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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

Ver comentários: 4

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Palavras: 3986
Acessos: 2514   |  Postado em: 01/02/2021

Notas iniciais:

BOA LEITURA! ><

CAPÍTULO 6

Paramos na entrada da casa do Supremo Alfa exaustas, imaginando todo o trajeto de volta, a pé. Paula tem uma moto e um carro, mas não estava com nenhum dos dois, obviamente. Clara e Luíza também tinham carro, mas assim como Paula eles não estavam ao nosso alcance, no momento. E minha moto, provavelmente, não voltará da oficina tão cedo. Nenhuma de nós pensou nessa parte do dia, e agora nos arrependíamos amargamente por isso.

O dia tira um arquejo chocado de mim, quando Lia para com seu Range Rover prata em nossa frente.

- Imaginei que vocês precisariam de uma carona. Eu sei, podem dizer que me amam. - Lia diz convencida, não contenho o sorriso que surge em meus lábios. - Lorezinha senta comigo aqui na frente. - Lia tira alguma coisa do banco da frente, liberando o banco para que pudesse me sentar.

Sinto o olhar das três em mim e entro no carro, não queria lidar com aqueles olhares duvidosos, tinha coisas mais preocupantes para pensar. Depois que todas nos acomodamos dentro do carro, Lia dirige tranquilamente pelas ruas do condomínio.

- Como foi? Vocês conversaram com a Suprema?  - Lia pergunta animada. Ela vestia um cropped branco, tomara que caia, com um short jeans azul claro. O cabelo estava preso num rabo de cavalo, ressaltando seu olhar intenso e seus lábios cheios, que no momento estavam cobertos por um batom vermelho vivo.

- Normal. Não conversamos muito, ela estava cansada. - Digo dando de ombros, olho pela janela encostando a cabeça no assento do banco, e fecho os olhos suspirando. Paula, Clara e Luiza permaneciam quietas no banco de trás, porém o silêncio delas não durou muito, Lia é uma pessoa simpática, cativante, e bastante falante, em segundos todas já conversavam sobre algum assunto no qual não estava interessada.

Meus olhos ardiam, minha mente queria ceder ao sono que tentava me ganhar, sem conseguir resistir por muito tempo acabo pegando no sono, acordando enquanto Lia estacionava o carro na entrada da minha casa. Percebo que só estavam Lia e eu no carro, olho ao redor confusa, é difícil de acreditar que não havia acordado durante a viagem, enquanto Lia deixava todas as garotas em casa.

- Quer companhia? - Ela pergunta enquanto coço meus olhos, que ardiam devido ao sono.

- Hoje vou passar, estou exausta. - Não era mentira, minhas pernas e pés doíam por ter ficado o dia todo em pé, minha mente estava exausta de tanto pensar, em tudo o que tinha acontecido. Pela primeira vez, em muito tempo, quis ficar sozinha em minha casa, aproveitar o silêncio, e decidir o que faria a partir de agora.

Me despeço e entro em casa, o silêncio me saúda e o recebo de bom grado. 

Depois de comer e tomar banho, me encontrava deitada olhando o teto cimentado do quarto, meus olhos ainda ardiam,  mas dessa vez não tentei lutar contra a vontade irresistível de fechar os olhos, a sensação de areia incomodou quando os fechei cedendo ao sono, não demorei muito para me afundar no escuridão.

***

Me sento na cama com uma sede intensa, minha língua e garganta estavam secas, como se estivesse num deserto e não em casa, olhando ao redor sinto que alguma coisa estava diferente. Reparo que os móveis, a luz que entrava pela fresta da janela, as paredes, tudo parecia acinzentado, deixando a sensação de que estava em um filme de terror de 1970. Levou alguns minutos para perceber que estava sonhando, me tranquilizo ao perceber.

Levanto da cama e caminho pela casa somente com top e calcinha - coisa que faço com frequência -. Mesmo estando despreocupada sabendo que tudo não passa de um mero sonho, não consegui deixar de me incomodar, já que se tratava daqueles sonhos reais, onde conseguimos pensar nas nossas ações, até mesmo controlá-las em alguns dos casos. 

O trajeto até a geladeira  foi feito em velocidade recorde, abrindo a porta metálica com certo desespero, corro os olhos pelas prateleiras de vidro em busca de água gelada, minha garganta ardia, a sensação de unhas aranhando minha garganta por causa da sede era urgente e dolorosa. Alcancei uma garrafa pet com água, e bebi o líquido desesperadamente, no entanto, antes que terminasse o conteúdo da garrafa, uma dor aguda no estômago me faz vomitar tudo, sem entender o por que daquela dor, ponho as mãos na barriga, mesmo sabendo que mão faria diferença, e a dor só parou depois que vomitei todo o conteúdo do estômago.

Seguro firme na ilha da cozinha para não cair, minhas pernas estavam bambas, senti meu corpo tremendo, minhas mãos frias e suadas. Em questão de segundos a sede volta novamente, mais forte do que a anterior, sinto o gosto de sangue na boca e noto o que não tinha percebido antes, meus dentes caninos estavam grandes, como os de um vampiro, e em algum momento eles tinham cortado minha boca. Isso me apavorou, e não segurei o grito que saiu de mim em seguida. Com as duas mãos na boca, fui até a sala de estar que tinha um espelho grande em uma das paredes, abri a  boca e olhei chocada as presas em minha boca, a sede voltou novamente mais forte, e precisei fechar os olhos para não gritar. Uma fraqueza atingiu meu corpo, me fazendo sentar - ou cair -, estatelada no chão. Mais uma onda de dor no estômago volta, dessa vez era uma dor diferente, aquela dor de quando estamos com estômago vazio de fome. 

Isso. Fome. Estou com fome e sede.

Uma batida soou na porta de entrada, permaneço parada no mesmo lugar sem forças para me levantar e atender, ouço quando a porta é aberta, e passos lentos pelo corredor vem em minha direção.

Quem quer que fosse, precisa ir embora.

Lia aparece no vão da porta, estava séria com um olhar vago e distante, usava uma regata branca com uma calça jeans preta, os cabelos lisos estavam soltos, caindo em cascatas. Ela permanece parada me olhando sem dizer nada, tento abrir a boca para perguntar o que ela estava fazendo ali, mas nada sai, a sede consumiu minha voz, me impedindo de falar ou fazer qualquer coisa. Lia tira os cabelos de um dos lados do ombro, deixando exposto o pescoço. Passo a língua pelos lábios e sinto meus caninos aumentarem novamente, minha visão, que estava um pouco turva, se fixa no pescoço dela e consigo enxergar perfeitamente sua artéria pulsar ritmicamente, minha sede aumenta. Fecho os olhos e balanço a cabeça negativamente, sem minha permissão, as lágrimas correm por meu rosto.

"Não... Não quero fazer isso, eu não quero me tornar isso..." 

Um soluço escapa dos meus lábios. Um farfalhar de roupas chega aos meus ouvidos. Vejo Lia se aproximando enquanto tento me afastar, contudo Lia é mais rápida. Ela segura meus ombros me mantendo no lugar, Lia se ajoelha em minha frente, e noto seu olhar tranquilo, como se estivesse hipnotizada por algo, ela se aproxima mais, e o som do sangue dela correndo pelas veias preenche meus ouvidos, me deixando ainda mais assustada. 

"Eu preciso acordar! ACORDA!"

Grito internamente. Não queria ver aquilo, não queria sonhar com aquilo, não queria SER aquilo. 

Lia tira uma faca de algum lugar que não tinha visto, e faz um corte de tamanho médio no ombro, perto do pescoço. O líquido vermelho vivo começa a escorrer por ela, sujando a regata branca que usava, o cheiro doce e delicioso do sangue chega até mim, meu estômago se torce de dor mais uma vez, minha garganta arranha, e uma sede descomunal se apossa de mim. Antes que pudesse pensar em qualquer coisa me vejo a agarrando e fincando meus dentes em cima do corte, como uma cena de filme, onde não conseguimos parar o que acontece, se não ficar vendo tudo acontecer, como um telespectador, ouço Lia dar um suspiro. Continuo a sugar o líquido quente, sugo com cada vez mais força, não conseguia parar. Vejo meu reflexo pelo espelho, meus olhos estavam vermelhos vivos, algumas veias saltavam ao redor dos meus olhos, lágrimas corriam pelo meu rosto, e por mais que odiasse estar fazendo aquilo, não conseguia parar de sorver. Sinto que sugava toda a vida dela, e para confirmar meu medo, sinto Lia amolecer em meus braços, meu corpo não obedecia ao meu comando de parar, não conseguia fazer o que me ordenava. 

Lia amolece em meus braços, caindo mole no chão a minha frente. Todo o ambiente que estava numa tonalidade acinzentada, fica mais escuro. A única coisa viva e vibrante era o sangue de Lia que manchava toda sua roupa e o chão. Desesperada olho minhas mãos, e me olho no espelho novamente, me assustando com a sombra escura no canto do cômodo, vejo minha loba de pelagem vermelha surgir do meio das sombras, com os olhos vermelhos, assim como estavam os meus, ela me olha por uns segundos sem nenhuma reação, sumindo na mesma nuvem escura no canto do cômodo logo em seguida.

Grito.

Me sento na cama desesperada ouvindo meus próprios gritos. Sinto meu corpo tremulo e fraco, o suor escorreu pelas minhas costas e seios, minhas mãos, que estavam geladas, tremiam devido ao choque. Assustada e confusa com o sonho, ponho as mãos na boca preocupada, e suspiro aliviada quando constato que meus caninos estavam normais. Olho ao redor, tudo normal, da maneira que estava quando me deitei para dormir. Ponho as duas mãos no rosto e tento controlar minha respiração, procurando meu celular debaixo do travesseiro, vejo as horas assim que o alcanço.

05:35 

Tinha que estar na casa do Supremo Alfa as oito horas da manhã. Ainda tenho tempo. Me deito na cama novamente relembrando o sonho, preciso me preparar, se for uma híbrida, se for realmente verdade, preciso me preparar. 

"O que vou fazer? Se for verdade, não farei mais parte da alcateia, eles não me aceitaram como uma deles, e não os culparia..." 

"Deve existir mais pessoas como eu, deve..."

Minha mente criou diversas perguntas, para se decepcionar segundos depois, ao lembrar que não tenho como conseguir as respostas para maioria delas - se não todas - no momento, e provavelmente, nem num futuro próximo conseguiria, afinal, híbridos não existem.

"Eu matei a Lia... Meu Deus..."

Massageio minha garganta com a lembrança da sede que senti no sonho.

"O que vou fazer?"

De repente a preocupação de estar prestes a encontrar minha companheira pareceu ridícula, o que poderia ser pior do que se transformar num ser que aparentemente não existe? Um ser que bebe sangue? O que pode ser pior, do que correr o risco de ser expulsa do único lugar que considero minha casa? Para onde irei se isso acontecer? O que será de mim, se isso acontecer? Os últimos quatro anos foram maravilhosos, cuidei de mim mesma, segui com minha vida. Em alguns momentos, até me esquecia dos abusos sofridos por quase metade da minha vida. Pego o número da filha de Miranda no bolso da farda, e deito na cama novamente, encarando o papel preocupada.

"Talvez ela tenha algumas respostas..."

"Preciso conversar com alguém sobre isso..."

Digito o número do celular, o salvando em meus contatos.

"O que você sabe sobre híbridos?" 

Digito a mensagem a enviando em seguida. Pelo assunto, ela com certeza saberia que se tratava de mim. Não consegui ser simpática, simplesmente perguntei o que quero saber, não tenho interesse em me aproximar dela, ou fazer amizade. Me deito na cama novamente, sem esperar que ela fosse responder aquela hora, e me surpreendo quando ouço o bipe  do celular.

"Você demorou, achei que não fosse me procurar."

"Não pretendia, mas aqui estou eu."

Foi o que quis responder, contudo, me contive.

"Não ia, mas preciso de ajuda, estou tendo pesadelos, não consigo dormir, não consigo ter paz. Preciso conversar com alguém sobre isso. O que você sabe sobre híbridos?"

Elisângela demora para responder. Quando achei que não teria mais resposta, o bip do celular apita novamente.

"Não se sabe muitas coisas sobre os híbridos, já que tecnicamente eles não existem. Vamos conversar pessoalmente mais tarde, não dá para falar por aqui." 

Suspiro impaciente.

"Não posso, estou fazendo a escolta da Suprema o dia todo, até amanhã." 

"Tudo bem, podemos conversar depois de amanhã então. Quer falar sobre o sonho?"

"Não."

"Imagino que tenha sido ruim então..."

Desligo o celular e o ponho debaixo do travesseiro, sem responder Elisângela. Tentaria aproveitar minhas últimas horas de sono.

Desta vez, quando fechei os olhos, não tive pesadelos ou insônia, aproveitei o máximo que pude, no entanto poucas horas depois, fui acordada pelo despertador do celular. Tomei banho e vesti a farda cinza, colocando o colete por último. Escolhi trabalhar a noite pois não consigo dormir nesse horário, tenho muitos pesadelos com meus pais e com os maus tratos. Acreditei que se trabalhasse durante a noite, o sono se acumularia, e durante o dia conseguiria dormir, pois estaria cansada demais, até mesmo para ter pesadelos. Infelizmente, minhas expectativas não foram correspondidas, continuei tendo insônia e pesadelos, me ocupei de preencher meus dias com atividades e trabalhos que pudesse fazer na alcateia, além de aprender luta corpo a corpo, aprendi como usar armas de fogo e os vários tipos delas que a alcateia dispõem para o caso de uma invasão. Agora, contudo, nos dias em que estiver fazendo a escolta da Suprema Alfa, terei que trabalhar durante o dia, pois durante a noite a Guarda Real estará na casa para fazer o trabalho. Os oficiais das equipes de Contenção e Segurança, treinam quem estiver disposto a aprender mais sobre luta, defesa e armas, além disso, também oferecem o treinamento de como agir em uma invasão, não é obrigatório que todos façam, mas fiz todos treinamentos que estavam ao meu alcance, para ocupar meu tempo e minha mente. Infelizmente sem muito sucesso.

Para que a alcateia consiga se manter financeiramente, todos que morram nela trabalham com alguma coisa, e por esse trabalho recebem um salário, assim o dinheiro que tinha sido 'investido' pelos Alfas, Conselheiros e aristocratas, de alguma forma retornava para eles, já que ninguém arisca sair da alcateia para "usufruir" do mundo humano, dessa forma o dinheiro que eles investiam, nós usávamos para pagar pelos serviços dentro da alcateia, retornando para os bolsos deles.

Decido deixar meus cabelos cacheados soltos, terminavam um pouco acima da cintura, minha pele parda estava pálida como todas as manhãs, as olheiras não estavam tão visíveis como nos últimos dias, ainda assim, era possível perceber que tinha tido uma noite de sono conturbada. Iria até a casa da Suprema com os cabelos soltos, prenderia quando chegasse lá. Enquanto estava na cozinha enchendo a garrafa de água que levaria para trabalhar, batidas na porta me tiram da minha rotina metódica de preparação para sair para trabalhar . 

Franzo o cenho curiosa, não estava esperando ninguém, são sete horas da manhã, Lia provavelmente está saindo da sala de câmeras agora, Bruno estaria de guarda nos muros até as oito horas. Caminho até a porta e a abro. Tento esconder a surpresa quando me deparo com Paula do outro lado, ela tinha um sorriso no rosto, sorriso que provavelmente, faz as garotas implorarem por atenção.

- Não tenho o seu número, então não pude avisar que passaria para te buscar. - A encaro confusa por uns minutos. - A não ser que não queira, claro.

- N-Não... Tudo bem, ia a pé mesmo. - Paula arqueia as sobrancelhas surpresa. 

- Me disseram que você gosta de andar,  mesmo assim, pensei em passar aqui para dar uma carona. - Estranho o comentário e faço uma nota mental de conversar com Bruno, se não for ele quem está falando da minha vida para Paula, Lia é minha segunda opção, se não for nenhum dos dois, não imagino quem possa ser.

- Você tem um informante valioso.

- Eu sei... - Ela sorri maliciosamente. Paula vestia a farda preta da equipe de Contenção. É centímetros mais alta que eu, seu corpo musculoso como de uma treinadora de crossfit ficava ainda mais atraente na farda. Era possível ver pelos braços musculosos que apareciam pelas mangas curtas, as horas de musculação. Diferente do dia anterior, hoje ela estava com uma boina que faz parte da farda, cobrindo seu topete estiloso, que estava visível no dia anterior, o cabelo curto nas laterais estava penteado para trás perfeitamente arrumado. 

Meu rosto esquenta quando noto que a estou inspecionando com o olhar. 

- Espere aqui, já volto. - Fecho a porta, e solto o ar que estava prendendo sem perceber. Provavelmente ela tinha escutado, mesmo estando do lado de fora, mas não me importei. Voltei para a pequena cozinha para terminar de encher a garrafa de água. 

Talvez ela esteja "investindo" em mim, se for o caso, não saberei como agir. Nunca fui paquerada tão descaradamente, as mulheres que me envolvo não costumam ser como Paula, normalmente são sérias e mimadas, conversávamos bastante até uma das duas mostrar interesse, a outra, se estivesse interessada também, deixava claro, tudo de forma rápida. Entrávamos em uma espécie de acordo silencioso, e depois de trans*rmos nunca mais tocávamos no assunto, somente se uma das partes estivesse interessada em um 'segundo round'. Estranho, contudo é o que estou acostumada, essas ficadas normalmente acontecem nas festas em que acompanho Lia, é difícil me envolver com alguém, mas acontece de vez em quando, quando estou bêbada, mas não tanto como Lia costuma ficar. 

Pego meu celular no quarto e saio, Paula estava esperando dentro do carro, um Eco Sport cinza. Me sento no banco ao  seu lado, e Paula dá partida. Não sabia como reagir a alguém como Paula, fazia tempo desde que tinha me sentido insegura com relação a alguém, e a ideia de que ela tentasse alguma coisa em algum momento me deixava nervosa, não saberia o que fazer. Me envolver com pessoas em festas, é totalmente diferente de se envolver com alguém no dia a dia, em festas não faço questão de saber o nome da pessoa que estou, porque muito provavelmente não vou ver aquela pessoa novamente tão cedo, sem contar que nas maiorias das vezes que fico com alguém nas festas, a bebida fala por mim. Já se envolver com alguém fora dessa situação, dá a impressão de ser algo mais sério, como um relacionamento, mesmo que a intenção não seja realmente ter um. 

"Para de pensar Lorena... Para de pensar..."

- Como você sabe onde moro? Foi o seu informante? - Paula ri misteriosa.

- Não foi meu informante, dessa vez. - Ela sorri ainda misteriosa, prefiro deixar o assunto quieto, não fazia muita diferença de qualquer forma.

Quando chegamos a casa do Supremo Alfa, Paula deixa o carro a uma certa distância, em frente a um gramado que se estendia ao lado da casa. Avistamos outro carro parando logo atrás do de Paula, provavelmente eram Clara e Luíza. Prendo meus cabelos em um coque baixo e ponho a boina cinza da equipe de Segurança.

- Pronta? - Paula pergunta sem ânimo.

- Já nasci pronta. - Brinco, ela ri. 

- Acredito. - Saímos ao mesmo tempo do carro, e vemos Clara e Luíza saírem do carro de trás. Nos cumprimentamos e andamos tranquilamente até a casa. Paula e eu prestávamos atenção na conversa animada de Clara e Luíza, e estávamos achando engraçado a animação das duas para trabalhar. A conversa era sobre o filho do Supremo que tínhamos conhecido no dia anterior.

- Qual é? Lorena você não achou ele um gato? 

- Acho que você errou a espécie Clara. - Paula faz piada. 

- Achei ele estranho, meio invasivo. - Digo com o cenho franzido.

- Invasivo? O que isso significa? - Luíza pergunta. 

- Ele secou Lorena com os olhos ontem. Por isso ela achou ele invasivo. - Paula diz séria.

- E você achou isso ruim? Eu queria que ele tivesse me secado, mas nem olhou para mim quando entrou no quarto da Suprema. - Diz Clara.

- Ela achou porque ela não gosta da mesma fruta que vocês... - Diz Paula. Luíza e Clara me olham surpresas, e me inspecionam de cima a baixo. Fico constrangida com a intromissão de Paula, em sair falando sobre mim sem a minha permissão, mas não digo nada, ignoro os olhares de Clara e Luíza. 

- É verdade Lorena? - Suspiro não querendo responder. 

- Você não parece... Você sabe... - Diz Clara sem graça. Me irrito. 

- Pois é... - Digo sem emoção. 

Provavelmente estou a alguns dias de conhecer minha companheira, e provavelmente sou uma híbrida, as pessoas saberem que sou lésbica não parece ser mais um problema tão grande, se comparado a esse dois, então me recusei a continuar constrangida, e só ignorei, não iria mais negar os fatos. 

- Nossa...  - Diz Luíza ainda me olhando como se eu fosse um E.T. - Mesmo assim você concorda que o filho do Supremo é lindo né? - Tento não transparecer minha irritação.

- Não faz o meu tipo, se é que me entendem... - Dou de ombros, elas riem. Noto Paula me olhando satisfeita e sinto meu rosto corar, era uma sensação boa não ter mais que esconder, na verdade nunca precisei esconder, percebi que a desculpa de que 'não queria que as pessoas soubessem porque não tinham nada a ver com minha vida para ficarem sabendo', pareceu ridícula, era realmente uma desculpa para evitar o inevitável, independente do que fosse, agora todos saberiam.

Paramos na porta de entrada da mansão e Paula toca a campainha. Fomos atendidas por um dos Guardas Reais, que nos cumprimenta acenando com a cabeça, dando espaço para entrarmos. Entramos em silencio, o hall estava vazio, mas era possível ver uma multidão de fardas pretas na sala de estar, era possível ouvir diversas vozes debatendo sobre algo, que não foi possível entender de onde estávamos. Guardas Reais estavam posicionados nos cantos de toda a casa, alguns nos olharam assim que entramos, dando um leve aceno com a cabeça. O Guarda Real que nos atendeu se posicionou em frente a porta da entrada, e Paula dirigiu sua atenção para nós.

- Hoje Lorena ficará no quarto com a Suprema, Clara aqui na porta, Luíza comigo no corredor, eles estão se preparando para sair, então logo logo estarão somente nós aqui. - Clara toma sua posição ao lado da porta de entrada perto do Guarda Real, Paula, Luíza e eu saímos do hall desviando dos Guardas que estavam espalhados pelo corredor. Quando estava na metade do corredor que nos levaria a escadaria para o segundo andar, decido por curiosidade, olhar para o centro da sala de estar, onde as vozes debatiam acaloradamente. Não me surpreendi com a expressão irritada do Supremo Alfa, que vestia uma calça social preta com uma camisa social branca. Ele andava de um lado para o outro com uma mão no queixo pensativo, conclui que era impossível, até mesmo para quem nunca o viu uma única vez, é impossível não saber quem ele é no meio de todas aquelas pessoas, contudo, não foi a presença intimidadora e imponente do Supremo Alfa que prendeu minha atenção, e fez meu corpo estremecer dos pés a cabeça. 

Era ela. Tinha certeza. 

Ela era a minha companheira. 

Assim que pus os olhos nela, calafrios correram por todo meu corpo, senti minha loba em meu interior tensa, e tive a impressão de que o tempo tinha parado por alguns segundos. Ouvi meu coração martelar nos ouvidos, e meu fôlego se prendeu pela surpresa, um sentimento que não sabia descrever começou a se agitar e crescer em meu peito, mas não demorou muito para descobrir o que era aquele sentimento, era pertencimento, meu corpo, minha loba, meu ser sentiu que pertencia a ela como companheira. Corri meus olhos por todo seu corpo constatando o que era óbvio mesmo da distancia em que estávamos.

Ela é linda... Extremamente linda...

Na verdade linda sequer chega próximo do que ela era...

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiiiii!!! 

 

Tudo bem c vcs? ><

 

Eu sei que esse momento demorou para chegar, mas queria que vcs conhecessem bem a nossa protagonista, espero que tenha conseguido isso da maneira q planejei ><

 

Como sempre: Comentem p eu saber o q estão achando, me incentiva mt, é a primeira historia q tomo coragem d publicar kk Me digam se virem qualquer erro p q eu possa corrigir, releio várias vezes os caps então pode ser q algo passe despercebido por mim. Críticas são bem vindas >< 

 

Obg por lerem! Boa semana! 

 

ATÉ A PRÓXIMA! BJOSSS


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Comentários para 6 - CAPÍTULO 6:
flawer
flawer

Em: 14/02/2021

Olá autora!

Eta Zorrra ( com três R) kkkkkk nossa  mocinha acaba de por os olhos sobre sua metade da laranja e ficou ENCANTADA. KKKKK

Me picando pra o outro cap. Kkkk

 

Parabéns pela estória, beijinhos srta.

 

Responder

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Clara Batista
Clara Batista

Em: 03/02/2021

Ótima história, estou amando!

Adoro esse tema e sinto falta de achar histórias boas assim.

Louca para conhecer essa companheira kkk

Voce citou que a Companheira demorou a aparecer justamente para podermos conhecer a protagonista, achei isso fantastico! São inumetas as histórias que me deparo que personagem princial não é bem desenvolvida, ou seja, só nesses primeiros capitulos essa aqui já ganhou meu coração.

Ansiosa para o proximo cap.


Resposta do autor:

Obg! Q bom q está gostando >< 

Concordo quando vc diz q ñ tem mts histórias c esse tema, na vdd, até encontro bastante no wattpad, MAS sempre quis ler uma história do tema sobrenatural d sapatão. Histórias d vampiros e lobisomens são sempre com personagens heterossexuais e sempre quis ler uma q tivesse a minha (nossa) realidade, no caso o mundo lésbico. Fico feliz d saber q ñ era a única c esse desejo kkk

Sobre desenvolver minha personagem, também concordo c vc, é raro acharmos histórias q realmente nos fisgam somente pela personagem, mesmo q a história ñ seja tão boa, protagonistas bem desenvolvidos até me fazem mudar s ideia sobre um livro ser bom ou não... 

 

Fico feliz q gostou! E obg por comentar! >< 

Responder

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Jebsk
Jebsk

Em: 02/02/2021

Descobri a história tem pouco tempo e já devorei.

É  muita coisa para conhecer e aprender, que demais isso! Me lembra o filme Anjos da Noite. 

Desconfio que a companheira seja a filha do Supremo. E um sexto sentido que a história da mãe da Lorena com um vamoiro não seja lá um conto de fadas, para ter tanto ódio assim de uma criança. 

Ansiosa para mais um capítulo 

????


Resposta do autor:

>< ? 

A sua comparação c Anjos da Noite me deixa lisonjeada e MT feliz, amo os filmes do Anjos da Noite, me inspirei um pouco neles também >< 

Obg por ler ><? 

Responder

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Crika
Crika

Em: 01/02/2021

Essa história me encanta, cada capítulo uma descoberta, curiosa para saber quem é a companheira dela,espero q seja uma mulher poderosa em muitos sentidos,e não só linda...pena n poder atualizar mais vezes...Parabéns querida sua história é incrível nos prende...????????


Resposta do autor:

Obg >< ?? 

Logo logo vcs vão saber quem é a companheira dela >< 

Responder

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