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Fios do Destino por La Rue

Ver comentários: 2

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Palavras: 3167
Acessos: 1038   |  Postado em: 13/01/2021

Notas iniciais:

Olá meus queridos, espero que esteja tudo bem com vocês! Sentiram minha falta?

Boa leitura a todos!!!    

O Escudeiro

 

Quando sua senhora lhe dera a notícia no dia anterior o rapaz alto de cabelos negros revoltos quase não pode conter a sua ansiedade, mas tentou fazer o possível para aceitá-la com a devida normalidade, afinal não queria parecer um sujeito sem modos, mesmo que a mulher à sua frente soubesse bem a sua índole e lhe conhecesse tão bem quanto a diferença peculiar entre as suas filhas gêmeas.

 

Dienekes adentrou o recinto esperando que o jovem servo ainda estivesse adormecido, afinal era comum que ele se perdesse pelos domínios de Hipnos com muita facilidade, mas para surpresa de seu senhor - e até mesmo sua - já estava desperto e fizera uma refeição leve, bem como estava devidamente apto para sua mais nova "aventura".

 

-Devo estar velho o suficiente para ter miragens?! - resmungou coçando levemente o queixo onde ostentava uma curta pelagem em tom loiro escuro. - logo tu desperto há essa hora e com o espírito preso a este mundo?!

 

Comentou apenas por desfeita, pois bem sabia que o jovem lhe olharia daquela forma indignada de sempre, mesmo assim não poderia contestar afinal o espartano estava certo, entretanto ele apenas rebateu com um sorriso convencido. O oficial fez um pequeno gesto com a cabeça, não precisava muito mais que isso para que Chris se colocasse de pé e partisse em seu encalço sem pestanejar, mesmo que não precisasse de palavras para ter certeza de onde iriam.

 

Os demais poderiam vê-lo como alguém tomado pela insanidade de Dionísio, afinal como um servo nascido livre ele poderia muito bem ganhar a vida como um mensageiro, trabalhar nos terrenos de seus senhores, cuidando dos animais, ou qualquer atividade menos arriscada que lhe garantiria uma boa velhice - a não ser que fosse convocado para alguma campanha importante para a pólis -; mas o rapaz de espertos olhos castanhos aspirava um pouco mais para a sua humilde vida.

 

Ele agradeceu a Hermes por ter colocado o espartano e seus dois escudeiros em seu caminho algumas primaveras passadas; lembrava-se muito bem do estado que foi encontrado enquanto vagava doente e faminto, fraco demais para realizar troca de favores nas regiões rurais ou até mesmo atividades básicas para manter-se vivo. Como se a sombra dos persas já não fosse algo cruel demais para se esperar, dia após dia pequenas pólis desapareciam para dar mais terreno e riquezas para localidades mais renomadas da Grécia... Deixando para trás um rastro de morte e sonhos que jamais se realizariam, fragmentados na ampulheta de Cronos. Com Chris esse revés infeliz não foi diferente, ainda tinha pesadelos com o cheiro de sangue, carne podre e madeira queimada, fora os gritos e lamentos de pessoas moribundas que mais pareciam vagantes sem almas. Sobraram-lhe apenas os trapos do próprio corpo e uma adaga de um velho servo de sua própria família que o acompanhou por algum tempo até que morresse pouco antes do inverno.

 

Ao conseguir se recuperar das enfermidades que haviam lhe acometido no período que esteve sozinho, o jovem procurou fortalecer o seu corpo treinando em algum tempo livre, era prestativo aos seus senhores e procurava sempre aprender algo com Frank, este não era exatamente um escravo ou um servo nascido livre como ele, mas um espartano não-cidadão ou vulgarmente conhecido como um bastardo e esse era um assunto que não costumavam tocar. Frank tinha uma constituição robusta e mais músculos evidentes em sua adolescência do que Chris jamais chegaria a ter em sua fase adulta provavelmente e apesar das adversidades e dos mais diversos motivos para ser alguém violento e inconstante o escudeiro diferenciava-se dos demais por seu grande coração e olhar sempre bondoso.

 

Sabia que os espartanos estavam de olhos atentos em seu amigo, não apenas por seus atributos distintos - não era em vão que Frank estava como escudeiro justamente de Mark, o primogênito de um dos reis de Esparta - se provasse seu valor e merecimento, ele talvez pudesse ser agraciado com o manto escarlate. Também era de seu conhecimento que isso jamais poderia acontecer com ele, afinal o sangue Lacedemônio não corria em suas veias, contudo estaria mais do que satisfeito se pudesse ter a honra de ser um escudeiro, não havia maior prova de confiança.

 

Trocaram poucas palavras durante o caminho, seu senhor não era dos mais bem humorados logo pela manhã, mas mesmo no melhor de seus dias não era lá um homem de muitas palavras, eram homens e mulheres diferentes do povo que viviam na Ática, todavia o jeito comumente lacônico dava espaço a sábias palavras quando o mesmo estava a passar ensinamentos aos seus pupilos ou contando alguma história de seus tempos mais áureos para Chris.

 

Não demorou até que a dupla deixasse a pacata paisagem do extremo oeste da aldeia onde residiam para chegar ao local mais movimentado da pólis e divergente de outras localidades não se tratava da ágora, por mais que esta também possuísse seu considerável fluxo de indivíduos. Cumprimentava brevemente alguns conhecidos, em sua maioria mulheres de idades distintas, pouquíssimos homens de idade avançada demais para empunharem suas lanças e crianças ainda fora da idade para o agogê que disputavam corridas passando pelos dois.

 

-Ansioso? - a indagação de Dienekes fora impassível, mas o olhar jovial e as bochechas rosadas foram resposta o suficiente para alguém experiente como ele.

 

-Não senhor. - afirmou ainda sem jeito, remexendo em suas vestes como se ajustasse algo, porém sem necessidade. Não queria denunciar-lhe que estava cheio de expectativas.

 

O mais velho apenas resmungou algo inaudível, talvez fosse algo similar a um riso contido, não saberia identificar ao certo, nem tratou de lhe perguntar qual o "significado", algo lhe dizia que descobriria de alguma forma, fosse breve ou não. Permitiu-se sorrir um pouco mais abertamente ao avistar um indivíduo de constituição física visivelmente atípica para alguém de sua idade, era Frank, o moreno de cabelos bem aparados lhe fez um sinal de forma tímida como era de costume.

 

-Vejo que mais alguém despertou com disposição hoje. - brincou o mais velho dando alguns tapinhas no ombro do rapaz que tinha praticamente a mesma altura que a sua. Bem sabia que o "garoto" era bem mais disciplinado que o seu jovem servo quando se tratava de despertar antes que Ártemis cedesse o manto noturno para a carruagem de seu irmão gêmeo.

 

-Estou à espera do pelotão, saíram muito cedo, todos os efebos e alguns jovens de idades diferentes e pelotões distintos. - comentou alinhando sua postura perante o oficial e indicando o motivo pelo qual não acompanhara o seu jovem mestre naquele momento. - sabe como Jason é rigoroso... O que lhe trouxe ao centro de Esparta tão cedo? - dirigiu-se ao amigo, mas o oficial lhe respondera com alguma prontidão.

 

-Tenho planos para o jovem Chris, ele tem se demonstrado de grande valor, tem habilidades distintas, creio que me seja mais útil como um futuro escudeiro do que trabalhando em lotes nas zonas rurais. - comentou com um sorriso quase mínimo ao olhar de Frank para o seu jovem servo.

 

Chris estufou um pouco o peito como se estivesse orgulhoso - não poderia negar que também seria uma oportunidade para passar mais tempo com aqueles que dividira a infância - embora ainda tivesse lá suas dúvidas se seu senhor estava mesmo lhe elogiando ou apenas reiterando que ele era péssimo com o plantio ou o rebanho de ovelhas.

 

-Certamente será de grande valia para qualquer um dos Pares. - Frank lhe deu tapinhas de congratulações, embora até mesmo um gesto amigável do rapaz fosse algo levemente doloroso. - tens algum parceiro em vista meu senhor? - direcionou-se ao oficial, porém o mesmo já estava preso à imagem que seus olhos captaram. 

 

A atenção dos três se voltou para o pelotão que vinha ao final da Rua da Partida - a principal via da pólis - Dienekes meneou levemente com a cabeça enquanto seus lábios se crisparam no processo. Como Frank havia informado Jason estava à frente de um pelotão misto, mas constituído principalmente pelos efebos, já que a coloração negra de seus mantos se sobressaía. Por mais que tivesse concluído o treinamento há pouco tempo se comparando a outros oficiais, o nome do jovem lhe era bem conhecido e não apenas por ele, Jason tinha um pouco menos da metade de sua idade e já recebera honrarias distintas, bem como fora campeão nos últimos jogos de Olímpia... Talvez fosse tão belo como Apolo, com seus cabelos loiros, olhos azuis e um físico digno de um deus grego, contudo para Dienekes ainda lhe faltava algo que nem todos os homens conseguiam cultivar até mesmo na velhice, Jason poderia ser forte, inteligente e sagaz em batalha, mas lhe faltava a sabedoria e parcimônia que um verdadeiro líder deveria ter para tomadas de decisões.

 

-Se continuar a torturar jovens de treze anos com tanto empenho não sobrará futuros guerreiros para Esparta. - pontuou o mais velho quando seu camarada postou-se ao seu lado, era um bom velocista, tinha de reconhecer e o reconhecendo como tal possuía total ciência de que não poupara esforços para forçar ao máximo cada um dos jovens do pelotão.

 

O loiro deu um meio sorriso, evidenciando a pequena cicatriz em seu lábio enquanto os olhos azuis gélidos iam de Dienekes ao grupo que se aproximava, tentando não aparentar a evidente exaustão de seus corpos, caso contrário seria pior.

 

-Esparta necessita apenas dos melhores, aqueles que não podem suportar não merecem compartilhar do mesmo manto que usamos. - comentou erguendo o queixo analisando os futuros candidatos um a um. - tampouco são dignos de estarem ombro a ombro no campo de batalha... Bem sabemos o que acontece quando a falange é rompida, uma fruta podre é o suficiente para estragar todas as outras.

 

Por mais que não concordasse com o jeito inflexível de Jason, o líder mais velho sabia que ele estava certo, por mais que tenha salientado aquele ponto de forma afiada e a alguém que ele bem conhecia. Seus olhos correram rapidamente pelo pelotão procurando por um rosto em específico, sentiu-se aliviado ao encontrar Clarisse, a garota vinha mais afastada que os outros efebos, o corpo beirando a exaustão, pois trazia um dos companheiros às suas costas.

 

-A garota fez questão de trazê-lo quando o mesmo se machucou... Se dependesse de mim teria o deixado no caminho... - comentou o loiro com leve desdém, como se adivinhasse os pensamentos de Dienekes. - lhe alertei que se realmente quisesse trazê-lo teria de ser capaz de completar o percurso até o fim, ou ambos seriam expulsos... Parece que a semideusa possui alguma fibra, entretanto não sei se lhe sobrará alguma até o fim. - brincou antes de dispensar o pelotão, afinal também tinha seu próprio treinamento e pendências.

 

A maioria se jogou contra o chão sem se importar se a poeira grudaria no corpo, as pernas doloridas pelo longo percurso e o terreno acidentado, o suor banhando os rostos vermelhos pelo esforço. Esparta também não possuía um clima exatamente favorável, os verões eram extremamente quentes e os invernos quase insuportáveis para os puídos mantos trocados apenas anualmente. Após alguns poucos minutos para se recuperarem os jovens se dispersaram, encontrariam seus parceiros de treino, se reuniriam com seu próprio pelotão, partiriam para aulas específicas.

 

-Fico orgulhoso de seu gesto criança. - sua voz tornou-se novamente audível quando sua afilhada aproximou-se após deixar seu companheiro de pelotão sobre os cuidados de um dos garotos mais velhos. - os Pares são sua família, irmãos não apenas de batalha, mas que nos seguem por toda a vida... Nunca deixamos um companheiro para trás. - completou lhe dando tapinhas no ombro.

 

-Obrigada senhor. - foi tudo o que conseguiu dizer, ainda tentava estabelecer suas pernas bambas e a respiração. Não poderia se dar ao luxo de mostrar-se cansada como os outros, afinal ela era "diferente". 

 

Chris se aproximou de imediato lhe entregando o odre que carregava sempre consigo, nunca sabia quando precisaria entregar mensagens pela pólis e isso poderia ser uma tarefa bem cansativa. Clarisse olhou do amigo de infância para seu mestre, como se esperasse sua aprovação que veio em forma de aceno logo em seguida. Entornou a maior parte do líquido em poucos segundos, despejando um pouco sobre a cabeça, sentiu-se um pouco mais viva após o ato.

 

-Acho que você já o conhece então não preciso de apresentações. - comentou o loiro após Clarisse retomar a sua postura rígida. - escolhi Chris como seu parceiro de treino e quem sabe futuramente seu escudeiro. 

 

O rapaz sorriu, mesmo que sentir-se animado com tamanha honra não fosse exatamente à reação mais apropriada, ele esperava pelo convite, mas não achava que o mesmo era para se unir a princesa. Uma boa parcela dos homens de Esparta não via a garota com bons olhos, mesmo que ela fosse filha de Ares, já Chris sempre fora encantado pela semideusa... Não apenas por sua beleza, mas seu espírito era sempre forte e corajoso, afinal mesmo agora com os cabelos extremamente curtos, pois os fios escuros lhe foram raspados assim que entrara no agogê para que se assemelhasse a todos os outros garotos ela ainda lhe parecia bela.

 

Apesar de não demonstrar tanto assim, já que fazia parte de seu treinamento mascarar seus sentimentos, se resumindo em apenas concordar com a decisão de seu superior, sabia que Clarisse aceitava de bom grado aquela ideia, afinal cresceram juntos brincando nos bosques às escondidas e agora teriam a oportunidade de estarem juntos novamente, mesmo que a realidade fosse bem peculiar.

 

-Tire esse sorriso do rosto rapaz, sabe de suas responsabilidades a partir de agora, não sabe?!

 

Mesmo que o tom não tivesse sido ríspido Chris tinha plena noção do que se tratava cada palavra que saíra da boca do espartano. Daquele momento em diante ele acompanharia Clarisse em seus treinos, e bem, ela era uma semideusa, já vira a garota lutando alguns pares de vezes e era o suficiente para deixar alguém sob alerta, se ela cometesse algum erro os dois seriam punidos e chicoteados se conseguisse sobreviver ao ponto de tornar-se seu escudeiro seria responsável por sua armadura e demais equipamentos, preparar suas refeições e o local de dormir, bem como o cuidado de eventuais ferimentos.

 

-Sim, senhor. - afirmou com a convicção de quem estava certo do que faria há muito tempo. - darei o meu melhor.

 

~***~

 

Linus estava em um impasse, de um lado as ordens precisas de seu mestre para que não fosse incomodado por ninguém - e bem sabia quais poderiam ser as consequências, principalmente em dias mais atribulados na Pnyx, não que Temístocles fosse do tipo de senhor severo, isso jamais, mas não gostava de abusar da boa vontade do general -. Porém por outro lado havia aquela mulher de baixa estatura, mas insistente o suficiente para lhe tirar do sério.

 

-Meu senhor está indisposto, volte em outro momento. - insistiu uma última vez, pondo-se entre a mulher de intensos olhos castanhos e a entrada que a separava de seu destino.

 

Não poderia negar que suas pernas estavam ligeiramente trêmulas, não sabia ao certo o porquê, mas algo no olhar dela lhe dava medo e certo torpor, a morena estreitou o olhar como se o desafiasse a perder um pouco mais do seu tempo, entretanto seu humor não parecia dos melhores naquele dia. Temístocles não poderia lhe dizer que não havia tentado... A desconhecida estalou a língua como se aquela brincadeira estivesse em seu fim, por mais baixa que fosse tinha de confessar que possuía força disfarçada em suas curvas bonitas, a única coisa que sentiu antes de se ver ao chão desnorteado foi a mão delicada em seu rosto.

 

O leve baque fora o suficiente para chamar a atenção do homem debruçado sobre os inscritos que analisava. Pilhas e pilhas de papiros desenrolados e alguns ainda a serem estudados. Os olhos azuis se direcionaram para a cena um tanto incomum enquanto as sobrancelhas se franziam, seja pela curiosidade que nunca lhe abandonava ou pelo simples fato de uma ordem ter sido quebrada.

 

-Tentei impedi-la meu senhor... - explicou-se o mais jovem juntando o pouco de dignidade que ainda lhe restava ao se levantar batendo a poeira de suas vestes. - mas esta senhora mais parece uma das fúrias de Hades de tão persistente.

 

Trocaram olhares pouco amistosos e mais uma vez o servo sentiu um calafrio em sua espinha dorsal, como se a desconhecida realmente fosse capaz de transformar-se em uma fúria apenas para lhe fazer pagar pela tentativa ridícula de lhe barrar.

 

Apesar de aparentemente cansado Temístocles deu um pequeno sorriso com a cena, se Linus desconfiasse pelo menos por um segundo de quem se tratava aquela mulher, certamente não estaria demonstrando tanta coragem assim.

 

-Obrigado Linus. - agradeceu massageando a fronte e tentando passar através de suas expressões que estava tudo bem, que aquele era um caso atípico. - deixe-nos a sós, por favor.

 

-Estarei aguardando caso precise de algo, meu senhor. - obedeceu às ordens mesmo que a contragosto.

 

A mulher se aproximou a passos delicados, porém decididos, Temístocles deixou os inscritos de lado, mesmo que quisesse não conseguiria se concentrar naqueles documentos com o afinco necessário, apoiou as mãos sobre o tampo da mesa e direcionou o olhar para a visitante de forma direta pela primeira vez, não era a primeira vez que se encontravam, mas a sensação de sua presença era algo marcante.

 

-A que devo a honra de ter a ilustre presença da filha de Afrodite à minha frente?! - questionou sem muitos rodeios, afinal não era todo dia que poderia compartilhar da presença de uma divindade Olimpiana.

 

-Sabes bem qual motivo me trouxestes até tua residência, general. - rebateu tão direta quanto o protegido da deusa da sabedoria.

 

O homem deixou-se relaxar no assento que ocupava, o cenho franzido e já levemente marcado pela idade, afinal já deixara de ser um garoto há algum tempo, mesmo que ainda fosse belo. Mais uma vez pousou o olhar nos orbes castanhos... Quentes como uma acolhida e desafiante como uma boa disputa, ele sabia que de alguma forma aquela batalha estava perdida.

 

-Tens certeza de que ela está pronta? - era evidente as notas de preocupação em seu tom, por mais que soubesse que esse dia chegaria, não era fácil admitir que alguém ainda tão jovem e que vivera sobre sua proteção por tantos anos teria de seguir o caminho traçado por seus parentes divinos. 

 

Harmonia sorriu, mas não de forma provocativa, mas sim amável e quente como um abraço, sabia que Temístocles havia se afeiçoado a Silena e isso não era devido aos dons da semideusa, o ateniense criara fortes laços com os seus protegidos.

 

-Toda flor tem o período certo para desabrochar.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E então o que vocês acharam? Bem morno na verdade, eu sei, pensei por um bom tempo qual seria o ponto de vista desse capítulo, mas fiquei satisfeita com o resultado geral. 

Muito obrigada a todos que estão acompanhando e nos vemos em breve nos comentários!!!    


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Comentários para 36 - O Escudeiro :
Lea
Lea

Em: 25/06/2022

Clarisse sempre um ser humaninho correto.

Silena vai para o Olimpo com a irmã? Logo mais o Perseu seguirá para os mares e Annabeth será a governante de Athena!

 

Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 16/01/2021

Cada um seguindo seu destino, já estou curiosa para o próximo capítulo..

Clarisse sempre maravilhosa..

 

Bjos 


Resposta do autor:

Em breve esses destinos vão se entrelaçar novamente. 

 

Desculpe o atraso, ando tão atarefada que não tive tempo de retornar antes. 

Se cuide e até breve! 

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