Amigas, milhões de desculpas pela demora, mas, juro que tenho uma causa muito justa, sorry pelo capítulo mais curto do que o de costume...enfim, espero que curtam...será que complicou mais ou suavizou as coisas?rsrsrs
Capitulo 15 - Sem fantasia
Capítulo 15 - Sem fantasia
Duas horas depois de ter saído do sítio, Karina estacionou o carro em frete ao Pérgola, uma cantina italiana que já tinha almoçado em uma das viagens que fez a trabalho, era a única do "Vale das Rosas" e apesar de bem frequentada, achou que jamais Rafaella seria reconhecida em uma cidade tão pequena. Apressou-se, abrindo a porta para a namorada descer, a ruiva colocou o óculos escuros de uma marca famosa no rosto e adiantou-se, não aceitando o braço de Karina que ficou no ar, deixando uma pergunta povoando a cabeça da outra "o que será que deu nela?".
Sentaram em uma mesa distante, a desculpa foi que deveriam ficar mais à vontade, Rafaella deu com os ombros, só sorriu quando viu que a dona no restaurante se aproximava, depois de tantos meses o contato com alguém diferente de Karina a animava, de longe percebeu a presença de turistas e pensou que poderia fazer novas amizades.
A bonita loira de cabelos repicados e ternos olhos negros entregou o cardápio, sorrindo para Karina e dizendo ao mesmo tempo "Prazer, sou Débora, uma das proprietárias, espero que fiquem a vontade e que apreciem a comida italiana". O sorriso encaminhou-se para a acompanhante de Karina, Rafaella acabara de retirar os óculos, deixando-o em cima na mesa, Débora assustou-se, derrubando a carta de vinhos que carregava.
- Desculpe...
Karina olhou irritada e a dona do restaurante pediu licença para entrar, prometendo que enviaria uma garçonete a seguir, já na cozinha buscou um copo com água, encostou-se na parede e com a mão trêmula bebeu o líquido de uma só vez.
- Não, não é possível...Rafaella está morta, mas, como podem ser tão parecidas?, será que é uma prima distante?, uma parente...ou pode ser apenas uma coincidência genética mesmo, o fato é que não consigo encara-la, não consigo...
A dona do restaurante deixou que as lembranças da amiga e primeira namorada ainda da época da escola invadisse seus pensamentos, depois prendeu os cabelos e chamou educadamente a namorada e sócia.
- Celina?, vem aqui amor, por favor.
- Oi Débora, o que aconteceu?.
- Estou com uma crise de enxaqueca daquelas, você acharia muito ruim se fosse para casa me deitar um pouco?, no fim da tarde eu volto.
- Deby, você quer que eu te leve no postinho?.
- Não amor, só preciso me deitar.
- Claro, se sentir qualquer coisa me ligue.
A loira mal terminou de ouvir a frase de Celina, deixando um suave beijo na boca da namorada, depois entrou rapidamente em seu carro, partindo sem olhar para trás.
Karina de rabo de olho viu a dona do restaurante saindo pelo estacionamento, ficou aliviada pois seus punhos fechavam em evidente ódio, depois encarou Rafaella em visível irritação.
- Viu como a cara de pau te secou?.
- Quem??.
- A dona do restaurante, até tremeu e derrubou o cardápio, quem ela pensa que é para olhar descaradamente para você, não percebeu que está acompanhada, não?.
- Nem percebi, achei que ela ficou com vergonha depois de ser fuzilada com os olhos, e também porque deixou o cardápio cair, sei lá Karina, achei essa ceninha de ciúme tão patética, pensei que fosse voar no pescoço da dona do restaurante, como é mesmo o nome dela?, Débora, uma bonita mulher, não concorda?, me espanta como policial não ter visto a enorme aliança de ouro na mão esquerda, depois não sou sua propriedade, sabia disso?.
Rafaella cruzou os braços e virou o rosto buscando contato visual com alguém diferente, Karina estava visivelmente incomodada com as perceptíveis mudanças no comportamento da namorada, pensou rápido e veio um receio que aos poucos ela estivesse recuperando suas lembranças e personalidade, e assentiu que talvez precisasse matá-la se corresse algum tipo de perigo, o que seria uma pena, pois gostava do prazer proporcionado pela ruiva, mesmo que não fosse muito corriqueiro.
Karina cruzou os braços, envolvendo o pescoço com as mãos, depois maquinou rapidamente em sua cabeça como iria matá-la e o que faria com o corpo, percebendo que não seria complicado, relaxou soltando um suspiro aliviado.
Resolvido a questão em sua cabeça, buscou assuntos suaves e aos poucos conseguiu melhorar o clima, a lasanha à carbonara estava gostosa e as duas garrafas de vinho foram relaxando ambas, deixando Rafaella mais feliz até.
- Ka, não é lindo o nome dessa cidade?, Vale das Rosas...é até poético.
- Tem toda razão meu bem.
Karina voltou o caminho inteiro demonstrando suavidade, cantando as músicas escolhidas por Rafaella, e fazendo carinhos suaves em suas pernas entre uma passada de marcha e outra.
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"...Do you want to dance with me through one of those lonely nights
It's more than a dream, maybe we're reaching the Gardens of Delight
Do you want to dance with me through one of those lonely nights
It's more than a dream, maybe we're drowning in Empires of Delight.."
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- A Karina, eu adoro Alphaville...
- Eu também Angel...
- Me chama de Rafaella, por favor...
- Tudo bem, Rafa.
Ao chegar em casa as roupas de ambas foram ficando no chão, Karina suava ardente, enquanto puxava a ruiva para o chaise.
- Nossa, fazia tempo que não te sentia com esse fogo todo, viu como foi bom almoçarmos fora?. Me devora inteira Ka, vem matar esse desejo que estou vendo em seus olhos.
A policial puxou o corpo nu de Rafaella para cima de si, apertando o corpo bem definido, depois mordiscou o pescoço da ruiva que soltou um gemido rouco.
- Ai Sophia...
- Como você me chamou?.
- Ué, pelo teu nome, não foi?.
Falou a ruiva com ironia, soltando um risinho de deboche depois lembrando que estava fantasiando com a personagem que criara.
- Não, você me chamou de outro nome. Rafaella, repete, eu quero ouvir, como me chamou?.
- Ai, acho que foi de Sophia, é a minha personagem, está bem, satisfeita agora?, não fode Karina, e dá licença, sai de cima de mim que perdeu a graça.
- Personagem?, você tem que me explicar que história é essa, eu estou te sendo fiel, você está me traindo?.
- Está maluca, é isso?, você me deixa presa no meio do mato, como vou te trair?, nem que quisesse, as vezes acho que você é louca.
Karina levantou irritada, colocando rapidamente as roupas e deixando Rafaella para trás.
- Por mim já deu, estou farta...
- Não mais do que eu!!.
♥
Cristina desenhava totalmente concentrada quando viu uma sombra se aproximando, era Judy.
- Cris, vamos conversar, olha, eu andei lendo uma revista sobre Alzheimer, é normal essa sua mudança de comportamento, é uma das características da doença, sabe?. Então, por favor, volta comigo, você nem precisa triscar em mim, me beijar, nada disso, apenas finge que está me namorando, que pediu para voltar, essas coisas.
- E porque eu faria isso por você?, está com saudades?, não te proibi de conversar comigo, é só chegar, quando eu estiver desocupada eu te atendo, o que aliás, não é o caso, estou desenhando, me dá licença Judy.
- Cris, você não está entendendo, então, vou ter que explicar direitinho, tem duas meninas do grupo de Maria Preta que querem "te fechar" entende?, então, preciso que finja que me pediu desculpas e implorou para voltar nosso namoro.
- Está louca, nem fodendo eu faria algo do tipo, já disse que não te amo, ainda não entendeu?.
- Entendi, entendi sim Cris, mas, não aguentaria te ver machucada e muito menos morta, me deixa te ajudar, vai?.
Cristina revirou os olhos e pensou por uns instantes "é, a otária pode estar certa, melhor livrar a minha cara", em seguida pediu licença, foi até o grupo das neutras e explicou sua situação, dessa forma estava liberada para voltar a conviver com o antigo grupo.
- Tudo bem eu topo...
Judy segurou a mão de Cris e a levou até Maria Preta.
- Maria, Cris me pediu desculpas, ela está sinceramente arrependida, sua atitude foi devido a doença, então, nós voltamos, vim aqui pedir que converse com nosso grupo, preciso que ela seja aceita...eu a amo Pretinha, por favor!.
- Judith, você sabe que nunca volto atrás nas minhas decisões, mas, tudo bem, jamais negaria um pedido seu.
Maria Preta já ia sair para reunir suas meninas quando ouviu baixinho a risadinha de Cristina, voltou respirando alto, para em seguida socar com força e gosto a boca do estômago de Cris, fazendo com que ela caísse encolhida abraçando ao próprio corpo, ao mesmo tempo que tentava se manter acordada.
- Isso é pelo mal que sei que ainda vai causar a minha mana.
Depois que Maria Preta saiu, Judy correu até Cris e a ajudou a levantar.
- Você tem que parar com essa mania de provocar a Maria, desse jeito ela vai perder seriamente a paciência contigo. Vem, vamos colocar gelo, tomar um analgésico ou vai sentir uma dor insuportável mais tarde.
Cris foi andando apoiada por Judy até o ambulatório, falou com a policial responsável e com muito cuidado passou gelo no lugar avermelhado que ameaçava arroxear, depois entregou o comprimido para dor e aplicou uma farta camada da pomada analgésica que estava perto de vencer, massageando suavemente o local.
- Está doendo Cris?.
- Quase nada, obrigada Judy.
A ruivinha sorriu e saíram conversando amenidades. No dia seguinte acordou renovada, se sentia protegida pelo amor de Judy, sentia que se ela estivesse por perto nada poderia lhe acontecer, então resolveu ir além da farsa e permitiu que fosse cuidada, nada além disso.
- Bom dia amor, já está tomando café da manhã, não me esperou?.
- Desculpe Judy, esqueci completamente, senta ai...
Judy sentou em sua frente, os olhinhos apaixonados brilhando de carinho, em seguida sorriu cantando baixinho.
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No me platiques más
Lo que debió pasar
Antes de conocernos
Sé que has tenido, horas felices
Aun sin estar conmigo...
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Cris olhou para Judy sem acreditar, tentou morder a bochecha para segurar o riso, mas, não conseguiu, a risada saiu cheia de perdigotos.
- Que música é essa Judy?. - Falou enxugando as lágrimas de tanto rir.
- No me platiques más, do Luis Miguel, não conhece?.
- Claro que conheço, eu só não conhecia esse seu lado brega.
- Você não gosta de bolero?, essa música é dos meus pais, eles dançavam juntos sempre.
- Claro que não gosto, mas, foi engraçado, obrigada por me fazer rir.
Judy baixou os olhos envergonhada, achou que ia agradar e que Cris ia reconhecer o seu espanhol impecável, mas, de nada adiantou. Diante do constrangimento da ruiva, Cris achou que era um bom momento para interpretar, deu o seu mais lindo sorriso e com as pontas dos dedos contornou a mandíbula da namorada.
- Vem aqui amor, descobri um esconderijo secreto...
Cris levou a ruivinha pela mão, e entrou trancando a porta do banheiro por dentro, em seguida levantou a blusa de Judy abocanhando um de seus seios enquanto apertava o outro.
- Assim amor, assim...
Judy estava ofegante, totalmente entregue a Cris, que encostou seu corpo na parede, tirou a camiseta e encaixando o seu corpo no da outra, deixou que seus seios subissem delicadamente em suas costas, enquanto buscava o sex* molhado da outra.
- Rebola nos meus dedos, gostosa...
A ruiva fez exatamente o que Cris mandava, e seu grito de gozo ecoou pelo lugar, queria retribuir, mas, foi impedida.
- Depois, não podemos demorar aqui.
Judy saiu ajeitando os cabelos enquanto era puxada por Cris, de longe ouviram um burburinho, havia uma presa transferida, sendo trazida por policiais, o coração de Cristina pareceu que ia sair da caixa torácica de tão forte que batia, um gemido baixo saiu com um nome que há meses não pronunciava.
- Léo...
♥
- Renée?.
- Oie meu amor?.
- Estou pensando em visitar a Cris, você vem comigo?.
- Oh meu amor, você tem o coração mais generoso do mundo, depois de tudo o que passou ainda se preocupa com a bandida?, mas, vou, claro que vou...
- Obrigada meu bem.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Gabi2020
Em: 22/01/2021
Oi Sá!
A cada capítulo minha empatia com a Cris desaparece mais e mais , ela é desprezível! Psicpata, sociopata, sei lá... Ela nem é gente!
Vamos ver com a chegada da Léo como as coisas vão se desenrolar.
Rafa está em perigo, mas acho que uma luz está se ascendento e é questão de tempo para ela lembrar de tudo. Mas não sei se ela vai ter tempo, a louca da Karina está cada dia pior.
Beijos
Resposta do autor:
Cris tem conseguido escapar por sorte de principiante, ela é terrível, quis uma vilã com nenhum traço de empatia, com características bem marcantes, Karina é outra, uma personagem antiga de um outro conto, vamos ver até onde elas vão...bjsssss
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Rain
Em: 21/01/2021
Olá!
Será que essa amiga ai da Rafa vai ajudar ela? Ou a Rafa vai fugir antes de morrer? Pelo visto Cris vai apanhar muito com a Leó aí, é capaz até de ser morta. Mas, uma vez Judy vai se machucar, mas qual foi o motivo de Leó ter deixando o spa?
Eu percebi que os capítulos tão curtos, mas tudo bem. Porém.... Você está bem Sabrina?
Até mais!
Resposta do autor: Oi Rain, Rafa não vai morrer, essa é a ideia que pretendo manter até o final, começo a organizar as coisas na minha cabeça e agora vai... rsrsrs. Léo deve ter aprontado alguma...ela ainda não me contou... Os capítulos estão mais curtos sim pq estou no corre, mas, está tudo ótimo e estou feliz. Obrigada por perguntar. Inté e bj
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florakferraro
Em: 21/01/2021
Bom dia Sabrina,
Adorei esse capítulo, incrível como sua escrita flui, mas, puxa vida como você termina um capítulo assim?, me deixando na mais completa curiosidade. hahahah. E você podia por um capítulo extra, hein?.
Outra coisa, e o seu livro com a Rosa, desistiram?, estou esperando.
Ah, queria saber qual dos livros vai ser lançado primeiro, acho que o lançamento do "Nadine" deveria ser na Confeitaria das Famílias já que entrou tantas vezes na história. É uma sugestão
Sim, o K é meu segundo nome, Kelly, minha mãe fez uma homenagem a uma jaguara amiga da escola, algo assim. Horrível, não espalhe.
beijos, Flora
Resposta do autor: Boa tarde Flora, não tem capítulo extra pq ainda nem escrevi o próximo rsrsrs mas, está indo...ih eu e Rosa estamos bem ocupadas, mas, vai sair rsrsrs um dia sai, não perca a fé rsrsrsr Bjs
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