Boa leitura!
Capitulo 13 - Novas sensações
Ainda não consigo explicar o que estou sentindo. Passar uma tarde toda ao lado da professora Helena foi incrível. Por várias vezes me vi perdida nos olhos dela, nos movimentos dos seus lábios enquanto ela falava tentando em vão me explicar a matéria. Mal ela sabia que eu não estava prestando atenção em nada, que todo meu foco estava nela, em cada detalhe seu.
Percebi pequenas rugas ao redor dos seus olhos e confesso que achei sexy. Ela também tem uma pinta logo acima do lábio superior, e uma mania em girar a caneta entre os dedos enquanto espera algo (Nesse caso, ela esperava que eu resolvesse com sucesso as contas que havia me passado).
Suas unhas não eram muito compridas, mas eram perfeitamente cuidadas e estavam pintadas com um vermelho bem forte, o que constrastava com sua pele alva e seu cabelo ruivo. Seu cabelo, ah, ele era tão lindo, e a cada movimento seu, o cheiro de lavanda preenchia o ar e eu fechava os olhos tentando inalar ao máximo seu aroma.
- Alice? - ela sorriu enquanto apoiava uma mão no queixo, me encarando - Alice?
- Oi - Me ajeitei na cadeira, colocando uma mecha de cabelo meu atrás da orelha. Estava sem graça por ter sido flagrada a olhando.
- Estou falando com você - quando ela sorria seus olhos praticamente se fechavam. Era perfeição demais, como se ela tivesse sido desenhada por um pintor altamente talentoso e detalhista.
- Desculpa professora Helena, me distraí.
- Posso saber o que se passa nessa sua cabecinha? - colocou a ponta do seu dedo na minha testa, o que me fez sorrir ao perceber que ela fazia o mesmo. O lugar em que ela tocou queimava, como se estivesse em brasas, ansiando por mais.
- Acho melhor não saber
Ela gargalhou
- Você é um doce Alice. - sorriu e segurou minhas mãos - Vamos tentar manter o foco pelo menos um pouquinho? Sei que a matéria é cansativa, mas sei também que você irá aprender cada vez mais rápido e logo vai estar tirando tudo de letra, como vocês dizem por aí.
Mal ela sabia que eu já havia entendido perfeitamente tudo que ela havia me explicado e que eu só errava porque adorava sentir seu braço roçando no meu quando ela se aproximava pra me ajudar quando eu dizia não ter entendido algo
Acho que fiquei tão perdida nela, em seu cheiro, seus detalhes, que mal notei como o tempo havia passado rápido. Quando dei por mim, o sinal anunciando o fim das aulas naquele dia havia tocado e agora cada uma iria pra sua casa.
- Terminamos amanhã Alice. - ela sorria enquanto falava e guardava suas coisas na bolsa - Mas tenho que te dizer que estou muito feliz em poder passar esse tempinho com você, sabia?
- Sério? - sentia meu coração pulsar feito louco dentro de mim. Mal conseguia respirar.
- Sério. Sempre acreditei no seu potencial e sempre soube também que você não é o que dizem ser - ela tocou em meu ombro e deu um leve apertão - Estou muito orgulhosa de você - me abraçou me pegando de surpresa - Até amanhã e se cuida - beijou minha testa e saiu.
Eu fiquei parada ali, feito uma estátua. Estava em estado de choque. As emoções haviam sido grandes. Helena havia tocado em minhas mãos, meu ombro e pra fechar com chave ouro me abraçou e beijou. ( mesmo que tenha sido na testa)
Estava confusa e feliz ao mesmo tempo. Ainda não sabia descrever muito bem meus sentimentos ou emoções. Sabia que toda essa admiração por ela era grande, e que sua presença estava sendo como um sopro de vida pra mim. Mas não entendia por que eu ficava tão nervosa perto dela, por que eu mal conseguia dormir desde que a conheci ou por que ela povoava meus pensamentos o tempo todo. Por um momento cheguei a pensar que o que eu sentia era bem mais do que um simples carinho entre professora e aluna, mas logo tirei isso da cabeça. Nâo sou lésbica. Não que eu tenha preconceito ou algo do tipo, é só que eu sei que não sou e pronto!
Nunca tive vontade ou curiosidade em ficar com uma mulher, e olha que oportunidades nunca me faltaram. Nas várias festas em que já fui, não era raro ter algumas meninas se jogando pra cima de mim e das outras pessoas que estavam por ali. Acontece que eu nunca senti vontade em experimentar, sempre fui muito bem resolvida nesse assunto.
Minha cabeça fervilhava e por isso mesmo não me forcei a entender o que se passava, pelo menos não naquele momento. Peguei minha mochila e corri para o portão da escola, com certeza minha mãe já estaria lá fora me esperando, e se bem a conheço, ouviria um sermão daqueles por estar demorando a sair.
Fim do capítulo
Pessoal, me perdoem a demora em postar esse capítulo. Estava sem tempo e criatividade. Tentarei postar outro ainda hoje. Espero que gostem do desenrolar da história.
Comentar este capítulo:
Rosa Maria
Em: 01/09/2020
Mulher....como você faz isso com a gente? sumiu!! Ainda bem que o tempo e a criatividade voltou, já não aguentava mais essa sensação de estar "orfã"...kkk
Beijos
Rosa
Resposta do autor:
Hahaha sorry, prometo não sumir mais por tanto tempo.
Manuella Gomes
Em: 31/08/2020
A história está bem interessante e consistente.
Pode continuar sim:)
Resposta do autor:
Que bom que está gostando. Prometo continuar sim rsrs
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