MARI e ANA por MahLemes
Meninas, vou responder os comentários ainda. Estou amando a interação de vocês â¤ï¸
Será que vai rolar alguma coisa com a Má?
boa leitura!! 😘
Capitulo 13 - Maturidade
Capítulo 13 - Maturidade
-A, oi, Mari. -Ela disse desanimada.
-Oi, Má. Você tá bem?
-Estou sim. Só bebi demais, eu acho. -Ela respondeu se mantendo de costas para mim apoiada na sacada.
-Não precisa mentir. O que a Ritinha fez foi golpe baixo.
-Foi sim, mas não foi nenhuma mentira.
-Mas não precisávamos saber de nada disso.
-Realmente não precisavam.
-Você sabe por que ela fez isso? Ficamos sem entender.
-Não preocupa com isso não, Mari. Já passou.
-Não é o que me parece, Má. -Eu disse me apoiando na sacada ao seu lado. Ela se virou para me olhar.
-E o que te parece? -Ela perguntou me desafiando.
-Que tem muita culpa aí. E que pelo que eu entendi da história que a Ritinha contou não tem tanto motivo para culpa.
-Como não, Mari? Eu traí minha namorada. Eu me rebaixei ao nível dela. Eu fiz exatamente o mesmo que ela.
-Claro que não, Má. Você não planejou nada disso. Você não escondeu e não mentiu para se encontrar com outra pessoa. Você estava fragilizada e alguém se aproveitou disso para atingir o objetivo dela.
-Você não entende, Mari. Eu fui fruto de uma mentira. Por toda minha vida eu vivi uma mentira. Sem saber quem era meu pai e conhecendo ele. Eu não gosto de mentiras, de traições. Isso é errado. -Ela abaixou a cabeça e uma lágrima escorreu no seu rosto.
-Márcia, olha pra mim. -Eu disse enquanto levantava seu queixo. Ela me olhou relutante. -Você não é o seu pai. Você cometeu um erro apenas. Se perdoe por isso. Pra que ficar se culpando por algo que nem faz mais diferença? Algo que já tinha ido para o espaço? Não é como se vocês fossem ficar mais juntas.
-Você tem razão. Preciso deixar isso ir. -Ela me olhou com ternura e perguntou: -De onde você tirou toda essa maturidade? Você tem 19 anos. Como pode isso?
-Eu não acho que maturidade tem a ver apenas com a idade, Má. Acho que tem mais a ver com vivências e a nossa capacidade de aprender a partir delas. -Eu disse um pouco incomodada com a insinuação de que eu era nova demais para ser madura.
-E quais foram essas vivências que a senhorita teve a capacidade de aprender a partir delas? -Márcia perguntou começando a me encurralar contra a grade da sacada e custando a segurar o riso.
-Foram muitas. E perigosas. Porque eu sou corajosa e aventureira. -Tentei responder no mesmo tom de brincadeira, mas a cada palavra minha ela se aproximava mais e meus olhos só conseguiam focar na sua boca. Por fim minha voz falhou na última palavra.
Ela estava bem próxima. Poucos centímetros separavam nossas bocas. Seu hálito era fresco com cheiro de creme dental. Meu corpo estava completamente arrepiado por conta de nossa proximidade. Meus olhos se alternavam entre sua boca e seu olhar. Eu não ousei me mexer. Mal respirava. Ficamos nos encarando assim por uns segundos, ou minutos, não sei bem ao certo. Até que ela levou sua boca ao meu ouvido e sussurrou:
-Corajosa e aventureira, é?
Meu corpo se arrepiou mais ainda. Lá embaixo parecia uma rave na chuva de tanto que ela piscava e estava molhada. Mas eu não consegui reagir a tempo. Ela me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto em direção ao andar de baixo.
-Mari, cadê você? -Era a voz da Camila.
-Aqui, Cá.
-Tava te procurando. O que ta fazendo aqui sozinha no escuro, menina?
-Tava apreciando a vista. -Menti descaradamente.
-Tava era pensando na Ana, né, sua safadinha? -Ela brincou comigo.
Foi então que me toquei que desde que recebi a ligação da Camila que não pensava na Ana. Fiquei feliz por ter tomado a atitude certa em aceitar o convite da Ritinha.
-Acredita que não? -Respondi até animada.
-Ué, amiga, como assim? Não estava toda apaixonadinha três dias atrás? -Camila me perguntou confusa.
-Pois é. Mas aí ela foi embora de volta pra cidade dela hoje cedo e nem me disse nada.
-Mas vocês estão namorando?
-Não, estávamos vendo no que ia dar.
-E por que ela teria que te dar notícias assim tão desesperadamente?
-Porque ela passou mal outra vez e levei ela pro hospital. Isso foi na quarta à noite. Ela não quis que eu entrasse para vê-la nem na quarta e nem na quinta. Mandei mensagem na quinta e ela não respondeu. E hoje na faculdade as meninas me disseram que os pais dela vieram buscá-la ontem e saíram hoje cedo. Liguei pra ela e ela deixou tocar até cair na caixa e não me retornou.
-Mas outra vez? E descobriram o que ela tem?
-Provavelmente é diabetes, segundo o Marcos.
-E quem é Marcos?
-O médico que atendeu ela.
-Nossa, tá íntima assim, Mari?
-Ele me passou o telefone dele na primeira vez que ela passou mal.
-Tá te querendo, amiga. O que sua mãe passou em você, eim? Me dá um pouco disso. Parece que tá todo mundo te querendo ultimamente.
-Primeiro que eu já conversei com ele e disse que não estava interessada. E segundo, que história é essa que tá todo mundo me querendo?
-Se você não tá vendo não sou eu quem vai dizer.
-Para com isso, vai, Cá. Tem ninguém me querendo não.
-Tá bom. -Ela disse sarcástica. -Mas e aí, desencantou dela então? Só porque ela não te mandou mensagem nem ligou depois de descobrir que está doente?
-Não é como se ela fosse morrer, né, Cá? Quantas pessoas vivem com diabetes no mundo hoje em dia? E outra, ela poderia muito bem ter me mandado uma mensagem dizendo que tá bem. Afinal de contas fui eu quem levou ela pro hospital as duas vezes.
-Não sei, Mari, to achando que você tá exagerando um pouco.
-Será, Cá? -Essa fala da Camila me fez pensar. Apesar de o que estar sentindo ser muito intenso, foi muito rápido. Não tinha completado duas semanas que eu conheci a Ana. Talvez eu tivesse realmente exagerando.
-Eu acho, Mari. Mas eu entendo o seu lado também. Foi sua primeira. Era de se esperar que a coisa fosse um pouco mais intensa mesmo. Mas chega dessa conversa deprê. Vamos lá pro quarto. As meninas estão esperando pra gente ver filme. Já devem ter escolhido.
-Se for "O diário de uma paixão" outra vez eu passo. -Eu disse já prevendo a choradeira.
-Amiga, até eu mesma que sou fã do filme passo. -Rimos nos encaminhando para o quarto.
-Você vem, Má? -Chamei quando ela passou na porta do quarto.
-O que vocês vão ver? -Ela parecia animada pelo convite.
-Imagine eu e você.
-O que tem eu e você? -Ela parecia confusa.
-É o nome do filme, Má. Larga de ser boba. -Interveio Ritinha.
-A sim. Opa. Não conheço esse filme. É bom?
-Apareceu aqui nas sugestões. Comédia romântica, aparentemente. -Respondeu Juliana.
-Então vamos. -Disse Márcia indo para o meu lado pedindo para Camila abrir espaço para ela.
Estava eu e a Camila num dos colchões de casal, Ritinha na cama dela e Rafa e Ju dividindo o outro colchão de casal.
-A, gente, vou dividir colchão com duas não. Ritinha, me dá um espaço aí em cima.
-Pode vir, Cá, perdeu seu lugar pra Má, é? -Ritinha riu e olhou para sua tia e deu um sorriso que me pareceu um pedido de desculpas
Fim do capítulo
E aí??? Me contem!!!
Comentar este capítulo:
Rosa Maria
Em: 09/08/2020
Essa Camila é mesmo levanta astral hein? Essa fala dela: "O que sua mãe passou em você... está todo mundo te querendo" ficou sensacional.. E essa Márcia? Estou curiosa por ela sabia? Sem mencionar a maturidade de Mari nesse capítulo, que por sinal levou o título.
Beijos
Rosa
Resposta do autor:
Todas precisávamos ter uma amiga dessas, né???
A Mari é foda, né???
Beijos
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