** HISTÓRIA PARA +18 **
** CONTÉM CENAS DE SEXO **
** CONTÉM LINGUAJAR DE BAIXO ESCALÃO **
** HISTÓRIA DE FANTASIA/FICCÇÃO/AÇÃO **
** CONTÉM CENAS DE LUTA E VIOLÊNCIA **
QUEM TIVER INTERESSE EM SABER COMO É MINHA ROTINA DE ESCRITA E O PROCESSO DE LANÇAMENTO DESSE LIVRO (POIS VAI VIRAR LIVRO FÍSICO ><), ME SEGUE NO INSTA: @diario_deumaescritora_
BOA LEITURA! ><
CAPÍTULO 1
O som estridente do despertador me fez saltar da cama.
- Cacete!
Desajeitadamente pego o celular e desligo. Acordar no susto sempre me dão dores de cabeça.
Massageei a têmpora e levantei da cama cambaleante em direção ao banheiro. Depois de realizar a rotina matinal de higiene, vesti um simples jeans azul, uma regata branca e um tênis de corrida. Meus cachos castanhos claros caiam até a cintura, minha pele estava pálida e olheiras bem visíveis se mostravam.
O som de Toxic, de Brithney Spears se espalhou por toda a casa de apenas três cômodos e atendi o celular sem olhar o nome no identificador.
- Já está chegando? Vai começar a qualquer hora.
Suspirei.
- Lorena? Tá aí?
- Oi Lia, sim estou indo, já terminei de me arrumar, vou só tomar um café rapidinho e estou indo.
- Ah! Fala sério Lore! Você fez de novo não é? - Lia é o mais próximo que tenho de uma amiga, além disso, trabalhamos juntas como vigias nas câmeras de segurança no condomínio da alcateia. - Você tem que parar de por o celular para despertar meia hora antes dos compromissos! Você não se arruma em meia hora!
- Não, eu me arrumo em dez minutos na verdade, em vinte eu chego no salão.
Salão é o local em que as equipes da alcateia se reúnem para receber instruções dos nossos líderes, nos reunimos uma vez por mês, no mínimo, porém, devido aos ataques que algumas alcateias andam sofrendo por vampiros, rebeldes e bruxas, surgiu a necessidade de nos reunirmos mais vezes para tratar sobre a segurança do condomínio, e por fazer parte da equipe de Segurança sou obrigada a participar, no entanto, não me culpo pelo atraso já que todos foram informados da reunião no meio da madrugada.
Depois de tomar uma xícara de café morno as pressas, me dirigi a pé até o salão principal. As casas do condomínio são dispostas lado a lado, com muros não muito altos as separando dando a impressão de privacidade. As casas variam de tamanhos, casas grandes para famílias grandes, casas menores para solteiros, como o meu caso. Optei por uma de três cômodos, como não recebo visitas não preciso me preocupar em ter um bom espaço para receber pessoas.
Ando mais rápido por precaução, qualquer um que chegue atrasado nas reuniões escuta muito do nosso segundo no comando da alcateia: Luís, o Beta. Para minha sorte a reunião ainda não havia começado quando cheguei. Procuro Lia pela multidão de fardas cinzas e pretas das equipes de Segurança e Contenção, a vejo num canto conversando com alguém que não pude enxergar de onde estava. Caminho em sua direção cumprimentando com a cabeça pessoas que vejo pelo caminho. Quando alcanço Lia, vejo Bruno o lobo que Lia conversava. Ao me aproximar Lia me olha com o cenho franzido.
- Chegou rápido.
- Sempre chego. - Fiz cara de deboche e ambos riem.
- Vamos sentar antes que fiquemos sem lugar. - Diz Lia.
A reunião começa minutos depois, participar das reuniões da alcateia requer muito esforço de mim, prestar atenção no que o locutor diz é, no mínimo complicado, já que minha mente divaga demais, e na maioria das vezes não presto atenção em nada do que é falado. O lado bom? É que o assunto é o mesmo na grande maioria das vezes.
- Estamos em estado de alerta, a qualquer momento podemos ser atacados e não podemos permitir isso. Nossa alcateia concentra o maior número de civis da espécie, somos uma metrópole...
Respiro fundo preocupada. Do ano anterior ao presente momento, a espécie Lycan vem sofrendo recorrentes ataques dos vampiros e dos rebeldes, os motivos de tal confusão são vários, incluindo a famosa rixa entre lycans e vampiros que já é conhecida pela ficção científica humana. Ninguém sabe explicar quando exatamente isso começou, mas dizem que a muito tempo atrás, vampiros, lycans e bruxas conviviam unidos, e em plena paz e harmonia.
Em algum momento da história todo mundo brigou entre si, e tudo virou uma bagunça de sangue e guerra por poder. Atualmente pelo menos, os lycans tem paz entre si, o que não se podia dizer a alguns séculos atrás, até o atual Supremo Alfa organizar os sistemas de alcateias, e as leis para uma boa convivência, já que nenhum ser vivo - com exceção dos animais - consegue viver em paz. Ainda me pego impressionada e surpresa com a capacidade das pessoas em brigar entre si por motivos idiotas, e pior, matarem umas as outras por motivos nada plausíveis. O Supremo Alfa da espécie (O único ainda de uma linhagem pura, que dizem ser do descendente do primeiro lycan que já existiu), criou juntamente com os Alfas mais poderosos de toda região, país e mundo (hoje intitulados de Concelho), uma série de leis que controlam a sociedade lycan, criminalizando transformação de humanos - sem que fossem pelos motivos indicados por eles e pelas leis -, ataques a cidades de humanos, vampiros ou bruxas, que consequentemente piorariam o atual estado de guerra em que todas as espécies já se encontram, e várias outras leis. Pode-se dizer que atualmente há ordem entre a própria espécie, mas como tudo na vida há exceções, esse caso não seria diferente, sempre existem exceções, no nosso caso são os grupos rebeldes, que graças ao bom Universo, no momento, não são muita preocupação.
- Quero que todos os recebam bem, e ajudem no que precisarem. Passaram pelo inferno na terra e não precisam de nenhum incentivo para sair voando no pescoço de alguém, então me façam o favor de ficarem de olhos abertos com cada um nesse condomínio. Se vocês virem qualquer pessoa os importunando, estão autorizados a agirem com os punhos, claro, para deixar mais fácil de entenderem a situação...
Acompanhei o resto do discurso do Beta da alcateia com o cenho franzido, tinha perdido alguma coisa importante na conversa, na verdade, perdi a conversa toda, e agora não entendia nada do que se falava. Quase uma hora depois todos fomos dispensados, caminho ao lado de Lia e Bruno para fora da sala de conferências ansiosa para perguntar sobre o que tratava a última parte do discurso de Luís.
- Não prestei atenção na última parte do discurso do Beta, alguém me explica do que ele estava falando? - Coço a cabeça. Lia revira os olhos, Bruno ri.
- Bem que pensei ter ouvido você dar uma roncadinha durante o discurso Lorena. - Bruno diz debochado.
- Vai se f...
- Onde você anda com a cabeça Lorena? Esses dias você tem andado muito distraída. - Lia me encara séria.
- Eu não sei, estou entediada com a rotina, não consigo dormir direito, a garota da farmácia deve estar achando que estou a fim dela de tantas vezes que já fui lá comprar analgésicos para dores de cabeça, sinto meu corpo mais cansado que o normal. Não faço ideia do porque.
- Que merd*. - Bruno faz uma careta.
- Tentou falar com a médica da alcateia?
- Falei, mas ela só me passa analgésicos.
- Falou com a Profeta?
- Do que o Luís falava? Não prestei atenção, de verdade. - Ignoro a pergunta de Lia propositalmente. Não gosto da "famosa Profeta", e não é nada pessoal, só não gosto de imaginar que uma pessoa pode saber tanto da minha vida sem a minha permissão.
- Não muda de assunto não Lore! Por que você ainda não foi falar com ela? Por que você evita tanto a coitada? Ela não morde!
- Ela é um amor de pessoa na verdade. - Olho para Bruno contrariada, não preciso de ninguém encorajando as ideias de Lia sobre o que eu devo, ou não, fazer. Suspiro novamente.
- Porque não quero, não acho que uma senhora que se acha vidente, Profeta e sei lá mais o quê, me ajude com dores de cabeça e insônia, ela vai fazer o quê? Ler minha mão e me dizer para aspergir água da nascente da cachoeira no meu travesseiro? - Bruno cai na risada.
- Provável! - Bruno ri até faltar o ar, enquanto Lia o encarra carrancuda.
- Cala boca Bruno! Foi graças a ela que você encontrou sua companheira, ou vai dizer que foi seu o mérito?
- Não! Nesse caso, no MEU caso, ela ajudou, no caso da Lorena já não sei... - Bruno se recompõem das risadas, mas ainda mantém uma expressão risonha.
- Sabe o que eu acho? - Lia diz e me preparo para as deduções absurdas dela.
"Lá vamos nós..."
- Acho que a Lore está perto de encontrar a companheira dela, e está apavorada de saber quem é! - Lia aponta o dedo no meu rosto. Tento esconder a preocupação que se forma em meu interior, enquanto Bruno me encara esperando uma resposta.
- De novo isso Lia? A Lorena não tem cara de lésbica. - Bruno me encara de cima a baixo. Reviro os olhos mas não tenho coragem de negar afinal era verdade. Sou lésbica, e muitas poucas pessoas sabem, no caso, as outras enrustidas que fico, que também guardam o segredo porque estamos todas no mesmo barco, o barco das assumidas para si, mas não para o mundo. Em minha defesa, digo que não vejo motivos de ter que dar explicação sobre gostar ou não de homens, isso para mim não tem sentido, que diferença isso faz para as pessoas?
- Não tenho certeza porque nunca vi ela com ninguém, nem homem, e nem mulher, mas alguns carinhas dão em cima dela que eu sei, e ela nunca corresponde. - Lia põem as mãos na cintura e me encara o olhos cerados. Arqueio uma sobrancelha.
- Sério que vocês querem discutir minha sexualidade? Vocês podem por favor, me dizer o que Luís estava dizendo na reunião? É só isso que quero saber. - Aperto os olhos com os dedos cansada.
- Sim queremos! - Lia diz.
- Eu não ligava, mas fiquei curioso. - Bruno me encara sorrindo.
- Não importa, não importa do que eu gosto, que diferença isso faz? - Meu tom de voz soa cansado e derrotado.
- Faz muita diferença quando se está com medo de ir ver Miranda, e ela dizer sobre sua companheira. - Olho para os lados para saber se mais alguém estava comtemplando aquele show de Lia.
Com tantos problemas que a espécie lycan vem lidando, ser homoxessual na sociedade lycan não é uma preocupação. A sociedade prefere julgar a linhagem de família e a quantidade de dígitos na conta bancária, ser homoxessual não é realmente um problema para a grande maioria, até porque, a escolha de um companheiro ou companheira não depende de nós, a ligação que acontece quando os companheiros se encontram pela primeira vez, e que permanece até a morte, é escolhida e controlada pelo Universo, Gaia, ou deus, ou quem quer que seja que controle tudo isso. Por tanto, a sociedade não julga quem é nosso parceiro, mas como disse anteriormente, sempre existem as exceções, contudo, não é levado a diante já que as "verdinhas" na carteira falam mais alto.
Volto minha atenção para Lia despreocupada, no entanto, em meu interior surtava com a possibilidade de encontrar minha companheira.
- Tá! Já chega desse assunto! - Bruno passa um braço por cima dos meus ombros, outro por cima dos ombros de Lia, e saímos andando tranquilamente. - Mas só para encerrar o assunto. Eu não me importo da Lore curtir vagin*. - Primeiro ele encara Lia, voltando sua atenção para mim em seguida. - E eu acho que seria bom se você procurasse a Miranda para conversar, dias antes de encontrar minha companheira estava como você Lore, um zumbi ambulante, por mais que pareça estranho ela me ajudou a acalmar meu lobo até encontrar minha companheira. - Ele me encara. - Assunto encerrado. Sobre a reunião, a alcateia em que o Supremo Alfa e sua família estavam foi atacada, claro que se eles estivessem na própria alcateia isso jamais teria acontecido, mas eles tinham uns assuntos para resolver por lá, de alguma forma os vampiros ficaram sabendo disso e armaram uma emboscada. Aparentemente todo mundo sobreviveu, o grupo de vampiros não imaginava que a Escolta da Família Real estivesse tão bem preparada, agora, nesse exato momento, eles estão vindo para cá ficar uns dias, até tudo dar uma acalmada e pensarem numa maneira segura de voltar para a alcateia Suprema.
Suspiro infeliz.
- Sei que cara é essa Lorezinha! - Bruno ri.
- Essa é a cara de quem vai ter que trabalhar mais até eles irem embora. - Lia diz irritada.
- Parem de reclamar! Vocês duas só ficam sentadas nas suas cadeiras estofadas olhando os monitores a noite toda! Troquem de lugar comigo! Eu fico em pé! Fico em pé a noite toda nos muros! - Bruno põem as mãos no peito, enfatizando o pequeno drama.
- Não obrigada. - Digo
Devido ao perigo que os lycans correm nas cidades humanas, as alcateias e seus Alfas, criaram grandes condomínios de luxo, que ficam localizados nos arredores das grandes cidades, com farmácia, mercados, bancos - entre outras coisas -, dentro dos condomínios para evitar que os lycans civis saiam sozinhos, ou até mesmo acompanhados, para as cidades humanas. Devido a 'imigração' dos lycans da cidade para os condomínios, que chamamos de Abrigo, as cidades se tornaram perigosas para lycans viverem, já que atualmente, vampiros e bruxas estão em maior quantidade em tais lugares. Sem que o governo humano saiba, temos escolas e hospitais em cada Abrigo, para que o mínimo de contato possível seja feito com qualquer outra espécie, devido o atual momento de guerra entre as mesmas.
Caminhamos lado a lado em direção ao mercado, Bruno e Lia concordaram em vir comigo, já que ambos estamos de folga. Enquanto caminhamos, observei os arredores. Tudo pareceu tranquilo, não parece haver uma guerra depois dos muros ao nosso redor. Isso me deixou uma impressão ruim, de que o que vivemos aqui é falso e temporário. Um sentimento de tristeza me abate ao pensar que isso um dia pode acabar.
"Isso não pode acabar..."
Suspiro.
O condomínio é composto por casas e por apartamentos, ao sul temos os apartamentos, ao norte são as pequenas casas, destinadas as pessoas que trabalham na Segurança e Contenção da alcateia, sendo a equipe de Segurança responsável por cuidar da proteção dos muros, portões, da reserva que se localiza atrás do condomínio, os portões de entrada, e das patrulhas fora dos muros. A equipe de Contenção cuida dos cidadãos, cuida de lycans que perdem o controle de si, lobos que infringem as regras e leis. Um nos protege do perigo externo, o outro, previne o interno. Faço parte da Segurança, e como Bruno já disse, cuido das câmeras de segurança junto com Lia, trabalhamos em dupla, uma noite sim e outra não, por tanto, moro na região norte do Abrigo, sozinha. Já Lia, mora com os pais, que vivem na região Leste, região destinada aos aristocratas e mais afortunados na vida.
O mercado estava cheio, por ser horário de almoço estava movimentado, pessoas se acumulavam nas vitrines olhando promoções, outras saiam do mercado repletas de sacolas, enquanto outras, tentavam nadar contra a maré de pessoas. A decoração amarela, verde escuro e cinza davam um ar de limpeza ao ambiente do mercado, que foi ressaltado quando o cheiro suave do produto de limpeza - usado por uma mulher que trabalhava ali - chegou até mim. Caminhamos para a secção de massas e enlatados, quando um toque de celular interrompe meus devaneios. Lia tira o celular do bolso o atendendo em seguida, não presto atenção na conversa que se segue, dirijo meu foco aos molhos de tomate nas prateleiras. Aparentemente, o que costumo usar está em falta, então escolhi o que achei melhor na falta do outro.
- Gente vou ter que ir, depois nos vemos. - Lia guarda o celular no bolso visivelmente desanimada.
- Está tudo bem? - Bruno pergunta.
- Sim! É só minha mãe fazendo drama, vou indo. - Lia beija o rosto de Bruno, e em seguida o meu. - Beijinhos.
Volto minha atenção para a prateleira cheia de produtos, para me certificar de que não há algo mais que me interesse, quando Bruno me empurra com o ombro segundos depois de Lia sair.
- Sabe o que eu acho? - O encaro sem entender. - Acho que a Lia é a fim de você Lore.
Minha boca se abre horrorizada.
- Não viaja Bruno!
- É sério! Já percebeu que ela vive cobrando que você admita que é lésbica? Pra mim não faz a menor diferença, mas para ela parece ser extremamente importante ouvir da sua boca. É estranho, parece que ela está obcecada com isso.
- Concordo que ela anda obcecada com isso ultimamente, mas não acredito que ela goste de mim, na verdade, acho que ela não curte mulheres, ela vive se pegando com o B.B. por aí. - B.B. é uma abreviação de Bruno Bundinha, um cara que trabalha na Segurança como guarda no local que trabalhamos, não preciso explicar o apelido.
- A pegação deles nem é novidade, mas eu sinto que tem sim alguma coisa rolando nessa questão de ela gostar de mulheres, a Pereirão veio me perguntar se ela estava bem esses dias você acredita? - Franzo o cenho. Pereirão é uma lésbica bem assumida que trabalha na Contenção, ela não só trabalha como treina as equipes da Contenção. - É! Também fiz essa cara! Perguntei o por quê, e ela disse que tinha tido uma conversa com a Lia sobre "se descobrir", ela estranhou e veio me perguntar, eu disse que provavelmente era porque a Lia acha que você é lésbica, e não sabe, ou sabe e não quer falar.
- O quê?! Você falou isso?! - Fico boquiaberta. Bruno fica vermelho e ergue os ombros com olhar culpado.
- Falei! Mas não foi na intenção de te dedurar, desculpa, foi só para ver se ela falava mais da conversa com a Lia mesmo. - Balanço a cabeça negativamente.
- E para isso você me mete na história? Nossa mãe... - Ele ri sem jeito, mas claramente empolgado com a fofoca. Bruno mede 1.80 aproximadamente, com olhos castanhos, pele bronzeada e cabelos castanhos ondulados na altura dos ouvidos, com estilo de skatista, as jovens lobinhas da alcateia ainda suspiram por ele, mesmo ele já tendo companheira a um ano.
- Desculpa Lore, não foi minha intenção...
- Tudo bem, não ligo para o que as pessoas pensam de mim, só não gosto de estar na boca do povo, gosto do meu cantinho invisível na alcateia.
- Isso já percebi, mas então... - Bruno olha para os lados como se quisesse se esconder de olhares curiosos, sorrio com a cena engraçada. - A Pereirão disse que a Lia estava fazendo umas perguntas do tipo: "Precisa experimentar para ter certeza se gosta de mulher ou não?". - Não escondi minha cara de chocada. - Pois é! Também fiz essa cara! - Ele ri empolgado.
"Mas esse, é fofoqueiro..."
Rio com o pensamento.
- Depois que falei de você ela começou a me fazer perguntas de você, mas dei um perdido e vazei, fica esperta, provavelmente ela vai querer vir tirar a dúvida, se é que me entende. - Bruno pisca com malícia, e dou um soco em seu braço.
- Vai a merd* Bruno! - Ele ri. - Você é fofoqueiro demais sabia? Que horror.
- Eu?! Eu?! Imagina! Sou um santo! - Caminho pelas prateleiras procurando o restante das coisas que marquei em minha lista imaginária. Quando de repente, me pego perguntando o porque de Lia sair perguntando essas coisas por aí. Me viro para Bruno que olhava uma embalagem de absorventes internos com o cenho franzido e uma careta.
- Porque ela está querendo saber disso? - Bruno ri malicioso. - Pode parar de fazer essa cara! Ela é minha amiga, só estou curiosa, você contou um monte de coisas, mas não contou o principal.
- Está interessada Lore? - Bato nele com o saco de macarrão que tinha pego minutos atrás. - Parei! Parei! Então, a Pereirão disse que... - Bruno baixa a voz como se estivéssemos compartilhando um segredo. - Ela disse, que Lia disse, que tinha uma amiga que queria se assumir, mas não sabia como, e que essa suposta amiga, pediu para ela perguntar para a Pereirão. Pois é, eu também fiz essa cara. - Bruno concorda sorrindo.
Permaneci parada por uns minutos, confusa. Achei suspeito essa "novidade" sobre Lia, porém não iria me meter. Dou de ombros e sigo pegando o restante das coisas que precisaria em casa, não tocamos mais no assunto, e seguimos conversando sobre a visita do Supremo Alfa a alcateia.
Depois de pegar tudo o que precisava, me despeço de Bruno que precisava ir buscar a companheira no trabalho, e fui para o meu lar doce lar. Quando chego em casa já passa do almoço, como a comida do dia anterior e vou para o que deveria ser minha sala de estar. Os únicos objetos no cômodo são: uma bicicleta para exercícios físicos, um colchonete no chão que estava ali desde o dia anterior, alguns alteres e tornozeleiras com peso num canto afastado. Passo pelo cômodo indo em direção ao quarto, que diferente do restante da casa, está impecavelmente arrumado e limpo. Tomo meu banho pensando em como seriam os dias dali para frente, até a Família Real ir embora.
Com a família do Supremo Alfa aqui será dobrada toda a segurança, teremos que ficar mais atentos aos ataques dos inimigos, já que eles tem um ódio especial com a Família Real. Meu celular vibra em cima da cama, desbloqueio a tela, e vejo a mensagem de texto da equipe da Escala da Segurança do condomínio, equipe responsável por dividir os turnos de trabalho, e decidir quem ficaria com qual turno.
"Boa Tarde!"
"Segue seu novo horário de trabalho, para melhorarmos a segurança do condomínio..."
"Qualquer dúvida ou divergência nos avise..."
Jogo o celular na cama.
- Tanto lugar para irem, tem que vir justo para cá? - Suspiro.
Fim do capítulo
OIIIII!!!
O que acharam desse primeiro capítulo?? Comentem para eu saber o que estão achando!
Espero que tenham gostado da leitura!
bjos ><
Tentarei postar todas segundas-feiras!
><
Comentar este capítulo:
Clara Batista
Em: 29/12/2020
Gostei muito da narrativa e eu, particulamente, amo esse tema. Aguardando o proximo cap!
Resposta do autor:
Obg ><
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Marta Andrade dos Santos
Em: 28/12/2020
Legal estou gostando.
Resposta do autor:
><
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