Já viram um conto onde a autora é também uma das personagens?...aqui deixo um pouco da minha história, entre amigas e amores que de fato existem, assim deixo aqui um pedacinho de mim...
Capitulo 4 - Nil
CONTO 04 - Nil
Sim, definitivamente essa é uma história de Halloween, e ainda não sei dizer ao certo até onde começa a minha imaginação e até onde vai a realidade que se costura dentro dos fatos que se desenrolaram depois naquela fatídica noite do dia 31 de outubro.
- Sabrina, já está pronta?. - Gritou Rose atrás da porta.
- Ai amiga, não me apressa vai, ainda nem escolhi a minha fantasia.
Rose cruzou os braços e entrou no quarto, me olhando com seus doces olhos castanhos, para logo depois suspirar.
- Você ainda não está bem, não é?.
Sorri tristemente, balancei meus ombros cansados de forma lenta e vagarosa e suspirei ainda mais alto, ela se aproximou, me abraçou forte, alisando meus cabelos cacheados, enquanto grossas lágrimas formavam uma pequena poça d'água no chão do quarto.
- Tudo bem Sá, você tem todo o direito de não estar bem, pode chorar e falar o que está sentindo, eu jamais diria algo do tipo "eu avisei", não se preocupe, estou aqui para te apoiar.
Passei o dorso da mão nos meus olhos, sentindo que as lágrimas transbordavam de dentro para fora, mas, as que corriam dentro de mim praticamente me afundavam a alma.
- Pode falar Rose...amiga, eu sei que fui muito burra.
- Foi Sá, mas, quem não seria?, Stella passou te atropelando o corpo e o coração, seja sincera, tem mais alguma coisa que queira falar daquela pessoa ou já podemos escolher tua fantasia de Halloween?. Vamos sair amiga, quem sabe você não encontra uma vampirinha por lá?, e quem sabe ela não está ávida por esse sangue cearense que corre em tuas veias?.
Balancei os ombros novamente em profundo desinteresse e ri tristemente antes de responder.
- Sinceramente querida, não me importo se nunca mais aparecer outra lésbica em minha vida!.
Rose riu, passou os braços ao redor do meu pescoço e disse.
- Ah amiga, você esquece que existem as bissexuais, as heteros curiosas?...ihhh tem um pá de mulher nesse mundão para você conhecer, então, enxuga essas lágrimas e sacode esse esqueleto e vamos para rua comemorar o Halloween.
Em menos de dez minutos Rose tinha escolhido uma roupa, deu um toque ali e outro acolá, depois fez uma maquiagem e pá, lá estava eu vestida de Palhaço It, quer dizer, em sua versão feminina e mais bonita.
E foi nesse clima que chegamos na avenida, Rose vestida de uma espécie de Bruxa gótica e eu tentando sorrir no meio do caos formado em plena Avenida 22 de junho, avenida principal do bairro de Rose, no coração da cidade.
- Amiga, quer beber alguma coisa?.
Ela falava alto próximo ao meu ouvido, tentando se fazer escutar enquanto o bate estaca tomava conta do lugar, estava bastante mal humorada devido as pessoas em excesso e os barulhos típicos de uma festa e respondi de forma irritada.
- Não, não quero nada.
- Ok, já entendi, você quer um Sedução de morango, vou buscar.
- Rose, eu disse que não quero nada.
- Pode deixar, já sei que você quer com bastante vodka, gelo e leite condensado, segura ai que volto já, ah, e não precisa pedir os espetinhos de novo, estou já trazendo.
Ao dizer isso Rose saiu sorrindo, algo nessa sua tática me agradou porque não pude segurar o riso. Estava esperando a bebida quando vi aquela que mudaria o rumo da minha história, ela estava bem na minha frente, seus cabelos eram fartos, cacheados e castanhos, iam até embaixo dos ombros, e entre seus cachos tinham algumas mechas douradas, seus cabelos estavam embalados pelo vento da noite, ela não disse nada, apenas me olhou de uma maneira doce e ao mesmo tempo convidativa, quando sorriu vi tinha covinhas e uma pintinha em cima da boca, seus olhos eram cor de mel, de uma tom mais claro do que os meus, e estava vestida com um macacão prateado colado ao seu corpo bem torneado.
- Oi...
Ela me olhou como se não tivesse compreendido as minhas palavras, depois franziu a sobrancelha, apertando com os dedos levemente atrás dos cabelos, cocei a cabeça e pensei por um instante, será que ela não é ouvinte?, já estava chateada pensando que deveria ter me dedicado mais ao curso de Libras, pois meu conhecimento na linguagem de sinais era parco. Depois que desenhei timidamente um oi com os dedos no ar, ela falou.
- Oi...desculpe a demora, estava descodificando seu idioma com o aparelho, demora um pouco...você é uma espécie rara, sabia?, estive lendo a mente das fêmeas desse lugar e você me parece bem diferente delas.
Eu ri alto, achando divertido sua maneira de me chamar atenção, olhei séria e tentei entrar na brincadeira.
- Então, não costumo conversar com moças bonitas que conseguem ler a minha mente e dessa forma ficam sabendo de antemão o que estou pensando, seria desleal de sua parte jogar assim, não acha?, por acaso não pode desligar essa função no seu aparelho?.
- Na verdade posso sim, você se sentiria melhor se eu o fizesse, não é?, só um minuto...pronto, está feito.
Ela falou com tanta propriedade que qualquer um acreditaria em sua fala, mas, sou cientista social, prezo pela racionalidade e diante o improvável, resolvi continuar a brincadeira.
- Com certeza, aliás, pelas entrelinhas percebi que é um moça do espaço, certo?, então, moça espacial, não sei seu nome e muito menos de que planeta veio, a não ser que esteja em uma missão secreta e não possa me dizer.
- Me chamo Nil, quer dizer, essa é a forma simplificada do meu nome, sabe como é, ele soaria incompreensível para você, sou de Kleper, na verdade esse é o nome que os cientistas da Terra batizaram meu planeta, não adiantaria dizer o nome real, novamente você não ia compreender minha fala, então, chamaremos de Kleper mesmo...sabe, meu planeta tem três vezes o tamanho de Júpiter, o maior planeta do sistema solar, ficamos a 1.200 anos-luz da Terra, na constelação de Lira, e levamos cerca de quatro anos terrestres para completar uma volta ao redor do próprio eixo, fisicamente somos parecidos com vocês, mas, nossa tecnologia vai além da compreensão dos terráqueos.
- Você com certeza está liderando um ataque alienígena.
- Não de forma alguma, nós...
Ri alto quando ela me olhou séria, com um ar de ofendida, já estava achando que Nil devia mesmo ser uma excelente atriz, quando de longe vi que Rose estava voltando, enquanto fazia malabarismo com um drink de morango em uma mão, ao mesmo tempo que equilibrava um copinho com farofa e dois espetinhos, um de coração e outro de frutas com chocolate. Me adiantei para ajudá-la e sorri ao dizer.
- Demorou hein amiga?.
- Ah, desculpa Sá, a fila estava enorme, depois encontrei um pessoalzinho na fila da barraca de drinks e esqueci do tempo, e ai, aconteceu alguma coisa?, encontrou Stella por aqui?.
- Que Stella...deixa te apresentar aqui...essa é a Nil.
- Ela não me vê. - Escutei sua voz dentro da minha cabeça, olhei em sua direção, ela continuava ao meu lado, embora Rose não conseguisse ver que ela estava ali, afinal o que ela era?, um espírito, uma alucinação, uma alienígena?.
- Sabrina, passa o drink de morango para cá, você não está em condições de beber mais.
- Eu não bebi Rose, juro.
- Bom, come o espetinho que vai te fazer bem, depois você toma o drink.
Eu ri quando vi que Rose discretamente estava tomando a bebida de morango enquanto me observava atentamente. Já estava mastigando o primeiro coração quando escutei Nil falando comigo.
- Vocês tem um hábito estranho de comerem outros seres vivos, mesmo existindo tantas possibilidades no planeta, acho esse costume tão rudimentar, tão....primitivo.
Não respondi nada e continuei a comer, mas, confesso, perdeu um bocado da graça, logo após pedi licença e fui comprar um refrigerante, novamente escutei a voz da alienígena na minha cabeça.
- Esse líquido que você toma com tanto prazer e chama de refrigerante, não tem nada de nutritivo Sabrina, o xarope original que levou à criação da bebida que vocês terráqueos adoram, possuía como um dos componentes principais a noz de cola, que é rica em cafeína, o termo "cola" refere-se aos frutos das árvores do gênero Cola, da família das Esterculiáceas, mais tarde o extrato de cola foi retirado e substituído por cafeína purificada e adicionada diretamente ao refrigerante. Espero que tenha gostado da minha explicação, acabei de pesquisar a composição no meu banco de dados do Planeta Terra só para te dizer...essa bebida que até fecha os olhos quando bebe e de aparência tão inocente, é apenas uma mistura de açúcar, caramelo, cafeína, ácido fosfórico, suco de limão-galego e essência de baunilha, é a ordem e a combinação disso tudo que faz com que você e tantos outros gostem tanto dela.
Não respondi nada, apenas revirei os olhos e continuei a beber meu refrigerante enquanto comia meu espetinho com farofa, esperando o momento de comer o de chocolate.
- Sá?.
- Oi Rose?.
- Você está tão estranha amiga, vamos pra casa?, dormimos e amanhã vamos tomar um banho de piscina, fica mais uns dias lá em casa, até você se sentir melhor e ter condições de ficar sozinha.
Apesar de ouvir todo o tom de preocupação da minha amiga, meu único medo no momento era justamente ir embora.
- Embora?, já?, vamos ficar mais um pouquinho amiga, estou me divertindo tanto.
No fundo eu não queria deixar Nil, independente do que fosse, ou de quem fosse, tinha medo de não vê-la mais.
- Não se preocupe Sabrina, eu irei com vocês.
Ouvi suas palavras em minha cabeça e sorri, terminei de comer o último espeto com rapidez, tinha deixado o de chocolate para o final, a seguir limpei a boca, e joguei as sobras no lixo.
- Podemos ir amiga.
Rose me olhou sem entender nada, deu de ombros e saímos em direção ao carro. Pelo espelho vi Nil sentada no banco de trás, ela sorria enquanto falava.
- Então, não vai perguntar o que desejo aqui na Terra?.
- Bom, eu já havia perguntado isso quando minha amiga chegou, lembra Nil?.
- Bom, sou uma estudante...estudo planetas e vidas para além do meu, entende?, e quero fazer o que chamam de estágio no seu planeta, ninguém nunca tinha me visto...até hoje, e quero entender, porque você me viu, também não entendo essas sensações estranhas que sinto, talvez seja por ter adotado esse corpo humano.
- Você roubou um corpo?.
- Não Sabrina, eu apenas plasmei o corpo de uma mulher que apareceu no meu banco de dados e que de algum modo parece bastante com o que de fato sou.
- Escolheu muito bem aliás.
Ela riu e disse a seguir.
- Como te falei no meu planeta temos a forma humanoide, somos praticamente idênticos a vocês, com a diferença que nosso corpo emite uma luz muito forte, provavelmente ficaria cega se me visse em meu corpo real, mas, feche os olhos vou mostrar em sua mente como sou...essa sou eu, veja.
Dei um gritinho quando a imagem surgiu, realmente a moça humana era bonita, e parecia com minha adorável alienígena, mas, nem de perto chegava aos pés da minha Nil.
- Sá?.
- Oi Rose?.
- Amiga, você está bem mesmo?, vamos dar uma passadinha no hospital, tem certeza que não tomou ou comeu algo que uma piriguete qualquer te ofereceu?.
- Não amiga, estou bem, é sério, como há muito tempo não estava.
Rose me olhou séria buscando uma explicação racional para o meu comportamento estranho, foi quando tentei puxar assunto, tanto para ela ver que estava bem, quanto para saber a sua opinião.
- Amiga, você acredita em vida extraterrestre?.
- Claro que acredito, porque nós da Terra íamos ser os únicos a existir dentro de uma galáxia tão grande?, fora as demais galáxias que não temos o alcance, você acredita também, não é?.
- Sim Rose...eu acredito.
Falei e calei quase instantaneamente, quando olhei para o banco de trás Nil havia adormecido, estava olhando embevecida quando ela despertou.
- Não preciso mais que dois minutos para descansar e me alimentar, estou bem e com energia suficiente para dois dias terrenos.
Olhei que ela tinha trocado de roupa, estava usando um vestidinho floral, que deve ter tirado de um catálogo de moda qualquer daqui da Terra. Levei um susto quando ela respondeu em seguida.
- Não, o vestido é uma das peças do guarda roupas da moça que plasmei o corpo.
- Você prometeu que não ia ler o que penso.
- Desculpe tirei essa função quando sua amiga chegou.
Em falar em amiga, Rose estacionou o carro e pegamos o elevador, entramos as três ladeadas, e senti que minha amiga me olhava a todo instante, com certeza estava em investigação com os seus vigilantes olhos.
- Vamos dormir amiga, já é tarde, vou só conversar com a Júlia um pouco e vou deitar, descansa que esse dia foi estranho, aproveita, enche a banheira e relaxa, se sentir qualquer coisa me chama, no mais, fica à vontade.
Dei um beijo no rosto de Rose, agradeci sua amizade e ouvi quando ela ligou o computador, namorava a distância fazia um tempo e estava com saudade da namorada. Apressei o passo até chegar ao quarto de hóspedes, fechei a porta e assoviei, a alienígena riu alto e apareceu.
- Como vocês dizem...está dando muita bandeira Sabrina, venha, vou preparar o seu banho, vai ser uma experiência diferente de tudo o que sentiu.
Me adiantei em direção a Nil, segurei o seu braço e um arrepio percorreu o meu corpo inteirinho, suspirei alto e a encostei na parede, beijando sua boca com paixão, a seguir colei meu corpo ao seu e deixei minha mão passear em suas curvas, foi quando senti que ela estava de olhos abertos me observando.
- Querida, não é assim que acontece no meu planeta, depois ainda não tenho total controle do meu corpo para fazer do seu jeito, tenho medo de te machucar, portanto, hoje vai ser a minha maneira...Sabrina, eu gostei muito disso...como chama essa história de colar as bocas?.
- Beijo, vocês não se beijam no planeta de vocês?.
- Não temos muito contato, apenas para procriar, somos hermafroditas....e na verdade, bom...temos outras maneiras de sentir prazer.
Nil meu olhou com um jeito inexpressivo e continuou a falar.
- Nossa, vocês tem um vocabulário tão extenso, são tantos idiomas, dialetos...no meu planeta, em todo ele...falamos a mesma língua, acho bem mais simples.
Ela encheu a banheira e vi que a água adquiriu uma tonalidade de rosa, indo ao vermelho, depois ela tirou minha roupa, beijando meu pescoço.
- Viu?, estou aprendendo, tenha paciência que ainda vai ser a sua maneira, agora entre na água garotinha.
Respirei forte e entrei na banheira, a água estava em uma temperatura morna e exalava um odor diferente de tudo o que já havia sentido, o prazer proporcionado era algo indescritível.
Após recostar a cabeça no encosto da banheira, vi extasiada quando Nil tirou sua roupa e entrou devagar nas águas fechando os olhos, ela sentou bem na minha frente e sorriu, disse que estava buscando o equilíbrio para não cometer excessos, em redor do seu corpo vi uma espécie de luz que brilhava de forma cálida, quase rosa, ela piscou os olhos e uma bola de luz saiu do centro do seu coração e veio girando em espiral bem em minha direção, tremi inteira quando fui atingida, pela primeira vez senti um torpor diferente de todas as sensações que havia sentido na vida, suspirei forte e mal havia me recuperado do prazer e veio a segunda luz, esta tinha uma tonalidade mais escura, é estranho explicar, ela se encolhia e expandia, mais parecia um coração pulsante e quando parou de vibrar, fui atingida forte no centro do peito, a sutil diferença foi que dessa vez, a luz me proporcionou o orgasm* mais intenso da minha vida.
Sorri, e senti sua mão afagando meu rosto, ela estava feliz.
- Nil, eu preciso te tocar, eu quero tanto você.
- Sabrina, por favor, eu quero...muito, mas, tenho medo, você sabe, o sex* é muito intenso, pode acontecer algum efeito colateral, você pode...
Não esperei que ela terminasse sua fala, segui em sua direção e a beijei, dessa vez ela fechou os olhos e arquejou o corpo, falando um idioma ininteligível, mas confesso que achei tudo muito charmoso. Puxei o tampão do ralo da banheira e deixei que a água escoasse, a puxei pela mão em direção a cama e assim que nos levantamos vi que nossos corpos estavam secos e ao deita-la, escalei seu corpo ávida por senti-la, ela continuava suspirando alto quando colei nossos sex*s e senti como se algo deslizasse para dentro de mim, foi rápido e intenso, e atingimos o orgasm* juntas.
De repente um forte clarão invadiu todo o quarto, tentei lutar contra o sono e não consegui, tudo foi ficando turvo e amanheci com Rose me olhando, nem sombra de Nil.
- Bom dia amiga, acorda pra vida, vem me ajudar a fazer o almoço, olha tenho certeza que te deram um boa noite Cinderela, não pode, está com a maior cara de ressaca.
.
...
Três meses depois.
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Era a terceira vez que vomitava, nada parava no estômago e os cheiros da minha casa me enjoavam a vida.
- Ai Gisa e Lu, vocês podem parar de me olhar com essa cara de pena, eu não fui abusada por homem nenhum, muito menos dei a algum deles, vocês sabem muito bem que homens não me atraem...eu estou muito bem, e com certeza não estou grávida.
Gisa se adiantou, pegou o exame de farmácia e me entregou.
- Então se está tão convicta, não vai ter problema algum em fazer esse exame, vai Sá, não custa nada, você está estranha demais.
Mesmo a contragosto peguei o exame com a maior má vontade, depois de cinco minutos dei um grito de susto de dentro do banheiro, ‘positivo", eu não estava acreditando que estava grávida de uma alienígena que tinha simplesmente fugido após o sex*.
- Gisa, preciso refazer esse exame...
Perdi as contas de quantas vezes refiz e o resultado era sempre o mesmo, "positivo", sem mais nada a fazer, deixei que minhas amigas marcassem uma obstetra. A sala de espera estava vazia, Rose, Gisa e Lu estavam ao meu lado e com muita ansiedade entrei sozinha, a médica estava de costas vestindo luvas e pediu que sentasse, sua voz era rouca e envolvente.
- Pode sentar, vamos examinar essa mamãe de primeira viagem.
Foi uma cena de filme, li seu nome do jaleco "Dra, Nilcéia Ferrante, médica obstetra", a seguir olhei seu rosto e disse sem pensar.
- Nil...
- Sim, pode me chamar assim querida, é o meu apelido mesmo, vamos ao exame?, venha não fique tão assustada.
Segui até a mesa tremendo mais do que vara verde, ela me segurou com carinho quando quase tonteei, e me deitou suavemente.
- Vejamos...olha que lindo, são duas meninas, parabéns...
- Pelo amor da deusa mãe, nunca quis ser mãe na vida e estou grávida de duas.
Ela riu enquanto me examinava, dizendo coisas engraçadas e em pouco tempo estava completamente relaxada e feliz com a gravidez.
.
...
Dois anos depois...
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Ouvi um som de risada que vinha do quarto, Helena e Maria Clara falavam coisas incompreensíveis e vi que uma luz se formava debaixo da porta, ao entrar vi os ursinhos girando no ar e aquele ser de luz que mais parecia um anjo de tão linda que era, pisquei os olhos e ela respondeu.
- Oi Sabrina, como te disse...poderia ter efeitos colaterais...espero que tenha ficado feliz com esse pequeno "problema", nossas filhas são lindas, vejo que as cria muito bem.
- Porque não veio antes?...eu...eu reconstruí minha vida, bom, pensei que não fosse de ver mais, eu...casei com a médica, ela nunca questionou nada...eu a amo.
- Eu sei, não tem problema, tive alguns problemas sérios no meu planeta, uma pandemia...não tive como vir antes, mas, uma vez por mês quero vir te ver, assim como nossas filhas, posso?.
- Claro, elas são suas filhas, só que Nil...a outra Nil, a minha Nil não pode saber, ela não entenderia, e comigo saiba...não quero mais nada com você, acabou!.
De repente foi como se o tempo parasse, as meninas adormeceram, éramos só nós duas e o nada, resoluta corri em sua direção com os braços abertos.
- Nil, senti tanta saudade, pensei que nunca mais ia te ver.
E foi naquele mundo pausado que dei um play no meu desejo e nos amamos em uma outra dimensão...
Fim do capítulo
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Rosa Maria
Em: 10/12/2020
Brina...
Fiquei intrigada logo no começo, como assim:"não sei dizer onde começa minha imaginação e vai a realidade"? explica melhor isso....kkkk Belo e criativo conto será que todo aniversário Sabrina vai ter o encontro? Só deve tomar cuidado com "os efeitos colaterais"...
Beijos
Rosa
florakferraro
Em: 30/11/2020
só falta ela terminar grávida de novo hehehehe
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florakferraro
Em: 22/11/2020
Você se inspirou no It ahahahahah essa foi boa.
Resposta do autor:
Na ideia central, o Pennywise era na verdade um ser primordial que surgiu na Terra depois da explosão de um meteoro, achei que seria um bom ponto de partida...rsrsrs
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Rain
Em: 05/11/2020
Oh My... O palhaço It! Eu só vi a foto dessa coisa e passei dois dias tentando tirar a imagem desse monstro da minha mente paranóica. Rs
Rsrs... Engravidar de um alienígena. Rsrs foi bizarro!
Só não curtir o final...a parte da traição. O resto foi divertido.
Obs: nunca comi um espetinho de frutas com chocolate. É bom? Deu vontade... Rs
Resposta do autor:
Exatamente Rain, no último conto me inspirei na história do Pennywise rsrsrs só que na minha história ela meio que se arrepende....
Na verdade a personagem ficou grávida de uma alienígena, eles eram hemarfroditas no planeta deles rsrsrs acontece, acho que pelo visto a traição vai acontecer todos mês rsrsrs
Hummmmm é sim, uma delícia, é tipo um fondeau de chocolate, apenas mais simples....
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brinamiranda Autora da história
Em: 04/11/2020
Um conto bem viajante, mas, cheio de pequenas verdades rsrsrs
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Gabi2020
Em: 04/11/2020
Rapaz essa história é boa demais! Engravidar de uma alienígine foi divertido.
Beijosss
Resposta do autor:
Sim Gabi, tem toda razão, talvez seja pq algumas pessoas são tão estranhas que parecem mais de outro planeta, mas, quem sabe pensem exatamente o mesmo ao meu respeito hahahaha...bjs
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