Capitulo 12- O monstro voltou. It, a coisa.
O rapaz percebeu a tensão que causara em Natila, e por esse motivo decidiu lhe desejar sorte. Mas a decida já era premeditada, porque de fato ele não era o Willas. O medo estava entranhado no olhar dela, e depois desse episódio ela via o Jacob em tudo. Ele virou uma espécie de "It" a coisa. Era assombroso pensar nele.
Passaram alguns minutos e finalmente chegou a parada em que Nati necessitava descer. Ela foi caminhando em direção a sua casa, e nesse horário estava sozinha na rua. Estava um pouco tarde. Ela se assustou com um vulto passando na rua, lembrou até as cenas da novela que tinha o "caderudo". Então Nati correu, correu até alcançar sua residência, mas logo percebeu que correu à toa porque era a árvore que tinha balançado em função do vento. Ela sorriu e pensou: isso é só medo - haha
Depois que ela tomou um banho, o celular tocou. Era número desconhecido, mas verdadeiramente uma coincidência fatal surgiu...
N – Alô??
W – Oi, destruidora de lar...
Natila estava bem nervosa, mas não queria acreditar que era realmente quem ela pensara. Então falou:
N – Quem está falando?
W – Ah, quer dizer que você rouba minha mulher, e agora se faz de desentendida.
N – Como você conseguiu meu número? O que você quer?
W – Quero saber como se sente depois de perder Belle. Pelo que eu sei o romance acabou.
N – Como você sabe disso?
W – Tenho minhas fontes, sua lesbiana. Agora vai sentir a dor que eu senti.
N – Acabou? Não preciso ficar ouvindo tuas baboseiras, não.
W – Só mais uma coisa; eu sempre estou te vigiando. Vou fazer você se arrepender de ter nascido. Tchau, sapatinho ridícula.
A ligação caiu e nem deu tempo de Natila responder. Nervosa ela deu um grito agudo dizendo: não é possível que esse monstro ressuscitou.
Imediatamente ela tentou ligar para Belle, na tentativa de contar o ocorrido e pedir para que ela se cuidasse. Mas ela não atendeu, então ela ligou para Jhenny, e foi atendida de modo instantâneo. Jhennyffer:
J – Oi linda. Boa madrugada. Aconteceu algo?
N – Sim. Desculpa te ligar essa hora, mas o assunto é muito sério e você precisa saber.
J – Sua voz está estranha. Você e a Belle tiveram um ponto final?
N – Digamos que não um ponto final, e sim uma virgula, mas o problema não é esse.
J – Se você falar logo vou agradecer. Estou preocupada.
N – O Willas ligou.
J – Esse homem ainda está vivo?
N – Sim. Vivíssimo e é bom tomarmos cuidado.
J – Esse acéfalo é um sociopata, homofóbico, preconceituoso e com toda certeza ele tem um pacto com o diabo.
N – Sim, ele é isso tudo e um pouco mais, mas precisamos ser extremante cuidadosas.
Feito isso, Natila tentou novamente ligar para Belle, e desta vez foi atendida.
B – Oi, já deu nosso tempo? Haha
Meio sem graça e com frio na barriga, Nati respondeu:
N – Na verdade, quero te alertar de algo.
B – Mas antes vou falar uma coisa primeiro. Eu realmente te amo, te quero comigo. Quero me desculpar pela sem noção que fui com você desde quando tive aquela crise de ciúme. Não quero ser obsessiva e muito menos invasiva com suas amizades. Sei que fui tosca falando palavras duras a você. Fui bastante infantil quando sumi, e não expliquei a situação. Me desculpa, vida. Te amo, de verdade. Aconteça o que acontecer eu quero permanecer ao seu lado. E tem mais; eu não sou o Luan Santana, mas fico te esperando por 10, 20, 30 anos, velhinha gagá.
N – Sinceramente, você é tudo que sempre quis. Peço inúmeras desculpas, te falei muita coisa sem sentido. Coisas que sei que você não é. Fui falha e te peço desculpas. Te amo, e não ia te deixar quieta até que resolvesse voltar para mim.
B – Aaah... que amor. Mas vamos deixar isso de lado. Você queria me alertar sobre te perder para sempre?
N – Absolutamente, não. Isso não vai acontecer.
B – Então fala. Sou curiosa e você sabe.
N – Willas voltou.
B – Como assim? voltou para onde?
Então Natila contou todo o episódio minimamente para Belle, desde do rapaz do ônibus à ligação ameaçadora. As duas ficaram muito preocupadas e decidiram investigar Willas, e quem era a tal pessoa que lhe passava informações.
Pela máfia ele não tinha como saber, pois baleara o policial e estava sendo procurado, não somente pela polícia, mas também pela máfia e as meninas que acabavam de reunir forças para tentar findar a situação. Elas queriam viver tranquilas, só que era impossível ainda mais com Willas solto.
Quando as meninas foram dormir já estava quase amanhecendo. Acordaram e foram para a faculdade. Entre Belle e Nati já estava tudo acertado. Acreditando que o momento era propício, Nati não hesitou em colocar as duas para serem sensatas e acertaram de uma vez por todas. Até porque agora elas iriam precisar uma da outra mais do que nunca, para poder concretizar a missão. Então surgiu a conversa, e ....
J – Então, vamos resolver nossas pendências.
B – Lembrando que não tenho pendência com você. Você que é apaixonadinha por Nati.
Então Nati se intrometeu e disse:
N – Ahh não, gente!! Vocês vão se resolver ou esperar o Willas vir mata a gente?
J – Foi ela. Eu estou no "peace and love"
B – Ok Ok... vou dar um "time". Então Rose, me desculpa por quase tudo.
J – Marrenta é teu sobrenome. Enfim, também peço desculpas.
B – Desculpada!!! O foco é Willas. Então unidas contra o Willas.
J – É, ninguém solta a mão de ninguém... Sapatão resiste.
Depois disso as três deram uma risada de satisfeitas, mas com o semblante de preocupação. Conversaram civilizadamente e chegaram a um consenso de ir para casa da Belle começar a investigação. Deram uma de FBI por horas, mas não encontraram nada surpreendente, que de fato poderia achar o esconderijo dele.
Belle pediu que Natila fosse até a cozinha pedir para que D. Astrogilda fizesse lanches, mas ela não estava na cozinha. E Nati procurou ela por toda a casa e não a encontrou. Subiu e disse o ocorrido para Belle, e ela completou:
B – Eu sempre a achei estranha. Apesar de ela ser carinhosa comigo.
N – Pois é. Eu também notei um certo mistério.
As três foram novamente a procura dela, pois poderia ter acontecido algo de ruim. Mas quando estavam na sala em direção a cozinha, D. Astrogilda ia saindo com um sorriso sarcástico. Então Belle perguntou...
B – Você estava aonde?
A – Eu estava na cozinha.
B – Huuum. Mas a Nati ...
Quando a Belle foi tentar falar, a Jhenny interrompeu e saiu puxando as duas para outro cômodo. As três se entreolharam e Jhenny disse:
J – Vocês estão pensando o mesmo que eu?
N – Eu acho que sim
B – Acho que não. Me contem logo. O que foi?
J – Todo mundo é suspeito até que prove o contrário.
B – Você é louca? D. Astrogilda é cria daqui desde quando papai era vivo. Ela não iria acobertar um bandido. Além do mais ela é tão fraternal comigo. Me recuso a acreditar nisso.
N – Calma, eu sei que isso é difícil, mas nosso objetivo é investigar.
J – Até hoje não entendo o que você faz no curso de diretos.
B – Começa não, Rose. Enfim, se vocês querem investigar, podem ir. Mas afirmo que não vão encontrar nada surpreendente.
D. Astrogilda apareceu no cômodo com uma bandeja na mão e dizendo:
A – Olha, meninas preparei para vocês.
N – Obrigada, D. Astro. Vamos subir, meninas. Eu levo o lanche
Belle ficou impressionada com a frieza de Natila. Mas naquele momento aquilo era realmente necessário para obter uma resposta.
Foram para o quarto. Planejando o descobrimento e, de repente um drama parou a conversa. O celular de Natila tocou, e novamente era um número privado.
Escritora: Jessica Cantanhede
Revisão: Kathianne Maria M. S Pereira
Fim do capítulo
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