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A sombra do tempo por brinamiranda

Ver comentários: 4

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Palavras: 4091
Acessos: 984   |  Postado em: 19/11/2020

Notas iniciais:

Para quem acredita...após a morte as pessoas seguem para lugares onde suas almas se afinal em vibração e sentimento. Capítulo com dose de humor, sexo levemente hot e questionamentos...

Capitulo 14 - No mundo espiritual

Em algum lugar do Umbral, 31 de outubro de 2016

 

      O mundo espiritual é imenso e cheio de diversidades, onde os desencarnados seguem por afinidade após a morte do corpo físico. Com Andréa também não foi diferente, após a morte seu espírito foi desligado do corpo por espíritos que vibravam na sua energia, no seu caso, havia sido desligada por duas adolescentes que acompanhavam Andréa nas noites de sex* e bebedeiras.

- Campineira, ajuda aqui a terminar de desligar Andréa...

- Meu, deixa ela pra lá, qual a serventia que ela vai ter para nós, ela está morta igual a gente, quer saber?, vai ser mais uma a vagar para compartilhar a energia dos vivos, ela vai é nos dar trabalho...vamos ter que ensinar tudo, estou é vendo.

- Deixa de ser mané, ela pode ser útil, olha como ela é bonitinha, a nossa rainha vai gostar e muito desse tipo.

- É mesmo Biro-biro, como não pensei nisso antes?.

      Andréa acordou lentamente, sentia o corpo todo doer, olhava assustada para as duas adolescentes vestidas como se estivesse saindo de uma festa do Halloween.

- Quem, quem são vocês?.

- Isso é tão difícil de explicar, pode nos chamar de Campineira e Biro-biro, somos suas amigas de muito tempo.

      As duas falam ao mesmo tempo que riem e oferecem balas.

- Não quero nada, quero ir pra casa, vocês podem me dizer como vim parar aqui?.

- No cemitério?. Hahahahah você morreu, foi isso.

- Morri como se estou viva e falando com vocês?.

- Eu conto ou você conta Biro-biro?.

- Pode deixar Campineira, eu conto. Andréa, a velha Doralice encheu sua barriga de tiros, foram três, ela te transformou em uma peneira, é isso, e você está aqui morta no corpo, mas, o espírito permanece. Aconselho a não olhar embaixo de você.

      Andréa vê o corpo morto, inerte e dá um grito ensurdecedor.

- Ih, avisei para não olhar, agora segura minha mão e vamos sair desse buraco, a não ser que queira apodrecer juntinho ao seu corpo.

- Não, me ajude, por favor.

      Tão logo se recuperou um pouco, Andréa levanta, põe a mão na cintura e começa a recordar.

- Agora lembro, aquela velha despeitada atirou em mim, aquela vaca me matou, como faço para ter a minha vingança?.

- Pois é, matou e bem matado, demoramos um tempão para te desligar do teu corpo. Vem com a gente, vamos te levar até a nossa rainha.

- Que rainha, eu não sigo ninguém, e não sou súdita de ninguém.

- Você vai seguir, ah, vai, ó e como vai...pois ela é a única que vai conseguir estancar essa sangue ai dos tiros, a não ser que queira passar o resto da eternidade toda sangrando.

- Ok, vamos logo.

      Campineira e Biro-biro apararam Andréa até a casa da rainha. A casa era toda decorada, parecia um castelo medieval, as paredes eram cheias de quadros de mulheres nuas em posições sensuais, outras foram retratadas durante o sex*, mas, a maioria dos quadros eram da rainha. Tudo era extremamente luxuoso, uma verdadeira ostentação, mas, para Andréa o exagero beirava ao mau gosto.

      No castelo vários homens vestidos de soldados romanos faziam ronda, trocando de hora em hora de lugar, várias mulheres eram chamadas de funcionárias, as mais bonitas recebiam o nome de escravas, todas usavam braceletes, pelas cores dava para entender que eram usados de acordo com as suas funções, tudo girava em torno da rainha.

      Ouvindo o barulho que vinha da sala, a rainha saiu irritada do seu quarto.

- Biro-biro e Campineira, as duas como sempre se metendo em confusão, na próxima vez mando as duas para a masmorra, o meu feitor adora marcar seu chicote nas costas de novinhas.

- Não, rainha, nos perdoe, trouxemos essa oferta para senhora, com todo nosso amor e admiração, ela precisa de alguns cuidados, mas, olha bem, daria uma ótima escrava.

      Andréa olhou indignada e reagindo aquela cena.

- Oferta?. Escrava?. Se isso for alguma brincadeira de mau gosto vai dar ruim para todas.

      Dos olhos de Andréa saíram faíscas, estava enfurecida. Parou um instante diante do silêncio que habitava nos rostos assustados que lhes observavam, e pousou seus olhos na rainha, ela estava completamente nua, apenas um penhoar preto cobria parte da nudez, deixando descoberto o corpo bem delineado, na cabeça uma espécie de coroa da mesma cor dava um aspecto não apenas majestoso, mas, aterrorizante, parecia uma linda rainha má de um dos filmes da Disney.

- Campineira e Biro-biro eu aceito a oferta, se livrem das vadias que estão dormindo na minha cama enquanto dou um jeito nessa futura escrava rebelde.

- Não me chame de oferta, muito menos de escrava, se quer manter um diálogo me chame de Andréa!.

- Você é muito abusada menina, eu poderia mandar te prender na masmorra e te deixar lá sendo chicoteada por meu feitor.

      Andréa passou a mão no rosto, coçou o queixo e achou que teve um insight enquanto seguiam para o quarto da rainha.

- Escuta aqui, eu já sei o que está acontecendo, pode abrir o jogo, aqui é um hospício, não é?. Foi a louca ciumenta da Doralice que me mandou prender, eu entendi tudo, estou internada e não pretendo ficar, vou embora, pois seu ato é inconstitucional até onde sei, não se pode prender alguém em um hospício, e pelo jeito estou internada a minha revelia, você deve ser uma espécie de enfermeira chefe brincando de Halloween...acertei?.

- Parece que não está em condição de exigir nada, não é mesmo?. Aqui não é hospício algum, você morreu e foi acolhida por minhas funcionárias, está no meu território, portanto, seja educada e aceite de bom grado a minha hospedagem.

- Ok, me desculpe, vamos recomeçar, me chamo Andréa e você?.

- Roberta, mas, não ouse me chamar assim na frente dos meus funcionários, súditos e escravas, aqui me chamam de rainha, porque é isso que sou, a rainha deste lugar, comando tudo e todos. Antes de te levar para o quarto do banho, vou ter que fechar esse ferimento de bala, aviso logo que vai doer.

- Roberta, estamos no inferno?.

- Isso não existe, você está em uma região chamada Umbral, eu cheguei aqui e fiz meu nome muito rápido. Me acompanhe.

      Andréa entrou em uma espécie de ambulatório, o cheiro de éter ocupava todo o ambiente, no entanto, a decoração era muito diferente, toda em tons de preto e vermelho, o armário das medicações era fechado por Roberta, que decidia quem teria suas dores aliviadas, pois apesar de desencarnados, muitos ainda sentiam incômodos no períspirito, estavam tão presos a ideia da matéria que as vezes sentiam dores que traziam da vida encarnada.

- Deite nessa maca, vou costurar esse ferimento, conseguiram atirar tão perto que fizeram um buraco.

- E vai fazer sem anestesia?

- Deveria, mas, vou ser piedosa, e posso saber porque está me olhando?.

- Você está completamente nua.

- E isso te constrange?.

- Não, me excita de verdade...

      Roberta deitou Andréa no leito, olhando firme em seus olhos, se aproximou encostando o sex* na coxa daquela que seria sua futura escrava sexual, devagar faz movimentos sensuais na perna de Andréa que gemia baixinho, reagindo ao contato.

- Eu devia te curar primeiro, mas, quer saber?, azar o seu, fiquei com tesão.

      Com violência, Roberta puxou Andréa que gem*u se contraindo, dessa vez por conta da dor atroz vinda do ferimento aberto. A rainha exigiu que Andréa sentasse na maca,  em seguida puxou uma cadeira e posicionou o sex* de Andréa em sua boca e ao mesmo tempo a penetrou violentamente, enquanto sua língua quente percorria por todo o espaço, os dedos ágeis continuam a se movimentar, Roberta sentia o gosto de suor misturado com um pouco do sangue do ferimento, que se misturava com a excitação de Andréa, essa mistura lhe deixava louca, sugou até sentir o clímax forte de sua escrava. Logo depois, sem deixar Andréa respirar direito, Roberta voltou a tocar seu sex* de forma selvagem, Andréa se contorceu de prazer e de dor, excitada, a rainha não aguentou mais ficar na mesma posição, rapidamente subiu na maca, deitando por cima de Andréa e levando sua mão até a entrada de seu sex*.

- Me faça goz*r minha escrava.

      Neste instante Andréa percebeu, todas que eram chamadas de escravas tinham obrigações sexuais com a rainha, não se sentiu confortável com essa constatação, mas, ficou animada de ter orgasmos deliciosos mesmo depois de morta, não sabia que seria possível.

      As duas não se demoraram e logo o orgasmo de Roberta se fez em forma de grito.

- Bom, você é minha agora, e posso ser muito gostosa, mas, não quero nem imaginar que está por ai com outra, isso só vale para mim, não quero que minhas vadias tenham prazer com outras, está entendido?.

- Está ótimo assim, minha rainha.

- Agora deixa te curar, não quero que meu mais novo brinquedinho esteja quebrado.

      Roberta passa a língua no ferimento, estancando todo o sangue que corria, depois passou uma espécie de anestésico da cor prata e costurou Andréa com linha e agulha comuns. Após terminar o curativo, tirou todo o penhoar, deixando sua nudez completamente revelada.

      Em seguida pediu para Roberta sair da maca e deitou-se de forma sensual. Andréa não conseguiu dizer nada, puxou Roberta pelas pernas com o intuito de beber todo o liquido que o sex* vertia ávido por mais prazer.

- Roberta, você é deliciosa.

- Cala a boca e ocupe-se me fazendo goz*r.

- Sim, minha rainha má.

      Após o último orgasmo, Roberta sentiu as pernas bambearem, estava sempre ávida por sex*, mas, estava completamente saciada, como nunca antes.

- Andréa, vamos lá, vou te levar até o quarto de banho, vê se limpa tudo, está suada e cheirando a terra e a podre, depois se arrume, hoje vai dormir comigo, quero muito mais sex* contigo.

- Rainha, ainda estou ainda cheia de tesão, você poderia me tocar mais um pouco, não é?, deixar sua escrava saciada.

- É, poderia, mas, agora não quero, cansei desse cheiro rude que está, quem sabe mais tarde no quarto eu te deixo saciada como estou?. Vamos que está precisando de um banho urgente.

      Durante o banho Andréa pensou que poderia ser feliz naquele lugar estranho, sentia muito desejo por Roberta, e de alguma forma um certo carinho nascia precocemente no coração, já se imaginou como única, pois não aceitaria a condição de ser apenas mais uma no séquito de Roberta, mas, sabia que não era nesse primeiro momento que conseguiria realizar seu intuito e se resignou, afirmando para si que aceitaria tudo o que viria a partir daí.

      Quando deixou o quarto de banho, Andréa recebeu um bracelete preto, e vestes em tons de roxo e preto com um cordão dourado, que eram separados as escravas mais especiais, no reino apenas duas outras recebiam esta veste, e Andréa de certa forma se sentiu privilegiada ao ser informada do que acabara de receber.

      Assim, os meses foram passando, Andréa estava sempre disponível, quase todos os dias estava com Roberta, as vezes se alimentavam e tomavam banho juntas, também bebiam bastante, principalmente uma espécie de vinho bastante escuro denominado de "Sangue de dragão".

      Após mais uma tarde regada a sex* e vinho, Andréa sentiu curiosidade em relação a história de Roberta.

- Como você morreu rainha?.

- Em um acidente de carro, eu recebi muita grana de uma senhora rica que me pagou para separar a filha da namorada, e a otária quando viu a namorada desmaiada, pensou que ela estivesse morta, ou algo assim, o fato foi que teve um enfarto fulminante.

- Rainha, você foi responsável pela morte da Patrícia?, a médica com fama de santa?.

- Eu não fiz nada, ela morreu porque quis, quem mandou ela ser morredora?. Hahahahah.

- Mas, você também morreu, do que adiantou?.

- Adiantou muito, vivi intensamente, meses depois do ocorrido eu comprei um carrão, só andava voado, e um dia adormeci bêbada e morri, foi rápido, um amigo desligou meu corpo, me trazendo para cá, eu já tinha vários amigos no umbral, só não lembrava, ai, fui fazendo alianças, em menos de seis meses fiz esse pequeno reino, aprendi muito rápido a plasmar e a construir, aqui fiz meu lugar, logo arrumei meus soldados, minhas funcionárias, minhas escravas e assim vou levando.

- Entendi.

      Outros meses voaram, e já fazia um ano que Andréa estava no reino de Roberta, muita coisa tinha acontecido, às vezes pedia permissão para ficar sozinha no jardim, precisava de espaço, outras vezes era dispensada quando Roberta resolvia se deliciar com suas novas escravas gêmeas que haviam chegado há um mês, vítimas de balas perdidas em um barzinho. Nessas horas, Andréa sempre resolvia dar uma volta para esquecer o ciúme e a tristeza que sentia. E foi durante um destes dias que começou a se questionar sobre a sua vida e o rumo que tudo tinha tomado, estava encostada em um chafariz muito estranho, em formato do corpo de uma mulher, com as pernas abertas de onde jorrava água, no começo esse detalhe parecia muito engraçado, uma fonte de onde a água descia do sex* da estátua, depois pareceu muito sem graça e até de péssimo gosto.

      Era uma tarde quente, Andréa novamente estava encostada pensando, dessa vez em uma árvore estranha e começou a lembrar em tudo que tinha vivido até o momento, se arrependeu das mulheres que tinha matado, de muitas outras que tinha ferido, chorou emocionada pedindo perdão, mesmo sem saber se chegaria até suas vítimas, também estava cansada das noites embaladas por sex* e bebidas, muitas vezes era obrigada a fazer sex* a três, em outras não era permitido participar, ficava apenas observando Roberta trans*ndo com outras escravas, em algumas situações assistiam a peças teatrais, todas com conteúdo de cunho sexual, e em outras algumas cantoras faziam versões de músicas da Terra, dando uma conotação sexual, e de vez em quando as atrizes e as cantoras eram convidadas para a cama de Roberta. Estava cansada disso tudo.

      Além das farras no umbral, quando queriam se divertir de uma forma diferente, o séquito de Roberta seguia até a Terra, com o objetivo de vampirizar a energia de sex* e drogas dos encarnados. Neste período, Biro-biro e Campineira estavam com uma aparência mais velha, haviam virado escravas de Roberta e eram chamadas por seus nomes verdadeiros, Beatrice e Cândida. Andréa se sentia cada dia mais vazia e infeliz, continuava ali pois a sua maneira amava Roberta, fora que não acreditava que tinha outra escolha a fazer, a não ser aceitar sua realidade depois de tudo o que fez.

      Dia após dia, algo em seu coração estava mudando, as vezes enxergava uma luz que brilhava em algum ponto, para logo mais apagar, e ouvia umas vozes bem longe, mas, afastava tudo, fugindo do que sentia.

      Após uma tarde inteira fazendo sex* com Roberta, que animadamente utilizou todos os brinquedinhos sexuais os mais esquisitos possíveis e inimagináveis para explicar a um encarnado, Andréa estava deitada extremamente cansada, esperou que sua rainha adormecesse para fazer um delicado carinho em suas costas, entre assustada e emocionada Andréa tremeu, não sabia em que momento havia se apaixonado, mais que isso, percebeu que em algum instante entregou seu coração a rainha, será que em alguma hora seria correspondida?. Será que teria o amor de Roberta?, grossas lágrimas caiam nas costas da loira que despertou mas fingiu continuar dormindo, "o que Andréa está querendo?". Alheia ao despertar de Roberta, Andréa continuou o carinho nas costas, e em algum momento disse baixinho "Eu amo você Roberta". A loira se contorceu diante da declaração, "ela está louca, só pode", e fingiu acordar apenas naquele momento, espreguiçando e virando para ver os olhos de Andréa marejados.

- Roberta, será que temos como ir embora daqui?, vamos para outro lugar recomeçar nossa vida, podemos aprender a viver com pouco, ajudar outras pessoas e nos ajudar, eu vejo tanto aquele povo de branco, eles passam de vez em quando, falam do amor de Deus, será que não podemos ir com eles?.

- Está louca, ora se preciso desses frouxos, são uns covardes que precisam de um Deus para cuidar de si, eu sou livre, livre, eu criei meu reino.

- Podíamos ir com eles e viver uma vida simples, não precisamos desse castelo, ele é estranho, vamos morar em uma casa simples, liberta esses prisioneiros, também não precisamos ir a Terra, pra que vampirizar os vivos?, nós já fizemos de tudo, até o sex* já não me anima como antes, não quero só sex*, quero o teu amor.

- Eu sou livre e rainha.

- Que livre o que Roberta!?, meu amor, não podemos sair desse mundo que criou, aqui ou faz frio ou faz calor, não tem meio termo, e é tudo demais, nem podemos passear livre, eu vejo para lá das campinas, pessoas passando, são monstruosos, de assustar, não podemos sair daqui para não nos capturar, isso é que você chama de liberdade?. Eu tenho medo, todos os dias me apavoro, tenho pavor de terminar como esses monstros, não quero que a gente se transforme Roberta, eu preciso dizer, eu te amo, vamos embora daqui minha linda, eu sei que posso te fazer muito feliz.

- Já chega, Andréa, você está insana!, eu te dou tudo, você é minha escrava principal, te dei todas as regalias, você quer me trair seguindo com esses homens de branco? pois que vá, eu não preciso de você, sai daqui agora. E não me venha com essa história de que me ama, você gosta é do sex* intenso que te proporciono, eu sei que nunca gozou com ninguém do jeito que goz* comigo, você quer é exclusividade, está exigindo demais de uma rainha, saiba que vou para cama com quem quiser, sou rainha e você conforme-se em sua condição de escrava, agora, estou falando sério, saia daqui, está de castigo, não vai ter direito a sex* por quinze dias.

- Amor, você não me entendeu.

- Que amor o que?, você que não entendeu, saia...e antes chame Beatrice e Cândida, ali aprenderam a ser escravas, estou louca para goz*r loucamente, e o que você pensa?, se está chorando isso pouco importa para mim, o que está esperando?, sai fora...e leve esse seu amor ridículo, ele não me interessa nem um pouco.

      Andréa sai, não sem antes avisar a Beatrice e Cândida que Roberta estava esperando, as duas seguem animadas em atender os desejos de sua rainha, Andréa ainda vê Roberta nua com um chicote na mão.

- Oi meninas, venham que a noite vai ser quente...

      De longe ouviu o barulho do chicote na pele das escravas e os gritinhos, o objetivo do chicote não era machucar, apenas deixar o sex* animado, sabia, porque já sentira muitas vezes em sua pele.

      Andréa sai do quarto com o coração apertado, correndo até o estranho jardim, sentindo seu coração contraído, sentou sob o tronco seco de uma árvore cheia de galhos retorcidos, mais parecia um cenário de um filme de terror, tudo ali parecia macabro aos seus olhos.

      Ao longe, bem acima da sua cabeça, Andréa avistou um ponto de luz que brilhava muito forte, dentro da luz, ao se concentrar conseguiu ouvir vozes, tentou apurar os ouvidos e logo descobriu, alguém orava com muita fé por ela, após alguns minutos percebeu que era Doralice, que lhe pedia perdão e rezava por sua alma junto a Isadora e Jade.

      Não conseguindo mais controlar a emoção, Andréa chorou por tudo que lhe partia a alma, estava sinceramente arrependida, e se sentiu envergonhada por tudo o que fez de errado, queria mudar, mas, não sabia sequer rezar, esperou uns minutos, e sem saber o que fazer lembrou que sua avó rezava uma oração todas as noites quando era bem pequena, era a oração do santo anjo. Andréa juntou as mão e começa a rezar pedindo auxílio ao seu anjo da guarda.

     Ao certo não se sabe por quanto tempo ficou em oração, rezava e falava, nesse momento abriu seu coração, e falou bem alto como pudesse ser ouvida "Eu te perdoo Dora, espero que possa me perdoar também". Ali Andréa passou sua vida a limpo, refletiu em todos os erros que tinha cometido, e pediu ajuda. "Jesus, me ajuda".

- Andréa?

     Ao levantar os olhos viu um jovem de cabelos cacheados e túnica branca, olhava Andréa com muito carinho, e agacha-se sentando ao seu lado.

- Você é um anjo?

- Não, sou um amigo, Deus jamais deixa um filho desamparado a própria sorte, mas, ele é um cavalheiro, só entra em seu coração se for convidado, você pediu por Jesus, e eu vim, não sou Jesus, sou apenas um amigo, mas, quero e posso te ajudar, vamos começar por agora indo embora desse lugar...

- Eu quero, quero muito, mas, não posso, tenho Roberta, não quero deixar ela aqui, não quero que vire um desses monstros, ela não quer ir, mas, eu posso tentar convence-la...

- Querida, na hora certa eu venho com você busca-la, te prometo, tem a minha palavra que assim que Roberta estiver pronta, voltamos para buscar sua namorada.

- Minha namorada, minha Roberta...eu a amo. Amigo, eu nem sei o seu nome...

- Pode me chamar de Liriel...

      Andréa recebe o abraço suave de Liriel, sem saber que aquele era o seu mentor, que há anos lutava para ajudar a melhorar sua alma, e muitas vezes sofria com suas quedas e desvios.

    O espírito fechou os olhos e só voltou a abri-los no hospital. Assim que acordou percebeu que estava em um leito, sendo observada por uma moça que estava sentada em uma poltrona ao seu lado.

- Onde estou?

- Oi Andréa, está na colônia espiritual "Nossa Casa", espero que aqui consiga encontrar a felicidade que tanto busca.

- Eu cheguei agora?

- Não querida, dormiu por vinte dias, o seu sono era agitado e chorava o tempo todo chamando por Roberta, vai precisar de algum tempo de tratamento e logo, logo vai poder ajudar sua namorada. Quero também avisar que em breve Doralice vai desencarnar e contamos com você, que vai poder ajudar a gente ensinando a Dora tudo o que aprender, você aceita?.

- Claro, aceito, e Roberta?, ela me odeia?

- Não, ela não te odeia Andréa, mas, não entende nada desse sentimento de amor que despertou, acredite, ela sente sua falta, você deixou um pouquinho de luz naquele coração tão empedernido.

- E você, quem é?.

- Sou Patrícia, médica nesse hospital...

- Patrícia??. Por favor, não prejudique a minha Roberta, ela não teve toda culpa, foi uma armação, ela não sabia que você ia morrer...

- Calma, eu sei de tudo isso, não vou fazer mal algum para Roberta, ela já sofre por tudo que construiu para si...

- Você não odeia a mãe de Laura por isso?.

- Não, eu não desencarnei por conta da armação que fizeram, era a minha hora, mas, não se preocupe com mais nada, precisa se recuperar, e não se preocupe, Liriel sempre cumpre o que promete, quando Roberta estiver pronta, vocês vão busca-la no umbral.

- Eu a amo Patrícia, você pode deixar na cabeceira uma foto dela?

- Posso providenciar, agora dorme mais um pouquinho...

      Assim que Andréa adormeceu, Patrícia fez o que havia prometido, plasmou uma foto antiga de Roberta, quando ainda não era rainha, e sim uma jovem estudante. Ao lado Liriel encostou suavemente a mão no ombro de Patrícia.

- Vim ajudar no passe magnético, vamos limpar essas energias ruins, essas larvas que ainda estão impregnadas.

- E Roberta?

- Está ainda mais cruel do que antes, não aceitou a partida de Andréa, seu mentor vem a nossa colônia até o fim de dessa semana, espero que consigamos ajuda-la no intuito.

- Vai dar tudo certo...

Fim do capítulo


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Comentários para 14 - Capitulo 14 - No mundo espiritual:
Rain
Rain

Em: 15/12/2020

Para mim esse lugar aí parece mesmo um inferno. Não vida, não tem nenhum sentimento bom, não tem nada que seja liga ao amor... Deu até repulsa em certas partes. Tudo ligado ao sexo! Que horror!

Mas, rapaz a pessoa não muda mesmo depois de morta! Que coisa! Tava na cara que essa Roberta era toda doida quando viva, ficou pior depois de morta.

Andrea se arrependeu um pouco tarde de mais... Pelo menos se arrependeu.

 


Resposta do autor:

Rain,

Quantas saudades dos seus comentários e de você também.

Então, eu li um livro chamado Sexo no mundo dos espíritos, era mais ou menos isso que descrevi, pior até, mas, preferi poupar meus leitores de coisas desse tipo.

Roberta não mudou em nada, as pessoas depois de mortas continuam na sua essência, sabe como é, difícil elas mudarem, só com o tempo...

 

Responder

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Andreia
Andreia

Em: 13/12/2020

Está de parabéns ficou perfeito este capítulo como tudo que foi escrito nele foi muito emocionante.

Bjs


Resposta do autor:

Opa, fico feliz que tenha gostado, bjs

Responder

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florakferraro
florakferraro

Em: 22/11/2020

Fico pensando, será que a Dora  e a Andréa vão se perdoar?


Resposta do autor:

Será? rsrsrs tem que esperar as cenas dos próximos capítulos...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

florakferraro
florakferraro

Em: 22/11/2020

Esse capítulo teve partes engraçadas, partes sinistras e partes sensuais, gostei bastante,s sabe que fiquei com pena da Andréa, se apaixonou por uma bandida pior.


Resposta do autor:

Obrigada Flora, eu fiquei satisfeita com esse capítulo, ele foi escrito em 2018, e diferente de outros tive que mudar poucas coisas.

Responder

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