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Revelação - Série One Wolf por Ellen Costa

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 3185
Acessos: 3477   |  Postado em: 05/01/2021

Notas iniciais:

BOA NOITEE MEUS QUERIDOS LEITORES!!!

 

 Eu sei que disse que publicaria todas segundas-feiras, isso não mudou, porém especialmente hoje tive problemas com a conecxão de internet na minha casa, e como nem a do visinho funcionou (eu tentei rsrs), acredito que não foi um problema exclusivamente meu. 

Estou eu agora, com duas horas de atraso (agr são 01:59 da madrugada, no trabalho), tentando publicar quando o meu querido e amado Word, decide fazer C* doce, MAAS, consegui resolver sem ter um surto de raiva kkkk Espero que entendam meu atraso...

Sem mais delongas... 

 

QUEM TIVER INTERESSE EM SABER COMO É MINHA ROTINA DE ESCRITA E O PROCESSO DE LANÇAMENTO DESSE LIVRO (POIS VAI VIRAR LIVRO FÍSICO ><), ME SEGUE NO INSTA: @diario_deumaescritora_

 

BOA LEITURA! >< 

 

CAPÍTULO 2

 

   Dois Anos Atrás...

Minhas mãos soavam, e meu estômago não parecia estar bem. A sala de estar era bem aconchegante, não se parecia com um consultório. Olho ao redor reparando na decoração, que ostentava um ar aconchegante por parecer a sala de estar de uma casa normal, só faltavam uns quadros pequenos com fotos de família em alguns cantos, e poderíamos ser convencidos facilmente de que não estávamos em um consultório, mas sim, em uma sala de estar, visitando alguém.

Passos vem de um corredor no canto do cômodo, um rapaz sai com o semblante tranquilo e descontraído, em seguida uma mulher de blazer cinza e saia tubinho da mesma cor, com salto preto não muito alto, aparece logo atrás. Antes que o garoto saísse pela porta ela o chama.

- Pense no que conversamos Miguel. - O rapaz a olha antes de sair mostrando um sorriso tranquilo.

- Vou pensar doutora, já estou pensando na verdade.

- Que bom, fico feliz! - A doutora, que aparentava ter uns trinta e cinco anos sorri, e em seguida me olha. - Lorena?

Concordo com a cabeça, incapaz de retribuir o sorriso devido ao nervosismo. Respiro fundo enquanto me levanto e caminho atrás da doutora.

"É só essa vez Lorena, só essa vez, só essa vez..."

"Eu consigo, é só uma hora de sessão e depois acabou, só hoje e acabou..."

Com isso em mente, sigo a mulher que aparentava ser uma boa pessoa, até a sala onde ela me atenderia. Ao chegarmos ela aponta uma poltrona verde clara para que me sentasse.

- Pode se sentar ali Srta. Lorena, fique à vontade! Você aceita alguma coisa? Café? Água? Chá? Leite com chocolate? - Nego com a cabeça. Meu estômago estava um turbilhão, qualquer coisa que engolisse, provavelmente, voltaria em segundos.

Depois de me acomodar na poltrona verde, ela se senta em outra poltrona, de frente para a minha.

- Bom, vamos começar? - Ela sorri, abre uma pasta branca, anota algumas coisas, me olhando em seguida. - Deixa eu me apresentar primeiro, depois, você se apresenta para mim, pode ser? - Concordo novamente. - Meu nome é Anastácia, sou psicóloga aqui da alcateia, mas só atendo ao pessoal da Segurança e da Contenção, o trabalho de vocês é bem perigoso, por isso dou atenção exclusiva a vocês. Tenho quarenta anos, um companheiro maravilhoso e dois filhos. - Ela sorri novamente. - Sua vez.

Engulo em seco.

"Odeio isso."

Respiro fundo antes de abrir a boca, quando minha voz sai, soa fraca e baixa.

- Meu nome é Lorena, sou da equipe de Segurança. - Ela concorda tranquila. - Tenho vinte anos, não tenho companheiro.

- Entendi Lorena. - Ela anota novamente algo na pasta, e volta a me olhar. - Luís pediu que te atendesse hoje sem falta, você anda fugindo das minhas consultas ou é impressão minha? - Ela ri, enquanto eu, continuo séria.

- Não gosto de conversar muito, não acho que tenha necessidade de estar aqui, estou bem, mas Luís acha que ainda estou traumatizada depois do ataque de vampiros que a minha equipe sofreu, apesar de ficarmos bastante machucados, estamos todos bem, eu estou bem.

- Entendi, que bom que você acredita estar bem, então vamos conversar só para ele parar de ficar no seu pé, e no meu também, pode ser? - Concordo com a cabeça, apesar de saber que era uma tática para me deixar a vontade e me fazer falar, no final das contas acabaria sendo atendida do mesmo jeito. - Você é jovem, me diz, o que seus pais acham de você trabalhar na equipe de Segurança? É um trabalho perigoso, eles não ficam preocupados?

Me inclino para frente na poltrona e ponho meu rosto nas mãos suspirando. Falar do meu passado é torturante, falar em si, é torturante.

Sinto meu corpo tenso.

- Tome o tempo que precisar Lorena, posso te chamar assim? - Concordo com a cabeça novamente, ciente que ela já tinha me chamado dessa forma anteriormente.

Minha respiração começa a ficar agitada, sinto meu corpo tremer levemente, meu nariz arde, meus olhos lacrimejam.

"Ela provavelmente não vai me deixar ir embora sem falar nada, mesmo que eu fique uma hora calada..."

"É melhor falar do que deixá-la pensar que sou psicologicamente instável, o que é fato, mas preciso amenizar a situação..."

"E se perder meu emprego na Segurança por isso?"

Sinto meu coração rápido e descompassado, a cada segundo me esforçava mais para controlar a respiração.

"Não posso ter uma crise logo na frente de uma psicóloga!"

Respiro fundo várias vezes, as lágrimas saem sem minha permissão, e depois de minutos, ou horas, não sei dizer, levanto o rosto, a encarando. Encosto novamente na poltrona, o olhar de Anastácia estava sério, como se soubesse tudo o que eu ia dizer.

- Não tenho família. - Fungo, limpo o rosto e o nariz da melhor forma que consigo, com as mãos, Anastácia se levanta e volta com uma caixinha de lenços me oferecendo, pego a caixa e agradeço.

- Se não for muito difícil para você, poderia me contar como tudo aconteceu? Eles foram mortos pelos vampiros, pelos rebeldes ou pelas bruxas? - Rio sem emoção.

- Eles não foram mortos, estão vivos. Estão vivos e felizes, não são dessa alcateia. - Anastácia abre a boca, fecha, e abre novamente, ela parecia ter perdido a voz, literalmente. - Eles me expulsaram de casa, são muito conservadores e não queriam uma filha mulher, tenho dois irmãos mais novos, segundo eles sou um erro, e não poderia trazer orgulho para a família. Meu pai é um conservador machista, preconceituoso irreparável, que pensa que mulheres são uteis somente para trans*r e engravidar. Minha mãe tem uma raiva descontrolada de mim, meu pai a culpa por eu ter nascido mulher, e consequentemente, ela me odeia. Me expulsaram quando completei dezoito anos, mas ninguém sabe que fui expulsa, acreditam que fugi ou algo assim, não sei o que disseram por lá. - Anastácia está claramente chocada, com os olhos bem abertos e a boca entreaberta. - Antes que pergunte, não vou dizer quem são, são pessoas importantes e não quero correr o risco de morrer tão nova, ainda quero viver muita coisa na minha vida.

Minha garganta seca com a revelação dos fatos, nunca tinha dito nada a ninguém daqui, ninguém sabe, só sabem meu nome. Apareci no portão qualquer dia, me deram abrigo e um emprego, e pretendo mantê-los. Como dizem, há males que vem para o bem, dois anos atrás minha vida mudou completamente e de uma maneira totalmente conturbada, mas mudou para a melhor.

- Como chegou aqui? - Anastácia agora parecia preocupada.

- Peguei um ônibus para a alcateia mais distante possível da deles.

- Como? Te deram dinheiro? As suas coisas imagino...

- Não, não me deram nada, não importa como consegui, mas consegui, estou aqui e amo viver aqui, amo esse lugar, amo essa alcateia, não quero sair daqui e nem pretendo.

- Compreendo. - Anastásia muda de posição na poltrona, visivelmente desconfortável. - Você já conversou com alguém sobre isso?

- Não, nunca, você é a primeira pessoa, e gostaria que ficasse somente entre nós...

- Não se preocupe com isso, Lorena, seria bom que você viesse mais vezes para conversamos, o que acha?

- Vou pensar.

- Certo. - Ela afirma e passa a anotar na pasta novamente. - Como você se sente em relação a isso? A sua família ter te tratado assim?

Arqueio uma sobrancelha incrédula.

- Me sinto um lixo, um nada, um erro. Sinto que sempre serei uma pessoa insegura, que nunca vou me permitir ter uma família, porque não sei se conseguiria confiar em alguém. - Digo olhando para o chão, pois não tinha coragem de dizer olhando nos olhos dela, quem quer que olhasse nos meus olhos agora, veria o quão triste e vulnerável estava. - Sinto medo, muito medo de confiar nas pessoas, muito medo de ter esperanças e me sentir amada, para depois descobrir que estava enganada. Sinto medo de pensar que realmente não sou nada, e que ninguém nunca amaria alguém como eu, como eles sempre diziam. E principalmente, sinto medo deles...

Dias Atuais...

- Como vai? - A olho sem jeito. Estava prestes a entrar na academia, quando ela sai pela porta da frente.

Depois daquela consulta desastrosa, nunca mais voltei ao consultório, e consequentemente, nunca mais vi Anastásia, no entanto, hoje o destino quis pisar no meu calo.

- Estou bem e a Sra.? - Sorri sem emoção.

- Estou ótima! Fiquei esperando você aparecer novamente no consultório.

- Ah! Então... Eu... Eu preferi me recuperar um pouco daquele dia...

Anastásia franze o cenho.

- Claro... Bom, se quiser conversar, já sabe onde me encontrar. - Anastásia sorri e sai andando pela calçada.

A vi se afastar aliviada. Não pretendo voltar ao consultório, se voltar, não será tão cedo. Apesar de não gostar de me expor, e expor os meus sentimentos, medos e inseguranças, naquele dia me permiti falar tudo o que sempre tive vontade de falar para alguém que consideraria um amigo, alguém que eu pudesse me abrir, mesmo a psicóloga não sendo alguém nem um pouco confiável, quis tirar o peso de tudo o que sentia das costas, queria saber o que outra pessoa acharia das atitudes dos meus pais, queria saber se ela também concordaria com eles sobre mim. Para meu alívio, Anastásia não concordou em nada, me senti aliviada em constatar que meus pais são loucos, e completamente irresponsáveis, pois mesmo eu sabendo disso, essa era uma daquelas situações que precisamos ouvir outra pessoa concordar, para termos certeza do que já sabemos no fundo do nosso coração.

Quando a sessão acabou me senti aliviada, um pouco envergonhada, mas muito aliviada. Sentia que agora poderia seguir em frente com minha vida, pois mesmo quatro anos após todo o acontecido, as crises de pânico e ansiedade ainda me assolam, quase todos os dias quando me encontro sozinha em casa.

Quando percebi que ficar em casa deitada, sem nenhuma ocupação, contribuía para as minhas crises, decidi ocupar meu tempo com o que pudesse, passei a participar de aulas de defesa pessoal, musculação e manuseio de armas. A defesa pessoal serve tanto para uma possível invasão de vampiros, quanto para um possível encontro com meus pais, caso isso aconteça, não pretendo ser a criança medrosa e chorona que era, agora que sei como é ter amigos, e como me defender, não vou admitir me tratarem como faziam, não por dignidade, infelizmente, mas por puro ódio e rancor.

- Ei! Lorena!

"Droga..."

Ele se aproxima.

- Quer sair comigo e com o pessoal hoje? Vamos na pizzaria, vai ser legal... - Caio é um lobo solteiro, um cara legal e atraente por sinal, trabalha na Contenção e tem fama de ser uma pessoa exemplar, mas obviamente, se não é uma mulher, não tem meu interesse.

- Obrigada Caio, mas essa noite estou de plantão, mudaram todos os meus horários de trabalho com a notícia da chegada da Família Real. - Fiz cara de decepcionada, no entanto, estava aliviada que tinha algo para fazer.

Caio não demonstrou decepção, pelo contrário, pareceu não se importar, o que me deixou novamente aliviada, e evitou que me sentisse culpada.

- Tudo bem, você não me escapa da próxima, aliás... - Seguro um suspiro indignado, quando ele mostra ainda ter interesse. - Você vai caçar com a gente esse final de semana?

- Provavelmente, minha loba não está aguentando esses plantões a mais que estou fazendo, ela precisa respirar um pouco. - Ele sorri animado, Caio é alto, musculoso, bronzeado, e tudo o que uma mulher hétero iria querer, não entendo o motivo de ele ainda me chamar para sair, depois de ter negado três vezes seguidas.

- Entendi, tenho que ir, a gente se vê. - Ele da um beijo em meu rosto e sai gritando com alguém atrás de mim.

Solto o ar que estava prendendo até então, e caminho em direção ao vestiário. A academia se localiza no centro do Abrigo, juntamente com os demais comércios. Todos os dias me exercito pelo menos por uma hora e meia, ajuda a controlar minha loba, que quando não estou transformada clama ardentemente por liberdade. Por estar trabalhando mais, e me transformando menos, sinto minha loba mais agitada pelo efeito do enclausuramento. 

A primeira transformação de um lycan, que nasce de progenitores que também são lycans, acontece aos dezessete ou dezoito anos, já para mestiços, com um dos pais humanos, não se tem uma idade certa, pois os genes humanos interferem. Os humanos que são transformados, tem sua mudança na primeira lua cheia, para ambos os casos após a primeira transformação podemos nos transformar livremente, quando quisermos, porém, temos leis que só nos permite transformar quando temos pleno controle de nosso lobo durante a transformação, os que não conseguem se controlar, digo, controlar seus atos transformado, devem se transformar com pelo menos duas pessoas experientes para tomar conta, como uma babá faz com crianças.

No vestiário feminino, troco minhas roupas por um shorts de corrida folgado e um top, deixando minha barriga a mostra, guardo minha bolsa com o uniforme que trabalharia naquela noite num dos armários vazios do vestiário, e saio logo em seguida. A esteira é o primeiro exercício que gosto de fazer, por tanto, me dirijo para ela primeiro, sem pressa.

A academia aparenta ser nova, apesar de estar ali muito antes de me mudar para cá, os equipamentos são todos novos e modernos, a decoração preta com detalhes vermelhos aumentam a sensação de estar num lugar novo e tecnológico.

Três dias haviam se passado depois da reunião, estimavam que a família real chegasse até o final da semana, já que eles estavam vindo de outro estado, mais precisamente, quase do outro lado do país. Isso me intrigou, pois tantas alcateias grandes e seguras para ir decidiram vir "tirar férias" nessa? Ou não estão nos contando algo, ou são muito idiotas de se arriscarem a vir de outro estado para cá, só para terem uma recuperação melhor do ataque que sofreram, minha intuição diz ser a primeira coisa.

Suspiro.

Começo a caminhar tranquilamente na esteira, aumentando gradualmente a velocidade até estar correndo. A música estoura pelos meus fones de ouvido, mas não me importo, fecho os olhos e continuo correndo, apreciando a sensação relaxante de sentir os músculos e os pulmões arderem devido ao esforço físico.

Meu corpo não consegue esconder a tensão que está nos últimos dias, e não era por medo dos vampiros atacarem novamente, minha tensão corporal e psicológica vinha da dedução de Lia, sobre eu estar perto de encontrar minha companheira. O medo me corroía por dentro, as inseguranças gritavam nos meus ouvidos, e isso estava me irritando mais que o normal. Até Lia mencionar sobre esse provável motivo meu corpo e mente estavam suportáveis, depois que ela mencionou, tudo se multiplicou por dez, só me restava acreditar que toda essa ansiedade era por não ter me transformado desde a semana passada. Hoje fazem dez dias que não me transformo e caço, amanhã resolverei isso, está começando a doer fisicamente a necessidade de se libertar.

Lycans tem a necessidade de se transformar no mínimo uma vez por semana, caso isso não seja respeitado, essa necessidade começa a se transformar em dor física, e piora até o lycan perder a sanidade, em um caso extremo, o que não é o meu. A exatamente duas semanas e três dias sinto esse desconforto, que começou com um desconforto, depois se tornou uma inquietação, depois crises de ansiedade demoradas, noites e dias mal dormidos, dores de cabeça frequente, e sonhos desconexos com um lobo negro me vigiando, presas de vampiros me atacando, tudo isso só confirmando o palpite de Lia, provavelmente conheceria minha companheira logo, mas seria novidade se eu dissesse que não estou animada para isso? Conquistei minha liberdade a somente quatro anos e já teria que lidar com problemas de casais?

Conforme a situação ia aumentando, e tomando a forma de um bicho papão na minha cabeça, eu corria mais e mais rápido na esteira.

E se ela for um homem? E se ela for uma pessoa totalmente desagradável? E se ela for uma Alfa e quiser mandar em mim o tempo todo? E se ela quiser controlar minha vida? E se ela me tratar como os meus pais me tratavam? E se ela, a única pessoa que é predestinada a me amar, me rejeitar?

A sensação desconfortável de alguém me observando me faz abrir os olhos, e olhar ao redor. Vejo Marcos, meu treinador de defesa pessoal se aproximar com um sorriso zombeteiro, tiro um dos fones de ouvido para retrucar a piada que, com certeza, ele soltaria.

- Ora, ora, ora, se não é a calma Lorena querendo voar por cima da esteira. E pela sua cara parece querer matar alguém também, posso saber quem? - Bufo impaciente.

- Ninguém que eu conheça, por enquanto... - Diminuo a velocidade da esteira e começo a caminhar num ritmo mediano.

Marcos arqueia uma sobrancelha perfeita com incredulidade.

- Pensando bem, sabe quem você está me lembrando?

- Não, e nem quero sab...

- Eu! Você está me lembrando eu, dias antes de conhecer minha companheira. - Ele me interrompe e diz sorrindo maliciosamente. Os cabelos escuros na altura do queixo com uma barba feita milimetricamente certa, o deixa com um ar autoritário e assustador ao mesmo tempo, porém é um piadista nato, sempre simpático.

Reviro os olhos e suspiro.

- Você já foi ver Miranda?

- Não...

- Por que não? - Ele se apoia no corrimão de uma esteira ao lado, me encarando.

- Não tive tempo. - Minto.

- Deveria ir o mais rápido possível, melhor do que ficar se enchendo de "e sê?" na cabeça.

Estranho o último comentário, mas não retruco.

- Digo isso porque fiquei apavorado quando percebi que estava perto de encontrar minha companheira, se não tivesse ido até Miranda, e ouvido ela me dizer que minha companheira seria uma pessoa boa, e maravilhosa, teria enlouquecido de tantos "e sê?".

Suspiro novamente.

- Vou vê-la.

- Acho uma boa ideia, ou vai te ajudar a dormir a noite sabendo que vai dar tudo certo, como foi o meu caso, ou as coisas pioram de vez, de qualquer forma eu prefiro saber o que me aguarda. - Concordo com sua linha de pensamento, e pela primeira vez na vida, começo a considerar ir ver Miranda, a "Profeta" da alcateia, me tranquilizo com o pensamento de que na pior das hipóteses, o que pode acontecer é: nada, já que não acredito muito nas coisas que Profetas dizem.

- Eu vou quando sobrar um pouco de tempo.

- Indico. - Marcos começa a ir embora, mas para em frente a esteira que estou e me encara. - Tenho certeza que você vai gostar, ter umas dicas de como será seu companheiro não é tão ruim. - Ele pisca o ri maliciosamente.

Sorrio de volta sem dizer nada.

"Quero ver o que ele vai dizer quando souber que não é um companheiro..."

Rio com o pensamento.

Fim do capítulo

Notas finais:

E ai? Me digam o que acharam da história de Lorena?

 

Espero que tenham gostado, sintan-se a vontade para comentar qualquer erro que virem, sempre leio várias vezes antes de postar e outras pessoas leem pra mim, mas sempre passa algo despercebido.

Comentem para eu saber se estão gostando, me incentiva muito, sempre escrevi, mas é a primeira história que tomo coragem (ou vergonha na cara), para publicar rsrs

 

bjos, até a próxima.

Obg por acompanharem! ><


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Comentários para 2 - CAPÍTULO 2:
Yara sousa
Yara sousa

Em: 07/01/2021

Amei a sua história, espero qie continue escrevendo pois eu adorei ler ela.????????????


Resposta do autor:

Obg! >< 

 

Vou continuar escrevendo ela sim >< 


Resposta do autor:

Obg! >< 

 

Vou continuar escrevendo ela sim >< 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 05/01/2021

Legal!

Responder

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