Bom dia meninas, desculpem a demora, estou em Gonçalves/MG e a internet é muito ruim, fora que o lugar é um convite a inércia...rsrsrs
Capitulo 24 - Suaves como Coelhinhos
CAPÍTULO 24 - Suaves como coelhinhos...
Logo que o caso da Pierrô foi encerrado nos despedimos de Nicolle, ela voltou rapidamente ao seu bronzeado, característica de sua vida em Ilhéus e decidimos continuar morando em Curitiba, apesar de algumas propostas de mudança para outras lotações, escolhi ser transferida para o NIP - Núcleo de Inteligência Policial e Dominique passou a preencher o cargo de Delegada do SETEC- Setor Técnico Científico, dessa forma já não iriamos mais participar de operações arriscadas e podíamos ter uma vida mais tranquila, como íamos aumentar nossa família nesse momento era essencial ocupar cargos de menor risco, também achamos que era hora de mudar para uma casa, vendi meu apartamento em Gramado e Nick vendeu o seu, juntas compramos um lindo sobrado em um condomínio de casas no Bairro Batel, com bastante espaço para nossos filhos.
Por falar em filhos, a inseminação foi um sucesso, quase desmaiei quando descobrimos que na verdade íamos ter trigêmeos, um menino gerado a partir do óvulo de Dominique em uma placenta separada, e minhas gêmeas univitelinas que dividiam logicamente a mesma placenta, sim, o óvulo se dividiu em duas culturas de células completas, por isso elas seriam gêmeas monozigóticas, também chamadas de idênticas ou univitelinas. Não sei dizer precisamente se o meu choro foi mais de emoção ou de medo, o fato foi que chorei largado quando vi aqueles três coraçõezinhos batendo forte na barriga de Dominique.
No início do sétimo mês eles nasceram, ainda passaram duas semanas na UTI neonatal, para ganhar peso e terminar o desenvolvimento do sistema pulmonar fora do útero, e principalmente para aprender a mamar, como nasceram antes da hora também apresentaram alguns problemas respiratórios nas primeiras semanas, mas logo ficaram bem e fomos para casa, em gestação múltipla é natural que não se consiga chegar até o final dos nove meses, mas, fomos novamente agraciadas e mesmo com a pré-eclâmpsia devido à pressão arterial elevada e no caso de Nick ocasionada também pelo fluxo sanguíneo insuficiente para o útero, as crianças nasceram bem, e apesar do susto, deu tudo certo e meu amor seguiu igual uma guerreira em sua missão de trazer ao mundo nossos filhos. No dia 7 de fevereiro os trigêmeos nasceram, o menino ruivinho como a mãe Nick recebeu o nome de Miguel, uma homenagem ao meu parceiro morto em uma missão, já as minhas duas loirinhas foram batizadas de Maria Clara e Maria Luiza, duas princesinhas, na hora que olhei aqueles rostinhos adoráveis me apaixonei, não existia tempo ruim, as vezes adormecia entre uma mamadeira e outra, mas, estava adorando ser mãe, me descobri uma verdadeira leoa, e se existe uma felicidade maior do que essa eu realmente desconheço.
Para organizar o dia a dia, comprei três cadernos, um para cada filho, nele bordei o respectivo nome na capa de tecido de dinossaurinhos e também criei várias tabelas que são usadas religiosamente e marcam a hora do lanche, da troca de fralda e dos remédios, lá anoto tudo o que cada criança precisa e o que cada um já fez, agora que estão maiores, os três já têm rotina, como estão mais crescidos, as horas das mamadas espaçaram e estão dormindo muito bem, ainda assim estávamos cansadas, porque mesmo com babás era muito complicado nos dividir entre os três, pois fazíamos questão de participar de todas as etapas do crescimento deles. Estávamos relembrando a nossa história quando a madrinha de Maria Clara apareceu para nos visitar.
- Oi gata, olha o que trouxe de presente para minha afilhadinha...nossa amiga, você está um arraso, hein?, que olheiras são essas?.
- Ai Silvinha, é a vida de mãe de três, estamos exaustas, mesmo assim nunca fomos tão felizes.
Na mesma semana Gabrielle veio nos visitar, trazendo consigo três ursinhos idênticos, mudando apenas a cor dos laços nos pescoços.
- Patrícia, eu quis vir pessoalmente agradecer, muito obrigada por ter sido generosa no parecer do caso Pierrô...olha...bem...eu...eu sei que você sabe que eu...
- Sabe?, não estou entendendo nada.
- Sabe sim, o que está no relatório, não é totalmente a...
- Escrevi o que acredito ser o certo.
Dei uma piscadinha e a convidei a conhecer os trigêmeos, o passado tinha que ficar onde estava, no passado.
E assim, o tempo seguiu seu curso.
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CINCO ANOS DEPOIS...
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Eu e Dominique estávamos organizando o aniversário de cinco anos dos trigêmeos quando nos abraçamos e ficamos de longe observando os três correndo animadamente no jardim, enquanto isso, as babás entravam na farra e corriam atrás deles, ao mesmo tempo que os decoradores da festa ficavam loucos da vida, tendo que organizar tudo no meio daquela algazarra, o tema escolhido era o mesmo que fiz um dia no meu aniversário de nove anos, "unicórnios", e estava tudo lindo, fizemos uma verdadeira réplica da minha festa.
Mais tarde já com tudo pronto, eu olhava meus filhos se arrumando e constatei que a nossa realidade é muito melhor do que a minha expectativa. Tenho uma mulher que eu amo e que me ama e três filhos lindos, nunca pensei que teria filhos tão especiais, minha Maria Clara é incrível, eu sei que sou suspeita para falar, mas minha filha tem algo diferente, ela é meiga, carinhosa, se importa com os sentimentos dos outros, além disso é esperta, inteligente e nunca vi um menina mais linda na face da Terra, o melhor de tudo é que ela tem uma cópia igualmente linda, só que Maria Luíza é muito mais ativa, ela tem mais proximidade com Miguel, são inseparáveis nas brincadeiras e nas bagunças, são fofos e queridos, coisas mais lindas da mamãe, é verdade que esses dois fazem uma verdadeira baderna em casa e que às vezes me deixam louca, enquanto isso, Maria Clara fica quietinha em seu mundo cor de rosa, uma verdadeira princesinha. Não vou mentir, temos momentos cansativos, mas a maioria dos dias são agradáveis, e em todos eles temos amor em dose tripla.
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...
Já era noite na fazenda, estávamos abraçadas na cama após fazer amor, e adormeci enquanto acariciava as costas de Stella que dormia fazendo uns barulhinhos gostosos em sua boca, não sei precisar a hora que abri meus olhos cansados, mas, acho que foi assim que ouvi um barulho que parecia vir do lado de fora do portão, espreguicei e chamei Stella.
- Amor, acorda...
- Humm, o que foi?.
- Você está ouvindo esse barulho?, acho que alguém abandonou algum filhotinho de cachorro novamente, e você sabe como é, Fandangos não aceita nenhum outro fora Conan, já tentamos de tudo.
- Acho que vamos ter que levar mais um a ONG, o bom é que todos foram adotados logo...
Colocamos roupões para esconder nossa nudez e seguimos para em direção ao porta, na verdade não sabíamos se era um cachorrinho ou um gatinho, mas, o barulho insistia. Ao longe vimos uma grande cestinha de vime, e ao nos aproximar levamos um grande susto ao constatar que na verdade era um bebezinho, estava embrulhado em um lençol encardido e ainda tinha sangue em seus cabelos lisos e pretos, colados na cabecinha bem feita e quando abriu os olhos eram de um azul intenso.
- Stella, vamos levar o bebê para dentro, olha está até com o cordão umbilical, tadinho, deve ter poucas horas de vida, vamos cuidar dele, depois a gente pensa o que fazer em relação a isso.
- Podemos ficar com ele amor?.
- Stella, isso não é um filhote de cão ou de gato Hahahahah tem todo um processo para adoção, por hora vamos dar um banho quentinho, tirar todo esse sangue talhado, e ah, podíamos mandar uma mensagem para Nora, quem sabe nossa vizinha não vem amamentar o bebê?, ela nasceu com leite de sobra e o filhinho dela mama solto e mesmo assim o leite fica escorrendo o tempo todo.
- Boa ideia amor.
E foi no momento do banho que tive certeza que ele havia entrado em nossas vidas para ficar, o menino abriu os olhos e apesar de ser um movimento totalmente involuntário, fiquei toda boba com aquele sorrisinho banguela, ali nasceu uma mãe, quando Stella voltou com Nora ao lado, pronta para amamenta-lo eu estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Olha como ele é lindo...
As duas se aproximaram e junto a mim passaram a admirar o lindo menino que tranquilamente dormia muito bem embrulhado em meus braços, Nora além de mãe era enfermeira, com todo cuidado cortou o cordão umbilical e trouxe algumas roupas de recém-nascido para o menininho, além de muitas fraldas, mamadeiras com leite materno, e um bercinho de viagem, também deu algumas dicas valiosas de como deveríamos cuidar do bebê.
Logo que amanheceu fomos ao hospital da cidade e após os primeiros cuidados tivemos autorização de voltar com ele para casa, escolhi seu nome no caminho, Pedro, sempre achei esse nome forte, enquanto Stella preferia Henrique, então, ele seguiria com os dois, Pedro Henrique, nosso filho, conseguimos adota-lo em poucos meses e ele era tudo o que podíamos esperar de um bebê, dormia bem, raramente chorava, comia bem, e fora um pequeno resfriado aos três meses nunca teve nenhuma doença.
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...
Cinco anos depois...
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- Pedro Henrique, venha logo tomar café meu amor, vai chegar atrasado à escola.
- Eu não quero ir Mamãe. - Nosso filho era muito carinhoso conosco, me chamava de mamãe e Stella de Mãe Stella.
- Mas, meu amor, precisa, você não disse que quer ser veterinário?, então meu bem, precisa ir a escolinha.
- Só que lá tem três meninos, o Juba, o Caio e o Vitor que ficam me chamando de mulherzinha só porque toco flauta e faço aula de dança.
Eu olhei bem dentro dos seus grandes olhos azuis, acariciei seus cabelos negros e vi que o preconceito já fazia parte de sua vida tão cedo.
- Meu amor, eu sei que é difícil, eles te bateram?.
- Não, mas, ficam rindo de mim e apontando toda vez que eu passo.
- Meu filho, eu entendo você, mas, não é fugindo que a situação vai ser resolvida, vamos encarar esse problema de frente, juntos.
Pedro Henrique enxugou a lágrima que caia no rosto e saiu para se arrumar, ele confiava em mim, e acreditava que tudo ia ficar bem enquanto estivesse sob nossa proteção, e tudo o que esperávamos é que o mundo fosse gentil com nosso pequeno.
Fim do capítulo
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Andreia
Em: 10/12/2020
Trigêmeos mesmo feio a família mais que completa não precisa tentar mais outro filho já está tudo de bom tamanho três.
Patrícia e Dominique dormiu um casal mais fofo e com filhos ficaram lindas juntas.
Mariana e Stella não fica trás com novo garotão elas ficaram lindas como casal e fofas tbm e lindas como mães.
Bjssss.....
florakferraro
Em: 06/12/2020
Nossa, trigêmeos aí é demais, nem imagino um pesadelo desse tipo kakakaka
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Rain
Em: 14/09/2020
Olá! Voltou né?! Rsrs
Paty e Nick construíram uma família linda. Acho que paty ver na Maria Clara ela quando era pequena, não é? Duas loirinhas e ruivinho deve ser muito fofos. Mari e Stella também tendo um mini-gente deixando Mariana uma onça-coruja ao mesmo tempo. Rsrs
Pedro Henrique é o nome do meu irmão mais novo e Maria Clara é o nome da minha prima de quatro anos. Ao contrário dos da história o Pedro e a Clara da minha vida são dois pestinhas. Rsrsrs
Até a próxima!
Resposta do autor:
Oie Rain, voltei devagarzinho, aqui na roça tudo é muito mais lento, inclusive minhas ideias rsrsrs A Paty se vê na filha, imagino os trÊs lindos, assim como o filho de Mari e Stella também são...eu amo esses nomes Pedro Henrique e Maria Clara...estou finalizando um capítulo...
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brinamiranda Autora da história
Em: 14/09/2020
Simmmmm, capítulo fofinho, do tipo "e a vida segue"...rsrsrs tem que ter bebezinho para animar a historia...
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