MARI e ANA por MahLemes
Oii, meninas!!
Passando rapidinho só pra deixar mais um capítulo para vocês.
Assim que conseguir eu respondo os comentários...
Beijos e boa leitura!
Capitulo 28 - Confrontos
Capítulo 28 - Confrontos
Acordei umas 18 horas sentindo como se um caminhão houvesse passado por cima de mim. Minha cabeça doía. Me levantei e fui à cozinha beber água quando minha mãe me viu.
-Mari? O que você tem, minha filha? -Me perguntou preocupada.
-Quando deitei só tava cansada, mãe. Mas agora tô sentindo dor em tudo e minha cabeça parece que vai explodir. -Respondi fanha pelo nariz congestionado.
-Ixe, minha filha. Será que pegou aquela gripe que tá circulando por aí? -Ela disse pondo a mão na minha testa. -Tá queimando de febre, minha filha. Vou pegar o termômetro e o antitérmico. -Logo minha mãe voltou com ambos, me entregando um copo de água.
Tomei o remédio e me sentei no sofá para medir a temperatura. Logo o termômetro apitou. No mostrador estava 39,5°. Minha mãe logo me enxotou para o banheiro para eu tomar um banho natural para ajudar a abaixar a febre. Eu odiava com todas as minhas forças esses banhos. Eu tremia da cabeça aos pés de frio. Banho tomado e voltei para a cama. Lá estava ela com um mingau de fubá para eu comer.
-Come ao menos um pouco pra não ficar fraca, minha filha. Mais tarde te faço um chá pra ajudar a melhorar.
-Obrigada, mãe. -Tomei quase todo o mingau e fui para a sala ver TV com meu pai. Algum tempo depois minha mãe veio com o termômetro de novo. A temperatura tinha abaixado para 37,5°.
-Que bom que o remédio tá fazendo efeito. Vou fazer o chá para ele ir esfriando, tá bom? Aí antes de deitar você toma ele. -Apenas assenti com a cabeça sorrindo para ela.
Um tempo depois tomei o chá e me deitei. Dormi a noite toda e acordei bem melhor, apenas com uma leve dor de cabeça e com o corpo ruim. Tomei um banho e ia me arrumar para ir para a faculdade quando minha mãe entrou no meu quarto.
-Minha filha, não vai na aula hoje não. Espera melhorar mais. Se você se esforçar hoje amanhã tá ruim de novo.
Eu já não estava muito a fim de ir à aula, com o incentivo dela então não precisei de mais nada.
-Melhor mesmo, né, mãe?
-Já estamos saindo. Vai dando notícias, viu? Beijos.
-Tchau, minha filha. -Meu pai falou do corredor.
-Tchau, mãe, tchau, pai. Bom trabalho.
Eles saíram e eu me enfiei debaixo das cobertas ligando a TV na Netflix. Ia continuar a maratona que não tinha terminado nas férias. Logo meu celular apitou. Era uma mensagem da Nanda.
--Você não vem na aula hoje não?--
--Vou não, Nanda. Gripei. Acordei mais ou menos hoje--
--Melhoras então, amiga. Depois a Jú te passa a matéria--
--Obrigada--
Quase na hora do almoço minha mãe me ligou para saber como eu estava. Ainda estava da mesma forma que pela manhã, mas o importante é que não tinha piorado. O dia seguiu tranquilo, com episódio atrás de episódio e muita preguiça. No fim do dia eu já estava nova em folha como se nada tivesse acontecido.
-Viu? O chá te fez melhorar rapidinho, minha filha.
-Fez mesmo, mãe. Obrigada. -Respondi pensando que o que tinha tido não era uma gripe e sim o meu corpo reagindo ao meu emocional. O descanso do dia realmente me fez muito bem.
No dia seguinte cheguei junto com as meninas na faculdade.
-Já tá boa, Mari? -Júlia perguntou desconfiada.
-Já sim, Jú. Deve ter sido só um resfriado. -Respondi não dando muita importância para minha melhora rápida. Nanda me olhou com uma cara de quem entendeu o que tinha acontecido.
-Mari, não perde o babado. Ontem a gente tava passando na porta da sala da professora Márcia e ouvimos umas vozes meio altas e logo que passamos a porta abriu e o professor Jonas saiu e a professora Márcia bateu a porta na cara dele. Será que eles têm um caso? Estão sempre juntos. Nenhum deles usa aliança. Devem ter brigado.
-Devem mesmo. -Fingi concordar com ela sobre o caso. -E vocês viram ela depois disso? -Fiquei preocupada de ter causado a briga dos dois ao contar que ele havia falado comigo.
-Não vimos. -Nanda cortou o assunto antes que eu desse bandeira demais.
Nos sentamos e a aula começou. Sexta-feira era o dia mais puxado da semana, com todas as dez aulas da grade. O dia passou até rápido. As aulas foram boas, com bons professores. Quase no fim da última aula recebi uma mensagem. Quando olhei a tela meu coração perdeu uma batida. Era da Márcia.
--Preciso falar com você. Tá na faculdade?--
Tentei ignorar um tempo, mas logo respondi.
--Não acho que seja uma boa ideia--
--É importante--
--Má, nunca é só uma conversa com a gente--
Não recebi mais resposta. A aula acabou e fui para casa me arrumar. Hoje o encontro era na casa da Camila. Iria aproveitar para tirar a limpo a história da mensagem com a Juliana. Cheguei mais cedo para ajudar ela a arrumar as coisas e aproveitei e a atualizei de tudo. Ela ficou indignada com a atitude da Juliana, mas concordou que fazia sentido. Logo que as meninas chegaram eu chamei a Juliana para conversar.
-Jú, posso falar com você? -Perguntei sem rodeios. Ritinha, Rafa e Juliana me olharam com os olhos arregalados sem entender.
-Pode sim. -Ela respondeu se levantando. Fui andando em direção à um banco que tinha no fundo do jardim. De lá não daria para as meninas ouvirem nossa conversa. -O que aconteceu, Mari? -Ela perguntou quando nos sentamos.
-Eu que te pergunto, Jú. No dia em que fomos para a fazenda da tia da Vê você se lembra que mandou uma mensagem para minha mãe?
-Lembro sim. -Ela arregalou os olhos e seu rosto ficou vermelho.
-Eu recebi alguma mensagem enquanto você estava com meu telefone?
-Na... Não, Mari.
Eu estava dando a ela a oportunidade de ser honesta comigo e me dizer que havia apagado a mensagem.
-Engraçado, a Márcia me disse que me mandou uma mensagem depois de sair lá da Ritinha quando pegamos ela pra ir pra fazenda.
-Será que ela mandou mesmo? -Juliana teve a coragem de perguntar.
-Você é muito cara de pau. Eu não te conheço mais. Você não é a amiga que sempre cuidou de mim. Você mudou completamente. Aquela menina meiga não existe mais. Agora existe apenas uma pessoa duas caras e que fica querendo que eu e a Márcia não fiquemos juntas.
-Você acredita mais nela do que em mim? -Ela forçou a barra.
-Ela me mostrou a mensagem no telefone dela e você esqueceu de apagar o recado de mensagem apagada. Eu entendo que naquela hora ainda estava agindo estranho por me querer, mas depois do que aconteceu na fazenda eu achei que seria honesta quando eu te perguntasse.
-Você ainda não percebeu que ela tá é brincando com você? Que ela tá só te usando? O que ela vai querer com uma menininha de 19 anos? Ela pode ter quem ela quiser. Você acha que você é a primeira aluna que ela pega? Com certeza tiveram várias antes de você. -Ela havia aumentado a voz e as meninas vieram para o nosso lado.
-Você não tem ideia do que tá dizendo. -Respondi com lágrimas nos olhos e com muita raiva.
-Ela só não te dispensou ainda por causa da Ritinha. Ela não quer se indispor com a sobrinha. Não tem nada a ver com você ou com sua personalidade.
-Para com isso, Juliana! -Ritinha gritou de volta para ela. -Você não conhece a Má pra poder dizer essas coisas. -Ela também havia se irritado com as ofensas à tia.
Camila havia me abraçado quando me viu chorando.
-Vem, Ju, vamos tirar você daqui. -Rafa disse puxando-a de lado.
Rafa a levou para o portão e voltou para pegar suas coisas.
-Mari, não sei o que deu nela. Desculpa, mas eu não posso deixar ela ir embora nesse estado. -Rafa se desculpou.
-Vai lá, Rafa. Eu nem quero que ela fique sozinha. -Disse honestamente.
-O que foi isso tudo? -Ritinha perguntou perdida. Expliquei tudo que tinha acontecido para ela.
-E aí na quarta eu meio que terminei com ela. -Eu concluí.
-E ela aceitou? -Ritinha perguntou indignada.
-Ela acreditou em mim, Ritinha. Eu não podia deixar ela acabar com a própria carreira por causa de um caso.
-Mari, eu nunca vi minha tia ir atrás de alguém que ela tenha ficado uma vez. Ela não é do tipo que "repete mulher". Ela me pediu seu contato depois de quatro meses que vocês ficaram. Não era um caso qualquer pra ela. -Aquilo só fez doer mais.
-Mas não vale a carreira dela. -Eu respondi tentando me convencer disso.
-Isso quem tem que decidir é ela, Mari, não você.
-Ela tem razão. -Camila concordou.
-Mas o professor Jonas disse que ela tem um fraco por mulheres e que não se controla muito bem. -Eu disse me dando conta do absurdo que eu estava falando.
-Você acredita mesmo nisso, Mari? -Ritinha disse me olhando com uma cara recriminadora.
-É, acho que agora que disse em voz alta parece ridículo. -Respondi. -De qualquer forma já foi. Eu não vou atrás dela pra dizer "olha, eu tava mentindo, ainda te quero, mas não quero ferrar com a sua carreira".
-E por que não? -Camila perguntou indignada.
-Porque é ridículo.
-Eu não acho. -Ritinha concordou.
-Ela pediu pra falar comigo hoje e eu disse não. Ela deve tá me odiando.
-Faz o seguinte então: segunda você procura ela na faculdade e vocês conversam de novo, que tal? Pessoalmente é sempre melhor. -Ritinha sugeriu.
-Vou pensar nisso.
-Pronto, agora que tá tudo resolvido a gente pode beber? -Camila disse pegando os copos.
-Podemos sim, Cá. -Respondi rindo da sua sede.
Acabamos bebendo demais e dormindo por lá mesmo. Acordamos as três de ressaca no dia seguinte. Prometemos nunca mais beber daquela forma, mas às duas da tarde já estávamos bebendo de novo com a família da Camila. A bebedeira foi até de madrugada outra vez e de novo dormimos lá. Cheguei em casa só no domingo para almoçar.
-Tem casa mais não, menina? -Minha mãe me perguntou quando cheguei.
-Até que tenho, mas a Ritinha tava lá na Camila também e aproveitamos o fim de semana. -Respondi rindo dela.
-To vendo mesmo que aproveitou. -Ela me deu uma olhada, com as roupas da Camila. -Vocês devem ter um guarda-roupas inteiro uma na casa da outra. E a Rafa e a Jú? Não foram dessa vez?
-Não, elas não puderam ir. -Menti para não ter que explicar nada.
-Vai lá tomar um banho então que o almoço tá quase pronto. Sua vó deve tá chegando aí com seu vô.
-Sim senhora. -Respondi batendo continência e rindo.
O domingo foi muito agradável passado em família.
Fim do capítulo
Quem mais concorda que a Mari tava comendo mosca acreditando piamente que "ela tem um fraco por mulheres e que não se controla muito bem" ainda mais vindo de um homem?
Eu quis colocar isso porque às vezes somos ingênuas ou bobas mesmo de acreditar no que dizem sobre outras pessoas sem ao menos sondar a pessoa-alvo da "fofoca". E agora? Vocês acham que a Mari vai, finalmente, deixar a Márcia escolher por si só ou vai continuar nessa besteira de "proteger" ela?
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Luciana Sousa
Em: 11/01/2021
Aguardando ansiosa por mais capitulos desta bela história.
Cheiro!
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Rosa Maria
Em: 05/12/2020
Mah...
Como assim? Sem nada, sem ninguém?
Beijos
Rosa
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Marta Andrade dos Santos
Em: 03/12/2020
Quem tem a perder é a Maria é que decide.
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