Meus pedaços por Bastiat
A lágrima já derramada não volta
Isabel
Pela terceira vez peguei o maiô que a Helena separou para mim. Eu não queria vesti-lo e fingir que nada está acontecendo. Estou com a garganta engasgada desde que a minha mulher anunciou que Elisa passará o dia aqui em casa. Para piorar, a discussão mais cedo com a loira me fez mudar a minha opinião sobre o seu caráter, senti-me enganada.
Eu preciso fazer o que já deveria ter feito: contar para o meu amor com quem transei enquanto estivemos separadas. Talvez tenha sido até bom essa reunião porque pude tomar consciência de que não posso adiar mais. Nem a viagem pode me impedir, muito menos esperar a boa vontade da Elisa para contarmos juntas. Errei. Prefiro viajar brigada ou até mesmo não fazer a viagem.
Olhei mais uma vez para o maiô branco e preto e o vesti. Helena me pediu com tanto carinho para me animar e entrar com ela na água, não posso deixar de fazer suas vontades.
Fiquei de frente para o espelho e conferi como ficou a peça no meu corpo. Sorri quando meus olhos caíram no porta retrato que Helena recentemente colocou no nosso quarto. Eu, Gi e ela. Peguei o objeto e passei os dedos nas letras em vermelho escrito "família". Minhas duas meninas, meus tesouros mais preciosos. Um frio percorreu a minha espinha, medo de perdê-las.
Beijei a foto e a coloquei no lugar. Preciso ver a baixinha para acalmar o meu coração. Só a pele em contato com a minha para fazer com que me sinta mais segura.
Saí do quarto colocando uma saída de praia por cima. Desci as escadas com a Natália subindo nervosa e explicando que o Chico havia feito xixi nela. A boa risada me animou.
Passei pela porta e caminhei na direção que fica a piscina. Olhei de longe a helena conversando com a loira. Revirei os olhos, já bastou o meu esforço de tentar ser gentil na hora do almoço, não me aproximarei delas.
Tirei a minha saída de praia lentamente para passar o tempo. Dei mais uma olhada para elas e quase voltei para dentro, não me parece que a Helena vai parar de conversar tão cedo.
Ajeitei o meu decote e as outras partes. Virei-me de costas e olhei para as roseiras da minha mulher. Estão lindas.
Fiquei um tempo enrolando. Tediosa por não fazer nada, espreguicei-me e voltei a olhar para elas. Para a minha alegria, Helena levantou-se e começou a andar com pressa na direção da casa.
Tive que correr para alcançar a pequena. Abracei o seu corpo por trás fazendo com que ela parasse e colei os nossos corpos.
- Aonde vai, cariño? Suba nas minhas costas, vamos juntas entrar na piscina.
Não obtive nenhuma resposta da paulistana. Seu corpo está frio, assim como ela. Fiz carinho na sua barriga. Nenhuma reação. Lena parece uma pedra.
Beijei o seu pescoço. No começo, pareceu ter relaxado, mas a tensão veio de uma hora para outra. Algo está errado. Coloquei mais força no abraço. Sua reação foi retirar a minha mão abruptamente. Sem me olhar, Helena Carvalho me pegou pelo braço e saiu me arrastando.
Quando meu raciocínio voltou a funcionar, depois do susto, tentei perguntar:
- Helena? O que...
A força da apresentadora deve ter dobrado de repente. Com a mão no meu braço, jogou o meu corpo na parede. Assustei-me quando vi em seus olhos lágrimas e raiva.
- Isa... - não conseguiu falar.
- O que foi, cariño? Por que está chorando? - Preocupei-me.
- Você e a Elisa... - seus lábios tremiam. - A Elisa é a mulher que você transou durante a nossa separação?
Senti medo. Eu não consegui contar. Elisa contou. Era isso que elas estavam conversando na beira da piscina. O que eu mais temia aconteceu. Caí na armadilha da loira. A culpa é totalmente minha. Só minha.
- Pelo seu silêncio, eu já sei a resposta - tirei minhas mãos dos seus braços e me abracei. - Tenha a dignidade de dizer.
Helena se abraçou. Foi como se eu quebrasse algo frágil. Sim, eu quebrei. Nossa volta ainda está muito frágil. Ela jamais me perdoará.
Murmurei um ‘desculpa'. Meus olhos ficaram embaçados. Meu coração batia como um tambor.
- DIGA!
Helena gritou na minha cara. Tremi e confessei:
- Sí. Eu e a Elisa tivemos uma noite. Pero, foi apenas uma vez, cariño. No...
A atriz mais velha ficou vermelha e seus lábios apertaram tanto que ficou apenas uma linha. Conheço quando o amor da minha vida vai explodir. Preparei-me para mais gritos.
- Primeiro ela, depois você.
Fiquei sem reação. Só me dei conta de que a Helena não estava mais próxima de mim quando olhei e não a encontrei.
Primeiro ela? Elisa! Não posso deixar que a loira machuque a minha pequena ainda mais.
Corri na direção da piscina e cheguei a tempo de ver a Helena dar um generoso tapa de mão totalmente aberta. O barulho foi horrível.
A loira se curvava para o lado com a mão no local dolorido. Vi a vermelhidão que ficou quando ela começou a se reerguer.
Para a minha surpresa, Lena deu outro tapa, dessa vez com a mão esquerda.
- HELENA! - gritei chamando a sua atenção.
Corri até ela. Não posso deixar que a baixinha faça uma tragédia maior. Sua raiva pode ser capaz de matar a amiga.
Seu olhar de ódio foi interrompido pela Elisa perguntando:
- Você contou para ela, Isabel?
Não tive tempo de responder.
- CONTOU QUE VOCÊ É UMA VADIA, TRAÍRA E FILHA DA PUTA? NÃO! ISABEL NÃO TEVE A DIGNIDADE DE ME CONTAR, MAS CONFIRMOU O QUE EU DEMOREI A PERCEBER.
Então a Elisa não contou para Helena. Como ela descobriu?
- Helena, eu posso me explicar - ouvi a cineasta tentar dizer.
- NÃO TEM EXPLICAÇÃO. VOCÊ COMEU A MINHA MULHER COM OS OLHOS NA MINHA FRENTE...
Me comeu com os olhos? Então a loira fez o que vem me incomodando desde aquela noite, me secou com o olhar de desejo. Helena percebeu e juntou os pontos.
-... SE FEZ DE AMIGA ENQUANTO EU CONTAVA AS NOSSAS INTIMIDADES. EU CONFIAVA TANTO QUE TE PEDIA PARA VOCÊ FAZER A GENTE VOLTAR.
Nada pode ser pior do que a sensação que estou tendo agora. Então foi por isso que Elisa passou a frequentar a minha casa após a separação. Ela pode ter planejado.
- E VOCÊS NÃO ESTÃO JUNTAS? SE EU QUISESSE, ACABARIA COM O SEU CASAMENTO FALANDO QUE FUI PARA CAMA COM ELA...
- FALSA! FALSA, BAIXA, MAU CARÁTER. VOCÊ ME FEZ PENSAR QUE A ISABEL NÃO ME QUERIA MAIS. PODERIA TER RESOLVIDO O NOSSO PROBLEMA FALANDO QUE NÃO A TRAÍ!
Quando eu penso que nada pode ser pior para a loira, dou-me conta de que ela poderia ter explicado para mim que Helena não me traiu, mas nunca houve essa conversa. Talvez se ela tivesse me dito o plano de provocação, eu teria ficado em dúvida.
- ELA NÃO ACREDITARIA EM MIM!
- E VOCÊ SE APROVEITOU DA SITUAÇÃO.
- EU NÃO TENHO CULPA DE TER ME APAIXONADO POR ELA.
Quando vi o braço da Helena se reerguendo, coloquei-me na sua frente para evitar que ela se machucasse. A loira está mais atenta e não vai deixar barato outros tapas.
- Helena, vamos conversar - disse baixo na tentativa de acalmá-la.
- NÃO! EU NÃO TENHO NADA PARA CONVERSAR COM VOCÊS.
A veia de seu pescoço vermelho saltava. Carvalho está totalmente descontrolada. Eu preciso fazer com que ela se acalme e converse comigo.
- Cariño, calma. Nós íamos te contar. Vamos conversar, deixe-me explicar. Eu te amo. Por favor, amor. Yo sé, errei por não ter contado, mas eu confiei em quem não deveria, como você também. Vamos conversar?
Acompanhei os olhos da apresentadora e só então notei duas mãos na minha cintura.
- Helena? - tentei buscar a sua atenção.
- Como vocês tiveram coragem? É nojento. Eu tenho nojo de vocês duas. Nojo.
Nojo? Nojo. É claro que minha pequena já está imaginando coisas. Ela não vai me perdoar.
Corri atrás dela desesperada. Não vou desistir do meu amor.
Peguei em seu braço para impedi-la de ir para longe de mim.
- Vamos conversar, cariño.
- Você teve várias oportunidades para me contar, Isabel.
- Eu sé...
- Me solta, Casañas - pediu falando entre os dentes.
Soltei um pouco seu braço, mas ainda permaneci com minha mão no local.
- Foi um momento de carenc...
O mesmo braço que eu segurava, empurrou-me com força. Comecei a andar para trás desequilibrada. A grama está molhada e o piso da borda também. Tentei achar algo para segurar e por último estiquei a mão para a Helena.
Quebrei-me quando a vi dando as costas para mim. Pisei na borda da piscina e caí.
Enquanto o meu corpo entrava na água fria, as palavras da entravam como lâminas de gelo por várias partes do meu corpo.
"É nojento. Eu tenho nojo de vocês duas. Nojo."
Voltei à superfície desesperada. Não posso me entregar ao choro como antes, preciso lutar.
Minha saída da piscina foi estabanada. Escorreguei na grama, caí de joelhos, mas rapidamente me ergui para correr atrás dela.
- Não, você não vai correr atrás dela sem antes me explicar o que quis dizer com confiar em quem não deveria.
Elisa segurou com força o meu braço.
- Solte-me, hija de puta. No tenho nada para explicar.
- Você não pode jogar a culpa em mim assim. Era só dizer não, mas em nenhum momento eu te ouvir pedir para parar com vontade. Você gostou.
- Eu tenho me segurado para não te ofender, pero descobri que não merece minha consideração. Para mim tanto faz se trans*mos, Elisa. Foi tão sem importância que preferi esquecer-me do momento.
- Repita isso mil vezes até se convencer, Isabel.
- Me convencer do quê? De que gostei? Para e pensa um pouco: eu tive atitude de quem gostou? Se eu tivesse gostado, estaria correndo atrás da Helena ou me jogaria nos seus malditos braços? Pensa!
- Eu fui melhor do que ela!
- Você não chega aos pés da Helena, Elisa.
Vi dor nos olhos verdes da cineasta. Segurando o choro, com a voz trêmula disse:
- Eu te amo, Isabel. A única coisa que fiz da minha vida amorosa foi te amar por anos. Fiz de tudo para te esquecer, até fiquei com outras pessoas, mas esse amor continuou. Nunca vou deixar de te amar. Dói te ouvir dizer isso, mas nada vai me fazer parar de sentir o que sinto por você. Helena jamais me perdoará. Melhor: ela jamais nos perdoará. Não adianta correr atrás dela, é melhor esquecê-la. EU POSSO TE FAZER FELIZ!
- NO! Não, Elisa. Eu não te amo. Nunca olhei para você de outra forma. Eu estava carente, frágil, meu corpo há muito tempo não recebia carinho. Eu me entregaria a qualquer pessoa, não transei com você especificamente. A única pessoa que amei e vou amar para sempre é a Helena.
- Mas ela não vai te perdoar.
- No importa. Isso não é um triângulo amoroso, você está sobrando. Mesmo se não existisse Helena na minha vida, eu jamais me relacionaria com você. Nunca me apaixonaria por uma pessoa que joga sujo e quer enganar os outros. Eu fui até a sua casa e te dei uma chance de preservar a sua amizade com a Lena. Preocupei-me com a sua posição. Achei que tinha alguma responsabilidade pelos seus sentimentos. Eu estava disposta a pegar toda a culpa para mim porque a decepção de uma amizade dói. Mas agora eu sei, você não tinha a mínima consideração pela pessoa que te chamava de amiga com orgulho. Você poderia ter se afastado, pero ficou do nosso lado esperando o momento certo. Pior do que tentar nos separar é fazer o que fez: se aproveitar de duas pessoas sofrendo para se satisfazer. Não é amor o que sente por mim e nem amizade pela Helena, é desejo de ter a nossa felicidade.
- Você está fazendo pouco caso do meu amor...
- Nem muito e nem pouco. Eu simplesmente não sinto nada. Não sobrou nem consideração. Você é ridícula, prepotente e egoísta. É digna de pena.
Soltei o meu braço com força. Esfreguei o local pelejando que a dor pelo aperto fosse embora. Pelo menos essa dor física, porque a da alma não passará até que eu consiga o perdão do amor da minha vida.
Dei de cara com a Natália.
- Não precisava falar assim com a Elisa...
Foda-se a Elisa. Deixei a Nat para trás. Meu único objetivo foi gritando por mim em desespero:
- HELENA... HELENA! HELENA!
Tentei subir as escadas correndo, mas os pingos que molham o chão quando passo o deixa escorregadio demais. Procurei pressa, porém contive os meus passos.
Perto da porta do nosso quarto, escutei seu grito. Feriu-me.
- HELENA! ABRA A PORTA, POR FAVOR - pedi desesperada.
- VAI - pausa ofegante - EMBORA - outra pausa - ISABEL.
- VOCÊ NÃO ESTÁ BEM...
- E A CULPA É SUA. SOME DAQUI. EU NÃO QUERO OUVIR A SUA VOZ.
Sei que preciso dar um espaço para a Helena, mas ao mesmo tempo não quero deixar a falta de diálogo destruírem mais uma vez o nosso amor. Eu errei por omitir quando já deveria ter contado na primeira oportunidade. Errei por querer fazer tudo certo.
Sentei-me no chão, minhas mãos vão para o lado da minha cabeça. Não vou sair dessa porta, não vou deixar a minha felicidade.
"Abracei sua cintura fina trazendo o seu corpo para cima do meu.
- Me gusta sentir el contacto que tenemos al entrelazar nuestros cuerpos.
- Você faz de propósito? - Helena perguntou com um pequeno sorriso nos lábios e olhando em meus olhos.
- O quê?
- Essa voz sexy falando em espanhol.
- No lo sé ... solo sucede cuando estoy contigo. Entonces tú que me provocas eso.
Helena fez uma trilha de beijos que começou no meu queixo, passou pelos meus lábios, e bochecha, no fim parou no meu ouvido.
- ¿Qué pasa si empiezo a hablar español directamente en tu oído, Casañas?
- Cariño... - meu corpo arrepiou-se."
Não pode ser a última vez que fizemos amor. Perdê-la de vez é deixar de existir.
"Entrei no quarto levando uma bandeja na direção da esfomeada Carvalho.
- Você deve ser a única pessoa do mundo que depois de tantos anos de casada ainda traz um lanchinho para sua mulher na madrugada.
- É porque ninguém tem o privilégio de ter uma Helena Carvalho dentro de casa. Eu que tenho, gosto de mimá-la para que ela nunca me deixe.
- Mas eu não te deixaria nem se me torturassem, meu amor.
Sentei-me ao seu lado enquanto dizia que tinha preparado um sanduíche de ricota e berinjela.
- Fez esse suco agora?
- Claro, Helena. Tudo fresquinho.
- É esse seu carinho e cuidado que me fazem ser apaixonada por você.
- Te amo, cariño..."
Estávamos tão bem. Tivemos uma madrugada cheia de conversas e planos.
"-... Nas férias do meio do ano, podemos fazer uma viagem internacional com a Gi. O que acha de Paris? - Helena perguntou empolgada.
- Acho melhor a Grécia para curtir o verão europeu.
- Hum... é uma ótima ideia, Gi vai ficar louca com a mitologia grega. Temos que comprar um pacote que faça passeios por esses lugares antes de irmos.
- Podemos começar a passar desenhos sobre mitologia grega para ela.
Helena concordou colocando o sua mão sobre a minha que estava no meu joelho.
- Então deixamos Paris para o final do ano que vem, vida? Podemos aproveitar e fazer um roteiro romântico.
- Quando você quiser, cariño.
- Ah tá bom - disse dando risada. - E o Arte? O reality? Viajaria comigo em abril só para curtir a primavera francesa?
- Sí. Se você puder também tirar algumas semanas de folga.
- Mas é claro que posso, amor. Isso quer dizer quê...?
- Viajar é bom, sei que você adora. Mas quero mesmo é curtir mais a minha família, trabalhar menos, me permitir ser feliz para além da minha profissão. Quero ter mais tempo com a Giovanna, mais tempo com você, mais tempo com as duas juntas. Tudo que nos aconteceu me fez acordar para a vida. Não vou ser hipócrita e dizer que me arrependo de trabalhar tanto. Porém, já conquistei o que tinha para ter uma vida estável, não preciso de mais. Só preciso ser feliz com a minha mulher e a nossa filha.
A baixinha beijou a minha bochecha e abraçou-me de lado.
- Ainda bem que estamos com o mesmo pensamento, Isa. Do que depender de mim, passarei mais tempo com as duas e aproveitarei mais todos os segundos."
Uma onda de choro subiu do meu peito e transformou-se em lágrimas. Não foi uma madrugada de despedidas, estávamos aos poucos reconstruindo. Os detalhes de seus olhos brilhantes, as palavras felizes preferidas pela sua boca que sorria a todo momento, seus abraços espontâneos, sua energia passa confiança. Entreguei-me ao desespero, perdi a noção de onde eu estou.
Passaram-se longos minutos. Cada vez mais me encolhia pelo frio. Água ainda escorria do meu cabelo pela minha pele arrepiada.
- Isabel.
Abri ao olhos ao escutar a voz baixa da Natália e olhei para sua mão estendida.
- No, eu vou ficar aqui até a porta se abrir.
Nat agachou-se do meu lado e me deu uma toalha.
- Vai acabar ficando doente, Isabel.
- Gracias pela toalha, Natália.
Ignorei o alerta que me deu. A sócia da Helena saiu depois de ter me consolado com um carinho no meu braço.
Permaneci sentada, mas coloquei a macia toalha nas minhas costas. É o máximo de calor que sentirei por hoje.
Mas antes, tenho que fazer uma última tentativa. Pensei em uma desculpa que a fará abrir essa porta. Espero que consiga.
Levantei-me, tremendo de frio, bati na porta.
- Helena, está tudo bien?
- Ainda está aqui, Isabel?
- Estou... eu... eu estou, cariño.
- Como se atreve a permanecer na minha casa depois de tudo?
Minha casa.
Dela. Só dela.
- No... no fale assim, Helena.
- VAI EMBORA, ISABEL! SAIA DA MINHA CASA!
Seu berro me fez recuar. Helena está sendo clara, a casa é dela, eu devo sair.
Limpei a minha garganta, a minha voz embagou e custou a dizer minha tentativa de fazê-la abrir a porta:
- Helena, eu estou apenas de maiô e molhado. Se quer que eu vá, todo bien, mas preciso de alguma roupa, estão todas aí dentro. Por favor, Lena.
Dizia ‘por favor' diversas vezes para a porta, pedi aos céus que ela atendesse ao meu pedido.
- Vá para a sala, Isabel, eu te entrego alguma coisa lá.
Foi o primeiro sorriso que eu dei. A porta será aberta e eu poderei me explicar.
- Isabel, não complique mais as coisas. Eu sei que você ainda está na porta.
- Cierto...
Enxuguei as lágrimas e caminhei na direção da sala.
Comecei a caminhar de um lado para outro. Beijei a minha aliança ao olhar para a cozinha e relembrar do momento que foi colocada.
O nervosismo começou a tomar conta de mim. Mordi o canto da minha unha na espera.
- Isabel!
Parei de caminhar e olhei na direção da sua voz de imediato.
Do alto da escada, a paulistana carregava a minha grande mala feita por nós ontem.
- Helena, o que...?
Acompanhei com o olhar a mala vermelha caindo degrau por degrau e no fim escorregar. Encarei onde estão minhas roupas de viagem, enquanto sua voz me falou:
- Se for por falta de roupa que você ainda permanece aqui, te entrego várias para não ter mais a desculpa de aparecer na minha frente. O resto das suas coisas peço para entregar depois.
- Você não puede fazer isso sem me escutar, Helena. Eu te imploro...
Quando olhei para cima, ela já não está mais no mesmo lugar.
Passei pela minha mala e subi a escada de maneira lenta. Meu amor não vai abrir a porta, não quer me ver. Mesmo assim, tentarei conversar.
Bati mais forte na madeira que nos separa.
- Helena, por Díos! Você não pode fazer isso com a gente.
- QUEM FEZ FOI VOCÊ, PORRA!
Senti que ela estava próxima à porta. Encostei a minha testa. Mantive o controle e disse com uma voz calma:
- Eu ia te contar... acredite em mim, por favor. Mais cedo, quando te chamei para conversar foi justamente para te contar.
- Aposto que sentiu medo da Elisa me contar primeiro, eu vi seu desespero quando disse que ela e a Natália passariam a tarde aqui. Não me surpreenderia uma atitude tão covarde.
Helena entendeu tudo errado. Eu não tive medo da Elisa contar, estava enojada com a sua cara de pau de estar na nossa casa sem ser o dia da conversa. Quando ouvi que ela escolheu o prato, percebi a cilada que estava entrando.
- Não... Deixe-me entrar e te explicar, por favor.
- Nada do que você me disser vai mudar o fato de ter me escondido quando te perguntei. Nada.
A atriz tem razão. Porém, ela precisa entender que eu tive meus motivos.
- Nós prometemos recomeçar, cariño - apelei por nós.
- Sem segredos, sem mentiras e com tudo esclarecido.
Helena não quer me escutar. Assim como já fiz.
Eu não estou conseguindo me fazer ser ouvida. Primeiro tentei que ela abrisse a porta, depois me acalmei, agora só sinto o desespero.
- EU NÃO TIVE CULPA! EU SÓ QUERIA ESPERAR O MOMENTO CIERTO, CARAJO.
- O MOMENTO CERTO PASSOU.
Perdi as minhas forças. Caí de joelhos. Implorei:
- Por favor, Helena.
- Vá, Isabel. Pegue a mala e saia pela mesma porta que você entrou me prometendo felicidade.
- E a Gi? Eu preciso conversar com ela.
- Vai falar o quê? Que caiu de boca na madrinha dela? Deixe que eu explico tudo quando ela chegar.
Irredutível. Nem apelando pela Giovanna, ela vai conversar ou me deixar ficar.
Uma última tentativa:
- Cariño, eu te amo. Eu só preciso que você me dê uma... - fui interrompida.
- Eu te dei, Isabel. Você me pediu a chance que nunca me deu e eu o fiz sem pensar. Eu cheguei limpa, contei tudo o que quis saber, esqueci dos seus erros e entreguei-me de corpo e alma para uma nova relação. Você desperdiçou a chance ao preferir manter do nosso lado uma vagabunda porque não tinha coragem de me contar. Isso é o que está doendo. E eu estou cansada de sentir dor.
O mundo desabou e dessa vez a culpa é totalmente minha. Meus joelhos já doíam pelo peso de todo o meu corpo neles. Deixe-me soluçar, precisava chorar para recuperar as minhas forças.
Eu sentia que Helena estava parada na porta, foi o que me fez levantar. Calculei sua altura e beijei a porta. Posso jurar que senti seu cheiro. Talvez uma ilusão de que ela esteja mesmo perto de mim.
Segui o rumo da escada, mas olhei para trás. Voltei a andar pelo corredor e entrei no quarto da Giovanna.
Acendi a luz, limpei os meus olhos para poder enxergar cada objeto. Eu e Helena passamos metade da tarde e à noite no meio da semana para organizar suas coisas que estavam no meu apartamento. Presentes da Lena, meus presentes. Diversos desenhos espalhados.
Caminhei até sua mesa, peguei uma folha e uma caneta. Escrevi:
"Hija,
Mamá passará alguns dias fora. Por minha culpa, terei que deixá-la até que eu conserte o que eu fiz de errado.
Te prometo que voltarei o mais rápido que puder.
Brinque bastante com o Chico e desenhe muito. O tempo vai passar mais rápido assim.
Cuida bem da sua mamãe, obedeça a ela e não fique perguntando sobre mim. Quando puder, te visitarei.
Nos vemos em breve,
Sua mamá que te ama muito."
Dobrei a folha e coloquei em sua cama. Acabaram-se as noites que eu e a paulistana a colocaremos para dormir ou que ela aparecerá para me dar boa noite. Minha família destruída outra vez.
Saí do quarto, desci as escadas e abri minha mala. Peguei um short e coloquei por cima.
Fechei o zíper, a coloquei de pé e andei chorando até a garagem. Peguei o meu celular, enviei uma mensagem à Nina e pedi para ela ler a carta.
Dei partida no carro. Sem rumo, como sei que seguirá a minha vida a partir de agora.
[...]
Agradeci a xícara de chá estendia para mim.
Ajeitei-me melhor na cama confortável apreciando o primeiro gole. O gosto de erva doce me acalmou.
Tive sorte de ser recebida tão bem, poder tomar um bom banho para não gripar e de quebra ter um ombro amigo. Isso tudo sem precisar explicar nada. Ainda.
- Está tudo bem? Sente-se melhor? - Perguntou sentando-se na cama para ficar na minha altura e olhar nos meus olhos.
- Sí. Gracias, Rô.
- Não precisa agradecer, você é bem-vinda. Eu e o Eduardo te adoramos.
Em mais alguns goles, terminei a bebida quente. Rodrigo pegou a xícara e colocou na mesinha de cabeceira.
- Eu e a Helena brigamos.
- Você apareceu chorando na porta de casa, imaginei que fosse algo assim. O que aconteceu?
- A culpa foi minha - já comecei esclarecendo. - Eu escondi uma coisa que não deveria e a Helena acabou descobrindo da pior forma.
- Inacreditável. Eu passei a semana inteira falando com a Heleninha, ela me parecia feliz. O que você escondeu foi tão grave assim?
Com a cabeça, acenei positivamente que sim.
- Isabel... que merd*. O que você fez?
- Escondi da Helena que tive uma noite durante a nossa separação.
- Ah, só isso? Bobagem, Isabel. Típico ciúme da Helena. Amanhã vocês conversam e ficará tudo bem.
- No... o problema não foi ter trans*do com alguém. O problema é com quem.
- Com quem, Isa?- Perguntou sem entender.
- Elisa - sussurrei.
Rodrigo bateu a mão na sua coxa, levantou-se e se agitou andando de um lado para o outro.
- Eu sabia que tinha alguma coisa errada com a Elisa! Sabia! Eu ainda comentei com o Edu a forma como te olhou na festa da Helena. Depois que ela se levantou e correu atrás de você, eu tive certeza de que a reação não era normal. Eduardo ainda disse que era coisa da minha cabeça. Que merd* você fez, Isabel? Como você vai para cama com a melhor amiga da sua mulher?
- Eu não sei! Quando me dei conta, eu estava tomada pelo desejo...
Comecei a narrar o jeito que a Elisa se aproximou e os dias seguintes. A forma como ela se declarou, o meu afastamento imediato, a culpa que senti, depois o meu conformismo e como passei a ignorar o assunto.
- Como você não percebeu que ela estava se aproximando com outra intenção, Isa?
- Ela era a melhor amiga da Helena e convivemos por anos. Ela vivia na minha casa! Eu nunca notei nada, tanto que a escolhi para ser madrinha da Giovanna. Além disso, quando veio na minha casa, o nosso assunto sempre foi a minha filha, só depois começou a ser sobre Helena. Quando a loira falava, dava a entender que queria a nossa volta. Me dizia para pensar, conversar. Depois ela mudou um pouco o discurso, já não tentava me ligar à Lena e me escutava. Vi nela uma amiga, alguém que me entendia apesar de gostar da melhor amiga. Até ela apareceu nua na minha frente dizendo palavras carinhosas.
- Mas por que você não disse ‘não'? Por que não parou?
- Eu estava há muito tempo sem alguém me tocar, Rô. Você sabe, a minha relação com a Helena não existia mais na cama.
- Desejo, Isabel? Você não viu que era a Elisa, ali?
- No. No via. Eu não estava com cabeça para sex* ou qualquer relação com outra mulher. Tranquei-me por dentro, jurei para mim que havia morrido para o amor. Afinal, eu achava que tinha sido traída pela pessoa que mais amo nesta vida. O trauma foi grande, sentia-me uma mulher menos desejável. Minha vida amorosa tinha acabado, eu me sentia velha, chata, e a única coisa que eu ainda poderia fazer era cuidar da Gi e dos negócios. Então, quando Elisa apareceu nua e me beijando, foi um alento. Eu não pensei quem estava ali, era qualquer pessoa e o meu corpo feliz por finalmente receber carinho. Era incrível como ela me elogiava a todo momento. Eu não me concentrava em sua voz, mas sim quando ela me dizia o quanto eu era linda. Lembre-se que eu estava com as erradas palavras rudes da Helena em mim. Foi a mesma coisa de quando quase transei com a Philipa no camarim. Carência por um mínimo elogio, desejo de ser amada como eu fui.
Rodrigo ficou em silêncio por alguns minutos. Sentou-se novamente na cama e me encarou.
Um longo suspiro até finalmente palavras saírem da sua boca:
- Eu não acho correto o que você fez, mas eu te compreendo. Se separar da Helena de novo já é castigo o suficiente pelo seu erro, não vou ficar te batendo, embora ache que mereça. Agora, conte-me como você chegou ao cúmulo de esconder isso. Penso que o pior para Helena tenha sido isso.
- Sí. Yo sé. Imagino que seja o que mais está doendo nela. Eu conseguir ser engana pela Elisa. Maurício me alertou, mas eu achei que era o certo contarmos juntas...
Contei do dia em que fui ao apartamento da loira, a minha aflição durante a semana. Cheguei até o momento em que minha ficha realmente caiu.
-... A verdade é que quando eu dei a chance de a Elisa se explicar, eu abri a porta do inferno, marchei para dentro. Foi horrível escutar tudo aquilo...
"Meu braço foi seguro quando tentei me afastar.
- Me larga, Elisa! Eu vou contar ahora!
- Nós combinamos que será domingo que vem, porr*. Eu só vim pegar um sol com minhas amigas, não tinha como recusar.
- Estava combinado até perceber o seu jogo. Piensas que não saquei o seu plano? Usted quer me enrolar. Quanto mais tempo passar, pior para mim, pois sabe que vai ficar mais difícil para ser revelado.
- E por que você quer tanto contar? Vai acabar com tudo. Você se acha esperta, mas não pensa que se contar vai ser pior? Você perde a Heleninha e eu perco a minha amiga.
- E por que você quer tanto continuar amiga da Helena sendo que gosta de mim? O que se passa pela sua cabeça?
- Minha amizade com a Helena estragou quando você apareceu nas nossas vidas.
- Estás louca? Eu nunca fiz nada para alimentar essa sua paixão.
- Por quê? Por que você não se apaixonou por mim ao invés dela? Eu estive ao seu lado todos esses anos. Sacrifiquei-me para pode te ver de vez em quando. Só recebi migalhas.
- Então é isso! Você não está interessada na amizade da sua suposta amiga, mas sim ficar próxima de mim.
- Para de duvidar da minha amizade pela Helena! Eu gosto das duas de maneira diferente. Já disse, se eu quisesse acabar com o seu casamento, era só contar. Mas como não quero perder as duas, não o farei.
- Você no pode perder o que nunca teve, Elisa. A sua amizade é falsa e o seu amor por mim é doentio. Não te machuca saber que nunca vou te corresponder?
- Machuca, mas vai doer ainda mais se você contar! Por favor, Isabel.
- Te dou o tempo de picar esse alho que tenho que colocar agora. Um minuto para você decidir se conta comigo ou não - falei pegando a faca e começando a cortar.
- Você só vai fazer isso se passar por cima do meu cadáver.
Elisa empurrou-me e a faca entrou no meu dedo.
Gritei mais de susto do que de dor. A loira sabe muito bem o que fez.
- Do meu cadáver você quer dizer, não é?! Quer me matar?
- Foi sem querer, eu fiquei nervosa.
Sua cara de pau não me surpreendeu. Dissimulada.
Afastei-me dela e tentei estancar o sangue que saía do ferimento e banhava a minha mão.
- Deixe-me ver isso, Isabel.
Senti o seu toque nas minhas costas. Foi como se enfiasse outra faca em mim.
- Não toque em mim Elisa! Você não veio pegar um sol, ficar na piscina e conversar com suas amigas? ¡Vete de aquí! Déjame cocinar. Déjame en paz.
- Isabel!
Quando me aproximei, sua mão estava com muito sangue.
- Amor, o que aconteceu..."
Terminei contando o que a Helena fez, a maneira como falou comigo e pediu para me acalmar e interagir.
- Então eu decidi contar depois que a Elisa fosse embora. Não queria dar o gostinho de ela se defender para a amiga. Só não imaginei que a Helena fosse descobrir daquela forma.
Rodrigo me acolheu em seus braços. Tomei a decisão correta ao ir atrás dos meus amigos ao invés de me acovardar em algum hotel.
- E agora, Isa? O que pensa em fazer?
- No sei ainda. A única certeza é de que vou lutar. Não posso deixar Helena pensar besteira ou deixá-la chegar à conclusão errada. Darei seu espaço, mas precisarei insistir também. Preciso da minha felicidade de volta.
- Lembranças são como nossas sombras.
A frase enigmática ficou na minha cabeça. Não a questionei, apenas refleti sua dica. Sei que usarei na hora certa.
Fim do capítulo
Por hoje é isso :).
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yollebarbosamacena
Em: 02/03/2021
Pior que eu super entendo a reação da Helena, não doi suspeita de traição, e tecnicamente nem foi ne, ela tava solteira e tal. Mas com certeza ter sido com a melhor amiga foi de foder a amizade, Deus me livre ter alguém assim perto de mim.
Rapaz, é bom até evitar falar sobre intimidade com os amigos depois dessa. Infelizmente a gente tem muito disso, pessoas próximas que chamamos de muy amigo e do nada quer ficar com nosso namorado ou namorada (ou casamento, enfim). Ela poderia ter contado antes que gostava da Isabel, mas manipulou pra ver se despertaria a paixão. Amor é amor, tesão é tesão, coisas totalmente diferentes. Quando a gente tá carente ou com autoestima baixa realmente bate uma insegurança, mas só por ser amiga da minha ex mulher não rolaria, acho que sou racional demais.
Autora, adoro tuas histórias pq me faz pensar, desde a Laura e Camila tudo é capaz kkkkkkk, depois do que a Laura fez e ela ainda perdoou, então tá sussa. Assim, trazendo bemmmmmm pra realidade, eu não acho que perdoaria, infelizmente sou tão racional que me faz ter atitudes bem literais, acho que por mais que eu amasse.
Rain
Em: 19/02/2021
Eu amei as palavras que a Isabel usou para dizer a Elisa. Foi um tremendo choque de realidade! Se ela não pegou, é louca mesmo. Eu não acho que ela tenha tentado esquecer a Isa não. Se ela quisesse mesmo esquecer teria se afastado e parado de dar em cima da mulher da amiga. Ela é uma cobra duas caras, se faz de bozinha e depois é traiçoeira. Ela cortou a Isabel. Será que vai dar uma dela louca agora? Eu mudei minha opinão. Isso que ela sente pela Isa não é amor é uma obsessão doentia.
Será que ela vai tentar mais alguma coisa? Será que ela vai ter que levar mais bofetada para cair em si?...
Agora, tem que vim o diálogo. Tô cansando de dor também dessa história. Uma hora o coração esta feliz pelas duas juntas e na outra tá apertado com o rosto em lágrimas de tanto sofrimento... Chega né. Bota essa duas para conversa logo e se acertar... Doí demais o coracebo.
Eu vou te dar o parabéns, sabe. Essa história entrou no topo da minha lista de que mais fez chorar. Nunca uma história tinha me feito chorar tanto antes. Essa em quase todos os capítulos eu tava chorando tanto de emoção como de tristeza, mais de tristeza. Então, parabéns! T...T
Ps: Ah, então o "Mané" era mesmo o Chico. Rsrs Nat ganhou mesmo uma mijada na cabeça. Hahahaha
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Donaria
Em: 16/02/2021
Ola autora!!!....to em choque...imaginei que seria tenso a Isabel ter que contar que dormiu com a melhor amiga da esposa, mas vossa senhoria adoraaaaaaa deixar a gente em choque....kkkkk....direito a bofetoes, queda na piscina, queda na escada...to aqui imaginando a toda contida da isabel se espatifando pelo caminho....kkkk....agora...puta que pariu, eu fui fazer um teste e me por no lugar da Helena, imaginei minha esposa ficando com minha melhor amiga...PUTA...QUE ...PARIU....ja liguei pra minha amiga e ameaçei ela, ta avisada, vai levar bofetada não... é bicuda na fuça mesmo...rsrsrsrs....esposa falou pra eu parar de ler a historia que to levando muito a sério....rsrsrs. Brincadeiras a parte, a trama se complicou a nivel hard, descasca esse abacaxi ai autora....mas pra quem fez a Sara cair de amores pela Montserrat, e fez Camila perdoa a doida da Laura...vou confiar no seu taco ...beijos e boa sorte em acalmar a pequena e raivosa Helena..
Resposta do autor:
Olá!
Adoro mesmo. Se não for para causar eu nem venho hahahaha.
Hahahaha, mas calma que foi a mala que rolou pela escada, viu?! Imagina hahahaha.
Entendo sua esposa, vai com calma! Mas adoro suas brincadeiras. É muito bom que esteja se divertindo, apesar dos dramas.
Tô descascando, Donaria. É dífícil, mas vamos ver se consigo.
A doida da Laura, oh maldade! Hahahaha.
Beiijo!
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amoler
Em: 02/02/2021
Li 80% do capítulo assim:
"Pqp repetição de diálogo"
"Pqp repetição de diálogo"
"Pqp repetição de diálogo"
Tipo um mantra.
É muito massante.
Existem opções de passar a mesma mensagem sem moer o cérebro do(a) leitor(a). Leitura é uma atividade como qualquer outra, tem que ser prazerosa. Eu, pessoalmente, não sinto prazer algum lendo a mesma coisa.
Enfim, seu estilo de escrita. Juro por Deus que não comento mais sobre isso porque vai parecer que só quero pegar no seu pé para te deixar para baixo. Minha intenção passa longe disso.
Obs.: Já comentei que amo drama e tive medo que a obra já estivesse indo para o "e viveram felizes para sempre". Então estou dando piruetas com toda essa reviravolta dramática.
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LeticiaFed
Em: 01/02/2021
Puxa vida, só vou repetir o que disse há um tempo atrás: Helena tá bem mal de amigas... Essa Elisa é mais vaca do que eu imaginava, ô filhote do demo! Cretina, falsa, dois tapas e mais Isabel esculachando foi pouco. E Nat também, por favor. Sabendo de (quase) tudo ficou quieta para poder se manter proxima da Elisa Falsiane? Enfim, agora torcer pra Helena se acalmar um pouco, pensar melhor, fazer o que disse que faria sempre: dialogar. Ficarei torcendo demais pela reconciliação. Uma ótima semana pra você! Beijo!
Resposta do autor:
Amo os xingamentos. Entendo completamente a raiva, faria o mesmo se fosse a leitora.
Nat fez isso porque caiu na mesma lábia que a Isabel, não foi de tooooodo mal (olha eu defendendo, credo.)
Pode torcer!
Bom feriado! Beijo!
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GabiVasco
Em: 31/01/2021
Por um lado estou feliz porque a Isabel não se deixou abater pela cena da Helena, não que a cena fosse falsa mas estou falando da reação forte da Helena. Eu não sei o que faria no lugar da Helena mas fico pensando se ela está com mais ódio da Elisa ou da pessoa que ela diz tanto amar. Parece que ela colocou as duas no mesmo nível e não acho justo. Isabel errou em não ter falado mas ao mesmo tempo eu concordo com quem falou que ela estava solteira e a forma como ela caiu nas garras da cobra foi triste demais.
"Isso não é um triângulo amoroso, você está sobrando" BAH, O GRITO QUE EU DEI, ISABEL ESMURROU.
"Não é amor o que sente por mim e nem amizade pela Helena, é desejo de ter a nossa felicidade" a Helena precisa entender isso!!! Foi inveja do amor que existe entre elas.
Vai demorar muito para que elas façam as pazes? Elas vão fazer né? Isabel vai mesmo lutar? Achei perigosa a Elisa ter feito a Isabel se machucar com faca vai rolar hospital? Essa louca vai enlouquecer de vez? Desculpa as perguntas, estou ansiosa
Resposta do autor:
As perguntas hahahaha.
Bem, vamos lá: A estória está na reta final. Talvez. Isabel vai lutar sim, é sua única opção. Não, sem hospital. Vai até tentar ajudar.
Abs!!!
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FabiSilva
Em: 31/01/2021
O cão é muito bem articulado... A Elisa é muito suja não só por cobiçar a esposa da melhor amiga, mas também por se aproveitar do sentimento da Natália e assim evitar que as coisas tivessem explodido tudo muito antes.
Quando o casal terminou tudo que a Helena queria era uma oportunidade de esclarecer as coisas, porém a Isabel não deu. Espero que a Helena tome uma atitude diferente e escute a sua esposa.
Resposta do autor:
Simplesmente Amei a primeira frase!!!
Talvez a primeira atitude carregue um machucado aí...
Abs!
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Mille
Em: 31/01/2021
Essa amiga da Helena é uma cobra. Agora é hora da Isabel correr atrás da felicidade. E se a Nat fosse amiga mesma teria contato também da conversa da piscina depois que a amiga subiu.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Lia é. Talvez até sem querer, mas o erro que cometeu a fez ficar com o título. Se uma pessoa escolhe ser fdp, então se torna uma.
Sim, Isabel corraaaa!!!
Beijos. Inté!
Resposta do autor:
Lia é. Talvez até sem querer, mas o erro que cometeu a fez ficar com o título. Se uma pessoa escolhe ser fdp, então se torna uma.
Sim, Isabel corraaaa!!!
Beijos. Inté!
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Baiana
Em: 31/01/2021
Rapaz,a Elisa é uma cobra,ela manipulou as duas para tentar se aproximar da Isabel,e a Helena agindo desse jeito impulsivo,vai dá o que a Elisa sempre quis,a Isabel livre,leve e solta.
Um ponto a favor da Isabel, é que os amigos das duas sabem como tudo aconteceu,a manipulação da Elisa,a carência da Isabel,e o detalhe de que ela iria contar,mas foi enganada mais uma vez pela cobra lá.
Tô torcendo para a re reconciliação delas.
Resposta do autor:
Re reconciliação hahahaha
Quanta coisa elas estão vivendo para talvez ficarem juntas, não é?!
Abs!
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