Esse capítulo tem um pouquinho de tudo, de diferente, vamos conhecer um pouco a história de uma das vítimas de Cris, espero que gostem...
Capitulo 08 - Quem semeia vento, colhe tempestade
Capítulo 08 - Quem semeia vento, colhe tempestade
Cris andava em círculos sem acreditar no que tinha acontecido, tivera tanto trabalho em esconder o corpo, como assim descobriram?, o plano era que a morta estivesse em avançado estado de decomposição quando fosse encontrado tempos depois através de uma denúncia anônima que ela mesmo faria, o esqueleto ainda estaria com a peça de lego na boca, sua ideia era perfeita, no entanto, tudo tinha ido por água a baixo por conta dos malditos trilheiros.
Como estava sozinha pode dar vazão a sua evidente irritação, olhou em seu entorno, depois pegou um jarro de porcelana barata que estava no aparador e arremessou no chão com toda sua força, ficou ainda mais irritada quando lembrou que teria que juntar todos os cacos que estavam espalhados pelo chão, "maldição", foi a primeira palavra que gritou seguida de muitas outras.
Respirou fundo e pensou "Calma Cris, pensa, como Helena agiria nessa situação?, pensa...", em seguida afundou no sofá e sorriu tentando relaxar lembrando do rosto de Helena, mas, não obteve êxito, sentia os ombros tensos, e se deu conta que ainda estava bem longe de finalizar a homenagem a mulher de sua vida, suspirou alto, deixando que algumas lágrimas descessem do seu rosto e balançou a cabeça desanimada.
Depois de organizar a sala foi até a cristaleira, pegou um copo, andou até o barzinho e se serviu de uma dose de whisky, sem gelo, sem nada, tomou o líquido em um único gole, que desceu queimando, mas, foi reconfortante, na segunda dose, e já mais calma, misturou o álcool com água de coco que estava dentro de uma jarra na geladeira, isso acalmou um pouco mais o nervosismo instalado. Como toda pessoa egocêntrica pensou um pouco mais, e com isso teve tempo de colocar toda a culpa na assistente incompetente que arranjou, depois coçou a cabeça novamente, respirou fundo e pensou "bom, os otários da Civil não tem pista alguma".
Bufou sentando novamente na confortável poltrona, deixando o copo com a forte bebida no chão, para logo mais abraçar as pernas e em um suave balanço, tentou enumerar quantas já tinha matado até agora, a memória andava falha, eram duas ou três?, em seguida foi até o quarto buscando a agenda onde fazia suas anotações, era muito desorganizada e não tinha a inteligência privilegiada de Helena, em seguida buscou o celular e discou para sua ajudante.
- Oi, você pode vir aqui me ajudar, estou perdida e sem conseguir me achar dentro da bagunça em que me encontro, mental inclusive...
- Eu estou trabalhando hoje esqueceu?.
- Não estou te pedindo, estou dizendo para vir...entendeu?, ou quer que eu desenhe?.
- Beleza Cris, vou fazer todo o possível para chegar o mais rápido que eu posso, mas, isso vai te custar algo, você sabe, não é?.
- Eu nunca vi alguém barganhar tanto em troca de sex*, olha, é por isso que você não vai para frente...vem logo.
Os minutos multiplicavam no relógio e cerca de uma hora depois a loira chegou ao apartamento, beijou rapidamente os lábios de Cris e foi se explicando.
- Desculpa a demora, tentei vir o mais rápido que pude, mas, não foi fácil, nessa época do ano a marcação é cerrada no trabalho, e ai achou a agenda?.
- Achei nada, procurei por todo apartamento, estou ficando louca com isso, será que foi a Bia que achou?, você sabe, se ela desconfiar terei que matá-la também.
- Se com tua namorada você não tem receio e nem constrangimento algum de matar e dispensar o corpo, imagine comigo?.
- Ah, primeiro Bia nunca foi e nem nunca será minha namorada, digamos que ela seja mais um otária igual a você, não é mesmo?.
- Eu devia dar meia volta e ir embora em definitivo e esquecer da sua existência, sabia?.
- Tem razão, mas, ai teria que te caçar nem que fosse por todo Paraná e te matar, enfim, me tira uma dúvida, com essa que matei são quantas mesmo?.
- Cris são duas, a outra você não conta porque o corpo dela está em pedaços repousando no fundo das águas de Guaratiba, lembra?.
- Verdade, tem toda razão, as vezes esqueço completamente disso.
- Eu acho tão estanho esses seus lapsos de memória, você é médica Cris, faz uns exames, sério.
- Pra que?, estou ótima, não enche.
- Se você diz, quem sou eu?, não está mais aqui quem falou.
- Vamos lá no quarto, preciso da minha agenda, procura pra mim.
- E cadê as palavrinhas mágicas?.
- Por favor...
- Não era bem isso, mas, já é um começo.
A loira envolveu a médica em um abraço, afundando o nariz em seus cabelos e após suspirar seguiu beijando toda a extensão do seu pescoço. Cris fez um barulho com a boca e se afastou para falar.
- Você pode parar de tentar me seduzir que tenho coisas muitos mais importantes do que sex* nesse momento, não vai ter seu prêmio se não achar minha agenda.
Cris riu alto quando a loira seguiu contrariada e entrou irritada no quarto, cruzando os braços e se posicionando em frente ao guarda roupa que tinha acabado de abrir as portas para investigar os detalhes, olhou o vidro de perfume que estava à vista, borrifou um pouquinho no ar, e seguiu o cheiro tentando aspirar para dentro de si o perfume da médica, que fez um muxoxo, a loira se afastou um pouco mais, depois sorriu, e sem muito custo, olhou para o maleiro e viu uma cestinha de vime, esticou todo o corpo avistando que o diário estava lá, sorrindo com um ar de vitória.
- E meu prêmio?.
- Justo, tem todo o direito.
Cris tirou a roupa, deixando as peças caírem no chão, em seguida se acomodou entre os muitos travesseiros e disse.
- Vem...
A loira tinha a boca cheia de saliva de tanto desejo, rapidamente tirou sua roupa e escalou o corpo de Cris que estava deitada e mais parecia uma boneca erótica, não mexia um músculo se quer, seu olhar estava entre o tédio e o incompreensível.
- Você vai ficar assim?, tem certeza?.
- Se você quiser é assim, meu corpo está aqui, não é o que queria tanto?.
- Não assim Cris, você poderia participar mais como das outras vezes, parece que está no automático.
- Bom, pelo visto você não vai me querer, então, pode por favor sair de cima de mim que não estou sentindo nada.
- Claro.
A loira vestiu a roupa e nem se despediu, pegou a chave do carro que estava em cima da mesa e seguiu em direção ao estacionamento com lágrimas brotando nos olhos.
- Não sei como aceito isso...
De longe viu o carro de Bia, ela estava chegando e tudo o que menos queria era ser vista. A loira saiu se esgueirando entre as pilastras e entrou o mais rápido que pode em seu carro, dando partida quando Bia já havia subido pelo elevador.
Cris abre a porta e deu de cara com o sorriso acolhedor de Bia, como sempre não conseguiu disfarçar, e do seu rosto não saiu nenhum esboço de alegria, apenas continuou girando o seu canivete butterfly.
- Oi amorzinho, me dá um beijo, solta um pouco esse canivete, morro de medo que você se machuque.
- Não se preocupe porque eu sei muito bem o que estou fazendo.
- Eu sei, eu sei, olha vim preparar o seu almoço, e ficar um pouquinho contigo antes de ir para o plantão, hoje fico até mais tarde...ué...cadê o jarro que fica em cima do aparador?.
- Ai nem te falo, eu fui limpar e escorregou das minhas mãos, fiquei tão triste, afinal você me deu.
- Não tem importância meu bem, procuramos na Liberdade na próxima viagem a São Paulo, tudo bem?.
- Tudo.
- Estava pensando em fazer Rondelli de ricota, queijo brie, damasco e nozes, o que acha?.
- Tanto faz...
♥
Sophia sentada no sofá observava com olhos apaixonados enquanto Renée dedilhava seus violão, ensaiando algumas músicas para o show do fim de semana, nesse momento o apartamento era tomado com "Estácio, holly, Estácio".
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Se alguém quer matar-me de amor
Que me mate no Estácio
Bem no compasso, bem junto ao passo
Do passista da escola de samba
Do Largo do Estácio
O Estácio acalma o sentido dos erros que eu faço
Trago não traço, faço não caço
O amor da morena maldita do Largo do Estácio
Fico manso, amanso a dor...
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Ao perceber o olhar apaixonado da namorada, Renée levanta, encosta o violão na parede e segue até o sofá, sentando ao lado de Sophia, enquanto desenhava seu rosto com a ponta dos dedos.
- Amor, fico tão encantada com você me olhando assim, dá uma coisa tão boa no coração, vou tentar me concentrar, se não me empolgo é não vou querer te largar mais.
Renée evitou fitar os olhos da namorada e seguiu o cronograma de ensaio, no final da última música guardou o violão e deitou nas coxas de Sophia sorrindo.
- Amor, você sabe que te amo, não sabe?.
- Sei, também te amo muito.
♥
Seis meses depois...
.
Todos os dias Renata, carioca da gema como sempre fazia questão de afirmar aos amigos curitibanos pegava o ônibus em direção ao famoso "Supermercado Águia", não sem antes ouvir um dos seus sambas preferidos, hoje Cartola enchia a casa simples de um rosa meio pálido que dividia com Paulinho, amigo transformista e companheiro de farras e de histórias, o corpo da mulata de vinte e cinco anos era bem desenhado e o uniforme do trabalho não deixava com que passasse despercebido pelas ruas onde morava, os cabelos de um cacho bem fechadinho estava preso em um rabo de cavalo no meio da cabeça, após um café com um pão na chapa saiu para o trabalho, ouvindo o primeiro gracejo do dia.
- Eita se essa morena fosse minha.
- Me poupe Jonas, desiste porque a fruta que você gosta cabe direitinho da minha boca - o padeiro riu do gracejo e acenou a amiga gritando em seguida.
- Não desisto, vai que um dia cola.
- Vai tentando amigo, vai tentando, talvez um dia eu perca o juízo.
Ela riu e saiu rebol*ndo o corpo bem torneado, no ponto de ônibus encontrou Francis uma ficante das antigas como sempre fazia questão de comentar.
- Oi Francis, não quer colar lá em casa essa noite?.
- Eu não, pensa que esqueci que me deixou a ver navios, te esperei no Bar do Garnisé até mais tarde e nada.
- Gostosa, eu prometo te recompensar, eu dormi, fiquei fazendo faxina com o grupo da noite no trabalho, e quando cheguei em casa tomei banho e dormi largado, me perdoa, vai.
Renata não estava sendo de todo mentirosa, realmente a noite foi de faxina, mas, não esquecia que depois do trabalho tinha trazido Filó, uma das outras caixas para receber a prometida massagem nas costas, depois da massagem, teve direito a um gostoso banho de gato e quase chegaram atrasadas ao serviço no dia seguinte.
Francis cruzou os braços e falou tentando segurar o sorriso.
- Vou pensar, mas, não prometo nada.
Renata riu, encheu a mão em uma das nádegas e sorriu.
- Te espero mais tarde gostosa.
A outra riu e respondeu.
- Não disse que vou!.
- Ah, vai sim, vai que te conheço, aposto que está toda molhadinha só de pensar.
- Sai fora Renata, sua convencida, está viajando!.
- Ah é, e porque está com essa respiração ofegante?, e esse tom avermelhado no rosto?, você está morrendo de tesão, safada!.
Renata sentou no banco de madeira, colocando a enorme bolsa no colo dela e da amiga, depois de forma disfarçada passou os dedos de forma firme por cima da calça de uniforme da atendente de farmácia que mordeu a boca.
- Queria dizer não para e rebol*r gostoso nessa tua mão, ia goz*r de roupa mesmo, mas, o ônibus está vindo, mais tarde passo por lá Renata.
- Te espero as 20h.
- Combinado.
Francis deixou um beijo no ar e em seguida saiu em direção ao ônibus, Renata subiu no próximo, ouvindo "Mais alguém" de Roberta Sá no fone de ouvido.
Chegou cedo ao supermercado, falou com os colegas, combinaram coisas para o ano novo e em seguida ocupou o seu lugar, os clientes iam e vinham, sem que nada demais acontecesse, foi quando avistou uma loira que estava na fila, olhou de forma indiscreta, pensando, "eu posso ser jaguara, mas, por essa eu aposentava, que loira gata, uma cara de patricinha, por essa parava de raparigar, pelo menos no começo". A fila andou chegando a vez da loira.
- Boa tarde, é cliente do Clube Águia?.
- Não...
- É uma boa, viu?, tem dá muitos direitos, a senhora quer cadastrar, não vai demorar muito.
- Claro...
- Qual o nome da senhora mesmo?.
- Cristina Soares de Alencastro, e pode tirar o senhora da frente, me chame apenas de Cris.
- Ok, Cris, qual o celular?.
Falou piscando os olhos negros de jabuticaba. Dado o número, os clientes que estavam atrás da fila se deslocaram para outros caixas devido a lentidão do sistema.
- Porque você não anota meu número?.
A loira olhou para o nome no pequeno crachá, falando em seguida.
- Renata Silva...
Renata sorriu animada, sentindo o sex* ficar molhado ao ser chamada pelo nome completo.
- Moça, está brincando com fogo, não me atice.
- Você aceita jantar comigo?, te pego aqui amanhã a noite, hoje eu trabalho até mais tarde, mas, amanhã estou livre.
- Claro, e onde vamos?.
- Vou te levar para jantar em um gostoso restaurante japonês, depois podemos ir à minha casa.
- Não gosto dessa história de comer de palitinho não moça, não sou chegada a essas frescuras, me leve a uma churrascaria que é melhor.
- Tudo bem...
Renata olhou ao seu redor e viu que tanto a fiscal, quanto os clientes que estavam na fila olhavam a cena de cara torta.
- Moça, estamos atrapalhando o movimento, pode deixar que te ligo, está marcado, não vai furar.
- Jamais.
Renata sorriu exultante, nunca na vida teve uma mulher daquela, com certeza deveria ser cheirosa, ia dar um trato nela para não esquecer jamais, quem sabe essa não era a chance de mudar de vida?.
As 20h Francis bateu na porta de Renata que já a esperava, mas, não tão animada quanto mais cedo.
- Oi Rê, que cara desanimada é essas?.
- Cansada apenas, mas, logo melhoro, não liga, preparei uma jantinha para nós duas, fritei uma linguiça, esquentei um arroz branco, fiz uma farofa de alho e tem guaraná, na semana não bebo.
- Eu sei, vem aqui morena...
Francis encostou Renata na parede e tirou o vestido floral frouxo que caia pelo lado direito do ombro.
- Você é gostosa demais...
- Então me come do jeito que você quer...
Renata rebol*va rapidamente na boca de Francis que esperou que a morena goz*sse saciada para abraça-la e dizer.
- Rê, eu preciso te dizer algo e ao mesmo tempo te perguntar uma coisa...
- O que quer dizer?.
- Você sabe que eu te amo, não sabe?, porque não aceita namorar comigo?.
- Ai Francis, você sabe que não sou dessas coisas, eu sou uma folha solta no vento, não consigo me prender a alguém, vou te fazer sofrer, você precisa ter uma pessoa legal, que queira um compromisso, e essa pessoa definitivamente não sou eu.
Francis olhou desanimada, era a terceira vez que tentava, mas, Renata sempre negava o pedido.
- Ei, não é para ficar triste assim, vamos comer mulher, que essa goz*da que me deu de presente deu uma fome de leão, essa tua língua leva qualquer uma para o paraíso.
Renata se vestiu, lavou as mãos com o sabão de coco que estava na pia, e tentou animar a amiga conversando sobre outras coisas, mas, estava mesmo era pensando na cliente do caixa, era uma mulher com ambição, queria fazer uma faculdade e sair daquele supermercado e principalmente daquela vida simples que vivia. Estavam comendo quando o amigo chegou.
- Paulette, senta ai com a gente, vem comer amigo.
- Obrigada Renatinha, o viado está morrendo de fome. E ai Francis, tudo bem?, veio filar duas boias, né?.
Paulinho olhava a amiga e sentia o cheiro do sex* que exalava no ambiente, deixando claro que sabia o que tinha acontecido há pouco.
- Tudo bem, vou ao banheiro lavar as mãos e volto já...
- Pra que mulher, tu já está comendo, continua ai mesmo com a mão cheirando a bucet* de Renata, qual o problema?.
Renata riu alto sem se preocupar com a comida que balançava dentro da boca.
- Ai Paulinho, alguém já te disse que tu é podre viado?.
- Ouxe, eu disse alguma mentira?, quem não sabe que Francis te come desde sempre?.
Francis olhou contrariada dando mais uma garfada de linguiça e farofa.
- Meninas, esqueci de dizer que trouxe batata palha, querem?.
- Precisa não Paulette, vamos deixar para depois, estamos quase terminando.
- Estava pensando em fazer cachorro quente amanhã à noite, vocês topam?.
- Paulinho, amanhã não rola, é dia de faxina e estou escalada, depois, vou sair com Menezes, tomar um chopp, ele quer desabafar uns problemas, devo chegar tarde.
Paulinho e Renata não desconfiaram de nada, realmente Menezes tinham muitos problemas em casa com a mulher que achava que o traia, no entanto, não era certeza, então seguia casado, Renata sempre que possível saia para que desabafasse suas angústias e dar conselhos, dizia que pressionasse a mulher, se sentia até um pouco culpada a lembrar que em uma das festas de fim de ano tinha se servido da sua mulher dentro do banheiro do clube. Sorriu e disse para si mesma "comi tanto que quase palito os dentes ao sair do banheiro apertado", então para Renata era certeza que o amigo realmente era traído.
O jantar terminou com Francis se despedindo e indo em direção a sua casa, em uma rua contigua a de Renata e Paulinho.
- Sapatão, você vai sair com Menezes mesmo?.
Renata quis falar da cliente, mas, preferiu guardar a informação para si, queria guardar Cris só para si, pelo menos até se tornar oficial.
- O pior que é verdade.
- Amiga, esse pobre é corno até a alma, coitado.
Renata riu, e após lavar a louça, foi para o quarto deitar, pegou o celular e mandou um recado para a cliente.
Renatinha: Oi, atrapalho?, aqui é a caixa de logo cedo.
Cris: Claro que não atrapalha linda, se não mandasse mensagem amanhã, já sabe que iria até o supermercado, fiquei louca para te pegar ali mesmo.
Renatinha: Hahahahah eu ia amar, mas, nem precisa se esforçar, te dou fácil.
Cris: Você sabe que é gostosa.
Renatinha: Sei sim, te espero as 20h, não se atrase.
Cris: Jamais deixaria uma dama esperando por mim.
Renata desligou abraçando o celular, na certeza que ia se deliciar com a loira, ia jantar em um lugar grã fino e talvez se arrumasse na vida, dormiu sonhando com a mudança.
☻
A batida na porta era insistente, Paulinho saiu do banho, eram 2h da manhã, saiu enxugando o corpo para relaxar, precisava de uma noite de sono após a intensa noite de sex* com um homem casado da vizinhança, vestiu a calça do moletom rapidamente, e gritou "já vai", devia ser a amiga, com certeza devia ter perdido a chave novamente. Abriu a porta e não entendeu quando viu as três policiais paradas com uniforme da Polícia Civil.
- Desculpe, vou vestir a parte de cima do moletom.
Paulinho saiu e voltou correndo.
- Desculpem, querem entrar?.
- Obrigada! - Falou a bonita mulher de cabelos cacheados.
- Desculpe vir a essa hora e pela motivação que já vou explicar, sou a Delegada Nadine, ao meu lado estão Samantha e Patrícia, antropóloga e investigadora da Polícia Civil. Você se chama Paulo Renato de Castro?.
- Sim...
- Então divide a casa com Renata Silva dos Santos?.
- Sim...
- As notícias não são boas, infelizmente sua amiga foi assassinada no começo dessa noite.
- Meus Deus, tem certeza que é a Renata mesmo?.
A delegada mostrou a carteira de identidade e falou.
- Precisamos que venha conosco para identificar o corpo, tudo bem?. Seu nome estava na última ligação realizada pela vítima.
Paulo olhou seu celular, realmente Renata havia ligado 23h, talvez a amiga estivesse viva se tivesse atendido, chorou alto se sentindo culpado, e seguiu ladeado pelas três policiais. Nem precisou ver tudo, a tatuagem de anjo no calcanhar entregava quem era.
- É ela doutora...
Quando o rosto foi descoberto Paulinho apenas balançou a cabeça em sinal de confirmação, em seguida abraçou o próprio corpo e chorou sentido. O enterro no dia seguinte ao som de vários sambas marcou as lembranças dos amigos e familiares.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 01/01/2021
Pensa em pessoa que já tá torcendo para a Cris ter uma doença e sofrer bastante antes de morrer..
Bjos
Resposta do autor:
Opaaa vamos ver como as coisas andam, ela está merecendo...nem para Serial Killer serve rsrss
bjsss
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florakferraro
Em: 27/12/2020
Aêee Rosa, estamos fazendo uma enquete e sei que teu voto é muito importante, contribua ai amiga.
bjs
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florakferraro
Em: 26/12/2020
Amiga,
Boa tarde, eu quero te dizer que eu amei esse capítulo, tudo maravilhoso, Cris louca, e esses lapsos, será que ela tem alguma doença ?, que tenha um final bem ruim.
E puxa vida, eu adorei a gostosa da Renata, uma mulata carioca, já imaginei eu com ela, você faz umas safadas como diz a Rain que para mim são todas apetitosas.
Parabéns cara, sou tua fã.
bjussss
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Rain
Em: 26/12/2020
Bom dia!
Sério que ela jogo o corpo da garota em pedaços no rio. Ler essa parte não foi legal, quase imaginei e ai fica difícil.
Cris tá longe de ser uma boa vilã, mas ela psico então conta. Esses lampsos de memória dela pode significar alguma coisa? Humm.... Então, a ajudante é loira..... Humm....tá aumentando as minhas suspeitas. E essa loira é igual a Bia, uma pobre iludida. E a ilusão levou ela a isso... se for que estou pensando pela foi longe para fazer isso.
Sophia e Renée estão briza do amor, espero que continue assim.
Você está muitas inspirações para criar personagens safadinhos, viu. Essa Renata aí de tanto ser safada acabou morrendo. Senti um dozinha da Francis, é todo apaixonada, pena que Renata não deu valor.
Eu já disse que adoro quando você conecta as histórias? Gosto das participação dos personagens queridos. Fica muito mais legal!
Inté!
Resposta do autor:
Boa tarde Rain,
Ah eu tive que colocar esse detalhe, para não deixar nenhuma ponta desamarrada para o final, e as leitoras não questionarem depois sobre o primeiro corpo, como ninguém soube para ela não valeu entende?.
Cris é fraca, ela simplesmente não consegue ser competende e perspicaz como Helena e era o que eu queria mesmo, uma espécie de vilá meia boca, que faz as coisas tudo atrapalhado, aliás, tem psicopatas assim...a Bia é uma apaixonada coitada, desde a época da faculdade.
Renée e Sophia seguem juntas até o final, são lindas...
sim menina, estou criando umas safadinhas, né?, é que são o meu inverso, sempre fui tão romântica, é bom ousar nem que seja na escrita hahahah....eu gostei de Renata apesr do jeito doidinho dela, fico com pena por Francis também.
Adoro essas conexões de personagens, fico feliz que também goste.
inté
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