Gente, esse capítulo veio da dúvida de uma das leitoras...Helena segue ai o depois de Cris, como será que ela desenrola sua vida como presa? rsrsrs vamos saber agorinha
Capitulo 10 - Quem manda aqui?
Capítulo 10 - Quem manda aqui?.
POV Cris
Foi muito fácil perceber quem era a dona do pedaço no lugar onde fui trancafiada, seus cabelos curtos e castanhos eram totalmente desalinhados, tinha uma franja que caia por cima dos olhos verdes agateados e uma musculatura bem definida, Leonarda, ou Léo, também chamada de carioca era objeto de desejo de muitas, tanto por sua beleza, quanto por seu poder, a moça de pouco mais de vinte cinco anos, comandava de dentro do presídio o tráfico de butterfly, um novo tipo de entorpecente, cujo o efeito durava bem mais do que qualquer outra droga, fora que seus consumidores conseguiam o produto com ela por um preço bem mais em conta, isso acontecia simplesmente porque a moça com ar de modelo era formada em Química e ela mesmo tinha criado a droga, claro que junto as fascinantes viagens havia um imenso poder de vício e, consequentemente a capacidade de detonar rapidamente os neurônios dos consumidores, butterfly tinha se tornado moda entre os riquinhos de Curitiba e justamente por isso Léo estava presa na tentativa de segurar um pouco o tráfico.
A conheci no segundo dia durante o banho de sol, ela estava no pátio, cercada de mulheres quando tirou a camiseta deixando à mostra o top cinza, além dos músculos e do abdômen bem definido. Sorri de forma debochada quando ela olhou para mim, e em seguida chamou uma moça baixinha e ruiva, presa por tráfico, ela veio até mim balançando os dreads-look com um jeito meio malandro.
- ai moça, a chefe está querendo te conhecer.
Eu ri, levantei os olhos e disse "pois ela que venha até aqui, não obedeço ordens de ninguém". Ela me olhou espantada, e perguntou se era realmente essa resposta que queria dar para Léo, sorri novamente e não disse nada e ela se foi, voltou de onde veio, novamente balançando os dreads, ri um pouco mais alto quando ela se agachou, provavelmente dando o meu recado, pois a chefe só balançou a cabeça, em seguida puxou um palito de dentes e ficou palitando algo inexistente na boca enquanto me olhava com um sorriso de lado. Achei que ela simplesmente havia desistido de mim, queria ficar em paz, estava arquitetando um plano de fuga com um outro grupo de meninas, portanto não tinha tempo a perder com paquerinhas, porque no fundo eu sabia que ela só queria uma coisa, sex*, e isso ela não ia conseguir de mim, nunca gostei desse estilo bofinho, muito embora achasse Léo uma mulher muito bonita, mas, não fazia o meu tipo, mas, foi ai que sorri e pensei...bom, talvez ela pudesse ser uma nova vítima, é morena, e já que eu estou trancada aqui e não vou sair tão cedo, o que me custa?, não, eu não desisto das minhas homenagens a única mulher que amei, também estava nos meus planos matar Agatha, aquela traidora, mas, uma coisa de cada vez.
Rodei a quadra e fui beber água quando senti um corpo forte me imprensando no bebedor, ela rebol*va na minha bunda e com muita força consegui me virar e vê-la.
- Quer dizer que a senhorita não segue ordens?.
- Não, não sigo, e pelo visto pertencemos a grupos diferentes, sou da equipe da Guida, conhece?.
- Sim, digamos que a conheço intimamente, e vou dizer, com ela não vai conseguir muita coisa, ela tem alianças com as pessoas erradas, se quer fugir daqui é melhor que cole comigo.
- E posso saber o que deseja de mim?, se for sex* esquece, eu não vou te dar esse enorme prazer.
Falei e enchi minha mão no meu sex* e apertei da forma mais vulgar que consegui, ela soltou uma risada alta, forte, segura.
- Quem disse que quero sex* contigo, nanica, saiba que não faz meu tipo, parece mais uma patricinha metida a besta, de você quero outra coisa, muito embora eu precise te avisar, vai chegar o momento que vai beliscar a parede pedindo que te foda e não vai ter o que quer, não sei se sabe, mas, essa semana irá dividir a cela comigo e mais três, é esse o sistema desse presídio, há uma rotatividade das celas exatamente para não formarmos vínculos, mas, como percebe, essa técnica da justiça não funciona muito bem...pode soltar essa bocet* que não tenho o menor interesse nela, como quem eu quiser e você não me dá o menor tesão.
Fiquei revoltada, ali eu decidi que conquistaria Léo, apenas para ter o privilégio de quebrar seu coração e mata-la depois, esse era o meu próximo plano antes da fuga. Ela me olhou de cima a baixo e continuou.
- Soube que é médica, não sei se sabe que criei a butterfly, no entanto a capacidade de detonar as pessoas é rápida, quero algo mais lento, não quero perder consumidor, então, você vai estudar comigo o que pode ser feito para ajustar as coisas, em troca eu te ajudo a fugir. Está combinado?.
Ela estendeu a mão e selamos ali nossa história, muito embora dentro da minha cabeça outros planos se entrelaçassem a este.
- Léo, e com quem vamos testar a nova droga?.
- Aqui dentro, existem várias consumidoras aqui mesmo, não seja ingênua querida, ou acha mesmo que só existem pobres aqui?, dá uma olhadinha e rapidamente vai encontrar várias patricinhas iguais a você.
Coloquei a mão na cintura e voltamos em direção ao banho de sol, quando voltei Guida estava me esperando.
- O que a bofe queria?.
- Sexo...
- Olha se quiser provar, Léo é uma delícia, mas, não se apaixone, ela não se apega a ninguém.
- Sai fora Guida, acha que vou me apaixonar por esse tipo?.
- Ah vai, vai sim, e ó...como vai. Hahahahah
O dia passou rápido, no final da tarde fui chamada para conversar com Samantha, antropóloga da polícia que as vezes dialogava para saber as necessidades reais das mulheres presas.
- Boa tarde Cristina, como sabe essas visitas semanais fazem parte do início de sua caminhada aqui dentro do presídio, gostaria de saber como está, se está tendo algum problema com alguma detenta, essas coisas...
- Você é uma pessoa interessante, sabia?.
- Bom, não estamos aqui para discutir sobre a minha pessoa, você está encrencada, e se for rápida nas respostas logo vai poder voltar a sua rotina assim como eu...
- Então, calma Samantha, vou dizer tudo que espera, mas, em troca queria duas respostas simples...nada demais, nem vai doer.
- Eu não faço acordos com bandidos, mas, você me deixou curiosa, o que quer saber?.
- Primeiro, como está Agatha?.
- Está bem melhor do que você, acredite, ficou seis meses presa, atualmente está morando em um lugar bem distante de Curitiba, com uma outra identidade e está fazendo terapia com uma psiquiatra do judiciário, aos poucos ela retoma sua vida.
- Entendo, fico feliz, e logicamente que você não vai me dizer de jeito nenhum qual a cidade em que ela está...
- De jeito algum, desista...bom, mas, e a outra pergunta?.
- Essa é bem mais simples, digamos que seja uma curiosidade bem particular...
- Diga...
- Desde quando você está comendo a delegada?.
Ela levantou, bateu forte na mesa e me mandou sair, pronto, tinha descoberto o seu ponto fraco, mulheres...são tão previsíveis. Levantei da cadeira, dei boa tarde e sai rindo baixinho. No caminho encontrei Léo, nós olhamos atravessadas e seguimos em direção ao pátio.
Já era noite quando as policiais iniciaram a chamada dividindo as presas com suas novas companheiras de cela, ao contrário do que Léo havia me dito, essas mudanças eram mensais e só na hora descobri que dividiria a cela com cinco mulheres, além de Guida e Léo, estariam comigo Ana Carolina, Suzana e Vitória, logo me explicaram que com essas três não poderia de jeito algum, "tirar farinha", elas não eram primárias e eram consideradas perigosas até mesmo pelas detentas, no entanto tive sorte, elas respeitavam Léo e suas ordens, sobre elas soube pouco, a primeira havia assassinado a enteada de doze anos, a outra estava envolvida no assassinado premeditado dos pais e a última havia matado a companheira durante uma briga casual, quer dizer, nenhuma podia ser chamada de "gente fina, elegante e sincera".
Quando apagaram as luzes Léo tratou de fazer uma reunião.
- As três venham cá...quero avisar que Cris é minha, nada de por a mão, nem para machucar e muito menos para questões de cunho sexual, só eu posso tocá-la estamos entendidas?. Vamos a separação das camas, vocês três ficam com a bicamas e a cama extra do lado direito, a minha e das meninas são essas outras. Outra coisa muito importante, na minha cela é proibido terminantemente o consumo de drogas e se forem trans*r não gosto de ouvir gritos e palavrões, entendido?.
- Tudo bem Léo, pode deixar, mas, se desistir ou enjoar da loirinha avise que estou na fila e estou bem interessada.
Léo sorriu e apertou as mãos da morena dizendo um "tudo bem" com aquele risinho tosco dela, em seguida se aproximou bem baixinho e falou.
- Fica me devendo essa.
Balancei a cabeça e fomos deitar, fiquei na cama inferior, quase rente ao chão, enquanto Guida ficou na cama de cima e Léo na do meio, deitei no colchão me enrolando com lençol puído e amarelado, foi quando escutei Guida falando.
- Psiu, Léo, está dormindo?.
- Não, porque?.
- Estou com insônia, posso deitar contigo?.
- Tá, venha logo.
Léo fez um barulho para arrastar o lençol e Guida entrou fazendo um barulho no estrado, rangendo bem na minha cabeça.
- Faz tempo que não deitava assim contigo.
- Guida, você quem quis terminar.
- Não sem deixar de levar um tapa enorme no rosto, não é?, eu não aguentava mais ser traída, entende?.
- Você queria uma exclusividade que não poderia te dar, eu não posso ser de uma só, até mesmo para manter meu poder.
- E essa ai debaixo?.
- Fala baixo que ela já está dormindo, ela pode ser útil para minha organização, pensei que fossem amigas, ela é do seu bando, ou não é?.
- Mas, sei que está de olho nela, te conheço Léo.
- Esquece ela, vem matar a saudade que está desse corpo.
- Você tem toda razão, eu morro de saudade desses músculos, dessa pele tatuada, desse cheiro.
- Aproveite...posso ser tua.
E foi assim que não dormi mais, Léo passou a noite inteira revezando com Guida na inversão de papeis, ah, claro que a ordem do não gritar e não dizer palavrões não valia para ela, pois a todo instante os gemidos altos viraram gritos, e no outro dia todos tinham olheiras, elas também, o que diferenciava eram os sorrisos. Léo acordou a todas, hora de malhar na pequena cela, com ela a ordem era ninguém ficar parada, ela quem ditava os exercícios e todas obedeciam, em seguida era a hora do banho e do café da manhã.
Entrei no "quarto de banho" como era chamado o conjunto de chuveiros ladeados, na verdade, eram nove box separados apenas por uma fina parede e nada mais, em um cano caia água gelada e os sabonetes com cheiro de lavanda barata eram distribuídos na porta por policiais, cada detenta ficava responsável pelo seu, que deveria durar o mês inteiro, junto vinha uma saboneteira laranja de um material muito barato, tínhamos pouco tempo, o suficiente para lavar o corpo e os cabelos, tudo com o mesmo sabonete, shampoo era artigo de luxo, e quem tinha economizava, apenas Léo tinha tudo isso e percebi que seu chuveiro demorava um pouco mais para fechar.
- O que foi Cris, admirando o material.
Ela disse isso e em seguida ficou beliscando a parede do box com aquele ar de deboche.
- Nojenta...
Léo me olhou irritada, pediu que alguém fechasse a porta e me encostou no azulejo, pressionando meus seios.
- Para Léo, você está me machucando.
Ela pareceu não ouvir, ou simplesmente não se importou com isso, respirei fundo quando ela rebolou da minha bunda e deslizou os dedos para dentro do meu sex*.
- Ora, veja bem quem está excitada.
Com vigor ela iniciou a movimentar os dedos em rápidas estocadas e eu gemia entregue.
- Você quer goz*r, não é?.
- Sim... - Falei respirando mal.
- Rebola gostoso nos meus dedos, sua safada.
Fiz exatamente o que ela pediu, e quando estava quase goz*ndo, ela se afastou, beliscou o azulejo e saiu.
- Pode terminar sozinha de fazer isso, qual sapatão não conhece o próprio corpo?, fique à vontade para se tocar, ninguém vai olhar, não é mesmo meninas?.
Todas riram alto dizendo um não em conjunto, eu gritei tão irritada que uma policial entrou no banheiro.
- Aconteceu alguma coisa detenta?.
- Meu sabonete caiu.
- Pois apanhe.
Juntei minha minhas coisas, me enrolei na toalha e sai para o quarto ao lado onde roupas limpas me esperavam, Léo também estava lá, penteando os cabelos espetados, colocando a enorme franja para trás com gel, ela me olhou de canto de olho enquanto trocava de roupa, depois se aproximou e me chamou no canto.
- Olha, sei que não fui legal contigo, foi mal, mas, tinha que quebrar sua marra, ou perderia minha moral, entende?.
- Foi mal não, foi péssimo, me senti um objeto descartável.
- Se quiser podemos terminar o que começamos a noite.
- Saiba que isso não vai acontecer jamais, me recuso, eu faço sozinha, mas, você não encosta em mim.
- Vou te esperar na cama de cima do beliche, se não for nunca mais te procuro e vou entender o seu não como definitivo.
Girei o corpo e sai para o café da manhã, o tempo inteiro Léo dava um jeito de me observar, estava incomodada com seus olhares, mas, a verdade é que meu corpo tinha adorado seus toques, estava a tanto tempo sem sex* que quando percebi estava ansiosa para que a noite chegasse. Entramos na cela e todas seguiram para o seu canto, Guida me chamou pedindo, quase implorando que não subisse para a cama de Léo.
- Cris, te peço, é a única chance que tenho de reconquistar essa mulher, sou louca por ela, sempre fui, não ceda, logo você se ajeita, eu não, se não for com ela eu não quero mais ninguém na vida.
Eu respirei forte e quando ia responder ouvi Léo falando com uma voz já alterada.
- Estou ouvindo sua fala Guida, saiba que se tem duas coisas em mim que considero de excelência, uma minha audição, escuto um rato passar lá do outro lado da parede, outra coisa que entendo é de mulher, portanto, deixe Cris se decidir.
Guida coçou a cabeça agoniada.
- Agora preciso te pedir o contrário, ou vai sobrar para mim, Cris te imploro...vá, Léo te quer, depois a gente vê como tudo vai ficar, não se preocupe comigo, você não está traindo a nossa amizade.
Eu balancei a cabeça como se tivesse contrariada, como aquela otária podia acreditar que estava sinceramente preocupada com seus sentimentos?, eu hein?, não me importava nem um pouco, eu queria era o orgasmo que sabia que viria intenso, forte e delicioso nesse encontro com Leonarda.
Subi as escadas devagar, ela estava deitada enrolada no lençol puído, as mãos estavam para trás apoiando a cabeça no travesseiro fino.
- Vem aqui loira.
E fui igual um gatinho, quando deitei ao seu lado vi que estava nua, passei a mão por seus seios, e pelo corpo musculoso, deixando que minha mão apertasse o sex* já úmido.
- Está louca para goz*r não é sua vadia?.
Quando falei essa palavra ela ficou louca, me puxou para cima do seu corpo morrendo de desejo.
- Me come, me devora, quero ser sua, me usa como quiser.
E pois não era que a perigosa Léo era uma cachorrinha no cio?, soltei uma gostosa gargalhada e a devorei de todas as formas, depois que saciei todos os meus instintos mais primitivos, ela subiu em cima de mim e saiu beijando todo o meu corpo dizendo que eu era linda, que me quis desde a primeira vez, sorri por dentro e pensei "otária", mas, gemi deliciosamente, como qualquer mulher amaria ouvir.
- Eu também Léo, te quero desde o primeiro momento em que te vi, estou louca de tesão, preciso sentir você em mim, me pega, me faz tua.
Foi assim que virei a namoradinha oficial de Leonarda, a presa mais perigosa do recinto.
Fim do capítulo
Apostas...rsrs quem vai se dar mal nesse história...Léo ou Cris?
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brinamiranda Autora da história
Em: 11/01/2021
Oie Gabi, não estou conseguindo responder embaixo da sua pergunta, estranho, as vezes acontece, então, Cris se deu mal e creio que vai se dar ainda pior rsrsrs ela é aquela vilã desajeitada, vamos combinar que ela não chega aos pés de Helena não é verdade?.
Eita nóssssss vamos seguindo.
bjsss
Rain
Em: 03/01/2021
" me senti um objeto descartável." engraçado ela fala isso. Não era tu que fazia das pessoas objetos criatura, e ainda matava.
Ahh eu quero que a Cris se ferre. Bem ferrada mesma. Mas, eu tô achando que elas vão é se apaixonar uma pela outra. Sei não.
Resposta do autor:
Pois não é Rain, a pessoa até esquece que faz isso, usava, abusava e matava, depois ia embora na maior...ainda não sei como essas duas vão se virar...
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HelOliveira
Em: 02/01/2021
Eu quero mesmo que a Cris se ferre.... Léo tá sendo muito boazinha com ela...e a FDP ainda tá querendo matar a Ágatha...
Bjão
Resposta do autor:
Eu ainda não sei ao certo se a Léo se apaixonou mesmo, se encantou com a Cris, ou se na verdade ela está apenas na moita, pra mim também é novidade, a Cris quer continuar matando, quer sair e matar a delegada, a antropóloga, todas que tiveram envolvimento na morte de Helena, mas, ela não tem competência para isso.
bjão
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florakferraro
Em: 02/01/2021
Estou torcendo pela Léo, nossa, imaginei até essa gata, me apaixonei por essa mulher, espero que ela dê cabo de Cris, que esta precisando sumir do mapa, por enquanto 1 x 0 para Cris, mas estou apostando q ela vai se dar mal, é o que espero.
Capítulo incrivel
Resposta do autor:
hahahah não esqueça que Léo é bandida...rsrsrs
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