"Distancia"
Distância
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...
No dia seguinte meus pais me convidaram para trabalhar na empresa, aceitei.. (ocupar a mente e ajudar eles até conseguir algo com salário mais próximo ao antigo).
As primeiras noites longe de Yaya foram bem difíceis. Na primeira, chorei até conseguir dormir. Minhas amigas tentavam me animar. A tentativa de Car foi a melhor, contou que tinha ficado com Nina. Trocado um beijo, na verdade. Disse que foi por nossa causa.. essa história de romance contagiou.. No entanto, faltou química, física.. Ri bastante com a história, ainda mais porque ela conta bem séria.
Eu e Yaya nos falávamos por webcam todas as noites após o trabalho e por mensagens 'sms' durante o dia. Ela não sabia se poderíamos nos ver no mês de março nem em seu aniversário que eu tanto queria que passássemos juntas.
Yaya quis trabalhar assim que chegou, no segundo dia já havia conseguido, um quiosque de lanches. No quinto dia, uma das donas (Clarisse. Muito simpática, a propósito) conversou/convenceu Yaya sobre fazer um teste na agência que ela trabalhava, logo a chamaram para fazer um teste.. Foi um teste de ciúmes.. para mim. Ela passou, apesar da timidez. Não fazia nem uma semana que Yaya havia se afastado e já estava sendo 'garota propaganda', modelo fotográfica, na verdade.
Fora essa história de modelo, (tirada da cartola) estava tudo correndo bem. O trabalho ia muito bem. O canalha continuava preso, Henry realmente não iria andar nunca mais. Meus pais havia conversado com Jonas, começamos a nos dar melhor (quase). Vi uma casa perfeita (um grande e belo jardim), estava para "alugar", mas se Yaya gostasse tentaríamos comprar.
Eu e Yaya concordamos e começamos a planejar um casamento simbólico/"no papel", pois acredito que aquele ritual foi mais que um Casamento. Mas queríamos um casamento com vestido branco, véu, grinalda e tudo mais (Sim, eu que queria). A maioria das pessoas acharam cedo demais. Nós duas, meus pais e Nina não achamos.
Era para acertarmos melhor tudo isso em seu aniversário, mas como ela disse que teria um ensaio bem no dia, não daria pra vir até o início de abril. Eu estava muito, muito irritada com isso! O grande dia seria em 3 meses, meu aniversário.
* * * *
No dia primeiro de março, quando celular despertou e vi a data, já fiquei de mau humor. Quando me viro na cama, vejo lindos olhos verdes alegres me olhando.
--Bom dia, Avatí! -- Beijou meus lábios com vontade e correspondi com o dobro.
--Bom dia, meu Amor -- Falei não acreditando. A puxei para baixo das cobertas, só então percebi que ela estava praticamente nua.
--Tava com saudade.. -- Falou beijando meu pescoço e grudando seu corpo no meu. Enfim ela tinha se soltado comigo. Fiquei com medo dela ter se soltado apenas no dia da ''despedida'', mas felizmente continuou demonstrando.
--Eu também estava morrendo de saudades, meu Amor.. seu cheiro.. sua pele.. -- Falei enquanto minhas mãos exploravam seu corpo e minha língua sua boca. Acordar assim com essa Mulher para o resto da minha vida, não era pedir muito, né.
Yaya não falava nada, só foi descendo seus beijos pelo meu pescoço, nos meus seios se demorou sugando. Me arrancou vários gemidos quando seguiu corpo abaixo, deixando um rastro quente até chegar entre minhas pernas, onde acariciou, afastou suavemente beijando meu ponto sensível. Me devorou como se fosse a fruta mais rara do mundo, introduzindo dois dedos em mim e apertando meu seio esquerdo. E não parou quando chegamos ao ponto máximo.. um par de vezes mais. Não vi a hora passar.
--Yaya? -- Chamei com a voz meio fraca, acariciando seu cabelo quando ela ia recomeçar, olhou pra mim com as pupilas dilatadas e sorriu. --Vem cá! -- Chamei. Ela subiu beijando todo meu corpo.
--Viciei no seu gosto.. Porangatu! -- Falou entrelaçando nossas pernas, então pude sentir como ela estava encharcada. Não poderia deixá-lá assim, a fraqueza passou na hora.
Inverti as posições, iniciando um vai vem em ritmo moderado, Yaya me segurava pela cintura fazendo força para o contato ser maior. Aumentei o ritmo enquanto beijava seu pescoço e mordiscava sua orelha. Quando veio os gemidos involuntários de sua boca, meu cansaço sumiu de vez..
Bom, só posso afirmar que acabei não indo trabalhar. Quando enfim saimos do quarto, era quase meio dia. Eu entrava as oito. Depois me explicaria para os meus pais.
* * * *
Yaya iria embora no outro dia antes do almoço. Aproveitamos bem o dia, não desgrudamos. Claro que Nina e Mari vieram também, mas me deixaram roubar Yaya só para mim, durante o dia todo. Almoçamos em um restaurante próximo, passeamos pelo parque de mãos dadas, tiramos um cochilo embaixo de uma árvore, assistimos o pôr do Sol (um dos momentos preferidos dela). Mas tinhamos que estar em casa para o jantar com a "Turma", foi o trato.
* * * *
O momento que mais me recordo desse jantar foi a troca de alianças.
--Tem alguma coisa no meu suco. -- Murmurou Yaya.
--Na minha sobremesa também. -- Falei intrigada.
--Nas minha coisa não. -- Mari falou confusa, enquanto descobrimos o que tinha "nas nossas coisas". --Oh, também quero um anel na minha coisa. -- Mari falou ao ver as alianças que retiramos. Todos cairam na risada, e eu ria e chorava emocionada.
--Tiveram até a mesma ideia! -- Papai falou.
--É tão fofo esse casal. -- Falou Mamãe também emocionada. Ela e Nina que mandaram fazer as alianças com base no que falávamos, saíram perfeitas.
--Tanta fofura que me dá até náuseas -- Desdenhou Car após um bocejo. Mas nos apoiou lá no fundo.
--São fofas mesmo, Dona Yasmin. Só pessoas rabugentas de mal com a vida não acham! -- Provocou Leo. Car fez como se não fosse com ela.
* * * *
Depois de um longo bate papo sobre o casamento, entre outras coisas como a Rafa ligar dizendo que viria sim, apesar de todos acharem que não, pelo fato dela ser "meio" preconceituosa.. Bom, tudo correu bem.
* * * *
Nossa noite foi bem gostosa e cansativa, fizemos Amor pela primeira vez como noivas! Dormimos altas horas da madrugada. Pela manhã, enquanto eu me arrumava para ir trabalhar, Yaya se arrumava para ir embora novamente, pois havia apenas adiado um ensaio para poder me ver.
* * * *
Algum tempo depois..
Para certo ensaio em Milão, além de ter cortado o cabelo e não usar mais franja, ainda estava com a sobrancelha bem feita (Bah! Ficou super linda assim também). Lembro de pedir pra ligar a webcam no MSN, mas ela rejeitava.
--Estou com a cara mais 'feia', Avatí. --Falava pelo telefone.
-- Impossível tu estar feia, Raíra! Me mostra o que houve. --Lembro dela ter aceitado. Depois a carinha de envergonhada , apareceu com touca até as sobrancelhas. Pedi para ver e ela toda preocupada quando tirou a touca.
--Fiquei com medo de cê não gostar, Avatí.
--Como, Amor? Até com cabelo só nas laterais e coloridos em rosa pink com bolinhas verdes tu seria a pessoa mais Linda para mim! Tu é linda de todo jeito, Yaya. Com cabelo comprido, médio ou sem.. com ou sem roupa.. --Lembro dela ficando vermelhinha quando propus um sex* virtual para comemorar o novo corte. Daquele dia em diante nossas carreiras alavancou muito, quase não conversávamos durante o dia. E pela noite o cansaço era grande, mas aproveitamos cada momento. Dormíamos com laptop ligado na câmera.
* * * *
Fim do capítulo
"Feliz Ano Novo! Muita Saúde, Amor, saúde, paz e, saúde.
Que esse ano seja melhor para todxs nós!
Axé pra quem é de axé.
Amém pra quem é de amém."
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