- Nick?! Meu Deus menina como você cresceu!

- como vai dona Marcia, quanto tempo.

Depois do susto da surpresa entramos e minha tia não parava de nos olhar com um sorriso nos olhos.

-vocês  Se parecem muito com a mãe de vocês. Mas o que vieram fazer aqui?

- pois é tia , estive conversando com a Nick e ela quer que a senhora venha morar conosco.

Outra vez minha tia me olha com espanto no olhar.

-o que a senhora me diz tia ?- estava numa expectativa grande,  queria muito ter ela a meu lado nessa nova jornada de minha vida, poderia fazer por ela, o que ela fez por mim a vida toda.

-minha filha você sabe que não gosto de ser um estorvo pra ninguém. Só vou atrapalhar a sua vida, ainda mas agora que encontrou sua irmã.

-dona Márcia,  a senhora jamais seria isso , faço questão que vá morar conosco. Minha casa é grande e teria um enorme prazer de receber nela a pessoa que sempre ajudou minha mãe e irmã.

-não  fiz isso pra receber nada em troca, sua mãe e eu éramos como irmãs e cuidei da Jaqueline com muito gosto.

- eu sei disso, só deixe lhe mostrar minha gratidão por isso , recebendo a senhora em minha casa.

Minha tia sorri, ali soube que teria sua companhia a meu lado.

...

Enquanto conversava com minha irmã e a senhora, Alexa sai pra resolver algumas coisas que pedi pra ela investigar. Se por acaso tivesse alguma possibilidade e bens materiais em jogo e minha irmã tivesse direito , com certeza ia corre atrás,  não só por ela, mas pela memória de nossa mãe.

Assim que ela retorna a olho curiosa , mas a mesma me pede pra conversamos depois.

Retornamos para a capital com dona Márcia entre nós, ela não queria ir ainda, alegou que a casa ficaria sem ninguém e poderia ser saqueada. Mas prometi que ninguém faria isso, antes de entrar no carro ligo pra firma de segurança da empresa, o senhor,  dono da empresa, era muito meu amigo e me prometeu mandar alguém pra vigiar a casa até que a senhora retornasse pra embalar o que realmente queria levar.

Jaqueline parecia estar nas nuvens, a todo minuto a pegava sorrindo. Assim que chegamos na mansão dona Márcia me olha com um semblante espantado.

-Nossa!, que casarão e esse !

-Quero que a senhora se sinta e casa aqui, tem outras pessoas que moram aqui, mas temos muitos quartos vagos.

- não sei se vou me acostumar com todo esse luxo- Senhora parecia realmente preocupada.

- tia , as pessoas que moram com a Nick,  são pessoas simples tenho certeza que logo vai se enturmar com a Maria.

Entramos e Maria já nos aguardávamos, como queria conversar com a ruiva pedi que Jaque fizesse as honras da casa e mostrar para sua tia.

-então Alexa, o que descobriu?

- vou te ser bem sincera, acho que não vai valer a pena brigar pelo que o pai da Jaque tinha. Não sei se ela sabe mas ela tem um irmão que acabou com tudo que o pai construiu em vida.

- acho que ela não sabe desse parentesco , se não teria comentado em nossas conversas . E esse irmão dela , mora na cidade?- estava curiosa.

- mora sim. Pelo que pude saber ele trabalha em uma indústria lá , uma das únicas da cidade e se chama Vitor.

- vou conversar com minha irmã depois pra saber a opinião dela, mas primeiro vou deixar que ela curta dona Márcia que fazia tempos que não via.

Ficamos alguns minutos ainda conversando e quando voltamos pra junto das demais a senhora já estava em uma conversa animada com Maria, que parecia feliz por ter alguém de sua idade na casa.

Assim que subo para meu quarto ligo pra Ayla, não nos víamos a dois dias e estava com saudade de minha detetive.

- Oi amor, já está em casa?

-ja sim vida , Dona Márcia não fez nenhuma objeção em vim morar conosco, já está instalada e por incrível que pareça se sentindo em casa- Ayla gargalha de minha fala.

- eu ia aí com você, mas acho melhor não, assim vocês ficam mas a vontade.

- claro que você vem, se não vier vou a seu apartamento estou com muita saudades de você.

-tudo bem, acho melhor nos encontrarmos na sua casa, não quero arriscar depois de ter recebido aquela mensagem do Renato.

Combinamos dela dormir aqui, tomo um banho e volto pra companhia das demais, que agora também estava Duda que tinha chegado da empresa.

Minha detetive chega por volta das 19 horas, puxei ela para um longo beijo saudoso assim que a vi, e ao notar a presença de dona Márcia sorri um pouco sem jeito por ter outra pessoa presenciando nosso carinho.

Fiz as apresentações devidas. Jantamos em volta de uma conversa divertida com minha irmã contando mas algumas coisas sobre sua adolescência , sua tia acrescentava uma coisa ou outra . Ayla acabou relaxando com essa conversa.

Depois do jantar nos despedimos e subimos para meu quarto, mal entramos avanço sobre a menor prendendo-a entre a porta e meu corpo que dava sinais de excitação com suas carícias atrevidas.

-Estava morrendo de saudades.

-nos vimos a apenas dois dias- ela acrescenta sorrindo.

-mas pra mim isso parece uma eternidade.

-sei como é,  também senti muito sua falta.

- porque você não se muda pra cá, assim podemos nos ver todos os dias.

Seu olhar era cheio de carinho ao me fitar nos olhos .

- daqui a alguns dias iremos nos casar. Acho que não tem problema se antecipar os nossa convivência.

Meu sorriso era grande em meu rosto . Jamais imaginei me apaixonar dessa maneira, não suportava mas passar um dia longe da minha detetive.

...

P/ JORDANA

Como havíamos combinado , Kaira no sábado me ajudaria na mudança . Por volta das dez da manhã minha ex cunhada chega , ela usava uma bermuda jeans e uma camiseta que marcavam seu corpo, fiquei babando pra sua anatomia belíssima.

- bom dia Jordana, pronta pra mudar?- pergunta.

- só separei as coisas que irei levar, os móveis aluguei um depósito e eles veem buscar depois. Cadê a Maju?

- ficou com a babá, achei melhor não traze-la pois só iria nos atrasar. Pedi a picape de um amigo meu pra levarmos tudo.

Mostro a ela  o que levaria. Não era muita coisa mas enxeria a traseira do carro. Estávamos levando  umas caixa pra frente da casa quando vejo meu ex marido se aproximando.

-vejo mesmo que você prefere se mudar a ter que convivemos juntos outra vez!- chega logo falando.

Nesse momento kaira chega com duas malas com minhas roupas. Meu ex me olha sem acreditar na presença dela ali.

-o que ela está fazendo aqui ?- parecia realmente surpreso.

-não que te deva satisfação da minha vida, mas a Kaira está me ajudando.

- Pelo o que vejo foi só nos separarmos pra você se aproximar dessa pecadora que era casada com sua irmã - aquilo me encheu de raiva, quem era ele pra cobrar alguma coisa , sendo que foi ele próprio que destruiu nossa família.

- Jordana eu..

-Não  kaira - faço sinal pra ela se calar , era eu que tinha que resolver isso - escuta aqui seu hipócrita, quem me traiu, traiu nossa família foi você, coisa que nunca ouvi minha irmã, quando nos falávamos, se queixar da  Kaira.  Então meça as palavras pra falar dela.

- as coisas mudaram mesmo não é? Está até defendendo ela- aponta pra minha ex cunhada- quando estava comigo você andava na linha - aquilo me enfureceu.

-a pior besteira que eu fiz na vida, foi ter ficado contigo e abandonar minha família. se arrependimento matasse já estava morta a muito tempo. E nos da licença que temos alguém nos esperando... minha sobrinha.

Sem falar mas nada o vejo se distanciar, mas estava com receio de que Kaira  tivesse se ofendido com as palavras de meu ex.

-me  desculpe por isso Kaira.

- você não teve culpa Jordana , e fico agradecida por ter me defendido - ela sorri e seu gesto aqueceu meu coração que pulsava feito louco no meu peito.

Assim que entramos em meu novo lar , Maju que estava sentada assistindo a um desenho , corre e se joga em meus braços , aquela sensação era única,  amava sentir a pequena toda carinhosa comigo.

A coloco no chão e vou ajudar Kaira com minhas coisas , descarregados tudo primeiro , depois que iria ajeitar minhas coisas.

Quando entramos depois de buscar as últimas malas , vejo minha sobrinha tentando levantar uma caixa com livros , aquela cena causou uma gargalhada tanto em mim, como de sua mãe que assistia a cena com divertimento .

...

P/ KAIRA

Quase na hora de partirmos o ex de Jordana aparece, sinceramente nunca fui com a cara do sujeito e depois de ouvir aquelas merd*s da sua boca minha raiva cresceu a mil.

Pensei que o sujeito iria partir pra cima de Jordana, já estava me preparando pra enfrenta-lo quando Jordana o enfrentou e o colocou no seu devido lugar. Amei o modo que me defendeu de seu ex , aquilo só fez crescer mas minha admiração por ela.

Paramos pra comprar almoço e seguimos pra cada, minha filha ao ver sua tia ficou bem agitada ainda mas vendo tantas caixas espalhadas na sala. Conversei com a babá dela e a paguei pois seu serviço ia se extra. Enquanto levávamos as coisas da detetive para seu novo quarto, minha Maju nos seguia sempre levando alguma coisa que conseguia carregar. Quando voltei para o quarto a cena que vi encheu meu coração de amor e ao mesmo tempo me causava risos,  Jordana tirava suas roupas da mala e Maju as colocava de volta, era engraçado de se presenciar.

-minha filha deixa sua tia arrumar as coisas dela!

- não ma, mamã deixa juda- ela olhava pra tia que só era sorrisos.

- deixa ela Kaira, ela está me ajudando.

-quer dizer atrapalhando, mas do que ajudando né.

Maju continuava colocar na mala as roupas que estavam em cima da cama.

-Enquanto você E sua ajudante terminam , vou esquentar nosso almoço pois já passou da hora dessa macaquinha almoçar.

Segui para a cozinha e ainda escutava as risadas das duas. Meu coração estava aquecido , parecia que estava vivendo um passado a muito distante. Jordana e Júlia apesar de idênticas na aparência,  eram muito diferentes na personalidade , e isso me impulsionava a querer conhecer Jordana a fundo.

Estava distraída preparando nossa salada, que não percebi a detetive chegando por trás e ficar bem próximo a meu corpo.

-essa salada parece estar deliciosa.

Me assusto e me viro tão rápido que não percebi que meu corpo poderia ficar tão colado no dela. Ela me olha profundamente e passa a língua por seus lábios que pareciam secos, meu corpo todo se arrepiou e meu desejo se faz presente no meu membro que latej*v* dentro de minha calcinha box.

Pra que ela não caísse com minha rápida virada a seguro pela cintura, seu olhar está fixo em minha boca que já saivava pra sentir seu sabor.

- mamã com fome-minha filha nos tira do transe que estávamos. Se não fosse por ela tenho a absoluta certeza que teria beijado Jordana que fica um pouco sem jeito.

-me desculpe , quase te derrubei .

- eu que deveria tomar cuidado ao chegar sem avisar.

Sentamos pra almoçar ,  mas meus pensamentos não saem do que quase havia acontecido a pouco.

Nosso final de semana foi maravilhoso , bem familiar mesmo. Tirando minha vontade de ter minha ex cunhada em meus braços, vê-la brincando com minha filha me sentia em paz.

....

Acordo cedo, deixo Nick dormindo e vou fazer minha higiene pessoal, minha noite foi maravilhosa, aliás todas minhas noites com a morena eram espetacular.

Tomei banho e quando sai do banheiro paro no seu closet pois a empresária havia arrumado algumas roupas minhas ao lado da sua, olho e percebo que tinha muitas roupas minhas em sua casa. Sorri.

- Pelo visto já mudei e não percebi

 Falo sozinha sorrindo. Visto uma calça  com uma blusa meia manga,  não lembrei de pedir um brinco emprestado para Nick na noite anterior. Vou até na gaveta aonde eu sabia ter algumas joias da empresária. Abro a gaveta e me deparo com a quantidade de brincos , pulseiras e colar da morena.

Pego um brinco e coloco , me olho no espelho e volto minha atenção para a gaveta . Uma joia ali me chamou atenção,  era um conjunto de colar e pulseira e parecia que já tinha visto aquelas peças em algum lugar.

Fecho a gaveta e volto para o quarto , como ainda era muito cedo , deposito um beijo no rosto da minha morena e desço para tomar meu de jejum. Sigo para a delegacia pra começar meu dia . Assim que entro vejo em cima de minha mesa um documento do laboratório de análise,  com certeza era o resultado da impressão da tornozeleira que encontrei na cena do último crime que ocorrera.

Pego o documento , meu coração estava pulsando com rapidez , louco dentro do meu peito e aquilo me deu um estado de pavor que não compreendia.

Fim do capítulo