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A sombra do tempo por brinamiranda

Ver comentários: 3

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Palavras: 3788
Acessos: 960   |  Postado em: 25/11/2020

Notas iniciais:

E o tempo segue na Terra e no mundo espiritual...eu particularmente gosto desse capítulo.

Capitulo 17 - Roda mundo, roda gigante...

Curitiba, 11 de novembro de 2017

 

       Enquanto conversavam na sala, Isadora e Jade comiam pizza e ouviam uma música suave.

- Psiu, Isa, você ouviu alguém tocar a campainha?.

- Não, tem certeza amorzinho?.

- Sim, olha, presta atenção amor, tocaram de novo, parece que alguém toca rápido e depois desiste, será que são crianças brincando?.

- Tem razão, agora eu consegui ouvir, vou olhar Jade...

      Isadora seguiu até a porta abrindo lentamente, e de onde estava diz a Jade que estava em pé com a mão na cintura, "ué, que estranho, não tem ninguém e está um tranquilidade na rua, aparentemente não tem nenhuma criança por aqui". Ao passar pelo vão da porta em direção a calçada esbarrou em uma pequena cesta de vime, coberta por um lençol branco, por um segundo ainda pensa "será que deixaram uma oferenda?, vou olhar, com todo respeito". Quando Isa levanta o lençol levou um susto que a faz tropeçar e falar em um tom mais alto.

- Meu Deus, mas, o que é isso?.

Deitados no berço dois bebês dormiam praticamente abraçadinhos.

- Jade, corre, são dois bebês, vem ver amor.

       Rapidamente Jade chega até a porta de casa, pisca os olhos várias vezes sem acreditar, eram dois bebês bem pequenos, deviam ter no máximo dois dias de nascidos, pois um toquinho do cordão umbilical ainda estava preso, aparentemente eram saudáveis, e tinham os cabelos pretos e escorridos contrastando com a pele bem clara de ambos.

- Amor, são bebês, podemos ficar com eles Isa?.

- O que é isso Jade?, não são filhotes de cachorro e nem de gatinho de rua que pegar e criar, tem uma burocracia toda, tem uma fila de adoção, sabia?, com certeza antes vão tentar achar os pais ou os parentes.

      Isadora nem terminou a fala e Jade já estava com a cesta nas mãos, entrando sorridente para dentro de casa.

- Me ajuda aqui amor.

      Nenhuma das duas viu quando a mãe, uma adolescente de cabelos negros e grandes olhos cor de cinza foi embora, deixando os gêmeos para trás, para a mãe estava se livrando de um grande problema e não de dois filhos, aquela era uma página que preferia não voltar para ler, agora sim, poderia voltar para a casa dos pais, depois de quase um ano foragida, estava limpa, passara os últimos nove meses sem usar drogas, não sabia quem era o pai, podia ser qualquer um, o fato é que seu maior desejo era recomeçar sua vida, e nela, os bebês não cabiam.

      Jade e Isadora sorriram e levaram os bebês para o quarto, os dois foram retirados da cesta com o maior cuidado. Jade tirou o primeiro, colocando em cima da cama, depois pegou o outro. Enquanto Isadora pediu que Jade falasse mais baixo, os bebês abriram os olhinhos e espreguiçaram quase que sincronizados, Jade baixou a fraldinha para descobrir o sex*, uma menina e um menino, e logo após, enquanto o menino voltou a dormir, a menina abriu a boca em um choro sentido, até Isadora a colocar deitada, encostada em seu coração.

- Vê Jade, dormiu de novo...

       Quando voltaram a abrir novamente os olhos, Jade falou.

- Oi bebês, aqui é a mamãe Jade, essa que só reclama é a mamãe Isadora, mas, acreditem, ela é muito, muito legal, e vamos fazer uma família bem feliz.

- Jade, não chame os bebês de nossos filhos, duas crianças brancas lindas e saudáveis, todo mundo vai querer, nem na fila de adoção nós estamos, como isso pode dar certo?, eu sou do lado da lei, não gosto de fazer nada errado...

- Acontece que eu estou na fila, lembra que toda tarde vou à clínica veterinária?, pois então, de lá sempre vou ao grupo de adoção. E pode parecer milagre, mas, fui avisada hoje que sou a próxima da fila, com o contingente de bebês e crianças aptas para adoção, chegou nossa vez.

- Eu não estou acreditando Jade, é sério isso amor?.

- Sim Isa, são os nossos filhos, Dora e Daniel, o que acha?.

- Dora e Daniel?, gostei...nossos filhos.

      Isadora deu um jeito de cuidar do que sobrou do cordão umbilical e foi correndo comprar fraldas e algumas roupinhas no shopping, na volta passou na farmácia onde comprou leite de recém-nascido.

       O processo de adoção correu bem mais rápido do que esperavam e seguiram todos os trâmites necessários, logo os bebês estavam registrados e receberam os nomes das duas mães, nos registros de nascimento lia-se DORA BITTENCOURT LEONI & DANIEL BITTENCOURT LEONI. A família estava completa.

      E os dias passaram rápidos, Jade e Isadora estavam cansadas, esgotadas às vezes, mas, muito felizes com os gêmeos, a rotina não era fácil, se atrapalhavam e em uma dessas vezes, Isadora alimentou Dora duas vezes, deixando Daniel com fome, mas, o menino tratou de avisar e abriu a boca em um choro alto, foi quando a mãe lembrou que ainda não tinha alimentado o gêmeo. Assustada, Isadora correu até a cozinha preparando a mamadeira, antes passou no quarto e colocou Daniel no mesmo berço de Dora, essa tática sempre dava certo, e o menino se acalmou, e pode seguir mais tranquila para preparar o seu leite.

      Enquanto amamentava Daniel, foi a vez de Dora chorar, com certeza estava com a fraldinha suja, pois estava alimentada além do que precisava, como não podia fazer as duas tarefas a única solução foi ligar para Jade que não atendia seu chamado.

- Oi Jade, é a sua mulher, por favor compareça ao quarto dos bebês, estou alimentando Daniel e Dora está no maior berreiro, com a fralda suja do bumbum até em cima.

     Jade riu da visível agonia de Isadora e seguiu até o quarto.

- Amor, eu troquei essa fralda não faz quinze minutos.

- Pois é, parece que Dora não consegue entender isso.

      As duas riram, estavam cansadas, mas, apesar de todo cansaço, ainda tinham fôlego para brincar.

- Dorinha, mamãe Jade chegou, nem precisa abrir essa boca banguela para chorar, já estou aqui menina, vamos tirar essa fralda cheia de caquinha.

 

 

Mundo de Roberta, 06 de janeiro de 2018

.

      O dia estava cinza, e muito mais frio do que o de costume, o vento cortava os galhos das árvores retorcidas e suas cascas se partiam facilmente, caindo no chão fazendo um barulho seco e meio rouco, não tinha mais nada verde, nem mesmo a grama. A medida em que Andréa e Patrícia caminhavam podiam ouvir claramente o barulho das folhas secas se contorcendo com o pisar.

      Pararam em frente ao antigo palácio que jazia em ruinas, parecendo bem menor do que da última vez que Andréa esteve nele, a pintura, antes negra e perolada que envolvia todo a construção de Roberta, estava descascada e desbotada por inteiro. Do telhado podia se observar que tudo estava ruindo, a presença de um pó fininho que caia da parte de cima, acabava por juntar no chão uma grande quantidade desse pó, formando círculos o tempo todo, para logo cair mais uma telha, avisando que a qualquer momento não restaria mais nenhuma.

      Assim que entraram no palácio não havia mais ninguém, nem as funcionárias, nem as escravas e muito menos os soldados de Roberta. Andréa e Patrícia, ladeadas por dois outros socorristas que as acompanhavam, avistaram-na sentada no que restou do seu antigo trono, antes tão imponente e razão do seu orgulho, agora a antiga rainha estava sentada em algo que mais parecia uma cadeira velha, já sem a presença dos encostos de veludo e sem as almofadas negras e vermelhas que enfeitavam.

      A própria Roberta era a imagem da decadência, na verdade, o próprio ambiente representava o seu interior devastado. Na cabeça, a antiga coroa negra, não passava de um arco de uma única escama de hematita, das muitas que formavam no passado. As vestes estavam sujas, em farrapos e não cobriam sua nudez, Roberta também não possuía as curvas generosas, e no corpo, os ossos eram quase palpáveis, era uma sombra do que foi, nos olhos, grandes olheiras cinzas circundavam os olhos, dando um aspecto doentio, os lábios grossos estavam roxos e trêmulos, lágrimas de sangue escorriam na face branca, sua cabeça jazia, pendendo de um lado para o outro. Estava perdida no próprio pesadelo que criara, e com os braços tentava se esquivar de algo inexistente.

      Aproximando-se de Roberta, Patrícia pousou delicadamente a mão direita em seu ombro, enquanto chamava seu nome, com a outra mão aplicava um passe magnético, e a cada boa energia que chegava ao perispírito tão cansado de Roberta, a antiga rainha tentava reagir, mas, não era fácil, melhorava um pouco e logo fazia força para buscar o ar, que parecia não chegar até os pulmões, as palavras não saiam inteiras de sua boca, apenas alguns gemidos parcamente inteligíveis e pequenas frases que ficavam inacabadas, soltas no ar.

- Andréa, pode vir agora minha amiga, preciso de sua ajuda.

      Falou Patrícia demonstrando evidente sinal de cansaço.

- Preciso que transmita todo o amor que sente por Roberta, tente focá-lo em sua mão, quando conseguir, encoste no coração dela, enquanto limpo da sua visão esses monstros que ela criou.

      Andréa obedeceu o pedido, apesar de toda a emoção do momento, concentrou junto com Patrícia e com a mão perfumada e cheia de amor, transmitiu todo o sentimento direto no coração de Roberta, que despertou assustada.

- Andréa, cuidado, cadê os monstros?, eles se foram?.

- Sim, meu amor, eles foram embora, não sobrou um.

- Andréa, você veio, eu estava tão sozinha, não sobrou ninguém aqui, estou com tanta fome, frio e sede, há uns dias esses monstros apareceram. Olha, olha lá na porta, tem um me olhando com um ferro quente na mão.

- Não tem ninguém amor, deixa te falar, você que criou isso tudo, eles estão ai porque você os criou para se punir, você é seu próprio monstro Roberta, se perdoe, não precisa sofrer, venha comigo.

      Roberta se levanta, apoiando no antigo trono, com a mão trêmula tirou a antiga coroa que caiu no chão se dissolvendo. De pé, abraçou Andréa, deixando todo o sentimento que sentia aflorar.

- Me perdoa Andréa, eu preciso dizer, mas, não sei como, fiquei tão triste quando foi embora...eu...eu...eu amo você.

- Também te amo Roberta, olha o que eu trouxe para você...

- Um vestido?.

- Sim, vi você em uma antiga foto com ele e achei que ficaria linda de novo, veste amor, pode vestir por cima dessa que está, confia em mim.

      Roberta veste o vestido por cima dos farrapos que mal a cobriam, e as antigas vestes dissolvem e somem tão logo atingiram o chão.

- Tudo foi criação amor, por isso, como energia, tudo pode se dissolver.

- Eu estou feia Andréa, estou com vergonha de você.

      Andréa pede carinhosamente que ela sente no seu antigo trono, entregando uma bandeja que estava acomodada no chão com água, suco, pães, frutas e doces. Roberta sorri igual criança perguntando "é tudo pra mim?", após Andréa balançar a cabeça afirmativamente, Roberta olha animadamente a bandeja, começa bebendo toda a água, para logo depois devorar tudo que estava ali, enquanto dizia "está tudo maravilhoso Andréa", e com a boca cheia falou "obrigada".

- Pode comer com calma amor, é tudo seu, come devagar para não passar mal.

- Tá!.

      Após o lanche, Roberta se sentia mais forte e bem disposta, as olheiras tinham sumido, já conseguia caminhar sozinha sem apoio. Parou uns instantes, e sentou no antigo trono, olhando o seu vestido transpassado com delicada flores coloridas, enquanto Andréa pegava uma escova para arrumar seus os cabelos loiros e cacheados.

- Estou me sentindo bem melhor Andréa, muito obrigada meu amor por não desistir de mim, e me perdoe o tanto que te fiz sofrer, e também por negar tanto esse sentimento que despertou em mim.

- Eu te amo, o amor que sinto por você é o que me fez mudar. Minha linda. Olha, tem alguém que quer muito te ver.

- Quem?.

      Patrícia e os socorristas apareceram. Roberta não conseguia enxergá-los em sua totalidade, teve que apertar os olhos para conseguir compreender as pessoas por trás do borrão que se formava, a imagem que tinha parecia o de uma pessoa muito míope sem os óculos de grau. No entanto, o borrão foi criando formas, até Roberta perceber que Patrícia estava ali na sua frente, com dois amigos. Roberta se escondeu atrás de Andréa, enquanto falava quase em sussurro.

- Amor, não olhe agora, mas, Patrícia está aqui, onde está a pessoa que quer me ver?, vamos embora logo...qualquer coisa eu tenho uma técnica, se a gente ficar assim bem paradinha, ela vai embora igual os monstros iam no começo, será que ela também é coisa da minha cabeça?.

- Roberta, ela está aqui por você, para te ajudar.

- Por mim?, para me ajudar?, não acredita nela meu amor, ela deve querer me prender, ela morreu por minha culpa...

- Não foi amor, você foi só o instrumento, ela vai nos levar daqui para a colônia, pode confiar, você ainda vai ter tempo de conversar direito com Patrícia, ela te perdoou de todo coração.

- Perdoou?, tem certeza?, o que será que eles tem?, olha como estão estranhos, com uma cor esquisita.

- Meu bem, você quem os vê assim...

      Patrícia sorriu, e foi se aproximando suavemente para que Roberta pudesse sentir segurança.

- Roberta, vamos embora querida, você vai ter uma nova chance de recomeçar junto com Andréa, e vou precisar muito da sua ajuda em breve, você pode me ajudar?.

- Eu?, te ajudar?, como?.

- Quando você se recuperar um dia vamos resgatar a mãe de Andréa de outro umbral, pode ser?. Você aceita me ajudar?.

- Sim, quero muito ajudar, só não se como fazer. Falou Roberta pela primeira vez feliz em ser útil.

- Então, vamos?.

- Sim, e obrigada Patrícia.

- Antes você pode me dar um abraço?, sinto que ainda vamos ser boas amigas.

- Claro, e Laura?, ela está bem?, sinto que eu a prejudiquei ainda mais que você.

- Ela está bem, superou minha morte e está com uma nova namorada.

- Você não sente ciúmes?.

- Não, de jeito algum, fomos felizes, mas, ela precisava seguir, e fico feliz que esteja com alguém que a ama...a vida é assim Roberta, uns partem e quem fica tem que refazer sua vida, no fundo, Laura sabe que você foi apenas uma arma,  mais uma pessoa a ser manipulada pela mãe.

- E como Amália está?.

- Internada em um hospital psiquiátrico do judiciário...bom, agora vamos querida?.

       Roberta se emocionou com a atitude de Patrícia, era tão evidente o carinho e que não lhe guardava rancor, que sentiu que não havia necessidade alguma de pedir perdão, pois ele já estava concedido.

- Roberta, você precisa agora deitar nessa maca branca que vê com os socorristas, ok?.

      Ao olhar a maca, Roberta coça os olhos cansados, sem saber que tinha recebido um outro passe com o objetivo de relaxar.

- Estou com tanto sono, mas, tenho medo de deitar e dormir, jura que isso não é apenas um sonho e que quando acordar estarei aqui sozinha de novo?.

- Não querida, não é um sonho, quando acordar vai estar no hospital na colônia, está precisando se recuperar, de lá vai poder decidir o que quer fazer na colônia.

      A maca parecia flutuar, mas, estava segura nas mãos dos socorristas. Roberta pede ajuda para subir e acomoda-se, puxando a coberta lilás enrolada, que cheirava a alecrim e alfazema, ajeitou o travesseiro na cabeça, percebendo que estava limpinha e cheirando a colônia e logo adormece.

.

Curitiba, 07 de julho de 2018.

 

- Isa, meu amor, porque não me chamou? - Falou Jade, enquanto a mulher descia as escadas segurando os gêmeos de oito meses, um de cada lado.

- Deixa ajudar amor, desculpa, esqueci completamente que era a folga das babás. Me passa o Daniel.

      Daniel acomodou-se nos braços de Jade, enquanto as mães conversavam animadas, comendo o delicioso café da manhã do jeito que podiam, porque os gêmeos tentavam pegar tudo o que alcançavam com as mãos.

- Isa, só queria te contar quando desse tudo certo...olha, consegui uma entrevista com a Dona Milena, mãe da Patrícia, ela chegou ontem à noite, e Laura ligou cedinho para avisar, não esquece, marquei para hoje à tarde a entrevista.

- Que ótimo...disseram que ela não gosta de falar com ninguém sobre o assunto.

- Não foi tão fácil assim meu amor, primeiro ela perguntou se você ia santificá-la ainda mais no livro, eu disse que não era essa a intenção, como ela ficou mais aliviada concordou em conversar.

- Jade, você vai comigo?.

- Isa, pensei em ficar em casa com as crianças.

 - Vamos todos, Daniel é bonzinho, Dora é mais chorona, mas, também é uma boa menina, só precisamos arrumar as coisas dos bebês desde já.

- Confere, bolsa, fralda, lenços umedecidos, roupinha extra, babadores, mamadeiras, frutinhas, leite, papinha, brinquedos, falta algo?, por hora vou trocar Dora, ela encheu a fralda de novo, não foi filha?.

      A bebê ria alto, com a boca banguela aberta, ao mesmo tempo em que mexia os bracinhos e perninhas.

- Jade, olha que intrigante, a Dorinha tem a mesma marca de nascença da mãe no pé esquerdo, vê só...

- É mesmo, estranho, será que Doralice voltou como nossa filha, Isa?.

- Não amor, está muito cedo para isso, deve ser essas coincidências da vida...

      Os bebês dormiam na cadeirinha, recostados no banco de trás. E enquanto Isadora dirigia, Jade tentava guia-la olhando o caminho indicado através do GPS.

- Amor, o endereço indicado é esse terreno baldio, olha...

      Isadora estaciona ao lado do terreno, e de longe vê uma grande caixa de papelão. Pediu que Jade continuasse no carro com os bebês, em seguida desce e levanta devagar a tampa da caixa, os muitos anos na polícia aguçaram seus sentidos. Da mesmo forma que no dia que encontrou os gêmeos, não era nada do que sua imaginação pensara, atenta, ouviu pequenos rosnadinhos, e logo sorriu, eram quatro filhotinhos protegidos pela mãe que rosnava mostrando os dentinhos, tentando passar que não estava ali para brincar e que estava disposta a tudo para defender suas crias.

- Ah, não precisa ter medo, eu só quero te ajudar lindinha, e que lindo seus filhotinhos, você só quer uma nova casa, não é mesmo?.

     A cachorrinha balançou o rabo animada e afastou-se parecendo entender tudo, orgulhosa olhava os filhotinhos e latia, eram quatro, dois pretinhos e dois caramelos como a mãe.

- Jade, amor, vem ver, são filhotinhos de cachorro...- Jade desceu trazendo Dora e Daniel, cada um do seu lado, que batiam palminhas animados.

- Ai Isa, meu amor, como as pessoas tem coragem de abandonar esses bebês e sua mãezinha a própria sorte?. Vamos leva-los conosco...

      Assim que entraram no carro o GPS apitou alto, indicando que o endereço procurado estava três ruas atrás do terreno baldio. Por sorte, logo à frente encontraram uma clínica veterinária, onde desceram com a mamãe canina e seus filhotes, os nomes já estavam até escolhidos, a mãe chamaria Geni, e os filhotinhos, Chico, Caetano, Gal e Bethânia. Na clínica mesmo compraram os potinhos de água e ração, deixaram pago a consulta, os banhos e as vacinas.

- Geni, não me olho assim tristinha, nós voltaremos, você nunca mais será abandonada querida.

      Jade observou a esperta cachorrinha se deixando levar, os olhos sempre atentos nos filhotes. No retorno para o carro, trocou as fraldas dos gêmeos, que dormiam tranquilos.

      Chegaram à casa onde Dona Milena estava hospedada, em um sobrado no bairro Bela Vista, com uma linda varanda de onde se via o grande jardim, local escolhido para a conversa.

- Dona Milena, mil perdões e muito obrigada por nos receber, desculpe o atraso, estávamos envolvidas em um resgate de uma cachorrinha e seus filhotes, estavam abandonados em um terreno baldio pertinho daqui e tivemos que trazer nossos bebês, já que as babás estão de folga.

- Tudo bem, hoje o dia vai ser animado, e quanto aos cachorrinhos, vocês vão ficar com eles?.

- Nós pensamos...porquê?, a senhora vai querer ficar?.

- Minha amiga Tereza, a dona desta casa e seu marido estão loucos para adotar, os filhos cresceram e foram para faculdade, querem ter alguém para cuidar. Um minuto. - Tereza, oh, Tereza, corre aqui, as amigas de Patrícia estão com uma ninhada de cachorrinhos...

      Tereza vem correndo animada, já pensando na alegria de cuidar dos filhotes.

- Onde eles estão?

- No veterinário, dia de consulta, banho e vacinas para todos os cincos, a mamãe e os quatro filhotes...

- Ah, eu quero todos, a mãe e os bebezinhos...é maldade separar.

      Isadora sorri e vê os olhos desanimados de Jade.

- Amor, não fica assim, nós temos nossos cachorros, gatos e dois filhotinhos humanos. Geni e os bebês Caetano, Chico, Gal e Bethânia serão bem tratados e olha essa área, imagina toda a família correndo nessa grama verdinha?.

      Jade sorriu em concordância, sentiu que todos ficariam felizes naquela casa, e junto com Tereza e os bebês vão buscar os cachorrinhos e sua mãe, que aliás já estavam prontos na clínica, haviam sido vacinados e estavam lindos de banho tomado, com lacinhos e gravatinhas que enfeitavam os pescocinhos.

      Da veterinária, até o retorno para casa, o barulho foi muito grande. Dora chorava com o barulho dos cachorros, Daniel gritava feliz, e alguns cachorrinhos soltavam uns grunhidos, enquanto outros latiam mais alto, Geni já no colo de Tereza balançava o rabo, feliz com sua nova dona. Isadora e Milena ajudaram a descer os cachorrinhos e os bebês. A entrevista, depois de tantas emoções, ficou para o dia seguinte, Isadora voltaria sozinha no café da tarde, enquanto Jade ficaria em casa, ajudando as babás. No jardim, Patrícia e Mahar sorriam, tudo havia terminado bem, até mesmo a mudança da rota, com o objetivo de fazer que Isadora encontrasse os cachorros.

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capitulo 17 - Roda mundo, roda gigante...:
Rain
Rain

Em: 15/12/2020

Não é!? Deve ser um trabalho cuidar de gêmeos. Eu sirvo de babá direto para minhas primas e fico só quarenta minutos com um nos braços, depois devolvo. São muito pesados. Apenas, de amar crianças e elas serem fofas.

Eu não sei o que é mais difícil, segura elas ou quando estiveram andando quebrando os objetos da casa toda.

É por isso que não entendi a Patricia e a Dominique de "caminhos..." querendo logo três de vez. 


Resposta do autor:

Menina, deve ser um trabalho de matar rsrsrs eu acho fofo, mas, são pesadinhos pra caramba, no entanto é uma fase mais tranquila do que aquela em que saem correndo pela casa toda...Paty e Nick são corajosas, imagine o trabalho triplicado? rsrsrs

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Rain
Rain

Em: 15/12/2020

Oi!

Jade e Isa com mães são bobonas. Tirando a parte da adolescente, o momento delas com mães foi engraçada. Isa alimentando Dora duas vezes e deixando o pobre Daniel com fome... Rsrsrs.

Como é que elas faz para segurar dois bebês de oito meses no colo ao mesmo tempo? Um só já é pesado, imagina dois! Os braços dois demais. Rsrs

Vou lhe dar os parabéns pelo capítulo e pela a descrição da cena da Roberta. Ficou muito legal o jeito que você a descreveu e toda a ruina dela. Gostei muito!

Muito fofo a parte dos cachorrinhos e com os bebês chorando e fazendo festa, ficou mais fofo ainda! Rsrs

Bye, Bye!


Resposta do autor:

Oi Rain,

Isa e Jade são mães corujas demais, não é?, esse lance de alimentar duas vezes meu inspirei em uma amiga minha que tinha gêmeos e fazia isso direto, no começo ela anotava, depois começou a esquecer, só lembrou quando um vomitou de tanto beber leite e o outro chorou de fome hahahahaha....Menina, deve ter dado trabalho para equilibrar dois, ainda bem que teve ajuda...

Eu gostei muito dessa parte da Roberta, queria descrever sua decadência...fico feliz que tenha gostado também.

até

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florakferraro
florakferraro

Em: 25/11/2020

É incrível como o mundo de Roberto ruiu assim como o lugar onde ela estava, fiquei muito tocada com o amor dela e de Andréa, poxa, as duas bandidas e ruins demais conseguiram melhorar e se salvar graças ao amor que sentem uma pela outra. Muito bom esse capítulo.

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