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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 4151
Acessos: 2684   |  Postado em: 25/01/2021

Notas iniciais:

BOA LEITURA ><

CAPÍTULO 5

Pessoas corriam por todos os lados, uma mistura de fardas cinzas e pretas me davam dores de cabeça, o sol estava no seu ápice, me fazendo soar por todo o corpo, sentia as gotículas de suor descendo pelas minhas costas e seios, pinicando minha pele por todo o trajeto, até ser absorvida pela farda. Infelizmente a bagunça exterior refletia a bagunça interior que explodia dentro de mim.

- Lorena? - Procuro a dona da voz me deparando com Paula, conhecida por mim, por Lia e por Bruno, como Pereirão. Apesar de nunca termos nos falado ou sermos apresentadas, já tinha a visto de longe.

Suspiro pondo um sorriso simpático no rosto, exatamente o oposto de como realmente estava interiormente. Paula é mais alta que eu, dona de um corpo musculoso, que ficava mais evidente na farda preta sem mangas, deixando seus braços musculosos a vista, o cabelo liso escuro com corte militar é comum entre os homens da Segurança e da Contenção, e combinava perfeitamente com seu rosto magro e definido. O olhar firme e intenso fazia jus a breve descrição de Lia sobre ela. - Sou Paula, prazer. - Ela estende uma mão.

Tento não me irritar com o aperto firme, e com o fato de ela soltar minha mão com certa relutância, não estou de bom humor, e muito menos falante. Na verdade, falar é a última coisa que quero.

- Prazer. - Ia dizer meu nome, porém me dei conta que ela já sabia.

"Como raios ela sabe meu nome? Por que todo mundo sabe a droga do meu nome?!"

- Estava te procurando, Bruno me mostrou você de longe, estou  impressionada, como ainda não nos conhecemos? - Ela pergunta sorrindo, ignoro o comentário sugestivo em forma de elogio.

Sorrio sem humor de volta, e procuro Bruno pela multidão, quando o avisto sinto um breve prazer ao mostrar o dedo do meio para ele. Bruno ri e pisca. Bufo irritada voltando minha atenção para Paula, que observou toda a cena. Ela é realmente linda, e parecia ser uma pessoa boa para se conversar e conhecer, mas não estava com paciência e vontade para isso.

Paula esconde um sorriso, fingindo tossir, e ignoro.

- Estava te procurando pois vamos ficar no mesmo posto, assim que os carros chegarem, eu e você vamos escoltar a companheira do Supremo, assim que ela sair do carro, Luís deve ter te falado...

- Sim, ele disse.

- Certo, ainda não encontrei as outras duas. - Ela diz enquanto olha em volta, provavelmente em busca das outras duas garotas. Não respondo, simplesmente caminho para a entrada do condomínio com Paula ao meu lado, a maioria já estava assumindo suas posições, como tínhamos sido instruídos pelo Beta.

Eu, Paula e as outras duas ficaríamos lado a lado na parte de dentro dos portões. A companheira do Supremo Alfa estará no segundo carro junto com o Supremo. No primeiro carro estará a Guarda Real, conhecida também como Escolta Real, que nada mais são do que pessoas que trabalhavam nas equipes de Segurança ou Contenção, mas que passaram a trabalhar exclusivamente para a Família Real, ou seja, a família do Supremo Alfa.

Assim que os carros passassem pelos portões, o Supremo Alfa e sua família, composta pela companheira e por três filhos - que estarão no terceiro carro -, serão direcionados para outros veículos por questão de segurança. Lucas, o Alfa da nossa alcateia, preferiu fazer a mudança, já que alguém poderia ter instalado um explosivo ou rastreador no carro deles, sem que vissem. Após a mudança acompanharíamos o carro do lado de fora, nós, a escolta, seguiremos a pé ao lado do carro, que fará o trajeto devagar. A primeira parada do carro será no Centro Empresarial da alcateia, onde o Supremo Alfa desembarcará e seguirá para encontrar nosso Alfa com a Escolta Real. A companheira do Supremo Alfa continuará no carro, e seguirá até casa que foi preparada para a estadia deles, nós, continuaremos seguindo o carro com a Suprema, enquanto a Escolta Real ficará com o Supremo e seus filhos.

Os filhos do Supremo, que estarão no terceiro carro, irão para o Centro Empresarial juntamente com o Supremo Alfa.

- Todos em posições e atentos. Os carros estão a alguns minutos daqui. - Uma voz soou no fone de comunicação em minha orelha esquerda.

Em questão de segundos todos se alocaram em seus lugares, não se via uma pessoa fora da posição, todos atentos e tensos, nenhuma palavra era dita, ambas as equipes estavam armadas com permissão para disparar, a menor suspeita de ataque. Posicionei minha pistola 380 no coldre, apesar de ser uma arma comum, as balas que ela continha eram especiais, próprias para matar lycans. Foco meu olhar nos portões já abertos, aguardando somente a chegada dos carros.

Do outro lado da rua, de frente para mim, outra fila de seguranças estava posicionada, ficando uma fila em cada lado da entrada. Os carros que levariam a Família Real dos portões ao centro, estacionaram do outro lado da rua prontos para seguir o plano.

Nenhuma palavra era dita, a tensão no ar era quase palpável, me sentia em um filme, e quase sorri, quando imaginei que teria gostado da situação, se fosse em outro momento da minha vida. Enquanto nenhum carro aparecia no horizonte, deixei a mente vagar para minha família, ou deveria dizer progenitores?

Imaginei e trabalhei nas possibilidades. Se sou uma híbrida, logicamente um dos meus pais não tem laço sanguíneo comigo, a não ser que nenhum dos dois fosse meus pais de verdade, porém sendo tão egoístas como são, acho difícil criarem alguém por quem não teriam a mínima obrigação, motivo pelo qual anulei essa possibilidade. Pelos traços físicos, posso dizer que sou filha biológica da minha mãe, tenho o cabelo igual ao dela, o nariz, somente a boca e os olhos são diferentes, o que me leva a conclusão de que meu pai, talvez não seja meu verdadeiro pai. Isso significa que minha mãe o traiu? Mesmo sendo companheiros?

Preferi não pensar no que podia ter acontecido entre eles, e foquei em "Quem é o meu pai verdadeiro?", se é que minha suposição está certa, infelizmente, ir pessoalmente até ela para perguntar de quem sou filha não é uma possibilidade, mesmo agora, tendo confiança de que me cuido bem sozinha, e que não apanharia como antes. Encará-los seria doloroso e traumatizante demais, sem contar que não é inteligente arriscar saber se cumpririam, ou não a ameaça que me fizeram, porque para piorar, meus pais são pessoas poderosas e influentes, eu jamais poderia me defender deles, se eles tentassem algo contra mim.

Um reflexo faz meus olhos doerem, pisco tentando melhorar a visão, percebo que um carro apareceu no horizonte, forço os olhos para enxergar melhor, e vejo outros carros virarem a esquina, logo em seguida do primeiro.

- Em posições, fiquem atentos! Vamos fazer tudo conforme planejado! - A voz no fone fala novamente. Os carros que levariam o Supremo Alfa e seus filhos ligaram, eram duas Range Rovers Sport pretas, claramente blindadas.

Assim que os carros passaram pelos portões, imediatamente foi sinalizado para fechar o mesmo, os seguranças dispostos do outro lado da rua bloquearam a entrada em fila, mesmo não aparecendo ninguém suspeito e louco o suficiente para tentar entrar. Metade dos que estavam ao redor dos portões subiram as escadas e se posicionaram no topo dos muros, enquanto se comunicavam pelo interfone nos ouvidos.

Os carros foram parando um atrás do outro, os veículos pelo qual A Família Real seguiria viagem, pararam lado a lado do carro no qual o Supremo Alfa e sua companheira estavam. As portas do segundo carro e do terceiro só se abriram quando todos os soldados da Guarda Real saíram do primeiro carro e se posicionaram entre os carros, bloqueando nossa visão. Ouvimos as portas se abrindo e fechando, no entanto, foi tudo tão rápido que foi impossível ver o rosto do Supremo ou de sua companheira.

Nossos seguranças saíram com os carros que tinham chegado, dando espaço para eu a as outras três mulheres nos posicionarmos, cada uma em uma ponta do carro. A Guarda Real se dividiu, parte foi para o segundo carro, onde se dividiram novamente, um grupo entrando no carro, outro permanecendo fora, como nós. A primeira parte da Guarda, que ficou no carro do Supremo e da Suprema, fez a mesma coisa no carro em que acompanharíamos, mais da metade entrou no carro, e somente quatro permaneceram ao redor do carro, totalizando oito pessoas ao redor do primeiro carro. Passaram-se alguns minutos antes do carro começar a se mover numa velocidade moderada.

O trajeto escolhido para o Centro Empresarial da alcateia, foi o mais longo e seguro, já que os outros trajetos manteriam os carros muito próximos dos muros, por tanto o caminho mais longo era pelo centro da alcateia. Ninguém conversou durantes o trajeto, reparei que o Guarda Real que estava em minha frente, tinha o uniforme preto com detalhes vermelhos, como os outros, porém, atrás do braço esquerdo, rasgos como de garras mostravam a pele branca por debaixo, era possível sentir um leve odor de sangue e suor, me preocupei com a possibilidade de sermos atacados novamente. Faziam meses que nossa alcateia não sofria nenhum ataque, porém, algo me dizia que as coisas mudariam, e não de uma maneira boa.

Dois anos atrás, quando comecei a trabalhar na equipe de Segurança na sala de vigilância, fomos atacados por um grupo de vampiros durante a madrugada. Mesmo durante a noite tendo mais pessoas da equipe de Segurança e Contenção trabalhando, eles de alguma forma souberam de uma brecha que tínhamos em uma parte dos muros, que por ser um local de difícil acesso externo, a segurança não dava tanta atenção, não preciso dizer que após o ataque a "atenção" passou a ser dobrada, mesmo naquela parte do muro.

O ataque não teve tanto êxito, já que Lia e eu vimos pelas câmeras quando os guardas daquele lado do muro estavam caídos no chão, assim que notamos, as câmeras perderam sinal. Comunicamos a casa do Alfa, e as equipes de Contenção e Segurança foram acionadas, quem não estivesse nos muros deveria comparecer ao centro da alcateia, quinze lycans perderam a vida nesse dia, e somente cinco vampiros tinham entrado, dois deles foi até onde eu e Lia estávamos, para nos impedir de contatar uma alcateia vizinha e pedir reforços se fosse necessário. Quase morremos nesse dia, e após esse ataque Seguranças foram escalados para ficar ao redor da casa de vigilância, para conter qualquer intruso indesejado que tentasse atacar novamente.

Depois desse dia fatídico, eu e Lia começamos aulas de defesa pessoal, jiu-jitsu, box, tudo o que pudesse nos ensinar a nos defender.

Olhar para a farda rasgada, e amassada com sangue do Guarda Real a minha frente, me fez perceber que as coisas realmente não seriam tranquilas dali para frente.

Depois de vários minutos andando, a velocidade dos carros diminui, avistamos o Centro Empresarial, que exteriormente aparenta ser um prédio residencial, mas o interior era cheio de escritórios, algumas lojas e bancos.

Os Guardas do lado esquerdo do carro vieram para o lado direito, se preparando para escoltar o Supremo Alfa para dentro do prédio. Eles param ao lado da porta do carro que se abre, e um homem alto, de porte atlético e cabelos grisalhos saí. Tudo é feito de maneira rápida, sequer consigo ver o rosto do Supremo, devido a quantidade de Guardas ao seu redor. O Supremo sai andando sem olhar para os lados, se dirigindo para a entrada do prédio, com os guardas quase colados nele. Assim que entram, ouço Paula dar ordens para as outras duas mulheres.

- Vocês duas vão com a Suprema dentro do carro, eu e Lorena ficaremos aqui fora. - As outras duas confirmam e entram no carro. Ouço as portas do carro logo atrás se abrirem, mas não tenho tempo de olhar, o carro com a Suprema começa a andar novamente numa velocidade moderada, e Paula e eu voltamos a andar apressadamente.

Conforme seguíamos o trajeto que tinha sido combinado, observo as pessoas parando e olhando, elas sabiam quem estava no carro, todos da alcateia estavam cientes de que a Família Real chegaria hoje, e conforme o carro vai passando, as pessoas fazem uma breve reverência para a Suprema, mesmo ela estando dentro do carro com os vidros fechados. As ruas vão ficando vazias, conforme vamos chegando na região destinada aos aristocratas da alcateia. Apesar de uma alcateia ser unida, e sempre um ajudar o outro, a divisão social entre aristocratas e pessoas mais simples é clara e palpável, aristocratas não se misturam com pobres, aristocratas não unem-se com pessoas de classe inferior, mesmo sendo uma companheira, a menos que a pessoa esteja disposta a abrir mão de toda a reputação. 

Ao entrarmos na região onde estão as casas do Alfa e de outros líderes, fica notável as casas maiores e mais requintadas, não existem muros separando as casas, mas sim grandes gramados e jardins, as ruas estavam vazias e silenciosas, e quando já estamos a uma boa distância do centro, ouço Paula pigarrear.

- Ouvi muitas coisas sobre você Lorena. - A voz dela soa baixa, provavelmente para que quem estivesse dentro do carro, não escutasse.

Não respondo a afirmação.

- Me disseram que você luta muito bem corpo a corpo. É verdade?

- Discordo. - Respondo enquanto olho os arredores, nada suspeito até então.

- Por quê? - Sinto os olhos dela em mim, e dou de ombros.

- Só acho que tem pessoas melhores para se elogiar.

Paula fica em silêncio por alguns segundos.

-  Dou aulas de muay-tay, quer fazer uma aula comigo? - Sinto meu rosto esquentar e meu coração se acelerar. Ela é realmente linda e muito atraente, mas a notícia de horas atrás ia me deixar totalmente fora de órbita por meses.

- Pode ser...

- Tem um dia em mente? - Suspiro desconcertada. Escolho as palavras mentalmente antes de explicar a Paula o motivo da minha recusa.

- Estou passando por um momento meio complicado da minha vida agora, e não sei se seria legal aceitar seu convite, já que com certeza não vou ter ânimo para isso, entende? Não estou dizendo que não, só não consigo agora... - Sinto seu olhar penetrante em mim.

- Tudo bem, entendo.

Continuamos o trajeto em silêncio. Quando finalmente chegamos a casa do Supremo Alfa, já estávamos no final da tarde, o sol se punha no horizonte, logo logo poderia ir embora para a solidão da minha casa, que era o que mais queria no momento.

O carro para em frente a uma casa grande e branca com detalhes cinzas,  Paula e eu paramos ao lado da porta do carro, as outras duas, que se chamam Luíza e Clara, saem do carro em seguida. Quando a Suprema Alfa sai do carro, a escoltados para dentro da casa de forma rápida e organizada, e só lá dentro é que reparo em como é a companheira do Supremo Alfa. Me surpreendo em constatar que ela era mais baixa que eu, provavelmente um metro e sessenta, possuindo um porte magro e delicado, nos  dando a impressão de fragilidade e vulnerabilidade. De pele clara e cabelos lisos escuros como carvão, que destacaram os olhos incrivelmente azuis, detendo uma postura tão tranquila que conforme andava era notável a graciosidade com que se movia, nada me preparou para o olhar penetrante e inteligente que me encarou de volta, quando adentramos a luxuosa residência.

Paramos em formação, e a saudamos com uma reverência breve. Paula toma a frente.

- Suprema, sou Paula, responsável por essa equipe que foi designada para acompanhá-la durante três dias, no período em que o Supremo Alfa e a Guarda Real não estiver com a Sra. - A voz de Paula soa firme e autoritária.

- Fui informada. Me apresente as mulheres corajosas que vão me aturar esses três dias. - Ela sorri simpática. Usava um vestido longo azul claro, que realçou ainda mais seus olhos da mesma cor. - Vocês com certeza me conhecem como a "companheira do Supremo Alfa", mas meu nome é Anna, me chamem assim, por favor. - Concordamos com um aceno de cabeça.

Paula começa às apresentações nos apontando em sequência.

- Essa é Luíza, Clara e Lorena. Todas nós trabalhamos na Contenção com exceção de Lorena que é da Segurança.

Anna nos encara, uma a uma, e sorri.

- É um prazer conhecê-las meninas. Vocês me parecem tão jovens, qual a idade de vocês?

- Trinta e dois. - Paula responde primeiro.

-  Vinte e oito.

- Trinta.

- Vinte e dois. - Além de ser a única da equipe de Segurança, também sou a mais nova, tento não me incomodar com o olhar surpreso de Anna.

- Perfeito. Bom, se me derem licença, irei descansar, estou exausta. Jeremy me explicou que vocês também ficarão dentro do quarto, é isso?

- Sim senhora, mas antes que Sra...

- Por favor, senhora não... - Anna interrompe Paula.

- Antes que você fosse descansar queríamos fazer uma revista na casa, por questão de segurança. - Paula se cala aguardando uma resposta.

- Não acho que seja necessário, mas tudo bem, eu espero. - Ela diz com tom cansado. Paula imediatamente se vira para nós.

- Clara, faz uma vistoria nos arredores da casa, Luíza olha esse andar. Eu vou para o segundo, Lorena fica aqui com Anna, certo? - Todas concordamos.

Vejo todas se afastarem com certa inveja, não queria ficar a sós com ela, apesar de ela parecer ser uma ótima pessoa sabia o que aconteceria, provavelmente vai dizer que sou muito nova, ia perguntar da minha família - como a maioria das pessoas - depois perguntaria porque trabalho com algo tão perigoso. Seguro o impulso de bufar e revirar os olhos. Sentia meu corpo estressado e cansado, o que contribuiu para a crescente irritação que estava, que só piorou quando me lembrei dos problemas recém descobertos que enfrenterei daqui para frente. Olho para os lados tentando disfarçar o constrangimento, e fingindo fazer alguma coisa.

- Você me parece irritada. - Anna diz de repente.

Depois de olhar para todos os lados possíveis, e conferir a trança da porta duas vezes, me viro para ela e respondo sem olhá-la nos olhos.

- Estou num dia ruim. - Sorrio sem emoção.

- Consigo sentir sua confusão. - Sorrio mais uma vez sem dizer nada.

Pessoas que vem de uma descendência antiga de lycans, são suscetíveis a nascer com dons, desde um simples "ler mentes" a "levitar objetos". Felizmente é muito raro, e pessoas com esses dons são vigiadas, ou até mesmo escondidas pelos próprios Alfas para evitar por a vida de pessoas ou a dela própria em risco, já quê, tanto lycans, como vampiros e bruxas podem querer usar esses poderes para si. O controle dos próprios dons já são um problema em si, porém lidar com pessoas ruins querendo usá-los através de mim para algo ruim, é suficiente para fazer com que esconda os meus dons. Por esse motivo a identidade de pessoas com dons são totalmente confidenciais, somente o Supremo, os Alfas, e provavelmente o Conselho sabem quem são essas pessoas.

Rumores dizem, que a companheira do Supremo Alfa é uma dessas pessoas com dons, mas ninguém sabe dizer o que exatamente ela faz, já que os rumores nunca foram provados. Ler sentimentos iguala-se aos dons de uma Profeta, já que em ambos os casos, ver o futuro de uma pessoa, e ver o interior de alguém é íntimo, e não se compara aos dons, como força, agilidade, ou qualquer outro.

Anna me encara por um longo período de tempo, e começo a me preocupar.

- Está tudo bem? - Pergunto. Ela parecia hipnotizada por algum ponto em minha farda. Ao ouvir minha voz, ela pisca os olhos e balança a cabeça.

- Sim, é só cansaço. - Concordo com a cabeça não acreditando em sua explicação.

Luíza é a primeira a voltar da vistoria, com Paula logo em seguida e Clara por último.

- Tudo limpo. - Diz Paula. - Clara, você fica com a Suprema dentro do quarto, eu e Lorena ficaremos na porta, Luíza você faz a guarda aqui na porta da frente. - Todas concordamos, pois naquele momento Paula era nossa superior.

Subimos com Anna para o quarto, Paula e eu ficamos na porta. As coisas estavam silenciosas e tranquilas, um sono que não era comum em mim começa a dar as caras, e olho meu relógio de pulso simples. Teoricamente faltam uma hora e meia para irmos embora, porém, se o Supremo Alfa não chegar com a Guarda Real para ficar com Anna, não podemos abandonar o posto.

- Falta muito? - Paula pergunta com os olhos fixos na parede a nossa frente.

- Uma hora e meia. - Suspiramos ao mesmo tempo.

- Você parece cansada.

- Fui informada da minha nova escala minutos depois da reunião ter acabado, não tive tempo de descansar, quando Luís falou com você?

- Ontem. - Contenho a indignação. Se soubesse que teria que ficar de escolta pessoal da Suprema, teria aproveitado mais meu tempo na cama hoje cedo, antes da reunião. Teria aproveitado muitas coisas. Assim que acordei decidi me exercitar para cansar o corpo, dessa forma quando chegasse depois do turno de trabalho estaria cansada o suficiente para dormir, contudo teria feito o contrario se soubesse onde trabalharia hoje.

Mais uns minutos se passaram.

- Por que entrou para Segurança? - Paula pergunta com os olhos focados no início do corredor, mesmo sabendo que ela não veria, dou de ombros.

- Não pretendia entrar, quando me mudei para cá tinha acabado de ter um ataque de rebeldes, o segurança que substituí renunciou o cargo, pois tinha sido atacado por um vampiro durante o ataque, eu precisava trabalhar, e era a única coisa que tinha no momento, então aceitei e comecei a trabalhar.

- Mesmo sendo perigoso?

- Dentre tantos lugares, acredito que ficar numa sala com câmeras não seja tão perigoso, quanto trabalhar contendo infratores da lei, ou ficar nos muros. De todas as opções, acho essa a menos perigosa.

Paula concorda com a cabeça.

- Se importa se eu fizer uma pergunta pessoal?

Me importava, mas neguei.

- Não.

- Sua família não liga?

- Não tenho família... Não tenho ninguém. - Sinto o olhar dela em mim, me avaliando de cima a baixo.

- Eu também não. - Franzo o cenho. - Foda... - Ela diz depois de um tempo.

- É... Foda... - Concordo. Não pergunto o que aconteceu com a família dela, e ela também não pergunta sobre a minha, era como se compartilhássemos a mesma opinião, sobre não ir a fundo no assunto.

O clima fica leve depois de compartilharmos algo em comum, minha mente ainda vagava para minha nova descoberta, contudo tentei ignorar as perguntas que insistiam em surgir em minha mente. 

"Terei que beber sangue?"

Essa pergunta gritou dentro de mim, quando me lembrei do que Elisângela tinha dito sobre chamá-la quando chegasse a hora. Nunca fui uma pessoa muito adepta de carne, comia, mas não sentia falta se não comesse, me imaginar bebendo sangue era assustador e surreal, me imaginar fazendo parte "desse mundo", é  assustador. O pensamento começou a me apavorar, sinto meu coração acelerar dando indícios do começo de uma crise. Fecho os olhos e respiro profundamente, quando os abro novamente, vejo Paula me encarando.

- Crises? - Concordo com a cabeça. - Também tenho, mas normalmente são durante a noite.

- Quando está sozinha?

- Sim.

- Eu também. - Deixo o primeiro sorriso sincero do dia tomar conta do meu rosto quando ouço nos duas suspirarmos ao mesmo tempo, pela segunda vez. Paula ri baixo.

- Alguém chegou, devem ser eles. - Luíza diz pelo comunicador. Paula fica tensa.

- Fica de olho, não deixa entrar se não for o Supremo ou os filhos.

- Entendido. - Luíza diz. Do andar de cima ouvimos o barulho da porta do carro. - É o filho mais novo do Supremo.

- Então deixa entrar. - Paula entra em contato pelo interfone com outra pessoa, mas a conversa não sai pelo meu interfone. - Parece que estamos liberadas. - Ela diz, com evidente alívio no rosto.

Ouvimos o barulho da porta da frente e vários passos até as escadas, um homem surge no nosso campo de visão e atrás dele cinco Guardas Reais. Ele tinha a mesma altura e porte atlético do Supremo, porém os cabelos eram escuros como o de Anna. Olhos tão escuros quanto os cabelos nos encaram, quando chega até nós.

- Boa noite. Estão dispensadas, os nossos guardas vão fazer a escolta agora, obrigado. - Desvio o olhar quando ele diz tudo me olhando, encaro Paula.

- Entendido. - Paula chama Clara pelo interfone, e acena para segui-la.

Descemos as escadas em silêncio, nem um pouco animadas para o dia seguinte.

Fim do capítulo

Notas finais:

BOA TARDE GENTE ><

 

Espero que estejam gostando, eu sei, esta demorando um pouquinho p aparecer a companheira da Lorena, mas não se preocupem, está perto dela aparecer >< 

Comentem para eu saber o que estão achando da história, me digam se virem algum erro de ortografia ou qualquer coisa incoerrente na história p que eu possa concertar, críticas são bem-vindas ><

Boa semana p todos, até a próxima! ;) 


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Comentários para 5 - CAPÍTULO 5:
Lea
Lea

Em: 17/02/2022

Povo fresco,pra quê tantos guardas! E essa divisão de quem tem mais e quem tem menos poder aquisitivo é melhor "tratados". Então quer dizer que,se precisar enfrentar um " guerra" eles ficarão " guardados" enquanto os "soldados" morrem??


Resposta do autor:

Em partes sim, depende muito da situação. Por exemplo: numa guerra de larga escala, os líderes iriam para guerra junto com todos, mas em conflitos pequenos eles julgam o risco desnecessário.

Responder

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flawer
flawer

Em: 28/01/2021

Boa noite, autora!

Li capítulos de tua estória hoje! ( Sorrindo aqui) É muito boaaa!!!! 

Aplaudindo de pé aqui! RS

 

Aguardando novos capítulos.

 

Beijinhos lindona


Resposta do autor:

OBRIGADA >< ?

Fico feliz q gostou >< 

????

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 26/01/2021

Nossa que adrenalina vixe!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Irinha
Irinha

Em: 25/01/2021

História maravilhosa. Aguardando os próximos capítulos.bjs


Resposta do autor:

Obg >< ?

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