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Amor incondicional por caribu

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Palavras: 5615
Acessos: 8450   |  Postado em: 28/08/2020

Dois

 

- Levanta, bicho preguiçoso! – resmunga Bianca, chacoalhando Fábio na cama com uma mão e coçando o olho com a outra – Acorda logo, pô! São sete da manhã!

 

                Um feixe da luz do dia entrava na diagonal da porta do quarto e Bianca conseguia se situar mais ou menos nas horas de acordo com aquele reflexo (vantagens de se conhecer uma casa há muito tempo). Estava com sono, queria dormir mais, mas a semana estava terminando e aqueles eram sempre dias agitados no trabalho. Às vezes ela nem tinha tempo direito para ir ao banheiro. Bebeu um golinho da água que tinha na garrafinha ali do lado tentando não pensar no trabalho. Não ainda.

 

- Amor – ela insiste, cutucando o marido.

- Hum... – resmunga o rapaz, sem abrir os olhos. Segurou a sua mão e a beijou. Estava sem camisa, deitado de bruços no colchão, com uma das pernas encostada no chão.

 

                Impaciente, a moça dá mais um tapinha no seu braço e levanta. Ignorou o chinelo laranja ali do lado e foi descalça até o banheiro. Bateu no interruptor, se esquecendo de que a lâmpada tinha queimado de repente há cerca de uma semana, e ela ainda não tinha tido tempo de trocar. Àquela hora o sol não iluminava direito o cômodo e com muito esforço ela conseguiu se ver no espelhinho laranja pendurado na parede, depois de lavar o rosto.

                Tinha repicado o cabelo recentemente e pintado de vermelho escuro. Gostava do contraste que os fios faziam agora com seu rosto. Seus olhos, num tom meio cor-de-mel, pareciam mais brilhantes depois da nova cor. Ela os cerrou um pouquinho, como se fazendo uma ameaça. Apontou um dedo para o seu reflexo, mas sorriu no final, dando uma piscadinha. Um sorriso estranho.

 

- Fábio! – chama, enquanto colocava um dos alargadores na orelha e entrava novamente no quarto, abrindo as janelas. Vestia apenas a camisa azul do uniforme e calcinha – Você vai ser demitido se ficar sempre se atrasando!

- Relaxa, boneca! O gerente é meu chapa! – fala Fábio, sentando-se na cama e espreguiçando-se enquanto fazia um ruído alto.

- O dono da última oficina também era seu “chapa” – ela retruca, sentando-se ao seu lado para colocar o cadarço no tênis – E mesmo assim você “rodou” em dois meses.

- Eu não “rodei”. Eu pedi para sair, é bem diferente! E o cara era bicha, Bia! Queria me “traçar”! – responde, caminhando até o banheiro.

 

Bianca vai atrás dele e faz uma avaliação nada discreta ao vê-lo tentar acender a luz, tirar o short do pijama e abrir o chuveiro. Adorava observá-lo nu e constatar que ele provavelmente era tão branco quanto ela – não fosse o tom dourado que sua pele tinha com o passar dos anos, curtida do sol. Ela sempre pensava nisso quando via a bunda de Fábio.

 

- E quem é que não quer te “traçar”? – questiona Bianca, sorrindo após tirar a camiseta do uniforme e entrar debaixo do chuveiro junto com ele – Você é uma delícia!

- Você não estava atrasada? – pergunta Fábio, virando-se para abraçá-la, dando um beijo nela.

 

Com uma surpreendente agilidade, ele a domina. Segura sua cabeça com uma das mãos, enquanto a outra encaixa o corpo de Bianca no seu. Foi de primeira. Não esperava por essa atitude da mulher, mas instantaneamente demonstrou que estava sempre a postos, sempre preparado para ela. Não tinha como ser de outro jeito. Bianca era muito gostosa, ele era vidrado nela.

Amaram-se de maneira quase desesperada. Na verdade, estava virando rotina se pegarem daquela maneira. Não que não se amassem mais, pelo contrário: sentiam que o amor entre eles era cada vez maior e os unia cada vez mais. Se davam super bem, viviam rindo, era ótimo. O problema é que seus trabalhos, suas rotinas, mais especificamente, os afastavam mais a cada dia e sempre que se aproximavam com a intenção de se amarem era entre uma atividade e outra. Como agora, por exemplo.

Eles não reclamavam, era melhor que nada. Dividir a vida e a rotina não precisava ser sinônimo de “papai e mamãe”, e atualmente era realmente aquilo ou nada. Por sorte os dois eram adeptos da chamada “rapidinha”.

Bianca se pegava pensando às vezes numa possível explicação para aquele tipo de ato (quase selvagem, sem preliminares, sem muito beijo na boca, muitas vezes nem se olhavam, dependendo da posição). Não era ruim, mas seria estranho achar isso? Ela se achava um pouco fria às vezes (em algumas áreas específicas da vida). Mas gostava de Fábio (de verdade!). Gostava da sua vida com ele, a pessoa que estava se transformando, graças àquela união. Se sentia bem com sua escolha, ele era uma boa dupla. E fisicamente era bastante atraente, bem ao seu gosto. O tipo de carinha que ela olharia na praia.

Mas todos aqueles eram pensamentos breves, Bianca pensava em muita coisa o tempo inteiro, os assuntos estavam sempre se renovando, se emendando. E era como se ela se dividisse em várias, e eram várias vozes falando ao mesmo tempo – muitas vezes sobre assuntos diferentes. Não de uma maneira esquizofrênica! Ao menos ela não achava que fosse. Só estava sempre com a cabeça ocupada. Quando porventura não estava, procurava se ocupar. Achava estranho quando via nas capas das revistas ao lado do caixa onde trabalhava manchetes que falavam sobre meditação, e que isso, na verdade, podia ser sinônimo de não pensar em nada. “Não pensar em nada”, ela ria. Um tal de mindfulness, que Bianca nem sabia pronunciar. Tinha preconceito com palavras assim. Sentia que era como se houvesse um muro, uma barreira entre ela e o que quer que fosse que aquilo significasse de verdade. Se sentia uma estrangeira no seu próprio país, ridículo.

Não só por conta das manchetes. Tudo na verdade parecia sofrer um processo esquisito de estrangeirismo. As lojas, os produtos, as estampas nas roupas. Parecia chique tudo o que precisa de tradução, de dublagem. Bizarro! Ela tinha preguiça dessas coisas. Fazia até quase um boicote. Trabalhava num supermercado, afinal de contas, conhecia bem as marcas dos produtos. Era fácil manter seu preconceito.

Isso e seguir promoções. Há algum tempo tinha substituído a bolsa por uma mochila exatamente por isso. Sempre tinha algo com preço em conta, ou perto do vencimento. Valia a pena! Chegava em casa sempre com uma surpresa. Fábio e Joaquim experimentavam várias coisas gostosas nesse esquema.

Quanto a não pensar em nada, Bianca não imaginava ser possível, de verdade. Como assim, não pensar em nada? Quem consegue? Tentou algumas vezes, mas uma de suas vozes ficava se perguntando “estou pensando? E agora?”. Se irritou e desistiu.

No fundo, acreditava que pensar bastante era um bom sinal. E ela pensava sobre tudo, mesmo. Tinha vários insights ao longo do dia – mas ela chamava de “repentes”.

Trabalhava como caixa de supermercado, e mesmo tentando não julgar as pessoas (às vezes era bem difícil, as pessoas sabem ser bastante excêntricas. “Malucas”, como diria Bianca) ela era obrigada a ver as coisas que compravam, a maneira como se comportavam – entre elas, com estranhos, com Bianca. Dá para se saber muito analisando coisas assim! Principalmente porque é comum que haja clientes fixos, então é possível traçar um perfil bem interessante. Não é só mero achismo. Bianca sempre contava as bizarrices que via para Fábio, e sempre buscava o olhar de Teresa quando algum babado mais forte acontecia.

Nessa análise ela via os alcóolatras, os depressivos, os viciados – em tudo: em fritura, em gordura, em coisas que não precisam. Via as pessoas gentis (sempre raras e bem-vindas) e as agressivas, que descontavam nela frustrações que eram delas. Ou sei lá, do mercado, da marca, da empresa que fez determinado produto.

Bianca dificilmente rebatia, ou discutia. Não tinha saco para essas coisas. Nem paciência. Até porque se pudesse em muitos casos encheria a cara da pessoa de bolacha e pronto. Mas precisava do salário, do emprego, daquela coisa toda e aí optava por só cruzar os braços, acionar a luz da segurança, esperar cada um fazer o seu trabalho. O dela acabava quando o respeito acabava.

Ultimamente vinha trabalhando mais a cada dia, tinha a meta de juntar dinheiro com a hora extra que recebia no supermercado. Tinha intenção de comprar, até o final do próximo ano, um carro para poder se livrar por definitivo das conduções que tomava diariamente para ir até o trabalho. Como as horas extras não interferiam no seu tesão, gostava também dessa quebra de rotina, amando o marido no chuveiro, de maneira não planejada, enquanto aumentavam, minuto após minuto, as possibilidades de chegar atrasada ao trabalho.

Fábio nunca dava muita audiência para esse assunto de carro. Acreditava, de verdade, que resolveria sozinho essa questão de transporte público que aborrecia tanto a mulher. Ele já tinha uma moto, Bianca podia usá-la. O problema é que a “máquina” era velha, vivia quebrada – e isso consumia todas as horas vagas de seu dia. Mesmo assim não diminuía suas esperanças de salvar a esposa. Que nem fazem os “príncipes” modernos nos filmes adocicados que Bianca gostava tanto de assistir.

Bianca nunca entendia como Fábio era capaz de passar horas mexendo em um motor que sempre funcionava por tempo absurdamente ínfimo. Nunca se surpreendia quando ele dizia que tinha dado algum problema, mas sempre demonstrava sua reação respirando de maneira ruidosa e revirando os olhos. Isso sempre servia como um estímulo a mais para ela comprar seu próprio automóvel e não depender do marido (essas salvações só acontecem nos filmes, afinal de contas). Não via a hora! Ia ser uma mudança muito bem-vinda em sua vida.

Naquele momento Fábio a virou de um jeito que Bianca ficou prensada no cantinho do box. Por um breve instante ela pensou que estava na hora de esfregar aqueles azulejos com sabão e água sanitária e “ai, que delícia, vai, assim”. Seus pensamentos se alternavam mesmo a todo instante.

Fábio era recém-contratado em uma oficina mecânica e ultimamente vinha aceitando serviços depois do expediente, um pouco contrariado, com a única intenção de agradar ao gerente – e assim garantir mais dias com a carteira assinada. Não que ele não gostasse de trabalhar, mas o fato é que ele valorizava suas horas de lazer. Mas no fim, sempre dançava conforme a música. “Emprego não tá fácil, meu irmãozinho”, ele dizia aos amigos.

No fundo, tinha uma preguiça profunda de ter que trabalhar. Queria era ter vida de bacana, ficar o dia todo de bobeira, na praia, só curtindo, dando rolê de moto na orla. Pegando geral – não, isso não. Fábio era do tipo fiel. E tinha em Bianca tudo o que precisava, seria muito burro se desperdiçasse o que tinha em casa.

Os horários de trabalho é que os afastavam, eles tinham um baita de um potencial. Eram um “casalzão da porr*”, como se diz. Mas eram “escravos do sistema”, como muitos, assalariados, condicionados a uma dada faixa de renda que dificilmente muda. Reféns de uma estrutura que corrói os dias. Que nos faz pensar que a vida é realmente isso: pagar boleto e bater cartão.

Bianca tinha apenas uma folga por semana, que variava o dia seguindo uma escala mensal, com apenas um domingo por mês. Fábio folgava apenas aos domingos. O tempo livre era usado basicamente para dormir e descansar, mas viam bastante os amigos, sempre tinha um churrasquinho na casa de alguém, às vezes iam juntos à praia. A vida era corrida. Há muito, por conta de toda essa falta de tempo, tinham descartado e deixado de praticar as preliminares, na hora do sex*. Diferentemente do que acontecia logo no começo do relacionamento, quando eram capazes de ficar horas apenas se provocando e se acariciando. Em várias ocasiões passavam toda uma tarde se amando, terminando o dia exaustos e sem forças para fazer nada. Ela, pelo menos. Ele sempre parecia querer mais.

O tempo de duração dos encontros vinha diminuindo a cada mês. Claro que isso não significava que a qualidade havia caído! Ao contrário, Bianca jurava para si mesma que nunca tinha tido, em toda sua vida, uma parceria tão saudável na cama. E fora dela também. Fábio mandava benzão! Era todo preocupado com ela. Se dedicava!

O casal tinha se conhecido há pouco mais de dois anos em um pagode. Interessaram-se mutuamente logo que se viram, ficaram naquela noite, emendaram no fim de semana e decidiram morar juntos após oito meses de namoro. Se encaixavam em várias danças, bailavam em vários ritmos. Eram afinados, naquele dueto. Foram morar juntos justamente para aproveitar ao máximo do tempo juntos, sempre foi um amor meio à combustão. Ambos sabiam que mal teriam tempo livre para namorar e que possivelmente as idas até o pagode se cessariam, mas decidiram que não seriam separados pelas contas de água, luz e IPTU. E aí sempre que possível cometiam, divertidos, a “extravagância” de saírem para algum lugar. Tipo ir ao Habibs da avenida e depois de comer ainda levar esfirra para casa depois.

Fábio, no alto dos seus 28 anos, é autenticamente aquilo que os turistas chamam por “nativo”: a pele bastante bronzeada pelo sol dá destaque aos cabelos castanhos claros que por hábito ele mantém compridos o bastante para fazer atrás um rabo-de-cavalo. Mesmo amarrado, chega no meio das costas. Tem sempre um sorriso enfeitando o rosto de traços fortes, que conta com duas cicatrizes perto da sobrancelha direita e na testa, e sempre que pode vai até a praia surfar e jogar bola. Não faz o tipo “fortão”, mas seu corpo é malhado devido ao trabalho e combina perfeitamente com o tribal tatuado em praticamente todo o braço esquerdo. O desenho vai do ombro ao punho. Seu apelido entre os amigos era Calango.

Bianca, em contraste com seu “boy magia”, não parece ser muito adepta de praia: tem a pele branca e sempre que vai próxima ao mar se preocupa em se manter o máximo de tempo na sombra, e sempre com muito protetor solar espalhado pelo corpo. Quando porventura se distraía depois passava a noite ardendo, ficava ruim para dormir, e levava um tempo até que a ardência cessasse, ela se irritava. Não tinha muita paciência para esse pós-praia. Gostava de ir, adorava o mar, mas tinha preguiça.

Nunca foi muito preocupada em manter a forma e, debochadamente, dizia às amigas que se nascem no mundo mulheres ricas ou mulheres gostosas, ela se encaixava na segunda turma, mas com potencial de ir para a primeira. “Mamãe estava muito inspirada quando me fez, meu bem”, ela dizia, entre risos. Jamais tinha pisado os pés em uma academia – e nem via necessidade para tal. Na adolescência uma vez tinha recebido uma instrução para fazer um exercício sempre que sentisse estar perdendo o controle – era comum que ela tivesse acessos de raiva quando mais nova. Quase fúria, várias vezes quebrou o quarto inteiro. Bianca era meio nervosa. O exercício era basicamente se posicionar fazendo a postura da prancha: pernas esticadas, antebraços encostados no chão, foco na respiração. Isso a manteve focada nos momentos de crise (e lhe renderam uma barriga chapada também). Pernas e braços ganharam contorno com o passar dos anos, graças a empregos que exigiam dela esforço físico. E também porque sua casa ficava perto de uma baita subida que era parte de todos os seus caminhos. Morava num bairro cheio de subidas e descidas. Isso tonifica as pernas!

E apesar de ouvir as colegas debocharem de sua pele, para elas excessivamente branca, Bianca nunca se importou. Aquela tinha sido uma das coisas que sua mãe lhe deixara como herança. E só mesmo sendo branquela para destacar os vários sinais que tinha no rosto – outra herança de sua querida mãe.

Que culpa ela tinha se não se bronzeava como as demais, adquirindo uma “cor de jambo”? Genética tem dessas coisas.

 

- Olha para mim – Fábio pediu.

 

                Bianca levantou levemente a cabeça na sua direção e essa troca de olhares foi o gatilho; goz*ram juntos.

Havia neles muito mais do que um contraste de tons; eram como yin e yang, mesmo. Combinavam, fisicamente falando, mas o equilíbrio entre suas personalidades também era visível. O temperamento explosivo dela se amansava diante da calma que ele possuía. Bianca era toda nervosinha e Fábio era muito sossegado. Isso era mais do que notável, eles próprios sabiam.

E era indiscutível o fato de que se amavam, e tinham uma cumplicidade lapidada ao longo dos últimos anos. Bastava um olhar para se entender alguma mensagem particular; tinham uma boa comunicação, mesmo em público, mesmo sem dizerem nada. Graças a esta cumplicidade tão característica de um relacionamento harmonioso foram várias as “discussões” que tiveram, na rua, sem que nem uma única palavra tivesse sido dita. Algo do tipo: “em casa a gente conversa”.

 

- Chega que horas hoje? – pergunta Fábio, ainda no chuveiro, observando a mulher escovar os dentes, tendo apenas uma toalha enrolada nos cabelos. As unhas das mãos tinham o mesmo tom dos seus cabelos. Ela parecia mais poderosa assim, nesses tons de vermelho. Combinava.

 

Bianca tinha um dragão tatuado na costela direita que pegava quase a lateral inteira do seu dorso. Ele cuspia constantemente uma bola de fogo ameaçando quem quer que ousasse olhar para ele (ou para ela). Na primeira vez que viu, Fábio tentou não pensar em como a figura se assemelhava à mulher. Se segurou para não rir na ocasião. Só não riu porque do outro lado Bianca tinha tatuado uma Medusa, com seus cabelos de cobra e um olhar que ele nunca se atreveu a encarar. Bianca sabia ser intimidadora.

Ele gostava de observá-la depois do sex*: ela sempre ficava mais radiante, ficava estonteante, mesmo, e Fábio se perguntava se as pessoas na rua percebiam isso também. Porque ela brilhava! Ainda mais agora, com o cabelo pintado. De uma forma quase secreta, para ele era prazeroso constatar que Bianca era sua, só sua. Gostava que fosse ele o seu marido. O São Jorge daquele dragão. O Perseu que salvou aquela Medusa com amor, e se salvou também.

Mas não ousava dizer isso para ela. Bianca se dizia sempre dona de si mesmo, não era de ninguém além dela. Essa era outra coisa que Fábio gostava na mulher. Ela tinha opinião.

 

- Não tenho certeza de que horas saio do trabalho. Hoje o movimento de clientes começa a aumentar por causa do final de semana e, se der, fico até o mercado fechar. Quero aproveitar mesmo as horas extras, o máximo que eu conseguir – responde, enquanto nota que Fábio permanecia ereto. Sorriu de maneira maliciosa quando ele percebeu sua constatação, seguindo o seu olhar para baixo – E você?

- Não sei. Mas o pessoal está querendo jogar uma pelada na praia mais tarde. Se eu conseguir sair a tempo, dou um pulo lá, vai depender do serviço do dia, como vão estar as coisas na oficina. Faz tempo que eu não saio com a turma para jogar uma bolinha, tomar uma cerveja...

- Só não sai mais cedo do trabalho para jogar futebol, Fábio!

- Só não fique zangada logo cedo, Bia! – retruca ele, rindo e imitando sua entonação – Relaxa! Não vou matar trabalho, amor!

- Sei que não – ela resmunga, caminhando para o quarto.

 

                A casa era notavelmente pequena: apenas duas peças além do banheiro. Por sorte eles não tinham muitos móveis e tudo o que possuíam se encaixava perfeitamente bem ali dentro. O primeiro cômodo, uma espécie de cozinha-sala, acomodava o fogão de quatro bocas, a geladeira e a pia, junto com um pequeno rack com a tevê e o videogame, no outro extremo. Sofá eles não tinham. Quando havia tempo e vontade de ver televisão, escoravam-se em cima do tapete cinza, apoiando-se em almofadas. Ou levavam o colchão para a sala, e montavam acampamento ali.

                O único quadro pendurado ali era de um artista de rua que Bianca encontrou uma vez. Se apaixonou pelo desenho do cara, um chileno. Era uma ilustração do universo, com várias cores que ela achava lindas. Atrás da porta tinha uma imagem de Nossa Senhora, da época de sua mãe, que ela nunca ousou tirar. Protegia a casa desde que ela era criança.

No quarto, mesmo com pouco espaço devido ao colchão de casal e o guarda-roupa, conseguiram fazer caber um pequeno colchão próximo à janela, que ficava em pé quando não estava em uso, usado por Joaquim, filho de Fábio, que de vez em quando dormia com o casal.

 

- Amor, estou saindo. Nos vemos mais tarde! – grita Bianca, ouvindo Fábio ainda no banho, fechando a porta da casa.

 

Ela preferiu não se despedir dele pessoalmente, pois mais uma vez estava tomada por uma dor de cabeça chata que vinha acompanhada por uma leve irritação. Sabia não ser algo normal aquela dor, considerando a maneira como havia começado seu dia; e sabia que mesmo sem ter a intenção acabaria descontando em Fábio, que assoviava no banheiro quando ela saiu de casa. Ela sempre ficava mal-humorada quando sentia dor.

Tinha impressão de que sua velha e conhecida TPM estava preparando uma festa em seu subconsciente. A cabeça doía, o humor se desestabilizava e ela sentia uma quase raiva. E ainda não eram nem 8h da manhã.

                Convenceu-se de que desta vez era uma dor causada pela fome. Ou pela ausência de cafeína no estômago. Ou pelo sono. Ou...

                Caminhou com passos largos até o ponto mais próximo. Caso o ônibus não estivesse chegando (dava para ver quando ele virava na avenida, lá embaixo), ela iria na padaria da esquina para comprar um pão com manteiga na chapa e um pingado, para viagem. Chegaria murcho e frio, mas seria gostoso de comer mesmo assim. Bianca acordava sempre com fome, mas como saía de casa com pressa, todos os dias, nem se dava ao trabalho de comprar pão no dia anterior – nunca tinha tempo para comer, e o biscoito que comia no caminho tinha acabado. E o pior é que nem sempre dava tempo de passar antes na padaria. Geralmente chegava no ponto junto com o ônibus e mal tinha tempo de pegar o bilhete dentro da mochila, antes de embarcar.

Olhou para o céu, bem azul, e mesmo com o incessante e incômodo latejar na cabeça agradeceu a Deus por mais um dia de vida e pela oportunidade de poder trabalhar e ganhar seu salário, tão valioso para ela. Estava com a cabeça doendo, mas tinha saúde, tinha disposição e garra. Ela acreditava que aqueles eram ingredientes importantes, e qualidades que buscava sempre aperfeiçoar.

Bianca era uma pessoa determinada. Sabia que as coisas não caíam do céu, e não tinha nascido com a “bunda virada para a lua”. Para conseguir as coisas ela tinha que ir atrás. Sempre foi assim.

Havia aprendido desde cedo com sua mãe que não se pode depender ninguém, de marido, de ninguém!, para viver, e desde muito nova passou a valorizar seu próprio dinheiro, sua independência financeira, suas liberdades todas. Catarina, sua mãe, apesar de trabalhadeira via todos os meses parte de seu suado salário como diarista ir para o boteco do bairro. Seu pai, Severino, era alcoólatra e só parou de lhe dar gastos quando enfim sumiu no mundo.

Isso fora um dos primeiros assuntos discutidos com Fábio quando decidiram morar juntos. Dividiriam as contas em comum, mas o restante do salário eles gastariam como bem entendessem. Ela tinha horror de se imaginar prestando contas para alguém, ainda que fosse ele. Fábio concordou, sem hesitar. Na verdade, ele nem se ligava nessas questões de dinheiro. Nunca tinha sido rico, mas até ali não tinha passado por nenhum aperto, de verdade. Sempre arranjava uma solução para tudo. E quando preciso, aceitava qualquer bico, qualquer trabalho. Desde que fosse legal.

Catarina, pouco antes de morrer, fez a filha prometer que faria de tudo para não deixar Fábio escapar de sua vida (conhecia o gênio da filha). Apesar de não ter se simpatizado com ele a princípio, talvez se precipitando e julgando-o com base na sua aparência, depois garantia que não era fácil arranjar um marido tão companheiro e educado como Fábio. Ele era mesmo gente boa.

No enterro de Catarina deu-se a impressão de que Fábio na verdade era seu filho, e não genro. Chorou como criança e foi Bianca quem precisou consolá-lo. Ele sentiu bastante a perda da sogra, que sempre tinha conversas ótimas com ele enquanto bebiam café e comiam juntos na cozinha bolinho de arroz, ou mandioca frita. Até hoje Fábio se emocionava quando via essas combinações. O paladar o levava de volta para essas conversas.

Vendo que o ônibus demoraria a passar, Bianca decidiu dar uma corridinha até a padaria. Antes, porém, foi atraída pela lojinha de presentes, ali perto, que tinha pendurado na porta um boneco do Homem Aranha, de uns 40 cm. Verificou no bolso que o que tinha de dinheiro daria ou para a compra do desjejum, ou para a aquisição do boneco. “O Joaquim vai amar isso”, ela pensou, enquanto sorria. Sem nem pensar duas vezes, comprou o brinquedo.

Precisou correr de volta ao ponto e foi uma das últimas a entrar ônibus. Como sempre, estava lotado. Mas nem mesmo ter que se espremer entre estranhos, ou a dor na cabeça que não dava tréguas, fizeram seu sorriso desanuviar. Estava feliz por ter visto a tempo aquele Homem Aranha.

Joaquim recentemente tinha completado três anos e era muito apegado a Bianca. E ela a ele. Sentia que o amava como filho, e sabia que esse amor era recíproco. Tinha conhecimento de que Regina, a mãe, envenenava o menino contra Fábio e inventava mentiras a seu respeito – o próprio guri revelava de vez em quando algumas barbaridades que ouvia dela. Mas ele, em sua doce ingenuidade, não acreditava em uma única palavra. Não porque tivesse senso de julgamento apurado, longe disso. É só porque dentro dele algo lhe dizia que não era verdade e pronto. Gostava de passar os finais de semana com o casal que sempre mudava os planos para encaixá-lo em seus roteiros. Quando irracionalmente Regina insistia para que ele não fosse para a casa do pai, Joaquim chorava e gritava – chamando a atenção da vizinha, mãe de Fábio.

Bianca o levava ao parquinho sempre que podia, ficava horas assistindo desenho no celular (até os mais chatinhos) e quando recebia o salário, na sua primeira folga ia com ele até umas lojinhas no centro, comprar pelo menos um conjunto de bermuda e camiseta. Fazia parte do programa almoçar em uma lanchonete que ele gostava (que era toda engordurada, mas ele adorava o bolinho de salsicha que vendia lá) e, antes de irem para casa, comiam churros na praça. Na volta o menino sempre dormia no seu colo, mas Bianca era forte e o carregava dentro do ônibus e depois, no trajeto até sua casa.  

Joaquim eventualmente acordava quando desciam, por sorte antes da ladeira, e radiante insistia para que passassem na oficina onde seu pai trabalhava, para lhe mostrar suas compras. Bianca percebia como era importante aquele acontecimento para o menino e isso a motivava a seguir exatamente o mesmo roteiro no mês seguinte. Sabia como era simples agradá-lo e fazia tudo o que estava ao seu alcance para fazê-lo sorrir (nem era muito, e ela se divertia em sua companhia). Até porque Joaquim era a cópia de Fábio e ela gostava de ver como até seus sorrisos eram idênticos. O menino era muito bonitinho.

Bianca nem percebeu que havia chegado, ficou espremida num ponto que não tinha acesso à vista da janela, e só notou que o ônibus tinha parado no terminal quando sentiu que os passageiros a levavam em direção à porta. Tinha enfiado o boneco dentro da mochila e ele estava com a cabeça para fora, como se observasse toda aquela movimentação.

Logo que parou na fila de embarque para o próximo ônibus, que a levaria para a filial mais próxima da Rede Viver de Supermercados, onde trabalhava, Bianca avistou Teresa caminhando, sem muita pressa, em sua direção. Ela era uma morena alta que estava sempre sorrindo, mas vivia mal-humorada.

 

- Bom dia, meu bem! – Bianca cumprimenta, dando um beijo estalado no rosto da amiga, que retribuía com um abraço breve, mas apertado.

 

As duas se conheciam desde a adolescência e aquela era mais uma oportunidade que tinham de trabalharem juntas. Não era por acaso; elas é que sempre buscavam por vagas nos mesmos lugares. Tinha sido assim anos antes, quando trabalharam numa loja chique que vendia ração de cachorro, e depois num supermercado que ficava muito longe dali, como estoquistas.

 

- Cheguei a tempo de pegar a fila do ônibus bem no começo. Felicidade de pobre é isso aí. Vamos conseguir nos sentar durante a viagem até o inferninho – Bianca comemora, balançando as mãos brevemente, como se segurasse pompons.

- Ah, querida! Gosto tanto do seu otimismo Bia, que você nem desconfia! Quisera eu ter esse seu bom humor logo cedo! – reclama Teresa, pegando um pãozinho de queijo dentro de um saquinho de papel, e oferecendo para a amiga, que se serviu – Hoje era para ser minha folga, mas me ligaram ontem, tarde da noite, pedindo que eu viesse. Alguém ficou doente, sei lá. Fiquei irritada, nem registrei o que me disseram. Nem preciso te dizer que tive que desmarcar correndo todos os meus compromissos agendados para hoje...

- E quais eram os seus compromissos para hoje? – indaga Bianca, rindo. A cumplicidade entre as duas era tanta que ela nem precisava ouvir a piada: ria antes que a outra contasse.

- Ah, várias coisas. Em primeiro lugar, eu não pretendia acordar tão cedo. Na parte da tarde eu pretendia conferir as novidades da empresa do Roberto...

- Roberto? – interrompe Bianca, enfiando outro pãozinho inteiro dentro da boca.

- Sim. O Marinho! – ri Teresa – Eu ia conferir a novela das três, a sessão da tarde... E, se desse tempo, até ia esperar a passada do galã da noite pela minha sala. Linda, de pijama. Rainha do meu lar.

- Dia movimentado...

- De-mais...! – enfatiza – É aquilo, amiga: mesmo que seja para não fazer nada. O tempo é meu, sabe, e ele vale muito, e eu faço dele o que eu bem entender. O fato é que eu não queria estar aqui, indo para o trabalho. Hoje era minha folga, comprei até lasanha congelada, tinha a expectativa de ficar de boa o dia todo.

- Eu entendo, Tê. Mas, ah, não reclama. O que é um dia a mais vivido “no mercado que é sua segunda casa”? – brinca Bianca, repetindo o slogan da empresa.

- Pois é... Minha segunda casa mesmo. Podia bem ter o meu sofá também – fala, rindo – E você, hein? O que foi? Tá aí toda animadinha... Viu o passarinho verde logo cedo?

- Não é um “passarinho”, inho. E nem é verde! – brinca Bianca, rindo, fazendo um gesto discreto com as mãos – Também não vou dizer que aquele lá está mais para gavião, porque vou te deixar na vontade.

- Ah, amiga! Você é uma pessoa de sorte, sabia? É casada com um homem lindo, que acorda todos os dias ao seu lado bem cheiroso e limpinho, mas chega em casa imundo, cheio de graxa... E ainda por cima trepa todo dia!

- Não é “todo dia” – responde Bianca, olhando discretamente para os lados, empurrando um pouco a cabeça do boneco para baixo, na mochila.

 

Não queria que mais ninguém ouvisse a conversa das duas, achava desagradável quando as pessoas se expunham no transporte coletivo (sempre tinha alguma cena). Além de ser chato saber que alguém de fora estava ouvindo sua conversa, poderia dar o azar de ser algum colega de Fábio. E ele certamente não ficaria muito satisfeito em saber que seu p*nis era tema de discussão entre ela e Teresa, na fila do ônibus.

 

- Ah, é todo dia sim! Pare de ficar escondendo o jogo! – brinca Teresa, empurrando de leve a amiga – E a dor de cabeça? Foi embora?

- Ixi! Se tivesse ido embora eu seria a mulher mais feliz desse mundo! Essa aqui está virando minha inquilina, já! Dorme e acorda comigo, todos os dias, podia bem pagar o aluguel! Estou até com medo de me acostumar com ela e sentir saudades quando ela finalmente decidir se mandar – Bianca brinca, rindo de maneira forçada – Ainda mais porque não é uma dor de cabeça qualquer. Sei lá. Essa dor aqui é diferente. Não sei explicar, mas dói de um jeito que nunca tinha doído, sabe? É uma dor... “chique”!

- Você devia procurar um médico, Bia! – fala Teresa, ficando séria de repente. Vendo que a outra continuava sorrindo, ela continua – É sério! Dor constante já não é um bom sinal... Na cabeça, é pior ainda!

- Não precisa tanta preocupação, meu bem! Sério mesmo! Deve ser por causa da TPM ou...

- Faz um tempinho que você vem sentindo essa dor, Bianca! – interrompe a amiga, entrando no ônibus que acabara de estacionar – É muito tempo, a senhora não acha, não? Além de não procurar um médico você nem contou nada para o Fábio! Ou contou?

- Não acho que haja a necessidade de preocupá-lo! É só uma dorzinha à toa, uma besteira! Uma hora ou outra para de incomodar...

- Tá bem. Vamos combinar uma coisa, então: da próxima vez que eu souber que você vomitou por causa dessa “dorzinha à toa”, vou contar para o seu marido.

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Dois:
edianerocha
edianerocha

Em: 04/01/2023

Ahhh como eu aguardo esse livro..

Esse capítulo me quebrou bem na Mandioca Frita. É macaxeiraaa.. hehehhe

'XD


Resposta do autor:

 

hahaha

Na verdade, deveria ser AIPIM, se a história se passa no Rio rsrs
Calma que logo o livro vem! <3

Beijos!

 

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Lea
Lea

Em: 22/01/2022

O que poderia dar errado em um relacionamento aparentemente "perfeito"! Tem amor, respeito, aparentemente tem aquela conexão!

Já estou curiosa para saber qual e como vai ser o desenrolar desta estória!!!!!!

 


Resposta do autor:

 

Opa! Chegou em história boa!! 

Pode esperar boas e despretensiosas surpresas! <3

Tomara que goste! 

Ótima leitura! 

Beijos! 

 

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Luasonhadora
Luasonhadora

Em: 01/09/2020

Nossa, Bianca é tão parecida comigo que deu até medo kkkk (isso inclui a personalidade, a mania de pensar em mil coisas ao mesmo tempo, e a cor do cabelo) kkkk ela ás vezes fala sozinha tbm? Hahaha

 

 


Resposta do autor:

hahaha

Posso fazer ela falar sozinha! hahaha

A Bianca é ótima, mora no meu coração! ♥ 

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Aja Rocha
Aja Rocha

Em: 28/08/2020

ando meio cafona, vou ser mais desértica nos comentários. 

Beatriz é esquisitona, Bianca é nervosa, no popular temos aqui o bom caldo. 

** Pensei seriamente em ler depois que você postasse toda mas  tem aquela coisa que coça a alma desta leitora. ***

 

🧡

 


Resposta do autor: Hahaha Nossa, mas seria quase uma afronta vc não ler rsrs Tô postando rápido, ó rsrs Seja cafona nos seus comentários!! ❤ Só aqui entre nós, tá tudo bem rs Beatriz é esquisitona, à sua maneira. Bianca tb rs Qm não é?rs Mas dá um bom caldo msm! ❤

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cris05
cris05

Em: 28/08/2020

Olá,  querida autora. 

Adorei começar o fim de semana conhecendo o outro lado da história! 

Fábio e Bianca são totalmente diferentes mas se completam da forma deles, pelo menos por enquanto.

Linda essa relação da Bia com o Joaquim. Ela realmente o ama como um filho.

Será que a dor de cabeça de Bianca será o elo com a outra Bia? Curiosidade é  o meu nome rsrs.

Teresa tem toda razão, Bianca precisa realmente investigar essa dor de cabeça, e o mais rápido possível. 

Beijos


Resposta do autor:

Olá, querida leitora! ♥ Ou devo te chamar de "dona Curiosidade"?rs

Que bom que gostou! Liberei já o terceiro capítulo, pq eu sou dessas rs Gosto de surpreender rsrs 

Eu adoro o Fábio! Acho ele super fofo, é mto sensível! E a Bia é foda!rs É uma mulher forte! Gosto muito dela!

O Joaquim... Ah!! É muito fofinho!! Agrega à história, eu acho!rs

Respondendo sua pergunta: tudo tem relação! Tá tudo interligado. É incrível, no primeiro capítulo eu já dou a brecha que responde tudo!rs

Achei um pouco ousadia, mas até hoje ninguém nunca sacou. Vamos ver rsrs 

Aproveite a leitura! ♥

Beijos!

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