you stole mine - baixei um tom para ficar mais leve a música porque não tenho capacidade de alcançar as notas de Cassedee Pope - As you stole mine.
Coloquei o violão ao lado da cama e me inclinei para deitar de frente para ela. Sequei as minhas lágrimas e as suas, sorrindo. Nada precisava ser dito, tudo estava ali. Estiquei o braço e ela deitou no meu peito, respirando fundo e dormindo em questão de segundos.
Carol
Não tinha aberto o olho direito, mas sentia aquele perfume forte esvaindo próximo demais, delicioso demais. O peso de seu braço em cima de minha cintura impedia que eu virasse o corpo para admirar um pouquinho seu sono antes de levantar. O celular marcava sete da manhã quando tomei coragem de levantar sua mão e me substituir por um dos travesseiros. Mafê parecia linda e derrotada pelo dia imenso e intenso que tivemos. Decidi pedir entrega de mercado, de bebidas e abastecer a casa pela entrada dos fundos.
Com o café na mão, ainda sem trocar as roupas da noite anterior, sentei na bancada da cozinha me apoiando na parede, com uma das pernas segurando o tablet, onde lia as notícias do dia e respondia alguns e-mails mais importantes. O jurídico da empresa, assim como meu pai, havia dado início à leitura do contrato com a proposta de Mafê e mandariam a resposta em até dois dias. Alguns projetos a serem finalizados, organizei o cronograma da semana seguinte para vistoriar pessoalmente os terrenos que Mafê queria escolher e, de relance, a vi vindo em minha direção, ainda coçando os olhos e andando desregular. Sorri e coloquei o tablet de um lado e o copo de café do outro para que ela se encaixasse em meu corpo e abraçasse minha cintura.
- Você não estava na cama - Seus olhos ficavam pequenos e inchados, poderia descrever Maria Fernanda como a Branca de Neve, mas isso seria muito pouco. Ela era de uma brancura tão branca que doía os olhos no sol, olhos imensamente pretos, onde não era possível distinguir o que era íris e o que era pupila. Tinha sardas discretas por todo rosto e algumas espalhadas pelos ombros e braços. Algumas tatuagens florais e um sorriso que, com certeza, era a mistura perfeita de seu lado índio e espanhol.
- Vim cuidar do nosso café, bom dia - Me senti invadida por um abraço pela cintura cheio de cheiros no pescoço, beijos e mordidas no ombro.
- Bons dies, el meu amor - Cada vez que ela soava em catalão perto do meu ouvido, a reação era imediata no resto do corpo, que arrepiou inteiro. Uma de suas mãos se apoiou em minha bunda e a outra roubou meu café, enquanto eu resolvi que retribuiria o arrepio beijando-lhe o pescoço e mordendo sua mandíbula - Crec que algú es va despertar amb gana - Ela disse como em um sussurro, me fazendo prender as duas pernas em torno de sua cintura e sorrindo encostando nossas testas.
- Não entendi porr* nenhuma do que você falou, mas me deu tesão - Segurei sua mandíbula com a mão e inclinei seu pescoço, onde o lambi inteiro, vendo que seu braço estava arrepiado e sentindo um apertão em uma das nádegas.
- Falei que alguém acordou com fome - Mafê deixou o copo de café na pia e me puxou para mais perto, tirando minha camisa sem pedir licença - Mas quem acordou fui eu - E me beijou, com as duas mãos pressionando minha bunda contra seu corpo. Tirei sua camisa interrompendo o contato de nossas bocas por um segundo, que mais pareceu um século. Ela mordeu o próprio lábio e o meu assim que sua camisa voou em direção a algum lugar - Tem algum empregado em casa? - Fiz que não com a cabeça. Se tivesse também, já estaria vendo peitos pelas janelas. Sua boca deslizou pelo meu pescoço enquanto uma de suas mãos buscava meus seios, apertando um deles e me fazendo soltar um gemido longo e baixo contra sua boca. Eu já estava completamente derretida. Em sua mãos, em sua boca. Queimava de prazer sem nem sentir qualquer parte de seu corpo me tocando no meio das pernas. Ela não tinha urgência e deixava isso claro em cada mordida longa que dava no meu pescoço - Hoje a gente tem tempo - disse em meu ouvido, seguido por uma lambida até a extensão do meu colo e voltou a olhar nos meus olhos - E eu quero tudo com calma. O que fazer além de concordar? Sentia o corpo hiperventilando quando ela pegou a lateral da minha calcinha com as duas mãos e a rasgou, o que me gerou protestos inúteis, já que eu estava amando me ter em suas mãos.
- Mafê, está doendo - Eu disse enquanto mordia seu pescoço, sussurrando em seu ouvido, meu momento de fazer com que seus olhos revirassem - Minha bucet* está doendo por falta de você - Parecia que eu tinha virado uma chavinha. Fui pega pela bunda no colo, senti a calcinha ficar pendurada e fui posta na mesa, onde ela se sentou e me puxou pelas pernas, tocando com a língua por toda extensão, provocando tudo aquilo que meu corpo queria. Arrepios, respiração descontrolada… Apoiei-me nos cotovelos e segurei seus cabelos, encravando a nuca em sua nuca, observando o contorno de suas costas perfeitamente desenhadas pelos músculos, sua língua provocando a todo tipo de atordoamento bom. Gemi quando o clit*ris recebeu mais atenção, quando ela sugou e relaxou toda boca, deixando a língua como um pincel pintando o contorno de todo o meu prazer. Me puxou mais para si, mais para a ponta da mesa. Puxou e começou um beijo grego em que eu fiquei fora de órbita, não sei dizer se gemia, se a arranhava, mas senti sua mão me masturbando enquanto dois dedos me invadiam e eu gritei de prazer. Falei seu nome tantas vezes que ela não perdia a concentração. Implorei por mais, mais dela, mais contato, eu queria sua boca na minha, mas também queria sua boca em meu corpo inteiro. Estava ardendo, queimando, ela investia contra mim com precisão, sem brutalidade ou delicadeza. Precisão é a palavra certa, contraia quando eu relaxava e soltava quando eu contraia. Estávamos síncronas, até que meu corpo contraiu inteiro, relaxou inteiro e sua língua não saía de mim, subiu pelo abdômen e colocou-me em seu colo, ch*pando e lambendo meus seios, fazendo o caminho até minha boca, que arfava em ritmo descompassado em necessidade de um pouco mais.
Sentei com as duas pernas em volta de sua cintura, buscando por sua boca, a necessidade daquela boca na minha era um negócio inexplicável. Assim como a necessidade de ter sua boca por todo meu corpo. Sua mão voltou ao meu clit*ris, enquanto seu corpo me pressionava contra a mesa e sua outra mão passeava pelo meu corpo. Maria Fernanda parecia ter cinco mãos, pois eu estava completamente desnorteada, sem saber onde ela estava tocando. Eu só sentia as pegadas e gemia, gemia alto, suando. Apertei seus seios e ela gem*u, arranhou minha cintura e eu mordia seu pescoço, segurei a mão que me masturbava e a levei à minha boca, sem tirar os olhos dela, que abriu a boca sem emitir um som sequer e mordeu o lábio inferior. Mordeu o meu lábio, meu pescoço, me mordeu inteira, sem sequer tocar meu corpo com a boca. Isso enquanto eu passava a língua entre seus dedos e sentia sua mão me apertando mais e mais. Eu estava pegando fogo, mas queria causar um incêndio naquela cadeira. Ch*pei seus dois dedos e mordi meu próprio lábio, puxando seu corpo para perto do meu usando as pernas para diminuir o espaço entre a gente.
- Me come, eu não aguento mais - Ela riu contra meus lábios e puxou minha bunda mais para si. Penetrando-me com três dedos, como se me rasgasse de tanto prazer, com ritmo, sem deixar de beijar meus seios, subir para minha boca, apertar meu corpo. Senti meu corpo relaxar e contrair repetidas vezes, perdendo a noção de quantos orgasmos, de quantas vezes me derreti em suas mãos. Ela me beijava com calma, passando as mãos pela cintura, dando selinhos longos quando o interfone tocou e eu falei tudo o que conseguia. Estava mole, corpo mole, pernas moles… - É o mercado, só abre e pede para deixarem perto da piscina.
Maria Fernanda - dias atuais
Troquei de posição com Carol, que parecia molenga demais por ter goz*do. Peguei sua camisa no chão e a ajudei a vestir, mantendo-a de costas para a vista da piscina. Atendi o interfone vestindo minha própria camisa, que cobria até metade das minhas coxas. Avisei aos entregadores que só deixassem a mercadoria no deck e que eu buscaria depois. Meu pé deu uma fisgada, talvez pelo malabarismo de carregar Carol no colo mas, depois a gente resolve isso.
Fiz dois cafés na cafeteira expressa e puxei uma cadeira para sentar perto dela que, cheia de grude, colocou as pernas por cima do meu colo e apoiou a cabeça para que eu fizesse carinho. Em algum momento o tempo passou e eu não vi, estávamos em silêncio trocando afeto com carinhos, sorrisos e pequenos beijos quando o celular tocou e precisei levantar para ver. Era Dani avisando que chegaria em vinte minutos e eu notei que já passava das duas da tarde.
- Meu amor, vai dar três da tarde
- Como assim, Fê?
- Estamos grudadas há mais tempo que eu achei que estávamos - Eu disse beijando o topo de sua cabeça e estendendo a mão para que ela subisse comigo - Dani está chegando para ver meu pé e não quero que ela veja você seminua.
Grudada em meu pescoço, subimos as escadas e tomamos banho, conversando sobre aleatoriedades. Carol terminou primeiro e ficou de shorts jeans curtos e uma camisa de manga qualquer. Precisei e uma calcinha sua, precisei ouvir que estava rasgando suas calcinhas e que isso acabaria com seu estoque.
- Eu renovo, compro 10 para cada uma que rasgar - provocando risos gostosos enquanto ela gargalhava e separava uma regata, uma calcinha e um short para mim.
- Vou descer e ver se a Dani chegou, passar um pano na mesa - Falou rindo e mordendo o lábio - guardar as coisas do mercado… Maria Fernanda, a gente precisa se organizar, deve ter estragado comida.
- Estragou nada - Falei saindo do banho enxugando o cabelo e a puxando para perto de mim, que desviava sorrindo mais ainda - vem aqui.
- Vou nada, a última vez que fui terminei jogada na mesa toda desnorteada - Ela falou saindo do banheiro e a ouvi na porta - NÃO QUE EU NÃO TENHA GOSTADO.
Encostei a cabeça na parede, deixando a água cair nas costas e rindo com toda a situação. Relaxando os músculos dos ombros e deixando que todo meu gozo se esvaísse pelo ralo, torcendo para que, uma hora, conseguisse deixar ele cair em outras mãos que não as minhas, pois os pensamentos já estavam em outra pessoa e pelas minhas reações corporais enquanto trans*va com Carol, esperava que não fosse demorar para que acontecesse. Enquanto a ch*pava, me sentia latejar, g*zei junto consigo umas duas ou três vezes, como há tempos não goz*va. A última vez, que eu mentia tanto que acabei acreditando, foi um dia que terminei com Isabella e, por meio de Felipe fiquei sabendo que Carol estava na casa dos pais. Corri com o carro para lá e trans*mos rápido, gostoso, mas eu me sentia culpada demais por não estar com Isabella e inventei um freela inexistente para correr da casa dela. Motivo pelo qual a encontrei puta no aniversário do meu primo. Me culpei tanto por aquele dia que mentia para mim mesma dizendo que nunca tinha existido. Deixei os pensamentos ruins irem embora junto à água do chuveiro e o fechei.
Depois de vestir as roupas deixadas por Carol, penteei o cabelo e desci as escadas com calma, encontrando Dani e Carol em um papo amigável no sofá da sala. Eu nunca pararia de me surpreender com todo design que Carol aplicara ali! Era incrível, tão incrível que tenho pensado em tirar fotos e mandar para algum concurso de arquitetura, porque sua mente era fantástica para aquilo e aquela casa era pequena para seu talento, mesmo sendo uma casa enorme.
Dani e Carol me olharam ao mesmo tempo e Dani sorriu.
- Vejo que essa menina já está limpando essa sua aura obscura - Dani mexia as mãos como se fosse algo girando sobre a cabeça, fazendo Carol rir.
- Quem vê pensa até que você acredita nessas coisas místicas. Nem signo você leva fé - Falei chegando no sofá e beijando os cabelos das duas.
- Ah, eu não acredito mesmo. Mas esses brilhos nos olhinhos das duas são suficiente para saber que está tudo bem e que vocês estão se isolando do furacão que está passando lá fora - Dani apontou para Carol - Acabei de contar que ela ganhou o prêmio de amante do ano segundo o Instagram da Isabella. Ninguém sabe onde vocês estão e os comentários são de que você fugiu com sua amante.
Foi minha vez de gargalhar e puxar as pernas de Carol para meu colo - No maior estilo 007 - Carol, por sua vez, estava se fingindo de emburrada - Que pasa, não quer ser minha Bond Girl?
- Mafê, a gente já falou sobre isso, Isabella acha que ainda é casada com você e eu me sinto a amante da música da Marília Mendonça - Dani riu e olhou para carol e para mim.
- Amada, mas olha vocês duas. Esse romancinho de infância finalmente tomando uma forma. Tem nada de amante nem de Marília Mendonça aí. Eu estou vendo um apego gosto, parece que estão em lua de mel. E Dona Fernanda, todos os remédios estão sendo tomados direitinho? - Dani disse pegando a maletinha da tortura e me olhando.
- Sim, senhora. Só que hoje eu fiz um esforcinho extra e meu pé deu uma fisgada - Levantei o pé para que ela visse.
- Só do esforço mesmo, tenta ficar quieta, sem levantar a Carol e outros pesos por aí que está tudo certo - Ela pegou a prancheta, mexeu a caneta e me olhou de novo - Como está com os antidepressivos? - Carol me olhou com uma interrogação na testa, mas Dani que respondeu - Ela faz tratamento com a psiquiatra desde que tentou se matar três vezes no relacionamento com a doida. Mas agora está só em manutenção, nada que se preocupar.
Dei os ombros e beijei sua bochecha, sorrindo para Dani - Você ainda vai ganhar um Nobel de Medicina só por fazer tudo o que faz. Mas está tudo bem, tenho para o resto do mês, estou bebendo moderadamente, vai ficar tudo bem - Carol levantou para pegar água e Dani aproveitou para agachar mais perto e fofocar.
- Menina, você não falou que ela era rica assim. Que casa é essa, sapatão? - Eu abafei o riso e sorri.
- Ah cara, ela é tipo eu. Prefere bater perna em Madureira, comprar as coisas no centro ao invés de correr para Copacabana. Não sei se isso define a gente como falsas ricas.
- Amiga, desde que eu comprei um apartamento no Jardim Oceânico e um carro bom mesmo, até eu me sinto um pouco rica.
- Danielle, tua consulta custa 600 reais - Eu falei revirando os olhos.
- Para quem pode pagar, para quem não pode eu tenho uma super fada madrinha que mandou levantar um mini hospital móvel de ação social - Ela me bateu com a caneta e procurou Carol com os olhos - Não deixa essa mulher escapar, está ouvindo? Ela é muito parecida com você, inclusive parece ter um coração tipo o teu. Não deixa ela escapar.
Com copos de água na mão para entregar para nós duas, carol voltou à sua posição, que agora parecia ser oficial e preferida, em meu colo, e comentou com Dani sobre o pedaço da conversa que tinha ouvido - Mini hospital móvel? De onde saiu isso?
- Sua namorada e Jenyffer. Elas me ajudaram a montar um ônibus e uma van para atender crianças e famílias carentes onde o SUS não chega sozinho. Maria Fernanda não gosta de falar essas coisas, ela nem abate do Imposto de Renda - Dei os ombros e comentei que achava desnecessário usar uma ajuda tão simples para me beneficiar - E o restaurante que vocês foram ontem, ela DEU para o Diego. Só porque viu potencial nele - Carol me olhou boquiaberta e eu ri.
- O quê? O garoto tinha potencial. E ele me paga uma parte por mês, que eu converto para o seu hospital então é tipo uma corrente do bem. Chega de falar disso, como está você e o Luís, e esse casamento?
- Fernanda, até para mudar de assunto você é ruim. Você sabe que somos o casal mais vanilla do mundo. Hoje vamos fazer maratona de LOL lá em casa - Carol bateu palma no ar gargalhando.
- O jogo adolescente? - Eu concordei com a cabeça e Dani a olhou com cara séria.
- É um jogo de estratégia e RPG. Me respeita - Carol levantou as mãos em rendição - E eu preciso ir para arrumar os computadores para jogar. Foi ótimo ver vocês, qualquer coisa me liguem, tome seus remédios e vocês duas, transem com moderação. Sem cirque du soleil - Enfatizou enquanto ia para os fundos - E não olhem o Instagram da Isabella, aquilo é Chernobyl puro.
Carol veio em minha direção mas desviou na cozinha. Pegou dois sanduíches que pareciam ter surgido na geladeira e sentou ao meu lado.
- A gente precisa resolver esse negócio de imagem na internet - Ela pegou o sanduíche com as duas mãos e o mordeu como se fosse a última comida do universo. A olhei e ri da cena. Tinha maionese saindo pelos cantos da boca e, reparando, me respondeu de boca cheia - O que foi? Eu não quero ficar parecendo a piranha separadora de casais perfeitos. Você já viu o Instagram da sua ex? Parece que vocês estavam juntas até semana passada! - Dei um beijo em sua bochecha e limpei a maionese com a língua, fazendo-a rir.
- Não vejo porque eu mesma não cuido do meu perfil. É o pessoal do marketing da empresa. Eu só postei nossas fotos juntas, mas posso falar com a Jenny para cuidar disso. E a equipe do marketing acabou de passar por e-mail um discurso sugerindo que eu grave um vídeo falando o meu lado da história e anuncie nosso namoro com uma sessão de fotos. Mas isso depende de você me dizer o quão exposta quer ficar a tudo isso - mordi o sanduíche, estava realmente gostoso e eu queria saber como ela fez aquilo tão rápido.
- Fernanda, eu nem entendo porque você é famosa na internet - Carol limpava o canto da boca com as mãos e lambia os dedos.
De boca cheia e meio entalada, comecei a explicar que era porque tinha feito alguns atendimentos a famosos e eles pediam para postar foto em troca de descontos ou algo do tipo. No início foi bom e depois eu virei a dentista das estrelas. Ela concordou com a cabeça como se ligasse um ponto ao outro.
- Por isso o consultório escondido - Ela falou como se fosse a própria detetive.
- Isso mesmo. Tem gente que não quer topar com outras pessoas em uma clínica aberta. Preferem pagar mais caro pela exclusividade - ela revirou os olhos e falou “gente fresca” com a boca cheia - Carol, para mim, Maria Fernanda Cañas, nosso relacionamento é mais do que sério e eu não ligo de postar algumas coisas na internet. Mas se você achar que é muito, a gente não faz e segue até o povo esquecer. Também podemos só postar de vez em quando e deixar rolar.
Carol deitou a cabeça no meu colo enquanto eu mastigava o sanduíche, ela já tinha acabado o próprio e me olhou com aqueles olhos que atravessavam a alma - Marca essas fotos para daqui uns dois dias. Vamos nos curtir, olhar o pôr do sol, eu vou continuar desviando comida do buffet quando tiver festa, podemos ficar no ofurô, namorar e ver um filme. Depois a gente oficializa para o mundo.
- Se você falar outro nome de música sertaneja a gente vai ter divórcio - Carol segurou a própria mão como um microfone e começou a cantar algo como eu te assumi para o Brasil e eu enfiei o último pedaço de sanduíche na boca para atacá-la com cócegas e beijos pelo corpo.
E assim seguiram os dias. Dormindo juntas, trans*ndo em todos os lugares que davam tesão, na manhã da sessão de fotos, acordei primeiro e a vi nua toda enroscada em mim. Tinham mensagens da equipe avisando que enviariam roupas, que as marcas queriam vestir nós duas, que viriam dois estilistas e a equipe de fotografia chegaria no meio da tarde para aproveitar o pôr do sol. Sussurrei em seu ouvido que faria o café e que ela continuasse dormindo pois eu levaria na cama. Como um ursinho sonolento, Carol se agarrou ao travesseiro e concordou sem sequer abrir os olhos.
Enfiei uma blusa e uma calcinha. Jane tinha preparado tudo e enviado por Danielle uma mala com roupas para uma semana. E aquele sentimento de sapatão apegada queria que eu ficasse ali o resto da vida. Coloquei também uma bermuda qualquer e desci para preparar um café da manhã decente. Fiz waffles na frigideira, montei algumas bisnaguinhas, café e chocolate quente. Pus tudo em uma bandeja e subi para o quarto. Carol de manhã é uma visão que merece ser vista, ao menos por mim. Ela sempre respirava muito fundo e sorria antes de abrir os olhos. Coloquei a bandeja no chão e deitei ao seu lado, a cheirando por inteira, beijando sua bochecha, sua testa e a enchendo de selinhos.
- Acorda que eu fiz waffles - sussurrei em seu ouvido. Ela arregalou os olhos e segurou minha bochecha.
- Mentira!
Peguei a bandeja e coloquei na sua frente, sentei ao seu lado e a enchi de beijos. Dava para passar a vida assim. Olhando aqueles olhos cor de mel e aquele sorriso sonolento pela manhã. Me coloquei atrás dela e nos aninhamos, eu mordia seu ombro, beijava seu pescoço e ela esticava pedaços de waffle para pôr na minha boca.
- Mi amé, a equipe vai chegar depois do almoço. Temos um tempinho para ficarmos de grude - Ela me beijou na bochecha com a boca suja de nutella e sussurrou com a voz rouca de sono.
- Aceito o grude. Será que eu vou ficar bem nessas fotos? - Eu a encarei, com uma sobrancelha levantada.
- Isso não é nem uma pergunta que se deva fazer - Falei enquanto mordia seu pescoço e passava a mão em suas coxas - Você é maravilhosa só por existir. O mundo te ver é um privilégio. Acho que a gente deveria ficar na cama até a equipe chegar.
- Nada disso, delícia. A gente vai falar sobre o contrato que você me ofereceu. O jurídico respondeu e eu quero conversar.
- Nua, Carolina? Eu vou ceder em tudo o que você quiser, assino qualquer coisa - Peguei uma caneta que estava na mesa lateral da cama e escrevi meu nome em seu pescoço. Fazendo ela rir - Todos os termos aceitos.
- Espera, garota - Virou de frente para mim e colocou uma perna de cada lado do meu corpo, passando os seios bem perto do meu rosto e levantando da cama em direção ao banheiro - Segura aí que eu preciso escovar os dentes, jogar uma água no corpo.
- Eu preciso de um banho gelado depois disso que você fez - Carol colocou a mão no peito como se sentisse ofendida parando na porta do banheiro, com a curva da bunda perfeitamente posta contra a luz. Levantei da cama e andei em sua direção devagar - Vem aqui, meu amor, vamos fechar esse contrato.
Ela fechou a porta do banheiro antes que eu pudesse entrar, gritando que estava com bafo. Abriu a porta dois minutos depois pulando em meu pescoço e enroscando as pernas na minha cintura e rindo contra minha boca. Queria chegar à cama mas não conseguimos, ficamos pelo carpete do quarto, onde deitei sobre seu corpo, beijando sua boca e passando a mão por todo seu corpo. Carol segurou meu pescoço e lambeu toda sua extensão parando em meu ouvido e sussurrando - Eu queria você deslizando em mim enquanto me come - Ela mordeu o próprio lábio quando notou que a olhei e falou próximo à minha boca - Vem - Tirando minha blusa, invertendo a posição, Carol passou a língua por todo meu abdômen, mas parou na barra da calcinha quando viu minha musculatura contrair - Só vou tirar esse pano para que nada fique entre a gente - veio até minha boca e beijou com intensidade, colocando uma perna de cada lado de uma coxa minha, encaixou nossos corpos de forma que nossos clit*ris se encostaram e eu arfei em um gemido arrastado - Viu, nada entre a gente - Concordei com a cabeça enquanto a segurava pela bunda. Aquilo foi tomando uma proporção tão grande que eu achei que fosse desmaiar de tanto prazer. Carol segurava meus seios e arranhava por inteira. Eu, um pouco inclinada, para que nossas bucet*s não deixassem de se encontrar um segundo sequer, apertei seu corpo contra o meu enquanto puxava seu cabelo para trás, para admirar cada milímetro daquele corpo perfeitamente no meu. Ela rebol*va, gemia meu nome e eu estava a ponto de explodir. Nossas bocas se encontraram, como um desafio da física, senti seus dedos me masturbando mas não consegui me importar ou raciocinar com isso. Gemia tanto, buscava tanto por sua boca, seu corpo com as mãos que senti meu corpo inteiro tremer e relaxar.
- Amor meu, vas trencar amb mi - a puxei para cima de mim e beijei sua boca com calma. Respirando com dificuldade, rápido e ofegante.
- Português, meu amor - Ela disse rindo sem tirar os lábios dos meus.
- Você acabou comigo - E riu mais, me deu um beijo na bochecha e levantou em direção ao banheiro gritando um sonoro bom dia. E eu fiquei, espatifada no chão depois de goz*r com dignidade em sei lá quanto tempo.
Pedi que Jane viesse para me ajudar com o dia e trouxesse a responsável pela cozinha de casa, precisaria cozinhar para toda a equipe e meu almoço com Carol.
Desci as escadas vestida com samba canção e uma camisa larga. Abracei Jane pela cintura e beijei sua bochecha.
- Jane, se me chamar se Dona Fernanda, eu já mudo meu humor - Jane sorriu e me entregou um copo de água de coco.
- Dona Isabella foi lá em casa essa semana, Fernanda. Estava um pouco alterada, parecia bêbada. Os meninos do prédio colocaram ela em um táxi.
- Ela supera - Falei tomando minha água de coco e vendo Carol descer absurdamente linda de vestido soltinho e descalça. Correndo de sorrisos para Jane.
- Ai que bom te ver, Jane!
- Dona Carolina, vocês não estão se alimentando direito, tem três dias que eu não vejo Fernanda e ela parece só osso. Vou reorganizar para que as meninas da cozinha fiquem aqui e preparem as refeições de vocês.
- Jane, calma. Eu não me mudei para cá - Falei puxando carol para abraçar pela cintura.
- Ai, mas podia - Jane comentou sorrindo e me entregando o tablet - Suas funções da semana. Tem algumas reuniões, precisa definir aqueles dois terrenos, alguns patrocinadores que querem a senhora usando os produtos deles nos consultórios e uma empresa de jalecos. Podemos resolver a partir de segunda-feira que vem.
- Jane, o que seria da minha vida sem você? - Estiquei a mão para roubar um pão de queijo da cesta e entregar para Carol morder.
- Acho que Jane está andando muito com as sapatão para achar que eu ia deixar você se mudar para cá em três dias - Carol disse de boca cheia rindo para Jane, que já esticava a cabeça para ver a montagem do lado externo da casa - Preciso de um pouco de saudade.
Mordia sua bochecha, beijei seu pescoço e falei em seu ouvido - Vinte anos te perturbando não basta?
- Então, por isso mesmo. Agora preciso te entender como namorada. Você, cheia de contatinhos e querendo me comer eu já conheço - ela disse com a boca apoiada em minha bochecha - O convívio estou achando que é sonho, então, melhor puxar para a realidade às vezes - Virando para Jane, Carol falou - Pelo amor de Deus, eu não sou acostumada com gente aqui em casa, Jane. Precisamos ver isso de ter gente cozinhando aqui, podemos negociar depois quando a Fernanda vier de vez em quando.
Jane nos interrompeu com duas palminhas, nos separando e direcionando uma para cada lado. No ambiente externo, uma fotógrafa, dois assistentes e minha equipe de marketing já estavam a postos com duas equipes de maquiagem. Yasmim e Gustavo fazem parte da minha equipe, que eu nomino como squad da salvação, desde o início da empresa, quando aceitaram usar a empresa como um teste para ver se davam certo no mercado de trabalho e nunca mais largaram.
Yasmim e Gustavo, todos de preto e camisa swag, com o mesmo tênis. Me olharam sorrindo e guiando para que eu ficasse próxima. Olhei para carol e sussurrei socorro sem emitir som. O que a fez gargalhar alto e voltar para a maquiagem. Yasmim já veio entregando o tablet com escolhas de roupas e posições, com legendas pré-aprovadas e comentários engraçados.
- Pesquisamos sobre lésbicas no Pinterest - Disse Gustavo rindo e passando as poses, que eram de casais normais como um ensaio de noivado sem o noivado - Já que Yasmim é uma lésbica fora da curva, já que nunca namorou e só pensa em futebol.
- Eu não gosto de relacionamentos, não quer dizer que eu não os entenda. Fê, você vai ficar boa começando assim - Yasmim apontou para a tela - até para aquecer, pois eu acho que sua namorada não é tão acostumada com a câmera. Mas ela vai ficar bem nas fotos. Você está brilhando - Com retoques finais da maquiagem, que eu nem queria inicialmente, fui obrigada a colocar uma calça jeans com rasgos nos joelhos, tênis estilo sneaker e camisas swag - Queremos que vocês comecem completamente informais.
Levantei, me olhei no espelho e dei ok para eles. Segui para conversar com a fotógrafa, que me explicava as poses enquanto seus ajudantes montavam as luzes. Luiza Morelli era escolhida pela equipe, fotógrafa conceituada, conseguiria trazer a suavidade necessária para o ensaio, pois era especialista no estilo intimista.
- Quero que você sente na espreguiçadeira e sua namorada sente passando as duas pernas pelas suas coxas, ficando de lado para você, entendeu? - Assenti e procurei Carol com os olhos, confesso que havia um nervosismo anormal em meu estômago. Senti suas mãos em volta da minha cintura e um beijo na bochecha. Ela cumprimentou a fotógrafa e comentou.
- Acho que essa é nossa posição padrão há anos - Riu e me esperou sentar. Foi quando vi que vestia um vestido amarelo soltinho, de alças com um decote leve que mostrava que claramente ela estava sem sutiã, o que me fez sorrir quando ela passou as pernas pelas minhas e pude a abraçar pela cintura. Para começarmos, enfim, a sessão de fotos.
Fim do capítulo
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