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Fios do Destino por La Rue

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Palavras: 3263
Acessos: 712   |  Postado em: 03/01/2021

Notas iniciais:

Olá meus queridos, tudo bem com vocês? Não, vocês não estão sonhando... Tem capítulo novo!

Eu iria postar apenas no meio do mês, mas temos um motivo especial para essa postagem, a Pam, nossa teorizadora da fic vai se despedir da gente por um tempinho, então nada mais justo que um cap. de "Até logo" para minha irmãzinha de chalé, certo?! Desejo-te tudo de bom querida, obrigada pelo apoio, amizade e as palavras de incentivo e te aguardaremos de braços abertos sempre, todo mundo vai sentir falta das suas teorias.

E vamos a alguns pontos relevantes apontados pela nossa leitora SkyOpen que resolvi compartilhar com todos, acho que é de interesse em comum:

1. Sobre a visão da Annabeth - aquela que a Harmonia acompanha ela - onde aparece a Clarisse do passado e Annabeth do passado com o Deimos. Clarisse e a Annabeth tem uma diferença de idade, no caso a filha de Athena tem por volta de uns 8 anos e a Clarisse uns 16 anos, masssss esperem a spin-off sobre o passado é melhor não focar nisso, não agora, os olhos vermelhos da Clarisse tem um motivo, mas vocês não vão saber agora.

2. O que está acontecendo agora não é exatamente o que aconteceu no passado, lembrem-se, as Moiras os enviaram para uma linha alternativa, seria impossível elas voltarem para o mesmo tempo no passado, as Moiras JAMAIS fariam algo assim.


3. Tudo aqui tem um motivo, por menor que seja, mas só vão ser revelados com o tempo.

Boa leitura a todos!!!    

O Amuleto

 

A rainha estava a observar a pequena prodígio como era de costume em seus breves momentos de quietude, Clarisse estava concentrada agora em seu treino solitário, já que seu fiel parceiro Mark não possuía tanto tempo disponível para dividir com aquela que considerava como uma irmã. A semideusa e Leônidas haviam retornado há pouco tempo de sua última visita até Atenas, por vezes viu a menina distraída e reclusa, em outros tentava disfarçar o semblante levemente triste enquanto se movimentava de forma impecável e dava estocadas em um inimigo invisível - já que passara mais tempo construindo bonecos de palha com o irmão mais velho do que treinando com eles, reduzindo os indefesos oponentes a frangalhos.

 

Ela poderia como princesa ter se dado ao desfrute das regalias que poucos possuíam naquela dura pólis, afinal, quantas vezes a filha de um dos Olimpianos fora enviada para Esparta e designada os cuidados de um dos reis? Mas não, apesar de ser uma garota, Clarisse aprendera a empunhar uma arma antes mesmo de dizer suas primeiras palavras e desde então a jovem sempre colocava metas e se submetia a rotinas pesadas de treino para alguém de sua idade, mesmo que essa não fosse sua obrigação. 

 

Mãos firmes repousaram sobre os ombros levemente tensos da majestade, o peso sobre eles se extinguiu quase que imediatamente ao reconhecer o toque mesmo sem se virar, logo em seguida deslizaram pelos braços bem delineados e por fim lhe rodearam a cintura. Estava tão distraída em seus pensamentos que sequer havia notado a presença do rei.

 

-O tempo não tem sido dos mais gentis... - comentou tão baixo que poderia duvidar se o seu marido havia escutado. - apesar de toda coragem que possui ela ainda é tão pequena.

 

Entretanto Leônidas estreitou ainda mais a distância já praticamente inexistente entre os dois corpos, como se ele entendesse bem o amplo significado daquele pequeno comentário. Clarisse realmente se desenvolvera rápido, conseguia se recordar plenamente a primeira vez que seus olhos cruzaram com os da menina e por mais que ele e Gorgo não fossem os verdadeiros progenitores da semideusa, sentiam-se como se aquele pequeno ser fizesse parte deles.

 

A rainha se afeiçoara a filha de Ares, mesmo sabendo de seu destino, o derradeiro momento estava mais próximo do que desejava, teria de entregar a pequena ao sistema espartano assim como fora com o seu primogênito. Clarisse teria de se adaptar às leis e treinamentos rígidos, a princípio teria permissão de retornar ao final do dia a sua residência, mas após o primeiro ciclo só deixaria o agogê de duas formas, morta ou como um dos fiéis soldados.

 

-Ela guardará com zelo os momentos ao seu lado. - confortou-a plantando um beijo singelo em sua têmpora. - ela não poderia ter uma melhor mãe, tem orgulho de que um dia protegerá sua rainha.

 

A mulher deixou-se ser acalantada por aquele breve instante, era evidente que queria ter mais tempo com a menina ao seu lado, não duvidava que a semideusa fosse alguém de grande valor, mas ainda havia tanto a lhe ensinar, mesmo assim sabia qual era o seu propósito, servir e honrar o deus da guerra e auxiliar os espartanos.

 

-Aproveite os momentos findáveis. - afagou novamente os ombros delicados antes de se afastar, eram homens e mulheres da Lacedemônia afinal, sentimentalismo barato não lhes cabia, apesar do amor compartilhado ser genuíno. Sua esposa, mais do que qualquer outra mulher, deveria manter a cabeça erguida. - são eles que nos dão força para seguir com as incertezas futuras.

 

Permaneceu a observar a pequena por mais alguns instantes assim que Leônidas se retirou, ele era o rei e como tal possuía compromissos inadiáveis. A garota estava se refrescando com generosos goles de água quando finalmente deixou o recinto onde se ocultava.

 

-Deseja algo minha senhora? - perguntou assumindo uma postura mais ereta assim que seus olhos se fixaram na figura bonita e imponente que vinha em sua direção.

 

Gorgo lhe correspondeu com um sorriso comedido, até o ponto em que sua memória conseguia fazer-lhe recordar, Clarisse sempre lhe tratou de forma respeitosa, quase como se ela estivesse em um pedestal, não lhe tratava como uma mãe, apesar de lhe ter carinho evidente, mas sim como "sua rainha".

 

-Não criança... - os dedos delicados tocaram a fronte da semideusa que facilmente corava a face jovial e travessa. - apenas desejo compartilhar de sua companhia.

 

As duas sentaram-se sobre os degraus que levavam aos corredores que encaminhavam aos outros cômodos. Conversavam sobre algumas aleatoriedades referentes à recente viagem e os locais que percorreram, Gorgo sempre ficavam maravilhada com a forma enérgica que a menina detalhava até mesmo os campos férteis e inóspitos.

 

-Gostaria de saber quem lhe presenteou com algo tão bonito? - o tom utilizado foi carregado de um pouco mais de curiosidade do que normalmente se utilizaria, mas era proposital, gostava de ver a menina levemente acanhada quando se tratava de assuntos que não competiam a sua esfera de poder.

 

Clarisse interrompeu uma das histórias que o filho de Poseidon lhe contada e parou para pensar, não conseguiu identificar de imediato o que a mais velha havia citado, até que os olhos verdes seguiram o olhar da rainha, diretamente para o seu pulso esquerdo.

 

-Ah, isso... - seu rosto corou involuntariamente mais uma vez e isso estava começando a lhe irritar, ela não era como aquelas garotas bobas que ficavam suspirando por aí. - foi um presente de Silena. - concluiu de forma simples e direta, mesmo que tivesse ciência de que ouviria algum comentário desconcertante cedo ou tarde. 

 

Gorgo lhe sorriu, desta vez de forma mais aberta e bonita, diferentemente do que Clarisse se acostumara, já que devido sua posição costumava se portar na maioria das vezes de forma impassível.

 

-É uma pulseira muito bonita, definitivamente um presente elaborado pelos dons de Afrodite. - comentou a mais velha tocando o acessório discreto, porém belo aos olhos de qualquer um; a deusa não era a mais cultuada na pólis, esse posto era assumido por Ártemis, mesmo assim toda mulher, seja qual fosse, conhecia pelo menos os ritos básicos ligados à divindade do amor. - sabe o que isso significa?

 

Clarisse tentou se esforçar para dar uma resposta condizente, mas por fim apenas negou com a cabeça, aparentemente frustrada por não atender às expectativas, mas curiosa com as palavras que se seguiriam.

 

-Na sua idade, as meninas costumam fazer amuletos para os garotos quando vão iniciar o agogê. - explicou afastando uma mecha escura que insistia em se soltar do penteado simples. - de fato Silena possui um carinho especial por você e deseja que nada de ruim lhe aconteça.

 

A menina fez um sinal positivo com a cabeça, como se estivesse absorvendo as informações repassadas por aquela que sempre lhe explicou tantas coisas no decorrer daqueles anos de sua vida. Também se perdeu em suas próprias memórias, no caso em uma mais recente, de quando teve que retornar a Lacedemônia.

 

**

 

"Eles haviam aproveitado todo o tempo possível, brincaram, se meteram em alguns problemas, compartilharam histórias enquanto dividiam as refeições - afinal passavam muito tempo separados e com isso sempre havia muito a dividir, principalmente Percy e o seu traseiro de tanto que aprontava nas aulas; foram ameaçados pelas aias caso não dormissem - o que aconteceu algumas vezes até que o próprio Leônidas os convenceu sem muito esforço - nada fora do habitual quando se reuniam. Contudo, a tristeza da partida era algo eminente, que dificilmente não deixaria de atingir os pequeninos.

 

-Você não pode me desapontar, está me ouvindo, cabeça de algas?! - preferia tratar aquilo como mais um dos "até breve" entre eles a pensar que passariam anos sem a companhia um do outro. - você precisa ficar mais forte! - completou coçando o nariz que ganhara uma cicatriz superficial devido às recentes travessuras.

 

Ele sorriu daquela forma que sua cúmplice bem conhecia, era óbvio que o filho do deus dos mares jamais negaria uma boa aposta. Se esforçaria ao máximo e daria o seu melhor sempre, Atenas precisaria dele e daquelas que possuíam sua grande estima, escutaram por diversas vezes às escondidas trechos das conversas dos mais velhos sobre uma grande guerra que estava por vir e caberia a eles, ficarem fortes o suficiente para que pudessem resistir e assim protegerem os ideais que tanto acreditavam.

 

-Você também, ou vou te deixar pra trás e chutar o seu traseiro espartano... - ensaiou um soquinho no ombro da menina que desviou de forma despreocupada e repetiu o gesto.

 

-Coloque uma salamandra no vinho do velhote da próxima vez... - sugeriu de forma muito baixa antes de se afastar; ela não gostou de saber que um dos educadores tratara o garoto de forma nada agradável, fora que apenas ela tinha o direito de bater em seu traseiro ateniense. - eu mesma adoraria me encarregar disso, mas deixemos para outro momento.

 

Os olhos de Percy brilharam, como se não acreditasse que aquela ideia jamais tivesse passado por sua mente criativa para prendas. Ele confirmou veementemente como se ali estivesse selando uma promessa extremamente importante, faria aquilo por Clarisse.

 

Annabeth olhou para os dois como se não pudessem ser mais bobos, mas mesmo assim deu um sorriso mínimo, afinal ainda era uma forma de incentivo mútuo e tanto a espartana como o jovem semideus precisariam do máximo de apoio que lhes fosse oferecido. Clarisse foi rápida ao se dirigir a ela, como se ainda estivesse pensando na melhor forma da prima não lhe achar um ser estúpido ou desprovido de inteligência, acabou por lhe dar um abraço firme e desajeitado, como se esperasse levar um soco pela atitude, mas ao mesmo tempo não tivesse medo caso isso realmente acontecesse.

 

-Espere por mim... - sussurrou contra a têmpora da menina loira, tentando absorver ao máximo aquele perfume tão peculiar que ela possuía e que de alguma forma lhe passava tranquilidade. Fez uma prece muda para que sua memória não falhasse quanto aquele perfume em particular. - sabidinha.

 

Annabeth não entendeu exatamente o que aquilo significava, mas também não contestou ou ficou irritada com as asneiras que a morena adorava proferir. Apenas retribuiu ao abraço, sentindo a mais velha ficar menos tensa com a reciprocidade da sua desastrosa demonstração de afeto.

 

-Guerreira estúpida! - a loira lhe afastou quase com um empurrão para verificar se estava em alerta, mas se aproveitou daquele último contato, ambas sorriram com a brincadeira compartilhada.

 

A filha de Ares olhou ao seu redor, Silena não estava lá, estava inquieta e estranhou de imediato o sumiço repentino, a garota nunca deixava de se despedir e fazer justamente ao contrário logo naquele dia era algo ainda mais incomum. Mesmo assim ela lançou um último olhar e sorriso aos que estavam ali presentes, sentiria falta de todos, das feições bondosas e amigáveis. Ela segurou com um pouco mais de força a sacola que havia jogado por cima do ombro, estava pesada pelos itens generosos separados por seus amigos - o que gerara a confusão na cozinha pela madrugada antes de todos despertarem.

 

Não precisou de uma segunda ordem de seu tutor para que se apressasse, precisavam partir, já haviam esperado por tempo considerável. O homem lhe ajudou a subir no animal robusto e assim eles pegaram novamente o já conhecido caminho para o sul, com a esperança de que se encontrariam novamente, em um momento menos amistoso, mas contudo, juntos.

 

Clarisse ainda estava incomodada por não ter se despedido da filha de Afrodite, mas ainda duvidava que a garota simplesmente se esquecera, justamente naquele dia. Resmungava chateada consigo tentando compreender o que poderia ter acontecido, mal notando a conversa ou as palavras que estavam sendo trocadas entre o rei e seu oficial.

 

-A pequenina está vagando por mundos distantes... - comentou Leônidas com a voz mais branda que de costume. Teve o efeito desejado, sua protegida saiu do torpor em que se encontrava. - veja, acho que alguém quer falar com você.

 

A semideusa olhou na direção que lhe foi indicada, não deixou de conter o sorriso, definitivamente não esperava encontrar Silena para além dos portões da pólis - afinal Temístocles era rigoroso nesse quesito -, mesmo assim lá estava ela, com o seu sorriso que facilmente encantava, suas vestes impecáveis mesmo após horas ininterruptas entre brincadeiras e corridas entre eles, mas não estava sozinha.

 

Estava acompanhada de uma mulher que nunca vira antes, mas não conseguia sentir nenhuma energia hostil de sua parte, o que lhe confortou a princípio. Suas vestes eram simples, mas não lhe parecia com qualquer uma das aias dos atenienses, possuía uma beleza diferenciada, os cabelos ondulados, a postura impecável e os olhos quentes - do tipo que transitava facilmente entre a ternura e o desafio. Desceu do cavalo quase que de um salto, para ir em direção à menina, não poderia demorar-se, Silena também entendia que seu tempo era breve, a estranha sorriu para ela, como se concedesse algo a morena de olhos azuis... Clarisse sentiu algo estranho em seu peito, não saberia explicar, mas era como uma forte sensação de conhecê-la.

 

-Cheguei a pensar que não lhe veria. - assumiu a jovem acolhendo a morena em seus braços.

 

-Já está com saudades?! - brincou Silena lhe abraçando com a força que possuía. - tive de resolver algumas pendências... Tenho algo para você. - disse ainda levemente esbaforida.

 

Clarisse lhe olhou com curiosidade, afinal não esperava por algo do tipo, a filha de Afrodite tinha uma pulseira em sua mão, pétalas em tom de rosa claro rodeavam o caule delicadamente trançado. Estava revertido de algum encantamento, pode sentir quando o acessório foi colocado em seu pulso e ajustou-se magicamente.

 

-Dessa forma não tem como você quebrar ou danifica-lo. - comentou como se tivesse ciência dos pensamentos que permeavam a mente da mais velha. - é um amuleto de proteção, para os momentos tempestivos.

 

-Agradeço pelo tempo dedicado... - Clarisse sorriu, não combinava com ela, era desastrada demais com suas brincadeiras brutas para ostentar algo tão bonito, mesmo assim cuidaria dele da melhor forma possível. - também tenho algo para você. - tateou o corpo esperando que não tivesse perdido em meio às brincadeiras.

 

Respirou aliviada ao achar o pequeno embrulho preso ao cinto, desfez as dobras do tecido delicado enquanto era acompanhada por um par de olhos intensos e curiosos.

 

-Espero que goste... - coçou a nuca ao mostrar o colar de turmalina rosa. - posso?

 

Fez menção de coloca-lo no pescoço da morena, que logo afastou os cabelos negros para que pudesse ostentar o belo pingente.

 

-Perfeito. - assentiu Clarisse ao se afastar para observar a menina de corpo inteiro.

 

Era possível que a filha de Afrodite ficasse ainda mais bela? Achava que não, mas estava enganada. Seus pensamentos bobos foram tomados de assalto, Silena aproximou-se devagar, porém como um felino astuto, mal conseguira notar quando estava perto o suficiente... Os lábios tocaram os seus de forma delicada e casta, sem qualquer tipo de malícia.

 

-Para que você não se esqueça de mim... - comentou baixinho tomando distância, mesmo que suas mãos ainda segurassem as da filha de Ares. - você precisa ir agora.

 

Os olhos verdes da garota ainda estavam abertos e surpresos, Silena havia lhe beijado, seu rosto corou violentamente... O rei, Dienekes e a mulher desconhecida com certeza viram aquela cena. Silena lhe beijou, mas não foi na testa ou no rosto como normalmente faria, havia lhe beijado na boca - como já viu escondida alguns adultos fazendo e julgara nojento - mas não foi nojento, se tivesse alguma capacidade de relacionar tal evento à única coisa que conseguiria associar era que a filha de Afrodite beijava como o verão. 

 

~***~

 

-Clarisse... - a voz bonita da rainha chamou a atenção da menina, que parecia ter mergulhado profundamente em seus pensamentos, não era algo comum, mas notara que por algumas vezes a mais nova ficava daquela forma. 

 

-Desculpe minha senhora. - ainda estava levemente dispersa, por vezes anestesiada pelo que acontecera em Atenas entre ela e a filha de Afrodite. - o que desejas?

 

Mas a mulher apenas lhe sorriu gentil e fez um leve sinal com a cabeça, indicando que não se preocupasse, pois não era nenhum questionamento de relevância acentuada. Gorgo se aproximou um pouco mais, acariciando o rosto de Clarisse e lhe beijando a fronte com afeto.

 

-Seja forte, honre o sangue que corre em suas veias... - comentou gentil, mesmo que ainda tivesse aquela força que a sua protegida tão bem conhecia. - cumpra com o seu treinamento, quando estiver pronta tenho algo a lhe ofertar.

 

A menina afirmou, seus olhos apresentavam aquele brilho convicto e em seu rosto carregava a expressão de quem faria o possível para deixar a mulher à sua frente orgulhosa.

 

Foram interrompidas pela presença de Dienekes, Clarisse levantou-se com prontidão para recebê-lo, já Gorgo apesar da postura firme tinha aquele olhar típico que o loiro presenciara no rosto de tantas outras mães espartanas; o olhar que transitava entre o orgulho e o pesar de terem suas crias afastadas de forma tão prematura. 

 

-Tenho de levá-la, minha rainha. - informou aquilo que a mulher já bem sabia, afinal a pequena semideusa já passara mais tempo que a maioria dos efebos ao lado da matriarca.

 

Clarisse ainda veria a bela rainha em sua primeira fase de treinamento, o que fez a semideusa ir até o oficial sem titubear. O homem de porte inconfundível, que lhe recebeu com um breve aceno de cabeça.  Apesar de Leônidas ser o tutor da filha de Ares a menina fora apadrinhada pelo Par assim que foi devidamente apresentada aos demais cidadãos da pólis.

 

Quando a pequena soube que isso aconteceria não foi de todo agrado, afinal ela fora confiada a Leônidas e como tal sempre achou que estaria aos seus cuidados, contudo o agogê estava próximo e toda criança era confiada a um Par que não fosse o seu pai, que se dedicaria a sua criação, bem como lhe daria lições e correções que muitas vezes um pai não saberia gerir de forma imparcial. Contudo, Dienekes ganhara o coração da pequenina, era um dos homens de confiança com dotado senso de justiça e muito sábio.

 

-Sei que gostaria que o rei estivesse aqui nesse momento, mas quero que saiba que não existe honra maior para mim e que farei o possível para lhe transmitir tudo para que se torne uma guerreira justa. - ele se colocou sobre um dos joelhos, trouxera algo atado às suas costas. - seu pai, o senhor da guerra, entregou este escudo para o rei e eu fui escolhido para repassá-lo a você.

 

A semideusa tinha uma expressão surpresa, ela sabia que não receberia o escudo de treinamento que pertencera a Leônidas, afinal Mark fazia uso do mesmo e assim seria quando o príncipe tivesse seu herdeiro, mas essa era a primeira vez que recebia algo referente ao seu pai divino. Sentia o seu coração martelar muito forte enquanto seus dedos ainda pequenos deslizavam pela superfície desgastada onde outrora havia algum desenho que agora era irreconhecível. Um arrepio percorreu sua coluna, sentiu-se zonza com as sensações que tivera ao tocar o escudo, mas procurou manter seus pés plantados firmemente... Ela se tornaria uma guerreira.   

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Apesar de 2020 ter sido um ano muito doloroso, não existem dificuldades o suficiente para lhe abalar quando se tem alguém ao seu lado para lhe acompanhar ?? Que a esperança de dias melhores nunca nos abandone e que 2021 seja gentil e maravilhoso para todos! Se cuidem, fiquem seguros - não apenas por vocês, mas por aqueles que amam - em breve poderemos aproveitar novamente com abraços e beijos e assim matar toda essa saudade. Feliz Ano Novo!


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Comentários para 35 - O Amuleto:
Lea
Lea

Em: 25/06/2022

Para que não tenha brigas, faça -se um trisal. Problema resolvido,ou seria um problema a resolver?? Kkkkk

Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 04/01/2021

Silena é muito linda, mas eu gosto da Clarisse com a Annabeth...

Mais um capítulo super gostoso 

Obrigada por esse momento

 

 

 


Resposta do autor:

Eu adoro essa torcida sempre diversas de vocês e como ela muda dependendo da abordagem dos capítulos. Muito obrigada por comentar querida, sempre me anima ver vocês interagindo e saber que estão gostando do desenrolar da história. 

Um forte abraço!

Responder

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