Capitulo 33
Parte 33
Lívia Ferreira
Após me despedir de Helen, entrei em casa e me deparei com meus pais que estavam no sofá trocando sorrisos e olhares apaixonados. Eu achava incrível a forma como o tempo parecia não ter passado para meus pais, pois eles desde que me conheço por gente tratavam o outro com muito amor e respeito.
— Oh, filha, você chegou. — Meu pai notou a minha presença na sala. — Gostei de sua namorada. Ela é uma moça muito maravilhosa. Tá aprovada! — ele comentou e minha mãe pareceu concordar.
Eu sorri.
— Ela é mesmo maravilhosa. Tive muita sorte, pai.
— Vocês tiveram sorte minha filha, pois você é uma pessoa maravilhosa também — minha mãe falou.
— Concordo plenamente. — Papai segurou uma das mãos de minha mãe. — Um dia, a gente podia marcar um almoço entre as famílias o que acha?
— Pai! — Comecei a ficar assustada com a possibilidade, pois eu ainda não sabia o que a família de Helen iria pensar ao me ver. Passei a ter medo da rejeição.
— Filha, acho que isso é normal, não é? Uma família ir para um almoço na casa da outra. Bom... no nosso tempo era assim — minha mãe comentou. — Será que as coisas mudaram tanto assim? — Ela ficou pensativa.
Eu sorri.
— Acho que não, mãe. — Fui até onde os meus pais estavam e dei boa noite a eles.
Após sair da sala, eu comecei a sorrir feito boba. O dia havia sido muito mágico e eu tive a minha primeira vez com Helen. Parecia que quando eu fechava os meus olhos, eu ainda sentia a sua boca tocando a minha pele e os seus gemidos próximos aos meus ouvidos.
Antes de dormir, eu ainda falei com Helen até bem tarde da noite. Parecia que nossos assuntos nunca se esgotavam.
No outro dia, acordei muito animada. Nem parecia que era uma segunda feira. Estava vendo tudo mais colorido, o som das buzinas na rua não me incomodava e muito menos a britadeira que trabalhava do outro lado da calçada de casa.
Peguei meu celular e havia uma mensagem de Helen:
“Bom dia, minha namorada!”
Sorri ao vê-la, respondi mas depois não obtive resposta. Acho que Helen estava ocupada naquela manhã.
Quando terminei de me arrumar, sai de casa para ir para a clínica. Enquanto eu caminhava em direção ao ponto de ônibus, escutei a buzina de um carro logo atrás de mim. Ao olhar, eu me deparei com Helen no banco do motorista, estava sorrindo de uma forma encantadora.
— Será que posso te dar uma carona, moça bonita? — Helen perguntou com aquele jeito encantador dela e eu sorri.
— Claro! — Fui para o lado do passageiro e entrei no automóvel.
— Mesmo eu vindo mais cedo, quase que você pegava o ônibus e eu ficava sem te dar carona — ela disse ao se aproximar de mim. Só por senti-la perto, o meu corpo todo ficou inquieto. — Bom dia, meu amor. — Ela beijou os meus lábios de uma forma lenta e deliciosa.
Segurei em sua face para aprofundar o beijo, mas logo fomos interrompidas por uma buzina atrás do carro.
Sorrimos juntas e nos afastamos.
Durante o percurso até o trabalho, começamos a falar sobre assuntos diversos.
Helen contou sobre os dois novos dentistas que seriam contratados e que ela estava muito ansiosa para conhecê-los.
Ela estava muito feliz por ter conseguido trabalho para pessoas que haviam se formado, mas estavam sem esperanças de ter um emprego.
— Posso te fazer um convite? — Helen indagou com um misto de ansiedade na voz.
— Claro!
— Hum... — Ela começou a prestar a atenção no transito parecendo escolher as palavras para falar comigo.
— Assim vou ficar nervosa — comentei e Helen sorriu de uma forma contagiante.
— Não é necessário ficar nervosa. — Ela segurou uma de minhas mãos. Aquele toque fez o meu corpo esquentar. — Sei que nosso relacionamento é recente, mas gostaria de te convidar para um almoço em minha casa. Pode chamar os seus pais. Ficarei feliz por recebê-los.
Com a fala de Helen, eu comecei a me questionar se os pensamentos dela estavam interligados com os de meus pais, pois eles haviam comentado sobre um almoço em família na noite anterior.
— Acho que eles vão adorar isso. — Sorri. Helen fez o mesmo. – Mas será que seus pais vão me aprovar?
- Por que não? – indagou enquanto prestava a atenção no caminho.
- Helen, eu não sou...
- Você é uma moça linda, incrível, maravilhosa, inteligente, esforçada, a nora que meus pais desejam. Não pense que eles vão te rejeitar, pois isso não vai ocorrer. Meus pais são pessoas maravilhosas, você vai ver – Helen disse quando notou o que eu queria dizer.
Sorri e senti o meu coração mais calmo. Talvez eu estivesse com muito medo da rejeição a ponto de não pensar na possibilidade dos pais de Helen serem como ela.
Quando chegamos à clínica, cada uma foi para seu posto. Durante o dia de trabalho, nós não nos vimos. Tínhamos horários distintos para as refeições e o doutor Álvares não pediu que eu fosse à área onde ela trabalhava.
Não sei se compreendem, mas ficar longe de Helen estava se tornando algo muito difícil. Ficava o tempo todo olhando para o celular aguardando alguma mensagem dela, mesmo sabendo que não receberia, pois ela estava ocupada.
Fim do capítulo
Olá,
O que acharam desta parte?
Não postei ontem, pois estava com dor de cabeça.
Espero que tenham gostado.
Beijinhos^^
VAN
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]